O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar nesta quarta-feira sobre a vacinação contra a Covid-19 e disse que não poderá ser cobrado se houve efeito colateral ou "um problema". Levantando dúvidas sobre a imunização antes mesmo da aprovação de qualquer produto no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ele disse que mostrará "todo o contrato" quando for comprar a vacina de uma empresa. Enquanto isso, Reino Unido e Rússia anunciam início da vacinação em massa para semana que vem.
O assunto surgiu durante conversa do presidente com apoiadores na chegada ao Palácio da Alvorada, no início da noite, na qual ele reforçou suas críticas a medidas de confinamento adotadas por prefeituras e governos estaduais. Ele dizia ser "lógico" que tem que haver preocupação com o vírus e "esperar uma vacina" quando mencionou suas reservas:
— Cada empresa tem a sua vacina. Vamos supor que numa das cláusulas da vacina que eu vou comprar a gente vai ter que ver o que eles oferecem. Vamos supor que lá no meio está escrito o seguinte: nos desobrigamos de qualquer ressarcimento, de qualquer responsabilidade com possíveis efeitos colaterais imediatos ou futuros. E daí, vocês vão tomar essa vacina? Porque, em chegando, havendo essa conclusão... porque começaram alguns países a vacinar... Eu vou mostrar todo o contrato para vocês. Quem tomar vai saber o que está tomando e daí as consequências — declarou o presidente.
Bolsonaro então acrescentou:
— Se tiver um efeito colateral ou um problema qualquer já sabem que não vão cobrar de mim. Porque eu vou ser bem claro, "a vacina é essa".
Diagnosticado com a Covid-19 em julho, Bolsonaro afirmou que, por ter contraído o vírus, já está "vacinado". Ele já havia dito, nos últimos dias, que não tomará nenhuma vacina contra a doença.
O Globo
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