O programa Correio Debate, da Rede Correio Sat, transmitiu, na edição desta terça-feira (23), uma entrevista exclusiva com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). A conversa aconteceu pela manhã, no Palácio do Planalto. Esta foi a primeira vez que uma equipe da imprensa paraibana foi recebida por um presidente da República em Brasília. A entrevista com Jair Bolsonaro teve produção e coordenação jornalística de Ana Cláudia Brandão e condução de Victor Paiva.

No encontro, que durou quase uma hora, Jair Bolsonaro fez um balanço do seu governo nas áreas de Economia, Saúde, Educação e Infraestrutura. Ele também falou de temas tensos, como a CPI da Pandemia e as duras críticas de governadores do Nordeste. Ataques ao Judiciário e rompimentos com aliados também foram assuntos na entrevista.

Jair Bolsonaro tratou, ainda, sobre futuro partidário e o possível retorno do ex-presidente Lula ao cenário político para as Eleições 2022, assim como da candidatura do seu ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro. Segundo ele, nem o velho rival, nem o ex-aliado ameaçam sua campanha à reeleição.

“Eu acredito que Lula não tem mais futuro na política. Passou o tempo do PT. Não estou preocupado com Lula e poderia debater com ele sem problema algum”, disse Bolsonaro, que ainda ainda minimizou os recentes encontros do ex-presidente com políticos da Europa.

Jair Bolsonaro criticou o perfil ‘frio’ de Sergio Moro e avaliou que o ex-juiz terá dificuldade em angariar eleitores. “Quando estava no meu governo, ele nunca contou uma piada, raramente conversava. Ele tem o direito de sair candidato em 2022, mas quero saber como ele vai conversar com a população”.

Ainda sobre as Eleições 2022, Bolsonaro confirmou que tem negociado sua filiação ao Partido Liberal (PL) e que o acordo com o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, está “quase fechado”. O chefe do Executivo nacional disse que vai procurar nomes da direita ou do centro para se aliar na Paraíba, mas não citou nomes de possíveis companheiros de campanha.

Também sem citar nomes, Jair Bolsonaro falou que foi traído por muitos políticos que o apoiaram em 2018. “Tivemos algumas traições. Elegemos 54 parlamentares pelo PSL. Acredito que apenas meia dúzia conseguiria se eleger sem minha presença. Lamentavelmente, depois cada um quis seguir seu destino e cobrar de mim coisas que não haviam sido acertadas. Mas tenho certeza que em 2022 essas pessoas terão seus atestados de óbitos como políticos”.

Na entrevista, o presidente da República também destacou ações de seu governo, como a conclusão de obras iniciadas em governos anteriores, e elogiou ministros, a exemplo do paraibano Marcelo Queiroga (Saúde), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Gilson Machado (Turismo).

“Só Rogério Marinho tem mais de 20 mil obras pelo Brasil. O Ministério do Turismo também realiza obras. É muito trabalho. O ministro Queiroga também está fazendo o seu papel. Gostaríamos de ter mais recursos para fazer mais, mas infelizmente o orçamento tem limite”, disse.

Portal Correio
Portal Santo André em Foco