Novembro 29, 2024
Arimatea

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O presidente Jair Bolsonaro assinou na noite desta segunda-feira uma medida provisória (MP) para transferir o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o guarda-chuva do Banco Central (BC). O órgão foi rebatizado de Unidade de Inteligência Financeira e deixa o Ministério da Economia , ao qual estava subordinado. O ato será publicado na edição desta terça do Diário Oficial da União.

O texto estabelece que a unidade é responsável por "produzir e gerir informações de inteligência financeira para a prevenção e o combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e ao financiamento da proliferação de armas de destruição em massa e promover a interlocução institucional com órgãos e entidades nacionais, estrangeiros e internacionais que tenham conexão com a matéria".

A MP, que vincula o órgão administrativamente ao BC, confere "autonomia técnica e operacional e atuação em todo o território nacional".

A mudança foi discutida por Bolsonaro ao longo do dia em reuniões com os ministros da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, e da Economia, Paulo Guedes.

O Coaf é presidido por Roberto Leonel, cuja permanência no cargo está em xeque. Ele foi indicado pelo ministro Sergio Moro e, nas últimas semanas, tornou-se alvo da insatisfação do presidente Jair Bolsonaro .

Com a edição da MP, caberá ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, escolher o presidente da unidade e os integrantes do Conselho Deliberativo do órgão. Serão no mínimo, oito e, no máximo, 14 conselheiros — a quantidade será fixada pela diretoria colegiada do BC.

O texto estabelece apenas que eles sejam cidadãos brasileiros "com reputação ilibada e reconhecidos conhecimentos em matéria de prevenção e combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo ou ao financiamento da proliferação de armas de destruição em massa".

A medida revoga o artigo da lei que regula atualmente o Coaf, segundo o qual a composição deve ser "servidores públicos de reputação ilibada e reconhecida competência". Hoje designados pelo ministro da Economia, eles devem integrar o quadro de pessoal efetivo do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da Superintendência de Seguros Privados, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da Secretaria Especial da Receita Federal, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, da Polícia Federal, da Superintendência Nacional de Previdência Complementar e da Controladoria-Geral da União (CGU), indicados pelos respectivos ministros responsáveis pelas pastas.

Ao BC, caberá também aprovar a estrutura de governança e o regimento interno do novo órgão, cujos integrantes do quadro técnico-administrativo podem ser ocupantes de cargos em comissão e funções de confiança; servidores, militares e empregados cedidos ou requisitados; e servidores efetivos.

Em nota, a assessoria de imprensa do Banco Central infomou que a MP foi proposta pelo Ministério da Economia e pela instituição "dentro de projeto amplo para o aperfeiçoamento institucional do sistema regulatório brasileiro".

A instituição apontou ainda que a autonomia do instituição, em tramitação no Congresso Nacional, "confere respaldo à autonomia técnica e operacional da UIF, assegurando o foco de sua atuação na capacidade para a produção de inteligência financeira, com base em critérios técnicos e objetivos".

Até que o novo regimento interno seja aprovado, a estrutura do Coaf será aplicável à unidade. Por enquanto, os ministérios da Economia e da Justiça deverão prestar apoio técnico e administrativo à operação da UIF.

Remanejamento
O texto da MP remaneja todos os servidores e empregados em exercício, além dos cargos comissionados e de confiança alocados no Coaf para a UIF, já nesta terça, quando a medida entra em vigor.

A transferência não implicará em alteração nos salários. O ato aponta determina ainda que a realocação não pode ser "obstada a pretexto de limitação de exercício em outro órgão ou entidade por força do disposto em lei especial".

O Globo
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Com a alegação de que pretende ser mais transparente, o BNDES divulgou na noite desta segunda-feira, 19, uma lista de 134 empresas que contrataram financiamento do banco no período de 2009 a 2014 para a compra de jatos da Embraer. Entre essas empresas, está a Brisair, do empresário e apresentadore TV Luciano Huck, que obteve empréstimo de R$ 17 milhões em 2010.

A divulgação da lista cumpre promessa feita pelo presidente Jair Bolsonaro na quinta-feira, em transmissão ao vivo em rede social. Ele disse que revelaria quem comprou jatinhos com recursos do banco, ao “abrir a caixa-preta” da instituição.

Um dia antes, Huck fez críticas ao governo durante evento em Vila Velha (ES), como mostrou o Estado. “Esse governo foi eleito de maneira democrática. Mas eu não acredito que a gente está vivendo o primeiro capítulo da renovação. Para mim, estamos vivendo o último capítulo do que não deu certo”, disse o apresentador.

Bolsonaro não citou nomes, mas suas declarações foram interpretadas como uma referência à fala de Huck. “O anúncio vai expor gente que está dizendo que estamos no último capítulo do fracasso”, declarou.

O BNDES destacou que a linha de crédito foi criada em 2009, como parte do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Nessa linha eram cobrados juros inferiores à Selic.

Em fevereiro do ano passado, quando Huck era cotado como presidenciável, o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem sobre a operação. À época, Huck disse que “o Finame é um programa do BNDES de incentivo à indústria nacional, por isso financia os aviões da Embraer”.

Além dele, aparecem na lista empresas ligadas ao governador João Doria (que, via Doria Administração de Bens, financiou R$ 44 milhões em 2010); à JBS (R$ 39,7 milhões); a Michael Klein (R$ 77 milhões); e à família Moreira Salles (R$ 75,5 milhões), entre outros.

O governo de São Paulo informou em nota que não há irregularidade no financiamento. “A Embraer vendeu dezenas de jatos executivos e comerciais para empresas brasileiras e estrangeiras com financiamento do BNDES, gerando empregos e impostos para o Brasil. Nada errado nisto”, diz o comunicado.

A JBS afirmou que “o financiamento atendeu normas legais e seguiu os parâmetros estabelecidos pela linha BNDES Finame”. A assessoria de Michael Klein disse que “o empresário adquiriu a aeronave pela CB Air em meados de 2015, quando assumiu a dívida do comprador junto ao BNDES”.

Procurados pela reportagem, Huck e a família Moreira Salles não responderam.

Estadão
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A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para ser julgado logo o recurso que contesta a isenção da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba para conduzir as investigações sobre o tríplex no Guarujá (SP). Os advogados querem que a condenação seja anulada, com a libertação do petista. Segundo a defesa, na terça-feira Lula completa 500 dias de prisão “inconstitucional e injusta”.

“Na véspera de completar 500 dias da — inconstitucional e injusta — prisão do Paciente, vem a Defesa reiterar os termos e os pedidos formulados neste habeas corpus”, escreveram os advogados.

Eles também pedem o compartilhamento, nesse pedido específico de liberdade, dos supostos diálogos entre procuradores da República entre si, e das mensagens que teriam sido trocadas entre o procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sergio Moro. O material foi divulgado pelo site The Intercept Brasil e revela que os investigadores e o então juiz teriam conversado privadamente sobre as investigações.

“O conteúdo de tais mensagens reforça que tais procuradores da República promoveram uma verdadeira cruzada contra o Paciente, utilizando-se de meios ilegais para lhe impor uma condenação a qualquer custo”, diz a peça. Para a defesa, as condutas dos procuradores foram “incompatíveis com os postulados da legalidade, impessoalidade e moralidade — além da imparcialidade também aplicável a membros do Ministério Público”.

O recurso contra os procuradores da Lava-Jato foi apresentado ao STF na semana passada e ainda não foi liberado para julgamento. Por outro lado, está marcado para o dia 27 a análise de um outro recurso, em que a defesa pede para seja suspensa a ação penal sobre o Instituto Lula, que aguarda julgamento na primeira instância, em Curitiba. A defesa tem esperança de, nesse mesmo dia, ser discutido o recurso sobre os procuradores.

Os advogados também querem que seja retomado logo o julgamento sobre a suposta parcialidade de Moro na condução do processo do triplex. O recurso contra Moro começou a ser julgado pela Segunda Turma do STF no ano passado, quando o relator da Lava-Jato, ministro Edson Fachin, e a ministra Cármen Lúcia votaram contra o pedido dos advogados. Ainda faltam votar Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

Além desses processos, um outro recurso da defesa de Lula está sendo julgado desde a última sexta-feira no plenário virtual do STF. No sistema, não há necessidade de encontro físico entre os ministros; os votos são postados por meio eletrônico. Os advogados contestam a autorização de perícia em documentos da Odebrecht mantidos em sigilo durante o processo sem que a defesa tivesse oportunidade de contestá-los. A votação termina na quinta-feira.

O Globo
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O site do PSDB foi hackeado na noite deste domingo (18), por um invasor que se identifica como "rflh4xo3". O hacker apagou todo o conteúdo da página inicial e o substituiu por uma foto dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.

Logo abaixo da imagem, o invasor também escreveu uma frase: "o tempo passa, os dias ficam mais chatos e algumas pessoas mais ignorantes".

Por meio do Twitter, o partido afirmou que o invasor se trata de um "militante da extrema esquerda desocupado".

O PSDB retirou todo o conteúdo do site do ar. Essa não é a primeira vez que o partido sofre um ataque virtual. Em maio do ano passado, o site do PSDB Minas Gerais teve a homepage trocada por uma montagem de protesto contra o então presidente Michel Temer. Em outubro de 2015, o PSDB Minas também foi invadido.

Agência Estado
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A disponibilização para laboratórios privados e hospitais públicos de um ‘kit’ único para identificação rápida de patógenos de relevância médica, como vírus, bactérias e fungos, poderá se tornar realidade já em 2021, facilitando identificar as causas de uma infecção. A estimativa é da pesquisadora Rosane Silva, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que desenvolve o projeto. Atualmente, para identificar o que provoca uma infecção, os ‘kits’ disponíveis no mercado são específicos para somente um microrganismo alvo.

Com financiamento da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Rosane Silva disse na semana passada à Agência Brasil que a ideia é que o ‘kit’ que vem sendo testado em equipamentos de última geração possa ser usado também em outras plataformas de baixo custo.

“A ideia é tornar acessível para que qualquer laboratório possa utilizar o ‘kit’, entre os quais laboratórios de hospitais públicos. A gente quer que seja o mais abrangente possível e aplicado em equipamentos de custo mais baixo”. Rosane pretende também fazer parcerias para oferecer serviços e treinamento de pessoal de hospitais públicos para melhor utilização dos ‘kits’. Calculou que o custo desse teste pode evoluir de R$ 300 a até R$ 4 mil, dependendo do equipamento utilizado. “Vai depender muito do quanto a gente pode adequar o equipamento para diferentes plataformas”, explicou.

Casos especiais
Rosane esclareceu que esse ‘kit’ não é indicado para uso rotineiro, mas para casos especiais, como descobrir o que provoca uma infecção em pacientes com septicemia, contaminação alimentar e infecções em próteses ortopédicas de difícil tratamento. Pode fazer ainda o monitoramento ambiental em solos e águas que estejam contaminados por bactérias resistentes a antibióticos, além de detectar infecções no tecido cardíaco, como endocardites, e em pacientes pediátricos, incluindo neonatos e prematuros. O ‘kit’ identifica a conduta terapêutica que deve ser adotada.

O resultado do ‘kit’ sai entre 48 horas e 72 horas, mas a pesquisadora pretende que ele seja dado o mais rápido possível. “Em menos de cinco dias”. A pesquisadora espera validar todos os testes em até 24 meses. Ela está adaptando o sistema para que possa ser usado por laboratórios mais distantes ou remotos e que não tenham muitos recursos. A fase atual de testes é a mais difícil, avaliou Rosane Silva, porque envolve amostras clínicas que necessitam da autorização prévia dos pacientes. De acordo com a pesquisadora, o ‘kit’ pode ser direcionado também para uma assinatura genômica dos ácidos nucleicos.

A detecção simultânea de microrganismos associados à saúde humana reduz as internações e, em consequência, diminui os custos hospitalares e a mortalidade. “Se você tem o mais breve possível a identificação do patógeno, isso permite ter o medicamento adequado para aquele tipo de patógeno. O paciente vai se recuperar mais rápido, com menos custos de internação”. Ao mesmo tempo, reduz a mortalidade porque o paciente usufrui dessa informação para ter o medicamento correto, em vez de ser submetido a testes de diferentes drogas que acabam depauperando a pessoa.

O financiamento da Faperj para realização do projeto alcançou R$ 690 mil e o da Capes, R$ 100 mil. A Universidade do Texas é parceira intelectual do projeto. Os resultados alcançados até agora geraram três artigos sobre o tema na revista científica PLOS One, e nos jornais ‘Microbiologyopen’ e Gene. (Alana Gandra)

Agência Brasil
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O prazo para alunos não matriculados em uma instituição de ensino superior concorrerem a uma das bolsas remanescentes do Programa Universidade para Todos (ProUni) acaba nesta segunda-feira (19). Os estudantes interessados devem fazer as solicitações pelo site do ProUni. Os candidatos matriculados podem se inscrever até 30 de setembro.

O prazo terminaria na última sexta-feira (16), mas foi prorrogado devido a uma instabilidade no portal. Após identificar indícios de sabotagem no sistema, o Ministério da Educação (MEC) acionou a Polícia Federal (PF).

Vagas remanescentes
As vagas remanescentes são mais uma chance para quem não foi contemplado na primeira e segunda chamadas, além da lista de espera. A disponibilidade dessas vagas, voltadas para o segundo semestre do ano, ocorre por desistência dos candidatos pré-selecionados ou por falta de documentação.

Podem concorrer às bolsas remanescentes brasileiros sem diploma de curso superior e que tenham participado de qualquer edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, com nota superior a 450 pontos e que não tenha zerado a prova de redação.

Os professores da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica e que não tenham participado do Enem, podem se inscrever às bolsas de estudo em cursos de licenciatura.

Quem for selecionado deverá comparecer à instituição de ensino nos dois dias úteis subsequentes ao da inscrição para comprovar as informações prestadas. Caso a ocupação não seja confirmada, a bolsa volta a ficar disponível no sistema.

Agência Brasil
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O Congresso Nacional reúne-se nesta quarta-feira (21), a partir das 11 horas, para discutir e votar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020. A pauta traz ainda proposta que altera regras de funcionamento da Comissão Mista de Orçamento (CMO) devido às recém-criadas emendas impositivas de bancada.

Antes, deputados e senadores terão de votar 14 vetos que trancam os trabalhos da sessão conjunta. Entre eles estão os relacionados às regras para fiscalização de benefícios previdenciários (Veto 22), ao funcionamento das agências reguladoras (Veto 23) e às novas normas para proteção de dados pessoais (Veto 24).

A proposta para a LDO (PLN 5/19) foi aprovada no último dia 8 pela Comissão de Orçamento. O parecer do relator, deputado Cacá Leão (PP-BA), traz várias alterações em relação ao texto original do Poder Executivo, como a criação de um anexo com metas e prioridades para o governo Bolsonaro no próximo ano.

Cacá Leão incluiu a possibilidade de reajustes salariais para os servidores civis, mas a decisão caberá ao Poder Executivo, que só previa alterações nas remunerações das Forças Armadas. O relator também incluiu na proposta a proibição de aumentos em qualquer auxílio pago a servidor (alimentação, moradia e creche).

Para o salário mínimo, Cacá Leão manteve a proposta original do Poder Executivo, de reajuste para R$ 1.040 em 2020, sem ganhos reais. Em relação ao valor atual (R$ 998), o aumento nominal será de 4,2%, mesma variação prevista pelo governo para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) neste ano.

O texto prevê para 2020 um déficit primário de R$ 124,1 bilhões para o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central). A meta fiscal deste ano é de um déficit de R$ 139 bilhões. Desde 2014, as contas do governo federal estão no vermelho, e o texto prevê que essa situação perdure até 2022.

Relatorias setoriais
Também na pauta, o Projeto de Resolução do Congresso Nacional (PRN) 3/19 altera as regras de funcionamento da CMO para adequá-las às emendas impositivas de bancada criadas pela Emenda Constitucional 100 e para ajustar as práticas adotadas pelo colegiado, que são regulamentadas pela Resolução do Congresso Nacional 1/06.

Entre as mudanças, a proposta formaliza o colegiado de representantes dos líderes partidários. Além disso, cria anexo à Resolução 1/06 com a lista de relatores setoriais do Orçamento da União, de forma que, no futuro, se houver alguma mudança na estrutura organizacional do governo, a própria CMO possa fazer eventuais ajustes.

Em 2015, modificações semelhantes foram aprovadas pelo Congresso. Na época, o número de relatores setoriais foi elevado de 10 para 16, número que será mantido agora. As mudanças contidas no projeto são necessárias devido à reorganização administrativa promovida pelo governo, que reduziu o total de ministérios em relação às gestões de Dilma Rousseff e de Michel Temer.

Agência Câmara
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse nesta segunda-feira (19), após reunião com o governador do Acre, Gladson Cameli, na residência oficial do Senado, que tem conversado com prefeitos e governadores sobre a inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência por meio de uma “PEC paralela”. Davi avalia que os senadores estariam comprometidos em estender as regras previstas na PEC 6/2019 para os servidores públicos de outros entes da federação.

— Isso é papel do Senado, como casa da Federação, fazer esse debate e incluir os estados e os municípios para ajustar as contas do governo federal, que foi o que foi aprovado na Câmara dos Deputados e que está tramitando na CCJ e constituir uma nova proposta chamada de PEC Paralela para incluir estados e municípios — disse Davi.

Essa PEC, explicou o presidente, é na verdade, uma proposta de emenda autônoma que deve começar a tramitar no Senado a partir de um destaque de algum senador em Plenário.

— A meu ver e no meu entender os senadores estão comprometidos e tem o desejo de fazer essa inclusão de estados e municípios — apontou.

Gladson Cameli
O governador do Acre defendeu a aprovação da reforma e a inclusão dos estados e municípios por meio da PEC Paralela. Segundo ele, a medida é fundamental para assegurar o reequilíbrio das contas do seu estado.

— Nós não aguentamos mais postergar essa situação. Se não forem incluídos os estados, eu vou ter que decretar estado de calamidade financeira — disse Cameli.

A senadora Mailza Gomes (PP-AC), que acompanhou a visita do governador ao presidente do Senado, também manifestou apoio à reforma.

— Acho que a reforma será a saída para que nosso Brasil volte a crescer e os estados venham a ter melhores condições de trabalho — defendeu.

Além da inclusão dos estados e municípios na reforma da Previdência, a reunião serviu para que o governador do Acre apresentasse as demandas do estado frente ao governo federal como a conclusão de obras de infraestrutura e a liberação de recursos para a área da saúde. O presidente Davi Alcolumbre se comprometeu a ajudar a viabilizar recursos junto ao governo federal.

Agência Senado
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O Pentágono informou nesta segunda-feira (19) que testou um míssil que atingiu seu alvo depois de percorrer mais de 500 km. Trata-se do primeiro teste desse tipo desde que os EUA abandonaram o tratado de desarmamento nuclear INF, assinado nos últimos anos da Guerra Fria.

Em comunicado, o Pentágono disse que o teste aconteceu no domingo, na ilha de San Nicolas, na Califórnia.

Os Estados Unidos deixaram formalmente o INF no início deste mês, depois de declararem que a Rússia descumpria o tratado, uma acusação que o Kremlin nega.

Temor de nova corrida armamentista
O "Tratado das Forças Nucleares de Alcance Intermediário", assinado pelo presidente americano Ronald Reagan e o líder soviético Mikhail Gorbachev em dezembro de 1987, aboliu o uso de mísseis com alcance entre 500 e 5.500 km.

O acordo encerrou a crise dos mísseis europeus na década de 1980, provocada pela presença de ogivas nucleares SS-20 soviéticas dirigidas a capitais ocidentais, e foi considerado a pedra angular da arquitetura global do controle de armas.
O fim do tratado INF gera temores de uma nova corrida armamentista entre Moscou e Washington porque o acordo era visto como um dos dois principais de armas entre a Rússia e os Estados Unidos.

G1
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Os Estados Unidos fizeram contatos secretos com um chefe do partido socialista da Venezuela em julho, segundo uma autoridade do governo de Donald Trump.

Diosdado Cabello, considerado o segundo homem mais poderoso da Venezuela, se encontrou no mês passado em Caracas com uma pessoa que tem contatos com a administração de Trump, de acordo com a informação desse chefe à AP.

Um segundo encontro tem sido discutido, mas ainda não foi agendado. Aliados próximos de Nicolás Maduro buscam garantias de que não serão perseguidos por abusos e crimes cometidos se eles cederem às demandas para removê-lo.

A AP não vai divulgar o nome do intermediário dos EUA e nem detalhes do encontro com Cabello por receio de que a pessoa seja repreendida. Esse norte-americano falou sob a condição de anonimato porque não está autorizado a falar sobre os temas discutidos, que são iniciais. Não é claro se as conversas têm a aprovação de Maduro.

Número 2 do governo venezuelano
Cabello, 56, é uma autoridade poderosa dentro da Venezuela, e sua influência no governo e em forças de segurança aumentaram à medida que Maduro enfraqueceu.

Ele já foi acusado por oficiais dos Estados Unidos de estar por trás de casos de corrupção, tráfico de drogas e ameaças de morte contra um senador norte-americano.

A ideia não é preparar Cabello para assumir ou substituir Maduro, de acordo com o membro do governo de Trump que tem conhecimento sobre o caso. O objetivo é aumentar a pressão feita no regime e contribuir para que as disputas internas dentro da Venezuela se agravem.

Contatos semelhantes existem com outros membros do pequeno círculo de poder da Venezuela, e os EUA ouvem o que é preciso fazer para que eles traiam Maduro e apoiem um plano de transição.

Venezuelanos não comentam
Cabello não comentou e nem respondeu a pedidos de entrevista.

No entanto, um assessor venezuelano disse que os EUA têm o procurado, buscando fazer contato. O assessor rejeitou a ideia de que Cabello esteja, de alguma forma, traindo Maduro.

Ele disse que o dirigente só se encontraria com os americanos se Maduro desse permissão. Isso aconteceria se o presidente acreditasse que as conversas ajudariam a levnatar as sanções impostas à Venezuela.

Esse venezuelano falou em condição de anonimato, porque não tem autorização e discutir assuntos políticos.

Conflitos com a oposição não diminuíram
Uma pessoa que tem informações sobre o que aconteceu no encontro de julho afirmou que Cabello aparentava saber o que fazia e chegou ao encontro bem preparado e sabia quais eram as naturezas dos problemas políticos da Venezuela.

Essa pessoa também falou sem se identificar

Juan Guaidó, que os EUA reconhecem como líder legítimo, não conseguiu atrair os militares e tomar o poder, mas Maduro não tem força suficiente para prender seu rival e nem resgatar a economia do seu país, em meio às sanções impostas pelos EUA.
Neste mês, os EUA impuseram novas sanções, tomaram todos os ativos do governo de Maduro nos EUA e ameaçam punir empresas de outros países que fizerem negócios com a Venezuela.

Conversas organizadas pela Noruega entre a oposição e o governo têm se desenvolvido lentamente, e foram suspensas por Maduro, que acusa Guaidó de celebrar as sanções.

Cabello, os militares venezuelanos e o governo dos EUA não participam dessas conversas.

Garantias para trair
Para trair Maduro e dar seguimento às negociações, alguns conspiradores esperam que os EUA tenham um plano para proteger pessoas do governo venezuelano de futuras ações na Justiça.

Os EUA já disseram que vão oferecer benefícios aos principais dirigentes se eles tomarem ações concretas e significativas para acabar com o poder de Maduro.

Em maio, os EUA suspenderam as sanções contra o antigo chefe de espionagem de Maduro, o general Manuel Cristopher Figuera depois que ele desertou durante um levante, que fracassou.
Como líder da Assembleia Constituinte (pró-Maduro), Cabello tem o poder para destituir o líder, uma posição que é útil em qualquer negociação para uma transição.

Mas, até agora, ele tem gerenciado a instituição, considerada ilegítima pelos EUA.

Não é claro quem iniciou o contato com Cabello. As autoridades dos EUA afirmam que ele conversa pelas costas dos socialistas, apesar de suas demonstrações quase diárias de lealdade e frequentes discursos públicos contra Trump.

Círculo de conspiradores
Um político de oposição dos EUA que foi informado sobre o tema disse que o ministro de Defesa, Vladimir Padrino, e o ministro do Interior, Néstor Reverol, estão entre os que travaram contato indireto com os americanos. Ele salienta que Maduro está cercado de conspiradores, mesmo depois do levante ter sido derrotado com facilidade.

Cabello é visto como um rival de Maduro, uma pessoa com uma visão econômica mais pragmática e menos alinhado ideologicamente com Cuba.

Ele se sentou à direita de Hugo Chávez quando esse apontou Maduro, que estava à esquerda, seria seu sucessor em sua última aparição pública, antes de morrer de câncer, em 2013.

Pelos relatos, Cabello não estava entre autoridades que tramaram para derrubar Maduro em abril, quando Guaidó e seu mentor, Leopoldo López, apareceram em uma ponte em Caracas cercados por algumas tropas armadas.

Desde o fracasso do levante, militares da reserva têm aumentado a sua influência no governo e nas forças de segurança, com a nomeação de aliados para liderar o exército e a polícia de inteligência, a Sebin.

Ele também é popular com a base chavista, tendo atravessado o país nos últimos cinco anos com seu programa de TV que é um veículo para atacar a oposição e os EUA.

“Uma saudação fraternal, irmão presidente”, disse Cabello no programa mais recente. Maduro foi chamado como um convidado especial. “Não temos segredo, sem mentiras aqui. Todas as vezes que fazemos algo, nós informamos o povo, para que haja uma consciência clara de que eles podem tomar decisões informadas e ajustar posições.”

Associated Press
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