O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quarta-feira, 27 de novembro, da abertura do 14º Encontro Nacional da Indústria (Enai), no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília. O tema do evento deste ano, organizado pela Confederação Nacional da Indústria, é "Neoindustrialização e redução do Custo Brasil: uma nova indústria para um futuro sustentável".
Nós chegamos a 85% da nossa capacidade produtiva. Há quanto tempo a gente não chegava a isso? É esse país que tem que dar certo, porque, para mim, política econômica não é concentração de riqueza, é distribuição de oportunidades para 210 milhões de habitantes"
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
Na visão do presidente, o país precisa colocar inovação e tecnologia nos produtos brasileiros, com o intuito de gerar ainda mais competitividade. "Nós chegamos a 85% da nossa capacidade produtiva. Há quanto tempo a gente não chegava a isso? É esse país que tem que dar certo, porque, para mim, política econômica não é concentração de riqueza, é distribuição de oportunidades para 210 milhões de habitantes".
O presidente citou políticas e ações recentes para reindustrializar o país e anúncios de investimentos bilionários feitos recentemente por setores como automobilístico, de papel e celulose, de alimentação, aço e tecnologia de informações. Enfatizou que a retomada do protagonismo do Brasil na geopolítica internacional ajuda a abrir dezenas de mercados aos produtos brasileiros.
"Na agricultura, já abrimos mais de 195 mercados em apenas dois anos. E depois que a gente for para o Japão, em março, se preparem, porque temos que levar muitos empresários ao Japão. E depois a gente vai passar no Vietnã, também levar empresários, porque a nossa balança comercial com o Vietnã é de 6 bilhões de dólares, mais do que alguns países europeus. O Brasil não precisa ficar preso à sua história, aos países que nos colonizaram, temos que procurar mercados novos”, afirmou o presidente, que também reforçou seu otimismo em fechar, ainda em 2024, o acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul.
ESTRATÉGIAS - No encontro da indústria, estão previstas discussões de temas como protagonismo feminino na economia e na indústria, a estratégia brasileira e fomento à neoindustrialização, trabalho e mão de obra, requalificação de empresas, além de anúncios de parcerias estratégicas baseadas nas perspectivas sobre o futuro da indústria, alinhadas com os avanços tecnológicos, inovação e sustentabilidade. "Precisamos investir em inovação e tecnologia, formar novas lideranças e qualificar os trabalhadores conectados com as demandas do mundo moderno. É igualmente importante termos estratégias para aproveitar as nossas potencialidades e buscar uma integração pragmática ao mercado global. O Brasil é a bola da vez. Não tenho dúvida disso. Todos somos responsáveis por tornar isso realidade", destacou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban
COOPERAÇÃO TÉCNICA — Durante a cerimônia, foi assinado Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério da Saúde, a CNI e o Serviço Social da Indústria (Sesi), com o intuito de realizar ações intersetoriais para promover ambientes e processos de trabalhos saudáveis. No contexto da neoindustrialização brasileira e redução do custo Brasil, o ACT busca garantir condições de trabalho saudáveis em um ambiente cada vez mais desafiador e impactado por novas tecnologias.
Agência Gov
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