A PGR (Procuradoria-Geral da República) decidiu solicitar ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de inquérito para investigar o ministro da Educação, Milton Ribeiro. Ele é suspeito de se envolver em um esquema de tráfico de influência na pasta. Pastores que não têm cargo público atuariam para induzir a liberação de verbas para municípios.
O pedido deve ser protocolado no Supremo ainda nesta quarta-feira (23), de acordo com fontes ouvidas pelo R7. Além da PGR, a Corte recebeu outros quatro pedidos de investigação.
As suspeitas tiveram início com um áudio publicado pela Folha de S.Paulo em que o ministro afirma dar prioridade para a liberação de recursos para em municípios indicados pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Em seguida, em um outro áudio, o prefeito de Luis Domingue (MA), Gilberto Braga, afirma que um pastor pediu a ele 1 kg de ouro em propina para influenciar o repasse de verbas pelo Ministério da Educação.
A investigação solicitada pela PGR deve focar nas duas linhas de investigação, tanto na influência dos religiosos junto ao ministro Milton Ribeiro e no eventual repasse de propina para influenciar na liberação de recursos. Na gravação, o ministro afirma que houve um pedido pessoal do presidente Jair Bolsonaro para atender os pastores.
Em nota, Ribeiro negou as acusações e disse que não existe a possibilidade de que os recursos sejam repassados por causa de influencias. Ele alega que todas as decisões seguem caráter técnico e que o presidente Jair Bolsonaro não fez recomendações.
R7
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