O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou, nesta terça-feira (8), o compartilhamento de provas entre o inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro divulgou documentos sigilosos da Polícia Federal com a investigação sobre uma milícia digital. Para o magistrado, pode haver correlação entre o ato do presidente e o grupo alvo da outra diligência.
O magistrado atendeu pedido da delegada Denisse Ribeiro, da PF. "Verifico a pertinência do requerimento da autoridade policial, notadamente em razão da identidade de agentes investigados nestes autos e da semelhança do modus operandi das condutas aqui analisadas com as apuradas nos Inquéritos 4.874/DF e 4.888/DF, ambos de minha relatoria", escreveu o magistrado, em um trecho da decisão.
No primeiro inquérito, a PF entendeu que o presidente cometeu crime de violação de sigilo funcional, com o deputado federal Filipe Barros e o ajudante de ordens Mauro. O caso agora está na PGR (Procuradoria-Geral da República) e apura a publicação de documentos de um inquérito que apura ataque hacker contra os sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Corte já ressaltou que a investida não comprometeu a segurança das eleições.
A segunda investigação apura a eventual existência de uma milícia digital criada para atacar as instituições e o Estado Democrático de Direito. Entre os alvos estariam o próprio Supremo e o Congresso Nacional.
R7
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