Outubro 04, 2024

Lula diz esperar que Amorim traga, do encontro com Zelensky, 'indícios de soluções para a guerra' Featured

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (9) que espera que o chefe da sua assessoria especial para assuntos internacionais, Celso Amorim, traga da viagem à Ucrânia "indícios de soluções" para a guerra.

Lula deu a declaração à imprensa ao lado do primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte. O primeiro-ministro fez uma visita oficial ao presidente em Brasília.

Lula enviou a Kiev o chefe da sua assessoria especial, o ex-chanceler Celso Amorim, para conversar com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a respeito da guerra. A conversa deve ser nesta quarta (10) Antes, Amorim esteve em Moscou para uma reunião similar com o presidente russo, Vladimir Putin.

"Hoje [terça] o Celso Amorim chegou à Ucrânia. Ele já tinha ido à Rússia. Ele viajou 12 horas de trem para poder chegar à Ucrania. Eu espero que o Celso me traga não a solução, que ele me traga indícios de soluções para que a gente possa começar a conversar sobre paz. Ele já sabe o que o Putin quer, ele agora vai saber o que quer o Zelensky. Vamos ter instrumentos para conversar com outros países e construir, quem sabe, a possibilidade de pararmos essa guerra", afirmou o presidente.

Lula afirmou que a Ucrânia não pode aceitar a invasão territorial imposta pela Rússia. Semanas atrás, falas do presidente de que a Ucrânia também era responsável pela guerra geraram críticas das potências ocidentais, como o Estados Unidos.

"Ucrânia não pode aceitar ocupação do território, tem que resistir. União Europeia tem sua razão. Brasil e outros países têm sua razão de tentar encontrar um meio termo. Se achava que não teria sucesso, não estaria metido nisso até os dentes", disse Lula.

O presidente afirmou que é "hora de diplomacia". Lula tem defendido a criação de um grupo de países neutros em relação à guerra para intermediar a paz entre Rússia e Ucrânia.

"Não é hora de guerra. O Brasil condenou a ocupação terrirtorial da Ucrânia, mas, ao mesmo tempo, a continuidade da guerra só vai levar à morte. Precisa encontrar alguém para discutir a paz. O Brasil está disposto a isso", afirmou o presidente.

O primeiro-ministro da Holanda disse que ficou feliz em conversar sobre a guerra com Lula "sem concessões que possam afetar soberania da Ucrânia".

Temas para a cúpula do G7
Lula também disse que, na cúpula do G7, no Japão, vai conversar sobre Amazônia, negociações pelo fim da guerra na Ucrânia e alternativas para geração menos poluente de energia.

g1
Portal Santo André em Foco

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