O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Moreira Alves, de 90 anos, faleceu nesta sexta-feira (6) por falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado desde 23 de setembro em um hospital particular em Brasília.
Alves foi o ministro que declarou instalada a Assembleia Nacional Constituinte, em 1º de fevereiro de 1987. O ministro faleceu um dia após o aniversário de 35 anos da promulgação da Constituição, comemorado na quinta-feira (5).
Em nota, o STF informou que o velório deve ser realizado neste sábado no Salão Branco da Corte. Ainda de acordo com o Supremo, o presidente do tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, que está em São Paulo nesta sexta e embarcaria diretamente para viagem internacional, "voltará a Brasília especialmente para participar da despedida".
Trajetória
Paulista de Taubaté, Carlos Moreira Alves foi nomeado para o Supremo pelo então presidente Ernesto Geisel, tendo tomado posse no dia 20 de junho de 1975. Moreira Alves se aposentou em 20 de abril de 2003, ao atingir a idade limite do serviço público. Foi também procurador-geral da República de 1972 a 1975.
Moreira Alves queria estudar Medicina e dizia que nunca imaginou chegar ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. “Isso ocorreu por um desses acasos do destino. Descobri que tinha medo de sangue, de modo que me afastei do terreno da medicina e, felizmente, cheguei ao terreno do Direito, onde, obviamente, fiz uma carreira que foi razoavelmente bem feita,” contou ele em uma série sobre democracia do TSE.
O ministro presidiu o TSE de 1981 a 1982. Lá, passou por momentos que marcaram a passagem dele pela Corte, como a disputa pela sigla PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) e a definição da cédula eleitoral em 1982.
R7
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