Novembro 26, 2024

Defesa de Moro pede ao STF novo depoimento de Ramagem sobre suposta interferência na PF Featured

A defesa do ex-ministro Sergio Moro pediu nesta sexta-feira (18) que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine um novo depoimento do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem, no inquérito que apura a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na autonomia da Polícia Federal.

O pedido leva em consideração as informações de que a Abin teria produzido relatórios para auxiliar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos -RJ) na tentativa de anular as investigações do caso das "rachadinhas". O caso foi revelado pela revista "Época".

Os advogados afirmam ainda que esses documentos podem ter sido repassados diretamente por Ramagem para a defesa do filho do presidente. O pedido será analisado pelo relator, ministro Alexandre de Moraes.

O pedido da defesa
Segundo a defesa de Moro, Ramagem já negou em depoimento, no inquérito da suposta interferência na PF, que Bolsonaro tenha pedido qualquer relatório de inteligência sobre investigações em andamento.

O atual chefe da Abin, que chegou a ser nomeado para a direção-geral da PF, também rechaçou no depoimento que tivesse contatos com os filhos do presidente, ressalvando que falou apenas com o deputado Eduardo Bolsonaro sobre questões de trabalho.

A defesa relembra ainda que durante reunião ministerial do dia 22 de abril, “o presidente manifestou sua vontade em substituir o diretor-geral da Polícia Federal, indicando, como substituto, o atual chefe da ABIN e possível subscritor dos relatórios indicados pelas matérias jornalísticas”.

“Portanto, a junção inusitada das circunstâncias fáticas acima relacionadas, mesmo que se tratem, por ora, apenas de notícias jornalísticas, endossa e reforça a imprescindibilidade de novo depoimento do dr. Alexandre Ramagem - apontado pela imprensa como possível subscritor ou autor dos mencionados relatórios - bem como a requisição de cópia destes mesmos relatórios alegadamente produzidos pelos agentes de inteligência ou pelo próprio órgão, permitindo a análise de possíveis implicações pertinentes à questão criminal aqui apurada ou, ainda, o esclarecimento dos eventos noticiados”, dizem os advogados.

G1
Portal Santo André em Foco

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