O presidente Jair Bolsonaro procurou não polemizar a eleição para a nova presidência da Câmara dos Deputados, que ocorrerá nesta segunda-feira (1º). Perguntado por um apoiador nesta manhã, em Brasília, se tinha algum recado para Rodrigo Maia (DEM-RJ, que deixa o comando da Casa, o presidente preferível ser cordial.
"Seja feliz. Tudo acaba um dia. Meu mandato vai acabar um dia. Então devemos nos preparar para esse momento aí", disse.
Bolsonaro aposta todas as suas fichas em Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão, que tem como principal concorrente Baleia Rossi (MDB-SP), lançado pelo desafeto de Maia.
Bolsonaro acusa Maia de ter bloqueado o avanço da maior parte de seus projetos desde janeiro de 2019, quando começou o governo.
Rossi vem perdendo apoio nos últimos dias, inclusive com um desembarque do DEM, partido de Maia. Irritado, o atual presidente da Casa considera aceitar pedidos de impeachment de Bolsonaro, como último ato de seu mandato.
O presidente faz campanha para Lira, seu aliado no Congresso. Na quarta-feira (27), fez reunião com o PSL para garantir votos ao deputado. Na ocasião, afirmou que a eleição do deputado pode garantir "um relacionamento pacífico e produtivo" com a Câmara.
Fique em casa não é meu
O presidente voltou a criticar as medidas sanitárias promovidas por governadores e prefeitos na tentativa de frear o contágio da covid-19. Bolsonaro disse que "o fique em casa" nunca foi e nunca será política minha".
E aproveitou para cutucar desafetos políticos, como os tucanos João Doria e Bruno Covas, governador e prefeito de São Paulo, respectivamente.
"Fique em casa pra uns. Outros é Miami e Maracanã. Aí não dá, né?", disparou.
O presidente fez referência à viagem de Doria a Miami no fim do ano e à ida do prefeito para a final da Taça Libertadores da América entre Santos e Palmeiras, no sábado.
R7
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