Mai 05, 2025

Lula vai à Rússia e à China nesta semana, para encontro com Putin e cúpula com países latinos Featured

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca na noite desta terça-feira (6) para dois destinos internacionais — Rússia e China. A visita ao país europeu, a convite do presidente russo, Vladimir Putin, ocorre entre quinta (8) e sábado (10). A ida à nação asiática, prevista para segunda (12) e terça (13) da semana que vem, marca a participação do petista na 4ª reunião ministerial do Fórum China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).

Em Moscou, capital da Rússia, Lula vai ao 80º aniversário do Dia da Vitória, celebrado em 9 de maio. A data marca o triunfo sobre a Alemanha nazista, na Segunda Guerra Mundial. Ainda no país, o brasileiro deve ter reuniões reservadas com Putin e discutir soluções para a guerra na Ucrânia. O conflito no Leste Europeu dura mais de três anos.

Lula e Putin também devem conversar sobre temas bilaterais e questões relacionadas ao Brics — que reúne, além de Brasil e Rússia, Índia, China e África do Sul. O grupo é presidido pelo Brasil neste ano, e a cúpula de líderes será no Rio de Janeiro (RJ), no início de julho.

O NDB (Novo Banco de Desenvolvimento, na sigla em inglês), conhecido como o Banco do Brics, também deve ser foco das discussões. Atualmente, a instituição é liderada pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Lula iria à Rússia em outubro do ano passado, para a cúpula do Brics. O petista, no entanto, cancelou a viagem e participou do evento por videoconferência após sofrer uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência.

Guerra no Leste Europeu
Lula confirmou, no fim do mês passado, a intenção de debater com Putin a situação na Ucrânia, durante giro pela Ásia. “Eu já tive a oportunidade de ligar para o Putin, dizer a ele que era importante voltar à política e encontrar um caminho para a solução. Eu pretendo ir à Rússia para a comemoração dos 80 anos da vitória da Segunda Guerra Mundial. Depois vou à China. E em todos esses fóruns vou tentar discutir a questão da paz”, declarou a jornalistas, no Vietnã.

À época, o petista aproveitou para elogiar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelas iniciativas em torno da paz no Leste Europeu, ao destacar que é importante conversar com os “dois lados” em um conflito. A fala faz referência à atitude da Europa, que, no início da guerra, era favorável a dialogar apenas com a Ucrânia.

“Eu poderia ser radical contra o Trump. Mas na medida que ele toma decisão de discutir a paz na Ucrânia, que o [ex-presidente Joe] Biden [com quem Lula mantém afinidade ideológica] deveria ter tomado, sou obrigado a dizer que, nesse aspecto, o Trump está no caminho certo. Agora, a Europa não quer ficar de fora e quer que o Zelensky entre também. E eu acho que tem que entrar. Devemos colocá-los à mesa, com quem eles convidarem para participar. Parar de atirar, começar a plantar comida e discutir paz”, completou Lula.

China
Lula vai ao país asiático em meio à guerra tarifária com os Estados Unidos, desencadeada por medidas protecionistas de Trump.

O brasileiro deve se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, e discutir as ações de Trump. Lula recebeu Jinping em Brasília (DF) em novembro do ano passado. Será a segunda visita oficial de Estado do petista à China neste mandato. A primeira ocorreu em abril de 2023.

R7
Portal Santo André em Foco

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