Outubro 03, 2024

Em ato com Bolsonaro, presidente de entidade diz que democracia só será consolidada com tolerância Featured

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, se dirigiu ao presidente Jair Bolsonaro durante um evento nesta terça-feira (26) e afirmou que a democracia somente será consolidada se houver tolerância entre pessoas que pensam de forma diferente.

Ziulkoski fez a afirmação durante o ato de abertura da "Marcha a Brasília em defesa dos municípios", evento organizado pela CNM.

"Queremos ressaltar a sublinhar que aqui está a divergência do Brasil. Aqui estão prefeitos de todos os partidos, aqui tem prefeitos da extrema-esquerda, da esquerda, de centro, da direita. Não vou qualificar os partidos, mas todos estão aqui convivendo de maneira pacífica e é isso o que queremos para o Brasil", afirmou o presidente da entidade.

"Nós queremos que a diversidade, e sim, ela existe, [...] a democracia só será consolidada quando nós tivermos a tolerância. E nós estamos aqui dizendo, senhor presidente, que este é o nosso papel, com muito orgulho. Todos aqui convivemos. Prefeitos de partidos totalmente diferentes, mas sempre por uma causa comum", acrescentou.

Ainda no evento, Ziulkoski disse ser preciso "dar exemplo para o Brasil". "O Brasil precisa fazer como nós estamos fazendo: se unir. Unidos, para que possamos resgatar nossa moral, nossa dignidade e trabalhar por um Brasil cada vez maior", completou.

As declarações foram dadas em meio a uma crise entre os poderes Executivo e Judiciário. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) à perda do mandato e a 8 anos e 9 meses de prisão por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do Supremo e a instituições.

Daniel Silveira é apoiador do presidente Jair Bolsonaro e, um dia após a decisão do STF, Bolsonaro editou um decreto no qual perdoou a pena do deputado.

Partidos de oposição, então, acionaram o Supremo a fim de tentar suspender o decreto de Bolsonaro. A relatora do caso, ministra Rosa Weber, deu prazo de 10 dias para Bolsonaro explicar o perdão da pena.

O colunista do g1 Valdo Cruz informou que, nos bastidores, ministros do STF defendem que o decreto não seja suspenso agora para "baixar a temperatura" entre os poderes.

7 de Setembro
Esta não foi a primeira crise entre o presidente Jair Bolsonaro e o STF. No feriado de 7 de Setembro do ano passado, Bolsonaro fez um discurso a apoiadores na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, com ameaças golpistas.

Dois dias depois, aconselhado pelo ex-presidente Michel Temer, Bolsonaro divulgou uma "Declaração à Nação" na qual disse que não teve "intenção de agredir" os poderes no discurso de 7 de Setembro.

g1
Portal Santo André em Foco

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