O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, na manhã desta segunda-feira (4), com ministros para tratar da Cúpula do G20, o grupo que reúne as principais economias do mundo. O evento será realizado na próxima semana, no Rio de Janeiro, e vai receber autoridades mundiais para debater diversos temas, entre eles o combate à fome e à pobreza.
A reunião, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, teve as presenças dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral).
A cúpula dos líderes do G20 vai ocorrer no Rio de Janeiro (RJ), entre os dias 18 a 19 de novembro. Atualmente, é presidido pelo Brasil, com as seguintes prioridades: reforma da governança global, combate às desigualdades e desenvolvimento sustentável. O fórum responde por dois terços da população, cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.
Integram o grupo do G20 os seguintes países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além de cadeira para a União Europeia e para a União Africana.
Na última semana, Lula declarou que o evento não será usado para discutir guerras, como o conflito no Oriente Médio. O presidente informou que Vladimir Putin (Rússia) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia) não vão participar da agenda. O petista argumenta que o fórum não é o espaço para discutir o assunto, uma vez que esse é proposito do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“Temos dois pequenos problemas. Nós não convidamos o Zelensky para participar, e o Putin não vai participar. Nós não achamos que esse fórum do G20 será espaço para discutir a guerra entre os dois países. Achamos que esse fórum é para discutir os temas abordados no último G20″, afirmou Lula na última sexta-feira (1º).
Revisão de gastos
O encontro ocorre em meio às pressões de diversos setores econômicos para a apresentação das medidas de revisão de gastos. Prometido para depois das eleições municipais, o ajuste nas despesas elevou as expectativas do mercado em relação ao potencial das medidas.
Na semana passada, a diferença entre o tempo da política e a pressão do mercado gerou turbulência, especialmente no mercado de câmbio, onde a cotação do dólar disparou, atingindo R$ 5,86.
O cenário fez com que o presidente pedisse ao ministro da Fazenda que cancelasse sua viagem para a Europa. Segundo nota, Haddad, que embarcaria na tarde desta segunda, “estará em Brasília ao longo da próxima semana, dedicado aos temas domésticos”. Pela previsão anterior, Haddad ficaria fora do país até o próximo sábado (9). O ministro da Fazenda passaria por França, Reino Unido, Alemanha e Bélgica, onde se reuniria com autoridades e investidores.
Haddad e a equipe econômica estudam um pacote de revisão de gastos, que pode impor um limite de aumento real de 2,5% por ano para as principais despesas do Orçamento, colocando o mesmo limite do teto do arcabouço fiscal. A expectativa é de que as alterações sejam tratadas via PEC (Proposta de Emenda à Constituição) e projetos de lei. A gestão ressalta que os programas sociais serão mantidos.
R7
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