Outubro 01, 2024

Ação que investiga propina na Castelo de Areia mira escritório do ex-presidente do STJ Cesar Asfor Rocha Featured

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram na manhã desta sexta-feira a segunda fase da Operação Appius , que investiga o pagamento de propina para anular a Operação Castelo de Areia , entre 2010 e 2011. Os alvos da operação são escritórios de advocacia do ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Cesar Asfor Rocha em Brasília e em São Paulo. Não há mandados de prisão.

Essa operação investigava o pagamento de vantagens indevidas a políticos pela empreiteira Camargo Corrêa e é vista como precursora da Lava-Jato, que veio a descobrir os mesmos esquemas anos depois.

No último dia 7, quatro mandados de busca e apreensão foram expedidos com base no acordo de delação premiada de Antonio Palocci. A ação penal decorrente da Castelo de Arei afoi susepensa em 2010 por habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedido pelo então presidente do STJ. No ano seguinte, o mesmo tribunal anulou a ação.

No último dia 20, a defesa da família do ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, protocolou uma petição à 6ª Vara Criminal, que expediu os mandados. No documento , o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Eros Grau, acusa Palocci de "falsear a verdade" e fraudar sua delação premiada.

Palocci acusou Thomaz Bastos de ter pago R$ 1,5 milhão apra influenciar junto ao PT a suspensão da operação da Polícia Federal no STJ.

O inquérito investiga os crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, além de lavagem de dinheiro.

"A medida, contudo, justifica-se quando voltada à apuração de indícios de cometimento de crime pela própria pessoa do advogado responsável pelo escritório alvo das buscas", afirmou o MPF.

Segundo os procuradores, durante a deflagração da primeira fase da operação, policiais verificaram circunstâncias atípicas como a ausência de computadores na residência do advogado investigado, embora lá houvesse impressoras, cabos de rede e de energia, monitores. Policiais também encontraram celulares com os dados todos apagados, além de outros fatos que denotaram possível ocultação de elementos relevantes à apuração.

De acordo com a PF e o MPF, as mendidas foram feitas com acompanhamento de um representante da OAB.

O Globo
Portal Santo André em Foco

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