O ministro da Justiça, Anderson Torres, prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (26) no inquérito das fake news – que apura os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral. O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, foi ouvido na quarta (25).

A investigação foi aberta no início de agosto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após uma série de investidas de Bolsonaro contra a urna eletrônica e a ameaça de não realizar as eleições em 2022. O ponto central da apuração é a live feita pelo presidente no dia 29 de julho – quando Bolsonaro fracassou em apresentar provas sobre supostas irregularidades no sistema eleitoral brasileiro.

Torres e Ramagem foram ouvidos como testemunhas. A previsão é a de que seja ouvido na próxima segunda-feira (30) o ministro da Secretária-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos.

Também prestará depoimento o coronel da reserva do Exército, Eduardo Gomes da Silva, que era assessor especial de Ramos e ficou ao lado de Bolsonaro durante a transmissão.

A PF deseja saber:

• quem foi o organizador responsável pelo evento;
• os envolvidos no processo de produção e transmissão da live;
• as fontes dos dados divulgados na live;
• eventuais colaboradores que tenham auxiliado na produção dos vídeos e textos;
• quais as pessoas que estiverem presente em algum momento da transmissão.

Os dados reunidos pela PF no inquérito das fake news devem ser compartilhados com o inquérito administrativo aberto pelo Tribunal Superior Eleitoral que também apura os ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas.

Em depoimentos ao TSE, o ministro da Justiça e coronel da reserva que participou da live admitiram que não há provas de fraudes nas eleições.

G1
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