Em discurso realizado na cúpula virtual do G20 nesta quarta-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou esperar que a trégua anunciada por Israel e os terroristas do Hamas possa pavimentar o caminho para o fim da guerra e defendeu a atuação de países e organismos internacionais para "recolocar o mundo no caminho da paz e da prosperidade".

"Quero saudar o acordo anunciado hoje entre Israel e o Hamas, que envolve a libertação de reféns [mulheres e crianças] em troca de uma trégua temporária de quatro dias e da libertação de prisioneiros palestinos. Espero que esse acordo possa pavimentar o caminho para uma saída política e duradoura para esse conflito e para a retomada do processo de paz entre Israel e Palestina", disse Lula.

"Esse conjunto de desafios vai exigir vontade política e determinação por parte de governantes e dirigentes de todos os países e organismos internacionais. Por meio do diálogo, temos de recolocar o mundo no caminho da paz e da prosperidade. O G20 tem um papel central a cumprir", completou o líder brasileiro.

Nesta terça-feira (21), Israel fez um acordo com o Hamas e anunciou uma trégua de quatro dias para que mulheres e crianças israelenses sejam soltas. Em troca, 300 prisioneiros palestinos devem deixar os presídios. Cerca de 240 pessoas foram sequestradas pelos terroristas no ataque de 7 de outubro. A ação massacrou 1.200 indivíduos e foi o estopim da guerra, que está prestes a completar 50 dias.

De lá para cá, as FDI (Forças de Defesa de Israel) realizam ataques aéreos e incursões por terra para tentar saber onde essas pessoas estão sendo mantidas. Até agora, apenas quatro reféns foram soltos pelo Hamas: duas americanas e duas idosas israelenses. Uma quinta refém, uma soldado do Exército de Israel, foi resgatada de Gaza.

Segundo a imprensa israelense, o grupo deve começar a ser liberado nesta quinta-feira (23) e receberá atendimento médico assim que for entregue pelos terroristas. Os reféns vão se encontrar com as famílias ainda no hospital.

Durante os dias em que os ataques ficarão suspensos, Israel permitirá a entrada de comida, assistência médica e combustível na Faixa de Gaza.

R7
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