O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta segunda-feira (25) um pedido de investigação sobre a live do presidente Jair Bolsonaro que incluiu a divulgação de uma associação mentirosa entre as vacinas contra Covid e o risco de contrair Aids.
Bolsonaro ainda não é investigado formalmente. A decisão de Barroso é praxe nesse tipo de caso, já que cabe à PGR a investigação de políticos com foro privilegiado na Corte. Cabe à PGR avaliar se há elementos para pedir uma abertura de inquérito para apurar o caso.
O ministro analisa uma ação apresentada por parlamentares do PT, PSOL e PDT que acionaram o Supremo após a associação falsa e sem qualquer respaldo científico.
Bolsonaro deu a declaração em uma live que foi ao ar na quinta-feira (21). Entre a noite de domingo (24) e a tarde desta segunda (25), o Facebook e o YouTube retiraram a gravação do ar.
No vídeo, Bolsonaro menciona uma notícia falsa que diz que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que as pessoas totalmente vacinadas estariam desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS) "muito mais rápido do que o previsto".
Na ação enviada ao STF, os parlamentares disseram que o fato de Bolsonaro disseminar mentiras sobre a vacinação é um "desrespeito" com as famílias que tiveram perdas de entes pela Covid.
"O presidente da República mentir sobre a vacinação – utilizando um site conspiracionista e conhecido pelas fake news – além de um ato criminoso, é um absoluto desrespeito para com o país e com as famílias enlutadas", escreveram.
g1
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