Durante agenda em Tóquio, no Japão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (26), que o mundo atravessa uma “situação econômica complicada|” e “muita insensibilidade na relação política” entre os Estados. Sem citar os Estados Unidos, disse que países deixaram protocolos importantes, como o de Kyoto e o Acordo de Paris, e voltou a pedir o fim das guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza.
“Nós entendemos que o mundo atravessa uma situação política difícil, uma situação econômica complicada e muita insensibilidade na relação política entre os Estados”, disse Lula em declaração à imprensa ao lado do primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, em Tóquio. Depois, citou que diversos protocolos, como o de Paris e de Kyoto, não foram cumpridos e que países decidiram sair dos instrumentos.
“Nós estamos vendo países que simbolizavam a ação democrática sofrendo risco de desestabilização pela função e participação da extrema-direita. Nós vimos o que está acontecendo na Europa, que era uma parte do mundo que só vivia em tranquilidade, e hoje, depois da guerra na Ucrânia, o que nós estamos assistindo é uma Europa voltar a se preparar para comprar arma, para investimento em armamento”, completou.
Em seu discurso, Lula falou que vê com muita seriedade o fim do cessar-fogo na Faixa da Ucrânia e citou a morte do cidadão brasileiro dentro de uma prisão em Israel nos últimos dias. Diante do cenário nacional e internacional, o presidente brasileiro argumentou que a relação Brasil e Japão “ganha uma nova dimensão”.
Segundo o brasileiro, os dois países vão continuar trabalhando juntos em medidas de mitigação e adaptação à mudança climática, no combate ao desmatamento e na prevenção de desastres naturais. “O primeiro-ministro e eu concordamos que a sustentabilidade, a paz e a democracia são essenciais para o futuro do planeta. O extremismo, o discurso de ódio e as notícias falsas solapam instituições e fomentam a intolerância.”
Além disso, Lula defendeu que as partes interessantes participem das negociações com vistas ao fim da guerra na Ucrânia e destacou que a situação no Oriente Médio exige uma resposta urgente da comunidade internacional. Por fim, afirmou que 2025 será um ano chave para o multilateralismo, tema central da próxima cúpula dos Brics, que será sediada no Rio de Janeiro no próximo julho.
R7
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