Outubro 11, 2024

Em depoimento, Bolsonaro diz que não houve plano para gravar Alexandre de Moraes Featured

Em depoimento à Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro disse que não participou de plano para gravar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O ex-presidente prestou depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira (12), no inquérito que envolve o senador Marcos do Val (Podemos-ES). Bolsonaro afirmou que participou do encontro com Marcos do Val e Daniel Silveira em dezembro de 2022 no Palácio do Alvorada e que a reunião durou 20 minutos.

Bolsonaro disse ainda que ouvia de Daniel Silveira que o senador "teria algo para mexer com a República" e que descobriu pela live, já em 2023, que Do Val teria procurado Alexandre de Moraes para contar sobre a reunião. O ex-presidente negou participação em planos de golpe.

Segundo Bolsonaro, o senador Marcos Do Val teria encaminhado a ele uma "print" de uma mensagem enviada ao ministro Alexandre de Moraes. Nela, o senador afirmaria: "Quem está fazendo toda a movimentação com o objetivo de levá-lo à perda de função e até ser preso é o DS [Daniel Silveira]. O PR não está fazendo nenhum movimento neste sentido. O DS que está tentando convencê-lo, dizendo ao PR que eu conseguiria adquirir as peças fundamentais para que a missão fosse um sucesso". Bolsonaro disse à PF que achou a mensagem "sem nexo".

Marcos do Val prestou depoimento na Polícia Federal em 2 de fevereiro, quando disse estar arrependido de ter envolvido o ex-presidente na história de um suposto plano de golpe de Estado em que gravaria conversas com Alexandre de Moraes. À época, o parlamentar afirmou a jornalistas que o pedido para tentar gravar o ministro partiu do ex-deputado Daniel Silveira.

Na noite de 1º de fevereiro, o senador participou de uma live nas redes sociais e acusou Bolsonaro de tê-lo coagido a ajudá-lo a dar um golpe de Estado. Do Val, no entanto, disse que fez a afirmação depois de ter sido criticado na internet por apoiadores do ex-presidente por ter parabenizado o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) pela reeleição à presidência do Senado.

No mês passado, a PF cumpriu três mandados de busca e apreensão no gabinete do senador e em outros endereços ligados a ele, em Brasília (DF) e em Vitória (ES). A operação ocorreu porque a corporação teria identificado tentativas do senador de atrapalhar as apurações dos atos extremistas de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram depredadas por vândalos.

R7
Portal Santo André em Foco

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