O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta quarta-feira (5), a partir das 10h, na 17ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília. O tema deste ano é "Garantir direitos, defender o SUS, a vida e a democracia — amanhã vai ser outro dia". No evento, em Brasília, será produzido um documento que deverá ser contemplado no próximo ciclo de planejamento da União, servindo de subsídio para a elaboração do Plano Nacional de Saúde e Plano Plurianual de 2024-2027.

A conferência foi declarada aberta no último domingo (2). Ao todo, 4.048 pessoas foram eleitas delegadas para deliberar sobre 1.500 propostas e diretrizes, elaboradas em agendas municipais, estaduais e livres. A programação da conferência inclui momento cultural, atividades autogeridas, práticas integrativas e complementares em saúde (Pics) e apresentações culturais.

Na abertura do evento, o Ministério da Saúde, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Conselho Nacional de Saúde (CNS), lançou o Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais em Saúde, uma plataforma coletiva e interativa que reunirá iniciativas práticas e saberes dos movimentos sociais no campo da saúde. O objetivo é que a ferramenta seja uma fonte para construção de redes colaborativas sobre políticas públicas.

Nísia Trindade ganha apoio
Durante a abertura, a conferência foi palco de declarações de ministros de Lula em favor de Nísia Trindade à frente do Ministério da Saúde. Ela tem sido alvo de pressão por parte de parlamentares que querem o cargo. No entanto, a troca não é discutida pelo petista, segundo fontes do Palácio do Planalto.

"Minha parceira de governo, Nísia Trindade. Que mulher corajosa, forte, capaz de implementar e garantir o SUS nesse país. Nós queremos Nísia Trindade, porque precisamos do SUS, de vida, de dignidade", afirmou a ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves.

"Companheira Nísia, fiz questão de vir aqui trazer um abraço para você e dizer que conte conosco. Estamos juntos, para valer", disse o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

Em outro momento da conferência, Nísia foi elogiada também pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. "Não poderia deixar de dar meu abraço especial nessa mulher competente, corajosa, doutora, cientista social. Uma mulher que já presidiu a Fiocruz, que tem pesquisas importantes, que é, sobretudo, alguém que se firma pela capacidade de liderança, pela competência e pelo compromisso que tem com a ciência e com a vida", relatou.

1ª mulher à frente da Saúde
Nísia Trindade foi empossada como ministra da Saúde em 2 de janeiro, tornando-se a primeira mulher a chefiar a pasta. A ministra também foi a primeira mulher a presidir a Fiocruz, instituição histórica de ciência e tecnologia e referência internacional, entre 2017 e 2022.

Ela é doutora em sociologia (1997), mestre em ciência política (1989) pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj, atual Iesp) e graduada em ciências sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

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