Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro a uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-advogado-geral da União André Mendonça se reuniu nesta quinta-feira (16) com senadores para pedir apoio.
Embora Bolsonaro tenha oficializado a escolha em julho, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (DEM-AP), ainda não marcou a sabatina — cabe à CCJ do Senado sabatinar os indicados ao Supremo.
Pelo regimento interno da Casa, na CCJ, o indicado é aprovado se obtiver os votos da maioria simples dos senadores presentes à sabatina. No plenário, são necessários 41 votos favoráveis dentre os 81 senadores.
A demora para a marcação da sabatina se deve à resistência de senadores à indicação, principalmente após os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal nas manifestações políticas do 7 de Setembro. Desde então, senadores avaliam que a indicação seria derrotada se levada ao plenário.
Mendonça é o candidato a ministro "terrivelmente evangélico" cuja indicação Bolsonaro prometeu a líderes e parlamentares desse segmento religioso.
Ele disse ter "confiança total" de que será aprovado pelo Senado — além de advogado-geral da União, Mendonça já foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro
"A gente está conversando com os senadores e vai continuar conversando. Tem que ter paciência, resiliência, e, no tempo certo, a sabatina vai ser marcada", disse Mendonça após visita aos parlamentares.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), informou nesta quinta que conversará com Alcolumbre para "resolver" a questão.
"Conversarei com o presidente Davi Alcolumbre, obviamente respeitando a autoridade dele como presidente da CCJ, mas sempre faremos a ponderação do melhor caminho, do caminho de consenso, para poder resolvermos essa questão", afirmou. "Vamos fazer os arranjos necessários para resolver não só essa indicação, mas outras tantas que estão pendentes", disse.
Se aprovado, Mendonça substituirá o ministro Marco Aurélio Mello, STF, que se aposentou em 12 de julho.
Mandado de segurança
O líder do Cidadania, senador Alessandro Vieira (SE), afirmou em uma rede social que apresentou um mandado de segurança ao Supremo com o objetivo de viabilizar a sabatina. Segundo ele, Alcolumbre "se recusa" a agendar a análise da indicação.
"Junto com o senador Jorge Kajuru, apresentei mandado de segurança no STF contra o senador Davi Alcolumbre, que na condição de presidente da CCJ se recusa a marcar a sabatina do indicado pelo presidente para a vaga no Supremo. Não existe motivo republicano para essa conduta", disse.
G1
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