Outubro 04, 2024

Em reunião do Prosul, Bolsonaro critica prisão de ex-presidente da Bolívia Featured

O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta terça-feira (16), durante encontro virtual de líderes do Prosul, a prisão da ex-presidente da Bolívia Jeanine Áñez por suspeita de participar de uma conspiração para retirar Evo Morales do poder, em 2019.

Áñez foi presa no sábado (13), na cidade de Trinidad, capital do departamento amazônico de Beni (nordeste). No domingo (14), a Justiça determinou quatro meses de prisão preventiva para a ex-presidente.

Outros cinco ex-ministros de Áñez também foram detidos, e o governo do Peru informou que a ex-ministra Roxana Lizárraga solicitou asilo.

Como reação as prisões, dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de várias cidades da Bolívia para protestar contra o atual presidente, Luis Arce, herdeiro político de Evo Morales.

Bolsonaro aproveitou seu discurso, transmitido pela TV Brasil, para criticar a prisão de Áñez. Ele lembrou que a defesa e promoção da democracia “é um dos princípios basilares do Prosul”, grupo formado por países sul-americano (Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Guiana).

“Nesse sentido, nos preocupam os acontecimentos em curso na Bolívia, nosso vizinho e país irmão, onde a ex-presidente Jeanine Áñez e outras autoridades formam presas, sob a alegação de participação em golpe, que nos parece totalmente descabida. Esperamos que a Bolívia mantenha em plena vigência o Estado de direito e a convivência democrática", disse Bolsonaro.

Pandemia
Durante o discurso transmitido pela TV Brasil, emissora oficial do governo federal, Bolsonaro citou como "duas grandes prioridades" do governo a "superação da crise sanitária e a necessidade urgente de retomada do crescimento econômico" diante da pandemia do novo coronavírus.

O presidente, contudo, não citou a campanha de vacinação em curso no país ou se solidarizou com as quase 280 mil vítimas brasileiras da Covid-19. Ele concentrou o discurso no enfrentamento aos problemas econômicos provocados pela pandemia.

"A pandemia suspendeu as atividades da cadeia produtiva de nossos países e teve impactos severos sobre os níveis de emprego e renda em todo o mundo", declarou.

O presidente destacou que a queda de 4,1% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 ficou abaixo do projetado e destacou o pagamento do auxílio emergencial, que será retomado no próximo mês.

"Por trás das estatísticas, nos solidarizamos com milhões de famílias que, sem o amparo dos governos nacionais, perderiam seus meios de subsistência, sua segurança alimentar e sua dignidade como seres humanos. A situação é ainda mais grave em países como os nossos, onde número significativo de pessoas precisa buscar seu sustento e de seus familiares por meio da informalidade, muitas vezes trabalhando de dia para pagar a comida da noite, sem garantia de uma renda mínima", disse.

Bolsonaro ainda disse que o governo está determinado a aprovar medidas para permitir o crescimento sustentado da economia, como as reformas tributária e administrativa, a nova lei de falências e a privatização de estatais.

O presidente também apontou como um dos desafios pós-pandemia a busca de recursos para financiar o desenvolvimento sustentável da região amazônica.

G1
Portal Santo André em Foco

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