A CBF quer tudo. Se existe a possibilidade de fazer do Brasil a sede de um campeonato organizado pela Fifa, a CBF quer ser escolhida.

O exemplo mais recente dessa política é o Mundial de Clubes de 2021, o primeiro do novo formato, disputado por 24 clubes e a cada quatro anos, sempre na véspera da Copa do Mundo. A Fifa ainda não abriu formalmente o processo de escolha da sede, mas o Brasil já avisou informalmente que pretende receber o torneio. A decisão deve ser tomada em outubro, quando o Conselho da Fifa se reúne na China.

A Ásia, aliás, é o grande obstáculo no caminho deste objetivo do Brasil. O torneio foi criado com o objetivo de substituir dois torneios no calendário da Fifa: o próprio Mundial de Clubes e também a Copa das Confederações, competição que servia como evento-teste para a Copa do Mundo.

A Fifa tinha vários contratos que previam a disputa de uma Copa das Confederações em 2021 - um ano antes da Copa do Mundo do Catar. Ao exterminar o torneio, a Fifa entende que tem uma "dívida" com a Ásia. Por isso, o continente é o favorito a ser sede da nova competição de clubes.

O que é certo: a Fifa não está aberta a "aventuras". A entidade prefere levar o novo Mundial de Clubes a um país que tenha estrutura e estádios de acordo com o tamanho do desafio - 24 times, divididos em seis grupos de quatro, e depois oitavas de final, quartas, semis e final.

Ou seja: o país tem que estar apto a receber 52 partidas e oferecer condições de alojamento e transporte para um número bastante alto de torcedores, além da estrutura de treinamento para os times.

O Mundial de Clubes no atual formato terá ainda duas edições, 2019 e 2020, disputadas no Catar. A Fifa tomou essa decisão na última segunda-feira, durante reunião do Conselho da entidade em Paris.

O Brasil também se candidatou para ser sede da Copa do Mundo Feminina de 2023. A candidatura favorita, de novo, é da Ásia - a expectativa é de que Coreia do Norte e Coreia do Sul organizem em conjunto a competição.

Globo Esporte
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