O presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) disse nesta terça-feira (27) que está perto de costurar um acordo com o governo para tentar votar amanhã (28) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garante a divisão dos recursos do leilão de cessão onerosa do pré-sal com os estados e municípios.
"Tem um acordo com os líderes de votar na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça] de manhã e à noite no plenário, quebrando o interstício, para encaminhar à Câmara dos Deputados.", disse Alcolumbre. "É a primeira matéria do pacto federativo e o líder [do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE)] falou com o ministro, e quero falar com ele para ver qual é o texto que contempla estados e municípios", acrescentou pouco antes de entrar para participar de uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no ministério.
O texto da PEC que permite a divisão dos recursos arrecadados pela União nos de leilões do pré-sal com estados e municípios já foi votado na Câmara. O texto aprovado fixou que 30% da arrecadação com os leilões sejam divididos entre estados e municípios.
De acordo com Alcolumbre, ainda há um problema em torno do uso que estados e municípios poderiam dar para os recursos. O senador defende a possibilidade de que os valores sejam usados para cobrir déficits previdenciários. "A gente quer tentar fazer com que essa arrecadação extraordinária sirva para investimentos, porque é um recurso novo, mas que ela sirva para cobrir o déficit previdenciário de estados e municípios", disse Alcolumbre.
Pelo acordo, o relator do projeto, senador Cid Gomes (PDT-CE), vai apresentar um parecer que busca conciliar os interesses dos senadores com os do governo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Firmado pela Petrobras e a União em 2010, o contrato de cessão onerosa garantia à empresa explorar 5 bilhões de barris de petróleo em áreas do pré-sal pelo prazo de 40 anos. Em troca, a empresa antecipou o pagamento de R$ 74,8 bilhões ao governo. Os excedentes são os volumes descobertos de petróleo que ultrapassam os 5 bilhões de barris.
Desde 2013, o governo vem negociando um aditivo do contrato, depois que a Petrobras pediu ajustes por conta da desvalorização do preço do barril de petróleo no mercado internacional. Após acordo com a Petrobras, o governo estipulou em R$ 106,6 bilhões o valor a ser pago pelo bônus de assinatura do leilão do excedente da cessão onerosa e em US$ 9,058 bilhões, o valor a ser descontado para a Petrobras, a título de negociação do aditivo do contrato fechado com a União.
O leilão desse excedente é apontado como o maior leilão de óleo e gás do mundo. A previsão é que ele seja realizado no dia 6 de dezembro.
Reforma tributária
Questionado por jornalistas se a reunião com Maia e Guedes também trataria do debate em torno da reforma tributária, Alcolumbre disse que também defende um entendimento conjunto para a votação de um único texto. Atualmente, tanto o Senado quanto a Câmara analisam separadamente propostas com o tema. O governo também já disse ter um texto em construção. "Tenho falado sempre que não adianta a câmara ter uma reforma, o senado ter outra reforma e o governo ter outra reforma. Quem tem três reformas não tem nenhuma reforma. Sou da tese que a gente tem que buscar um entendimento que possa fazer uma matéria que simplifique essa questão tributária no Brasil", disse.
Ao final da reunião, o presidente da Câmara, disse que tratou com o ministro dos temas que serão pautados na casa nas próximas semanas. Questionado se também debateram a reforma tributária, Maia disse que não. "Por enquanto o governo está trabalhando no seu texto, não tem prazo para encaminhar e estamos discutindo os outros temas que estão na Câmara", afirmou. Questionado se seria bom o governo encaminhar outra proposta, Maia disse que sim. "É bom o governo mandar uma proposta pra gente discutir a proposta do governo. Isso ajuda", disse.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
O Ministério das Relações Exteriores informou nesta terça-feira (27) que o governo brasileiro aceitou uma doação de 10 milhões de libras pelo Reino Unido para combater queimadas na Amazônia. Pela cotação desta terça, esse valor equivale a R$ 51,09 milhões.
Segundo o ministério, a oferta foi feita por um representante do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, durante uma conversa por telefone com o ministro Ernesto Araújo. Na ligação, conforme o Itamaraty, o chanceler brasileiro informou que aceitaria a doação.
Ainda de acordo com o ministério, ainda não está definido como o repasse se dará "no nível técnico". Para ser concluída, a doação terá que "atender às orientações do governo brasileiro".
O Reino Unido é formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
Gestão brasileira
Mais cedo, nesta terça, o porta-voz do presidente Jair Bolsonaro, Otávio Rêgo Barros, afirmou que o governo pode aceitar doações de países e organismos internacionais para combater as queimadas desde que fique responsável por gerir os recursos. Segundo Rêgo Barros, o governo "não rasga dinheiro"
"Esses apoios e esses recursos financeiros devem ser acolhidos pelo governo brasileiro. E pelo governo brasileiro, pela governança brasileira, ser empregados", afirmou.
Nesta segunda (26), o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou ajuda de cerca US$ 20 milhões por parte do G7, grupo que reúne os sete países mais industrializados do mundo.
Ainda na noite de segunda, porém, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, informou que o Brasil rejeitaria a oferta – a informação também foi divulgada pela Presidência da República.
No entanto, nesta terça, Bolsonaro afirmou que aceitará a ajuda se Macron retirar o que ele chamou de "insultos" proferidos pelo presidente francês.
A doação do Reino Unido faz parte da doação do G7?
As 10 milhões de libras oferecidas pelo Reino Unido correspondem, considerando a cotação desta terça, a cerca de US$ 12,3 milhões.
O Reino Unido integra o G7, e o valor anunciado pelo Itamaraty equivale a 61,5% dos US$ 20 milhões anunciados por Macron.
O governo do Reino Unido não informou ao Itamaraty, porém, se o valor será descontado do montante anunciado pelo G7.
G1
Portal Santo André em Foco
Após anúncio feito nesta terça-feira (27), o governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), criou a delegacia de combate à corrupção (Decor). O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira (28). A criação da nova delegacia considera a implementação da nova política de Estado de compatibilização e integração territorial das regiões, áreas e distritos integrados de segurança pública e defesa social.
De acordo com o decreto publicado no DOE, a sede da delegacia será em João Pessoa, mas terá circunscrição legal em todo território da Paraíba. O decreto já começa a vigorar a partir desta quarta-feira.
Segundo o governador, a criação da delegacia é necessária para que a Paraíba possa se adequar a uma portaria (n.º 631/2019), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e seguir a Lei 13.675/2018, que prevê o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), a fim de que possa receber recursos do Governo Federal.
No mesmo Diário Oficial, também foi publicada a transformação da delegacia especializiada de combate ao crime organizado em delegacia especializada de repressão ao crime organizado (Draco). Além disso, também foi criada a delegacia especializada de roubos e furtos da cidade de Patos, no Sertão paraibano.
G1 PB
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O presidente Jair Bolsonaro apagou um comentário feito em uma rede social sobre a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, depois que o fato gerou polêmica com o presidente da França, Emmanuel Macron.
A postagem, feita no último sábado (24), estava no ar até esta terça-feira (27). Nesta quarta, porém, o comentário não estava mais disponível.
O comentário havia sido feito por Bolsonaro em resposta a um seguidor em um post do presidente, no Facebook, sobre a atuação de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) em Porto Velho para combater as queimadas na Amazônia.
O seguidor postou fotos dos dois presidentes acompanhados de suas mulheres com a seguinte pergunta: "Entende agora pq Macron persegue Bolsonaro?". O seguidor ainda acrescentou "é inveja presidente do Macron pode crê (sic)".
Bolsonaro respondeu ao comentário dizendo: "Rodrigo Andreaça não humilha cara. kkkkk".
Os dois casais presidenciais, brasileiro e francês, têm em comum a diferença de idade, sendo que Brigitte Macron, de 66 anos, é mais velha que o marido, que tem 41 anos. Já Bolsonaro tem 64 anos, enquanto sua esposa, Michelle, tem 37.
O fato gerou uma polêmica com Macron que, na última segunda-feira (26), disse que o comentário foi "extraordinariamente desrespeitoso". O chefe de Estado francês disse ainda esperar que os brasileiros tenham rapidamente um presidente à altura do cargo.
"O que eu posso dizer? É triste, é triste. Mas é triste, em primeiro lugar, para ele e para os brasileiros. Eu penso que as mulheres brasileiras têm, sem dúvida, vergonha de ler isso de seu presidente. Creio que os brasileiros, que são um grande povo, têm também vergonha de ver esse comportamento -- eles esperam, quando se é presidente, que nos comportemos bem em relação aos outros", afirmou Macron em Biarritz, onde participava do encontro do G7.
E completou: "Como tenho uma grande amizade e respeito pelo povo brasileiro, espero que eles rapidamente tenham um presidente que se comporte à altura".
Nesta terça (27), questionado sobre o caso, Bolsonaro disse que seu comentário chamou atenção do seguidor para que ele não falasse “besteira”.
“A mulher dele [Macron]... Eu não botei aquela foto. Alguém que botou a foto lá, e eu falei para ele não falar besteira. É isso que eu botei lá”, disse. “[No] meu comentário, eu falava para não insistir neste tipo de postagem”, acrescentou.
Diante da observação feita na entrevista de que seu comentário tinha risadas (kkkkk), Bolsonaro encerrou a entrevista irritado e não respondeu a indagação se pretende pedir desculpas à primeira-dama da França.
“Tchau para vocês. Realmente, vocês não merecem a consideração”, disse o presidente no Palácio da Alvorada.
G1
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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de 44 anos, foi internado no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, por volta das 23h30 desta terça-feira (27).
O boletim médico divulgado pelo Ministério da Defesa apontou que o ministro deu entrada na Unidade de Emergência do hospital "com quadro de mal estar", mas sem sintomas.
"A equipe assistente optou pela internação hospitalar para realização de exames de rotina. Evoluiu durante o período noturno sem intercorrências clínicas. Atualmente segue com quadro clínico estável."
O próximo boletim médico será divulgado às 16h.
Questionado por volta das 8h desta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que não estava sabendo da internação.
"O ministro de onde? Não tô sabendo. Ele tá bastante jovem, sei que isso não tem idade, tá... Mas ele não tá na pilha de nervos nessa situação, tá muito bem, estamos conversando, é uma pessoa excepcional... Um ministro exemplar", disse.
Salles era esperado para uma cerimônia às 9h desta quarta-feira (28) para a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica Águas Jurisdicionais Brasileiras no Gabinete do Comandante da Marinha, em Brasília, com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. O evento foi cancelado.
Amazônia
O ministro do Meio Ambiente tem estado em evidência nos últimos dias por causa das queimadas na Amazônia.
Entre janeiro e agosto, as queimadas na floresta aumentaram 82% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O órgão também constatou que, nos primeiros 21 dias de agosto, os focos de queimadas na região superaram a média para o mês dos últimos 21 anos
Na segunda-feira (26), Salles criticou gestões anteriores e disse que fiscalização não resolve a questão do desmatamento e das queimadas na Amazônia.
“Ah, tem que fiscalizar? Bom, mas são 5 milhões de km². Não é como fiscalizar uma praça. É uma área gigantesca. A gente vê o tema da imigração ilegal. A turma não consegue fiscalizar nem a fronteira ali. Quiçá fiscalizar de maneira eficiente um território tão grande. Precisa fazer operação de controle como o governo está fazendo? Sim. Mas só isso vai resolver? Me parece que não.”
Também na segunda, Salles afirmou que a decisão da cúpula do G7 em ajudar os países atingidos pelas queimadas da Amazônia é "sempre bem-vinda". Mais tarde, porém, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o governo rejeitaria a ajuda financeira. No dia seguinte, o presidente Jair Bolsonaro disse que o francês Emmanuel Macron terá de "retirar insultos" contra ele e contra o Brasil antes de considerar aceitar a ajuda.
G1
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O presidente Jair Bolsonaro informou nesta quarta-feira (28) que no próximo dia 6 de setembro presidentes de países com território amazônico se reunirão para discutir uma “política única” de preservação e desenvolvimento da região.
O encontro, segundo Bolsonaro, deverá ocorrer em Leticia, na Colômbia. O presidente disse que a Venezuela, apesar de possuir território de floresta, não foi convidada.
Bolsonaro deu a declaração no Palácio da Alvorada, ao lado do presidente do Chile, Sebastian Piñera, que viajou a Brasília para uma visita oficial.
“Estaremos reunidos com esses presidentes, exceto o da Venezuela, para discutir uma politica única nossa de preservação do meio ambiente e bem como exploração de forma sustentável da nossa região”, disse Bolsonaro.
O presidente não informou a relação completa dos países que participarão do encontro. Existe um grupo, chamado Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que reúne os seguintes países:
O aumento das queimadas na floresta geraram uma crise ambiental e política nos últimos dias. O tema foi tratado em reunião do G7 (grupo que reúne sete das principais economias do mundo).
Anfitrião do G7, o presidente da França, Emmanuel Macron, foi uma das vozes que mais se levantaram contra a política do governo brasileiro para o meio ambiente. Ele chegou a dizer que Bolsonaro mentiu sobre sua preocupação com a preservação da floresta e o cumprimento do Acordo de Paris.
Em resposta, Bolsonaro recusou ajuda financeira oferecida por Macron em nome do G7 para combater as queimadas e sugeriu que o presidente francês tem interesses econômicos na Amazônia.
A França também possui território amazônico, na Guiana Francesa, departamento ultramarino do país europeu. Bolsonaro disse, no entanto, que o encontro em Leticia será exclusivo para líderes da América do Sul.
Ajuda chilena
Piñera se reuniu com Bolsonaro no Palácio da Alvorada na manhã desta quarta, ao retornar do encontro de cúpula do G7, realizada na França. O líder chileno participou como convidado da reunião que teve a preservação da Amazônia como um dos temas.
Bolsonaro e Piñera anunciaram no Alvorada que o Chile enviará quatro aeronaves para ajudar a combater focos de incêndio.
"Queremos colaborar e investir para proteger melhor a Amazônia", disse Piñera.
Segundo o chileno, ele está convidado outros países a reunir investimentos para que os países da região amazônica utilizem o dinheiro na preservação da floresta.
Piñera destacou que a soberania na região é dos países
"Os países amazônicos, que são nove, entre os quais o Brasil é o mais importante em tamanho, têm soberania sobre a Amazônia. Isso tem que ser reconhecido sempre", disse.
G1
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O presidente Jair Bolsonaro contou a aliados que pretende se reunir com os ministros da ala jurídica do governo antes de decidir sobre os vetos do projeto de abuso de autoridade . Bolsonaro quer ouvir a opinião do subchefe para Assuntos Jurídicos e ministro da Secretaria Geral da Presidência, Jorge Oliveira, do ministro da Advocacia Geral da União, André Mendonça, do ministro da Controladoria Geral da União, Wagner Rosário, do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, além do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
A decisão sobre os vetos deve ser tomada até quarta-feira da semana que vem. Aos deputados que o visitam, Bolsonaro tem dito que não vai vetar integralmente o projeto, mas que haverá “surpresas”. O deputado Marco Feliciano (Podemos-SP) diz ter conseguido do presidente da garantia ao veto da ao artigo 17, que prevê pena de seis meses a dois anos de prisão para o policial que utilizar algemas nas situações em que não houver resistência à prisão, ameaça de fuga ou risco à integridade do preso.
Na última semana, o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), l evou uma lista de dez vetos ao presidente . Segundo a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), a expectativa, na bancada do PSL, é de que Bolsonaro atenda o maior número de vetos possíveis, para se manter alinhado à bancada da bala na Câmara.
Enquanto Bolsonaro estuda os vetos, na Câmara, deputados preparam argumentos para defender o projeto. A pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o relator do projeto de lei, Ricardo Barros (PP-PR), preparou um texto com os principais argumentos a seu favor.
— A lei de abuso de autoridade garante direitos individuais — diz Barros ao GLOBO. — Ele (Maia) me confiou a tarefa e tenho feito meu melhor. Não atuo sem acordar com os líderes e com ele.
Um dos pontos ressaltados no texto de Barros é que, para configurar o abuso, é preciso comprovar que o agente atuou com intenção específica de prejudicar ou beneficiar alguém, ou por "mero capricho ou satisfação pessoal".
Além disso, o parecer, encaminhado aos demais parlamentares interessados, diz que "causa estranheza que uma pequena parte dos membros das carreiras do Judiciário e do Ministério Público se insurja contra a nova lei": "Por qual razão deveriam temer as novas regras, se eles mesmos serão os seus principais intérpretes e aplicadores? Será que juízes e membros do MP não confiam na forma com que seus pares aplicarão a lei?".
Líderes partidários evitam antecipar se derrubarão os vetos de Bolsonaro antes que eles se concretizem.
O Globo
Portal Santo André em Foco
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal ( STF ) anulou nesta terça-feira a decisão do ex-juiz Sergio Moro de condenar o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine . Moro tinha condenado o réu a 11 anos de prisão . Bendine foi preso em julho de 2017. Em abril deste ano, o STF soltou o réu, porque a condenação ainda não tinha sido confirmada pela segunda instância – ou seja, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região.
A decisão da Segunda Turma do STF garante que Bendine fique mais tempo fora da prisão. O TRF já tinha confirmado a condenação de Moro, reduzindo a pena para sete anos, nove meses e dez dias. O tribunal estava prestes a julgar o último recurso do réu, o que o levaria de volta para a cadeia, no regime semiaberto. Agora, o caso terá de ser novamente julgamento pela primeira instância.
A decisão foi tomada por uma questão técnica que pode refletir em outros processos da Lava-Jato. O advogado de Bendine, Alberto Toron, ressaltou que Moro abriu prazo conjunto para todos os réus se manifestarem nas alegações finais do processo. No entanto, para a defesa, o correto seria primeiro se manifestar os réus que firmaram acordo de delação premiada e, em seguida, os outros acusados.
Por três votos a um, os ministros da Segunda Turma concordaram com a tese. Agora, a sentença da primeira instância fica anulada e o processo começará a tramitar a partir dessa fase final, com abertura de prazo separado para os acusados. Os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia formaram a maioria. Apenas Edson Fachin votou contra a tese da defesa. Celso de Mello estava ausente.
Cármen Lúcia ponderou que a decisão foi tomada apenas nesse processo. No entanto, se defesas de outros acusados na Lava-Jato apresentarem a mesma tese à Segunda Turma, em processos semelhantes, há chance também se haver anulação de outras sentenças.
Bendine foi condenado pelo recebimento de R$ 3 milhões em propinas pagas pela Odebrecht. Por decisão tomada em abril pela Segunda Turma do STF, ele estava submetido a medidas cautelares – como o impedimento de se comunicar com outros investigados no mesmo processo e a entrega do passaporte à Justiça. Agora, ele poderá ficar sem essas medidas.
A força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba divulgou uma nota em que externa "imensa preocupação em relação à decisão", que anulou a sentença do caso Aldemir Bendine.
"Por maioria, os julgadores entenderam que réus delatados devem ter o direito de se manifestar, ao final do processo, após a defesa dos réus colaboradores. Os Ministros estabeleceram uma nova interpretação que, se for aplicada como nova regra, vai alterar entendimentos pacíficos sobre princípios como o da ampla defesa. Contudo, essa nova regra não está prevista no Código de Processo Penal ou na lei que regulamentou as delações premiadas", diz em nota.
Os procuradores sustentam que, caso o entendimento seja aplicado aos demais casa da força-tarefa, "poderá anular praticamente todas as condenações, com a consequente prescrição de vários crimes e libertação de réus presos".
O Globo
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (27) que o Brasil "não deve abrir mão de nenhum real" no combate a queimadas na Amazônia.
Nesta segunda (26), o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou ajuda de cerca US$ 20 milhões por parte do G7, grupo que reúne os sete países mais industrializados do mundo.
Ainda na noite de segunda-feira, contudo, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e a assessoria da Presidência da República informaram que o Brasil rejeitaria a oferta. Mas, nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que responderá ao G7 se Macron retirar o que chamou de "insultos" proferidos pelo presidente francês.
"O Brasil não deve abrir mão de nenhum real. A situação do orçamento federal, dos estados, dos municípios, da maioria dos entes da federação é dramática", declarou Rodrigo Maia.
Mais cedo, nesta terça-feira, Bolsonaro se reuniu com governadores de estados da Amazônia Legal.
No encontro, os governadores também defenderam que o Brasil aceite ajuda financeira internacional para combater as queimadas.
Bolsonaro x Macron
Na avaliação do presidente da Câmara, a troca de acusações entre Macron e Bolsonaro desde a semana passada passou para o "lado pessoal".
Isso porque Bolsonaro tem questionado os interesses do presidente francês e afirmado que Macron adota "tom sensacionalista". Macron, por sua vez, diz que Bolsonaro mentiu sobre o clima e que o Brasil precisa de um presidente que se comporte "à altura" do cargo.
"A gente não deve abrir mão desses recursos nunca, no meu ponto de vista. Acho que o conflito, que acabou indo um pouco para o lado pessoal entre os dois presidentes, não é bom para o Brasil, não é bom para a França", acrescentou.
Ele ainda defendeu a proposta de se usar parte fundo da Petrobras no combate a queimadas na Amazônia. O fundo é composto por dinheiro recuperado de desvios na estatal, e o uso desses recursos foi proposto por Maia.
G1
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O presidente Jair Bolsonaro gastou boa parte da reunião com governadores da região da Amazônia Legal discutindo a demarcação de reservas indígenas. Após a fala de cada governador, ele perguntava qual o percentual em cada estado de demarcações e de áreas de proteção ambiental. O presidente disse que por trás das demarcações há uma tentativa de "inviabilizar" o país:
— Muitas reservas têm o aspecto estratégico. Alguém programou isso. O índio não faz lobby, não fala a nossa língua e consegue hoje em dia ter 14% do território nacional. Uma das intenções é nos inviabilizar — afirmou, sem entrar em detalhes.
De acordo com Bolsonaro, se ele tivesse demarcado "dezenas" de terras indígenas quando voltou do G20, realizado no Japão, não haveria comoção devido aos incêndios na Amazônia.
— Nosso governo não aceitou, quando veio de Osaka, demarcar mais dezenas de áreas indígenas aqui no Brasil. Se eu demarcar agora, pode ter certeza, o fogo acaba na Amazônia daqui a alguns minutos. Acaba daqui a alguns minutos.
O presidente classificou como "irresponsabilidade" a política indigenista dos seus antecessores:
— Com todo o respeito aos que me antecederam, foi uma irresponsabilidade essa política adotada no passado no tocante a isso, usando o índio como massa de manobra para que, ao inviabilizar o progresso nesses estados,(a Amazônia) não estivesse sob a nossa jurisdição ou fosse usada para o bem-comum nosso.
Bolsonaro ainda disse que havia uma "quase selvageria" na politica ambiental:
— Essa questão ambiental tem que ser conduzida com racionalidade e não com essa quase selvageria
Alguns dos governadores seguiram na linha de Bolsonaro e criticaram o grande número de demarcações. O governador de Roraima, Antônio Denarium, reforçou a ideia de que há um interesse por trás das demarcações:
— Roraima não é a porção de terra mais rica do Brasil, é a porção de terra mais rica do mundo. E as áreas indígenas e as ONGs de todo o Brasil estão concentradas exatamente nessas áreas onde tem as nossa riquezas.
O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), afirmou que é preciso retirar as riquezas das terras indígenas:
— É hora, presidente, de nós, sob a sua liderança, com a sua coragem, com a competência da sua equipe, botarmos o dedo na ferida. Não queremos tirar a indígena, não, nós queremos as riquezas que lá estão. Para tirar essas riquezas, nós podemos afetar 1%, 2% dessas áreas, não mais do que isso. Não podemos ter uma casa com um quadro na parede que vale milhões e ter os nossos filhos passando fome. E é isso que acontece nesse país.
Por outro lado, o governador do Amapá, Waldez Góes, disse após a reunião que não vê problema com o número de terras indígenas no seu estado:
— Eu, enquanto governo do Amapá, não tenho nenhum problema do fato das terras indígenas hoje no Amapá, inclusive talvez tenha sido o estado que teve as suas terras indígenas primeiras demarcadas e nós não temos problema com isso. A bem da verdade, queremos criar outros mecanismos de planejamento estratégico público-privado para mobilizar as terras que estão disponíveis, pelo menos no Amapá agora não existe preocupação em querer produzir em terras indígenas ou em reservas extrativistas ou florestais.
AJUDA DO G7
Antes da reunião com governadores, Bolsonaro afirmou que só aceitará a oferta de ajuda dos países do G7 para ajudar no combate às queimadas na Amazônia se o presidente da França, Emmanuel Macron, voltar atrás do que chamou de 'insultos ':
— Primeiramente, o senhor Macron tem que retirar os insultos que faz a minha pessoa. Ele me chamou de mentiroso. Depois, pelas informações que eu tive, a nossa soberania está em aberto na Amazônia. Para conversar ou aceitar qualquer coisa com a França, que seja com as melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras — disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada, acrescentando depois: — Primeiro retira, depois oferece, daí eu respondo.
BRIGITTE MACRON
Bolsonaro negou nesta terça que tenha ofendido a primeira-dama francesa, Brigitte Macron .
A imprensa francesa noticiou nesta terça-feira que o movimento #DesculpaBrigitte , lançado por internautas brasileiros após o presidente Jair Bolsonaro endossar um comentário que zombava da mulher do presidente Macron, 24 anos mais velha, chegou aos ouvidos da primeira-dama.
Segundo o Le Parisien, Brigitte Macron soube dos comentários pouco antes de retornar de Biarritz, onde aconteceu a reunião do G7 no último final de semana, e teria ficado emocionada com a demonstração de apoio dos brasileiros.
A matéria do periódico francês cita ainda a capa do Extra desta terça-feira, em que há uma foto da primeira-dama francesa acompanhada da frase "Pardon, Brigitte" (em português, "desculpe, Brigitte").
O Globo
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