Outubro 02, 2024

Embarcações são destruídas em operação contra garimpo ilegal no AM Featured

No fim de semana, a Polícia Federal, Ibama e as Forças Armadas fizeram uma operação contra o garimpo ilegal no Rio Madeira, na região do município de Autazes, no Amazonas. No total, 350 balsas e dragas foram mapeadas no Rio Madeira, mas 131 balsas foram apreendidas. Três garimpeiros foram presos.

Balsas e dragas usadas por garimpeiros para extração de ouro atracaram no Rio Madeira, próximo à comunidade de Rosário, no município de Autazes, distante 113 quilômetros de Manaus, há cerca de 20 dias. As embarcações formaram uma "vila flutuante" para exploração ilegal de ouro.

Dezenas de garimpeiros conseguiram deixar a área antes da ação policial. As balsas subiram o rio sozinhas ou engatadas umas nas outras e empurradas por um barco. Muitos tentaram levar parte dos equipamentos ou pelo menos algumas peças. Os ribeirinhos acompanharam a fuga.

Algumas embarcações foram incendiadas e destruídas pelos agentes. Até uma embarcação que normalmente reboca outros barcos foi usada para demolir uma balsa usada para dragar o rio e extrair ouro.

Em Brasília, o vice-presidente Hamilton Mourão, presidente do Conselho da Amazônia, admitiu que o problema ainda não acabou:

“O garimpo já foi devidamente dispersado, vamos dizer assim, mas tem que manter uma vigilância constante porque tem ouro lá, se não houver a vigilância, o pessoal volta”, disse.

Na comunidade pesqueira na região de Autazes, a preocupação foi com a qualidade da água. Segundo moradores, há anos eles convivem com o garimpo na região.

Dados da plataforma MapBiomas mostram que a área garimpeira na bacia do rio madeira aumentou em quase seis mil hectares. No ano passado, o mapeamento dos garimpos de superfície foi recorde.

Segundo Cesar Diniz, coordenador do MapBiomas mineração, afirmou que 2020 teve a maior área garimpada em 36 anos.

“Do ponto de vista ecológico, você tem três problemas principais: remoção da vegetação amazônica nativa, descarte inadequado no solo e nos rios, mesmo que seja de superfície esse mercúrio vai ser carregado até os rios, e você tem a diminuição da biodiversidade”, disse.

g1
Portal Santo André em Foco

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