Defensor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das “rachadinhas”, o advogado Rodrigo Roca será o novo chefe da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), no Ministério da Justiça e Segurança Pública. A portaria com a nomeação dele foi publicada nesta quarta-feira (9) no Diário Oficial da União e assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Roca assumiu a defesa de Flávio Bolsonaro em junho de 2020. Ele substituiu o advogado Frederick Wassef, que deixou o caso logo após a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do parlamentar, em um imóvel ligado a Wassaf, em Atibaia, no interior de São Paulo.
A denúncia contra o senador foi formalizada em novembro de 2019 e aponta um suposto esquema de desvio de salário de funcionários que trabalhavam no gabinete dele na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro durante os mandatos de Flávio como deputado estadual.
O R7 procurou Rodrigo Roca para comentar a nomeação como chefe da Senacon, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem. O espaço permanece aberto para que o advogado se manifeste.
Procurado pela reportagem, o senador Flávio Bolsonaro declarou que o advogado não atuava mais no caso e que a ida dele para a secretaria não foi recomendação do parlamentar. "Não o indiquei, apenas me procurou quando foi convidado diretamente pelo ministro [da Justiça] Anderson Torres e aceitou. Acha que pode colaborar muito, por exemplo, na fiscalização de preços abusivos de combustíveis", disse o senador.
Rodrigo Roca foi advogado do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral. O advogado convenceu o ex-governador a falar, admitir caixa 2 e iniciar um processo de delação premiada. O defensor foi substituído depois da primeira condenação de Cabral em recurso no TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região). O advogado também esteve à frente do Procon do Rio de Janeiro em 2013.
R7
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