Novembro 29, 2024
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O Atlético-MG está nas quartas de final da Conmebol Libertadores. Venceu o San Lorenzo por 1 a 0, na Arena MRV. O confronto teve momentos tensos, com o Galo encontrando muitas dificuldades para criar. O gol da vitória foi marcado por Battaglia, no segundo tempo.

O rival
Nas quartas de final da Libertadores, o Atlético vai enfrentar o Fluminense, que eliminou o Grêmio nos pênaltis, no Maracanã. Por ter feito melhor campanha na fase de grupos, o Galo fará o jogo de volta contra os cariocas em Belo Horizonte.

Grana no cofre
O Atlético garantiu mais R$ 8,55 milhões de premiação na Libertadores, somando R$ 38,15 milhões desde a fase de grupos da competição. Nas quartas de final, o time vai em busca de mais R$ 11,6 milhões, valor a ser pago a quem avançar à semifinal.

Gás de pimenta
No segundo tempo, aos 35 minutos, o jogo precisou ser paralisado. Os jogadores reclamam de dificuldades de respiração por conta da utilização de gás de pimenta durante confusão na torcida do San Lorenzo. Os médicos dos dois clubes agiram junto aos jogadores para minimizar os efeitos, principalmente com hidratação. Foram seis minutos de partida paralisada.

Série invicta em casa
O Atlético não perde em casa para um time argentino há 26 anos. A última vez que uma equipe hermana levou a melhor foi em 1998. Na época, o Alvinegro foi superado pelo Rosario Central pela Copa Conmebol, no Mineirão.

Primeiro tempo
O Atlético teve mais posse de bola, mas não conseguiu criar volume de chances. Apostando na força do lado esquerdo, o San Lorenzo levou perigo em alguns contra-ataques, com arremates de Irala. Mas foi Leguizamón, na reta final, que acertou o travessão de Everson. O Galo teve apenas duas chances. Uma com Paulinho, após jogada individual e finalização de fora da área, e outra com Deyverson, que errou o alvo em cabeçada após escanteio.

Segundo tempo
O Atlético seguiu com dificuldades. O San Lorenzo quase abriu o placar com Cuello, que foi travado por Battaglia. Os argentinos continuaram marcando a saída de bola do Galo. E, no contragolpe, por pouco não marcaram. Everson salvou após finalização de Cuello. O alívio veio com Battaglia aos 19 minutos. De cabeça, após escanteio cobrado por Scarpa, ele balançou as redes. O Atlético cresceu no jogo. Paulinho, em arrancada, perdeu grande chance para ampliar. Vargas também levou perigo.

Agenda do Galo
Agora, o Atlético volta as atenções para o Campeonato Brasileiro. No sábado, às 21h, o time recebe justamente o Fluminense, rival nas quartas da Libertadores. O jogo será no Mineirão, uma vez que o gramado da Arena MRV tem apresentado problemas e receberá cuidados especiais.

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Um time não é campeão da Conmebol Libertadores por acaso. O Fluminense mostrou na noite desta terça-feira que manteve a essência, apesar das trocas de técnico e alguns nomes. O Flu dominou o Grêmio, abriu 2 a 0 ainda no primeiro tempo, levou um gol na etapa final, mas garantiu a vaga às quartas de final nos pênaltis com 4 a 2. Thiago Silva abriu o caminho para a classificação com gol de cabeça e liderou a equipe. Arias, para o Flu, e Gustavo Nunes, para os gremistas, também marcaram. Fabio pegou as cobranças de Nathan e Cristaldo. O rival do Flu será o Atlético-MG, que bateu o San Lorenzo.

Fabio decisivo nos pênaltis
O goleiro do Fluminense, como de praxe, foi decisivo nas cobranças. Por outro lado, o Grêmio volta a sucumbir nas penalidades depois de ser eliminado na Copa do Brasil pelo Corinthians também na marca da cal. Cristaldo outra vez parou no goleiro, enquanto Nathan, que entrou apenas para bater, também errou.

Estratégia fracassou
O técnico Renato Portaluppi montou um Grêmio para se fechar e tentar contra-atacar. Usar a vantagem conquistada no primeiro jogo. Mas o que se viu foi um time que não se encontrou em campo. O Flu conseguiu entrar na linha de três defensiva, inclusive ele mesmo em um contra-ataque que gerou o pênalti marcado pelo toque no braço de Dodi. O ataque foi inócuo. O primeiro tempo acabou sem uma finalização sequer do Grêmio, seja no gol ou pela linha de fundo. Tanto que no intervalo Renato desfez a escolha e colocou Cristaldo no time na vaga de Kannemann, além da entrada de Gustavo Nunes para a saída de Pavon. O jovem marcou o gol gremista que levou a decisão para os pênaltis.

Primeiro tempo
O Fluminense precisou de pouco tempo para esfarelar a vantagem do Grêmio no Maracanã. Desde os primeiros minutos, aliás, já deu mostras que pressionaria e tinha condições de virar, apesar da tentativa dos gaúchos de marcar em cima. Aos 13, Thiago Silva já subiu mais do que a defesa para cabecear firme e abrir o placar. Aos 27, Jhon Arias já corria para comemorar o segundo em cobrança de pênalti. O árbitro foi ao VAR para assinalar a penalidade em toque no braço de Dodi. O Grêmio avançou depois do segundo gol sofrido, mas terminou a etapa inicial sem finalizar. Arias, por outro lado, obrigou Marchesín a boa defesa nos acrésimos.

Segundo tempo
O Grêmio voltou com as entradas de Cristaldo e Gustavo Nunes no time e desfez o trio de zagueiros. Melhorou na partida, embora o Fluminense tenha sido mais perigoso, com um quase golaço de Ganso por cobertura – a bola acertou o travessão. Gustavo Nunes parou em Fabio e depois perdeu quase na pequena área. Renato abriu mais o time com Monsalve no lugar de Dodi. Os gremistas melhoraram e tiveram gol anulado de Jemerson por impedimento. O desconto parecia questão de tempo. Monsalve foi ao fundo pela direita e fez acontecer. Gustavo Nunes, em vias de ser negociado com o Brentford, desviou na área e passou a levar o jogo para os pênaltis.

Agenda
As quartas da Conmebol Libertadores estão marcadas para as semanas dos dias 18 e 25 de setembro. O Fluminense volta a jogar no sábado, às 21h, contra o Atlético-MG, no Mineirão, enquanto o Grêmio visita o Criciúma no Heriberto Hülse, às 16h de domingo.

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Os chefes do Executivo, Legislativo e Judiciário assinam nesta quarta-feira (21) um pacto em defesa da transformação ecológica, com objetivo de unificar as ações em torno dos debates ambientais e climáticos. É a primeira vez que os três Poderes se unem em prol do tema, e a ideia é promover a transformação ecológica com medidas legislativas, administrativas e judiciais. O documento é dividido em três eixos e lista 26 iniciativas. O pacto prevê, ainda, a criação de um comitê gestor conjunto.

O acordo será firmado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). A cerimônia ocorre a partir das 14h, no Palácio do Planalto.

As 26 medidas estão divididas em três eixos — ordenamento territorial e fundiário; transição energética; e desenvolvimento sustentável com justiça social, ambiental e climática. A expectativa é que o pacto alimente um novo rumo de desenvolvimento econômico para o Brasil, com o fortalecimento da posição do país de protagonista internacional no assunto.

Os principais objetivos do acordo são sustentabilidade ecológica; desenvolvimento econômico sustentável; justiça social, ambiental e climática; considerações dos direitos das crianças e gerações futuras; e resiliência a eventos climáticos extremos.

O pacto também estabelece as prioridades de cada Poder em relação ao assunto. Entre os destaques, estão a aprovação de projetos de lei relacionados, a diminuição do impacto ambiental em burocracias internas e o financiamento federal a iniciativas ambientais. Confira:

  • O Legislativo vai priorizar projetos de lei relacionados aos assuntos do acordo, como a aprovação do marco legal do mercado de carbono, da produção de energia eólica no mar e dos biocombustíveis;
  • O Judiciário vai adotar medidas para agilizar demandas judiciais que envolvam a temática ambiental, fundiária e climática, inclusive com a definição de metas e protocolos do CNJ (Conselho Nacional de Justiça);
  • O Executivo vai ampliar o financiamento e reduzir o custo do crédito para setores, projetos e práticas sustentáveis;
  • O Executivo e o Judiciário vão, conjuntamente, integrar bancos de dados imobiliários, ambientais, cadastrais e fiscais, com dados georreferenciados, para garantir segurança jurídica sobre a titularidade das terras públicas e privadas no país e destravar investimentos;
  • Os três Poderes vão adotar medidas de gestão para reduzir os impactos diretos das atividades sobre o meio ambiente, como licitações sustentáveis, redução de demanda por recursos naturais, eficiência energética e destinação adequada de resíduos.

R7
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O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira (20) que os representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário chegaram a cogitar a extinção das polêmicas "emendas PIX", durante reunião nesta tarde.

No entanto, houve uma "compreensão geral de que essa modalidade pode ser útil em situações de obras inacabadas, algo que interessa a coletividade", explicou o parlamentar.

Portanto, chegou-se a um consenso de que a ferramenta poderá ser mantida desde que "definida a finalidade da emenda, que o recurso não vai compor o orçamento do município aleatoriamente, e vai servir para obras inacabadas", detalhou Pacheco.

A declaração ocorreu após reunião entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco, e representantes do governo, sobre o impasse em torno do pagamento das emendas parlamentares.

Na semana passada, o plenário do STF confirmou por unanimidade uma decisão individual do ministro Flávio Dino que suspendeu a execução das emendas impositivas e impôs restrições para as chamadas "emendas PIX".

Esse tipo de emenda é feita diretamente para estados e municípios sem transparência e sem a necessidade da apresentação de projeto. Por isso, ela alvo de críticas por não permitir a rastreabilidade e a identificação do destino do recurso.

O que ficou decidido?
Em nota, o STF informou que ficou acordado que as chamadas "emendas PIX" serão mantidas, com o critério da impositividade (dever de execução obrigatório), mas será necessária a identificação prévia do objetivo da destinação do recurso, com prioridade para obras inacabadas e com prestação de contas ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Em relação às emendas individuais, elas também serão mantidas com o critério da impositividade, seguindo critérios que serão estabelecidos em até dez dias em acordo entre Executivo e Legislativo.

Sobre as emendas de bancada, ficou acertado que estas serão destinadas a projetos "estruturantes" em cada estado e no Distrito Federal, de acordo com a definição das bancadas, sendo proibida a individualização sobre o destino dos recursos.

Já as emendas de comissões temáticas do Senado e da Câmara deverão ser destinadas a projetos de interesse nacional ou regional conforme procedimentos que também serão definidos por Legislativo e Executivo em até 10 dias.

Ainda de acordo com o STF, ficou acertado que o Congresso e o Palácio do Planalto vão definir que o valor das emendas parlamentares não poderá ser superior ao aumento total das despesas discricionárias, que são aquelas não obrigatórias.

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O Banco do Nordeste (BNB) encerrou o primeiro semestre de 2024 desembolsando o volume histórico para o período de R$ 21 bilhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Isso representa um incremento de 25,8 % quando comparado com o primeiro semestre de 2023. Considerando todas as fontes de financiamento, os desembolsos somaram R$ 27 bilhões, alta de 11% com relação aos primeiros seis meses de 2023. Já as contratações somaram R$ 29 bilhões em novas operações, de janeiro a junho de 2024.

“Os resultados neste primeiro semestre foram catalisados pelo esforço contínuo do Banco do Nordeste em atuar no cumprimento de sua missão, impulsionando a atuação de empresas e empreendedores individuais e promovendo o desenvolvimento econômico e social da região. A expansão dos nossos desembolsos e o volume de novas contratações vem em linha com a melhoria do nosso processo de concessão de crédito, ofertando produtos e serviços de qualidade, capazes de contribuir para uma efetiva mudança na vida das pessoas”, afirma o presidente do BNB, Paulo Câmara.

Quanto aos resultados financeiros, o BNB apresentou lucro líquido de R$ 1 bilhão, representando uma evolução de 11% em relação ao resultado do mesmo período de 2023. Já o Resultado Operacional alcançou o montante de R$ 1,9 bilhão, correspondendo a um crescimento de 15% ante o resultado do mesmo período do ano passado. Os números refletem o crescimento consistente das receitas de prestação de serviços, a reversão de contingências jurídicas e o impacto positivo das renegociações, oriundas do Programa Desenrola Brasil e da Lei 14.554/2023, na redução do efeito das provisões.

Fator relevante para o incremento no resultado foi o expressivo aumento na carteira de crédito administrada pelo Banco, que cresceu 15,4% em relação ao primeiro semestre de 2023, perfazendo o volume de R$ 143,2 bilhões.

“O Banco do Nordeste tem buscado ser referência na alocação de recursos na sua área de atuação, o que tem se materializado com a crescente demanda apresentada ao Banco pelos empreendedores. Com isso, o BNB tem atuado na ampliação das parcerias com instituições multilaterais, além de monitorar as oportunidades de captação de novos recursos no mercado de capitais, com o objetivo de financiar investimentos sustentáveis e que promovam o impacto social e ambiental positivos, que são intrínsecos ao nosso modelo de negócios”, explica o diretor Financeiro e de Crédito do Banco do Nordeste, Wanger Alencar Rocha.

Ressalte-se a atuação do BNB no segmento de Micro e Pequenas Empresas (MPE), que apresentou evolução expressiva no número de operações contratadas, com incremento de 21,6% em relação ao resultado apresentado nos primeiros seis meses de 2023, além do acréscimo no volume contratado de 7,6% no mesmo período, alcançando o total de R$ 2,8 bilhões.

Adicionalmente, as contratações de operações de microfinanças, urbana e rural, também cresceram. Com seu programa de microcrédito urbano, Crediamigo, o BNB contratou R$ 5,46 bilhões, alta de 12,3%.

Já no Agroamigo, a evolução, na comparação semestre a semestre, foi de 147,3%, com um total de R$ 4,56 bilhões aplicados. O resultado demonstra o compromisso da Instituição com os segmentos de maior impacto social.

A inadimplência acima de 90 dias da carteira própria do BNB, de 2,6%, é destaque no final do primeiro semestre do ano, apresentando redução de 0,6 p. p. em relação ao mesmo período de 2023. O número reforça a qualidade do crédito concedido.

A rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Médio ao final do período ficou em 18,9% ao ano, o que representou retração (- 1,4 p. p.) em relação ao observado no mesmo período do ano passado, reflexo do cenário de elevação do Patrimônio Líquido, devido à incorporação dos robustos crescimentos do lucro líquido ao longo do período. Destaque-se que a rentabilidade está alinhada com as melhores da indústria bancária, reforçando a produtividade do BNB, inclusive comparado aos pares.

Sobre o Banco do Nordeste (BNB)
O Banco do Nordeste é a maior instituição financeira de desenvolvimento regional da América Latina. Com 294 agências, está presente em mais de dois mil municípios de sua área de atuação, que abrange os nove estados nordestinos e parte de Minas Gerais e do Espírito Santo. O BNB tem como principal fonte de recursos o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).

Por: Banco do Nordeste (BNB)
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A Justiça Eleitoral registrou 240.587 candidatos negros, o que representa 52,7% das candidaturas. É a segunda vez na história que supera o número de candidatos brancos, que este ano são 215.763. Os dados somam postulantes a prefeito e vereador nas eleições municipais deste ano, marcadas para 6 de outubro.

Antes, a única eleição na qual as candidaturas de negros haviam superado as de brancos foi nas eleições gerais de 2022, quando o número de candidatos negros representou 50,2% do total. Nas eleições municipais de 2018, essa taxa havia ficado em 46,4%.

Os números foram divulgados nesta terça-feira (20) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após consolidar os dados referentes ao número de pedidos de registro de candidatura, que neste ano totalizaram 456.310. Dessas candidaturas, 155 mil são de mulheres, 33,96% do total.

A sigla com maior percentual de candidaturas negras foi o PCdoB, com 70,19% de suas candidatas se declarando negras, bem como 73,4% dos candidatos homens. Já o Novo tem o maior percentual de mulheres não negras candidatas, 58,06%, e o PL a maior taxa de homens não negros candidatos, 56,4%.

Os percentuais de cada agremiação podem ser encontrados no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O percentual de candidaturas negras e de mulheres é calculado pelo TSE com o objetivo de estabelecer a distribuição de acordo com as cotas legais dos recursos públicos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o Fundo Eleitoral, e do Fundo de Assistência Financeira aos Partidos Políticos (Fundo Partidário).

Para as candidaturas de mulheres, por exemplo, a legislação determina a destinação de no mínimo 30% de todos recursos empregados nas campanhas. No caso das candidaturas de pessoas negras, a aplicação de recursos deve ser proporcional ao seu número, no mesmo percentual.

Nesta semana, o Congresso aprovou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que determina a aplicação de 30% dos recursos públicos para campanhas eleitorais nas candidaturas de pessoas negras. A regra pode levar a uma redução da verba destinada a essas candidaturas, já que acaba restringindo uma fatia que antes acompanhava o número de candidatos negros.

A classificação do TSE segue a adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que inclui entre as pessoas negras aquelas que se declaram pardas ou pretas. Segundo o Censo 2022, 56,1% da população brasileira se declara negra. Para especialistas ouvidos pela Agência Brasil, o percentual reflete um maior reconhecimento racial por parte dos brasileiros.

Agência Brasil
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O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou nota nesta terça-feira (20) em que afirma que os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário chegaram a um consenso de que as "emendas parlamentares" serão mantidas, mas deverão respeitar critérios de transparência, rastreabilidade e correção".

A nota foi divulgada após reunião entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e representantes do governo sobre o impasse em torno do pagamento das emendas parlamentares.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no encontro.

De acordo com o STF, na reunião, ficou acordado que as chamadas "Emendas PIX" serão mantidas, com o critério da impositividade (dever de execução obrigatória), mas será necessária a identificação prévia do objetivo da destinação do recurso, com prioridade para obras inacabadas e com prestação de contas ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Em relação às emendas individuais, elas também serão mantidas com o critério da impositividade, seguindo regras que serão estabelecidas em até dez dias em acordo entre Executivo e Legislativo.

Sobre as emendas de bancada, ficou acertado que estas serão destinadas a projetos "estruturantes" em cada estado e no Distrito Federal, de acordo com a definição das bancadas, sendo proibida a individualização em um parlamentar sobre o destino dos recursos.

Já as emendas de comissões temáticas do Senado e da Câmara deverão ser destinadas a projetos de interesse nacional ou regional conforme procedimentos que também serão definidos por Legislativo e Executivo em até 10 dias.

Ainda de acordo com o STF, ficou acertado que o Congresso e o Palácio do Planalto vão definir que o valor das emendas parlamentares não poderá ser superior ao aumento total das despesas discricionárias, que são aquelas não obrigatórias.

O motivo da reunião
A ideia da reunião, segundo ministros do STF, foi buscar uma solução constitucional e de consenso sobre o tema das emendas parlamentares (entenda mais aqui).

Na semana passada, o plenário do STF confirmou por unanimidade uma decisão individual do ministro Flávio Dino que suspendeu a execução das emendas impositivas e impôs restrições para as chamadas "Emendas PIX".

Nesse tipo de emenda, a transferência é feita diretamente para estados e municípios sem transparência e sem a necessidade da apresentação de projeto.

Paralelamente, Dino solicitou que o Executivo e o Legislativo criassem regras que aumentassem a transparência e a rastreabilidade das emendas.

Nesse contexto, Lira enviou, também na semana passada, à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) uma proposta que limita decisões individuais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Movimentações nos bastidores
Antes da reunião desta terça, Arthur Lira se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e, na sequência, com Rodrigo Pacheco.

Pacheco, por sua vez, se encontrou com líderes do governo no Senado. A movimentação dos dois foi para afinar o discurso.

Os dois teriam cogitado o fim das Emendas PIX. E também que as emendas de bancada (paga às bancadas estaduais) sejam atreladas a programas do governo.

Mesmo assim, o presidente da Câmara entende que emendas de comissão (outra modalidade de emenda parlamentar, essa paga para comissões no Congresso) não podem ir só para programas do governo nos estados.

Por que o Congresso briga tanto pelas emendas?
As emendas não representam só dinheiro. Junto com elas, vem poder, prestígio e possibilidades políticas.

Os parlamentares não querem abrir mão de nenhum pedaço desse poder, ainda mais considerando que, nos próximos meses, há duas eleições muito importantes no calendário: as eleições municipais, em outubro; e as eleições para presidência da Câmara e do Senado, em fevereiro do ano que vem.

O poder de quem distribui
Em um ambiente com critérios pouco claros sobre para qual parlamentar vai determinada emenda, ganha muito poder aquele líder político que faz a função da distribuição. Hoje, esse papel está com líderes partidários e com a cúpula da Câmara e do Senado.

Ter a proximidade com esses líderes significa ter acesso às emendas. Isso cria uma força política para determinada aliança.

Lembrando que todos parlamentares estão buscando eleger o maior número de prefeitos aliados e também de eleger, para as presidências da Câmara e do Senado, um político próximo de seu grupo.

Impacto nos municípios
Poder enviar recursos das emendas diretamente para o caixa do município de um correligionário é um grande trunfo para qualquer parlamentar.

Assim, ele consegue fortalecer o próprio nome no município e também contribuir para obras e projetos que poderão ser capitalizados politicamente por seus aliados. É uma arma poderosa para se sair bem nas eleições municipais deste ano e, daqui a dois anos, nas eleições gerais.

Força perante o governo
Se o Congresso tem acesso a grandes fatias do Orçamento, e o governo, ainda por cima, é obrigado a pagar, os parlamentares se tornam muito mais livres de qualquer necessidade de negociação com o poder Executivo.

Isso dá ao Congresso mais poder de barganha. Para o governo, por outro lado, o poder de barganha fica menor.

Se congressistas não precisam tanto do governo para ter dinheiro, podem pedir cargos para o Executivo sem precisar dar muito em troca. O governo, por sua vez, precisa entregar cada vez mais exigências se quiser ver seus projetos aprovados.

g1
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A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALBP) aprovou o projeto de autoria do executivo que traz modificações na cobrança do IPVA (Imposto sobre a propriedade de veículos automotores) na Paraíba.

O projeto aprovado na Assembleia prevê a isenção do IPVA de carros movidos unicamente por motor elétrico no estado da Paraíba e foi aprovado por unanimidade. Estados como o Rio Grande do Norte e Pernambuco já dão essa isenção há alguns anos.

O deputado Eduardo Carneiro se manifestou sobre o tema na Assembleia e elogiou a medida. Ele lembrou que esse tipo de veículo é benéfico ao meio ambiente.

A medida foi uma modificação da lei 11.007 de 2017, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA e dá outras providências para adequá-la à legislação federal.

Projeto na Assembleia
Alguns veículos já tem isenção, como os veículos de Corpo Diplomático credenciado junto ao Governo Brasileiro, os veículos de propriedade ou posse de turistas estrangeiros, as máquinas agrícolas e de terraplenagem, táxi, veículos com potência de até 50 cilindradas, os veículos de fabricação nacional ou nacionalizados, de propriedade de pessoas portadoras de deficiência, ambulância, entre outros.

O projeto considera veículo automotor aquele dotado de mecanismo de propulsão própria e que sirva para o transporte de pessoas ou coisas ou para a tração de veículos utilizados para o transporte de pessoas ou coisas.

O IPVA incide sobre a propriedade de veículos automotores, uma única vez em cada exercício. Antes da mudança, na Paraíba, no primeiro ano, o IPVA é de 50%, mas o consumidor está buscando comprar em estados onde o valor é zero.

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O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um novo alerta de clima seco para 81 cidades do interior da Paraíba. Segundo o aviso válido a partir das 11h de hoje, a umidade relativa do ar ficará variando entre 30% e 20% ao longo do dia. Nestas circunstancias há um risco de incêndios florestais e à saúde.

Além das cidades paraibanas, ainda serão afetados os estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Bahia, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

A recomendação das autoridades nessas circunstâncias é beber bastante líquido, evitar desgaste físico nas horas mais secas, evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.

Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Confira as cidades afetadas pelo alerta do Inmet
Água Branca
Aguiar
Aparecida
Belém do Brejo do Cruz
Bernardino Batista
Boa Ventura
Bom Jesus
Bom Sucesso
Bonito de Santa Fé
Brejo do Cruz
Brejo dos Santos
Cachoeira dos Índios
Cacimba de Areia
Cajazeiras
Cajazeirinhas
Carrapateira
Catingueira
Catolé do Rocha
Conceição
Condado
Coremas
Curral Velho
Diamante
Emas
Ibiara
Igaracy
Imaculada
Itaporanga
Jericó
Joca Claudino
Juru
Lagoa
Lastro
Mãe d’Água
Malta
Manaíra
Marizópolis
Mato Grosso
Maturéia
Monte Horebe
Nazarezinho
Nova Olinda
Olho d’Água
Patos
Paulista
Pedra Branca
Piancó
Poço Dantas
Poço de José de Moura
Pombal
Princesa Isabel
Quixaba
Riacho dos Cavalos
Santa Cruz
Santa Helena
Santa Inês
Santana de Mangueira
Santana dos Garrotes
Santa Teresinha
São Bentinho
São Bento
São Domingos
São Francisco
São João do Rio do Peixe
São José da Lagoa Tapada
São José de Caiana
São José de Espinharas
São José de Piranhas
São José de Princesa
São José do Bonfim
São José do Brejo do Cruz
São Mamede
Serra Grande
Sousa
Tavares
Teixeira
Triunfo
Uiraúna
Várzea
Vieirópolis
Vista Serrana

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O ministro mais feliz e otimista entre os presentes em uma reunião nesta segunda-feira (19) no Palácio do Planalto era, segundo os participantes, o titular da Fazenda, Fernando Haddad.

Durante encontro de coordenação, Haddad fez questão de citar para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que os bancos estão revisando – para cima – suas previsões de crescimento para o Brasil em 2024.

Movimento que, segundo ele, começou após a "prévia do PIB" do Banco Central, na semana passada, mostrar uma economia forte.

Haddad citou que o JP Morgan subiu sua previsão para 2,9%. A XP, para 2,7%. Outros bancos subiram para 2,6%.

Dólar pode surpreender, crê Haddad
O ministro estava tão otimista que chegou a comentar com assessores de Lula que tem uma previsão mais positiva que a do mercado, também, para o patamar do dólar no final do ano.

Para Haddad, a moeda americana pode encerrar 2024 abaixo de R$ 5,20 – e não nos R$ 5,31 previstos atualmente pelo mercado, o que ajudaria a reduzir a inflação até o final do ano.

Haddad lembrou que as notícias vindas dos Estados Unidos mudaram de rumo e estão no campo otimista, o que deve levar a queda nos juros mais forte nos Estados Unidos nos próximos meses.

Uma queda de juros nos Estados Unidos acalma o mercado e redireciona investimentos para países emergentes – o que também ajuda o Brasil.

Governo se prepara para revisar crescimento
Haddad já disse recentemente que sua equipe vai revisar, em breve, a sua previsão de crescimento – que hoje está em 2,5% do PIB para 2024.

O ministro lembrou que o investimento está voltando mais forte, o que aumenta a oferta de bens e serviços e contribui para a melhora da inflação no médio e no longo prazo.

E apontou que uma eventual alta na taxa básica de juros (Selic), nesse cenário, pode abortar esse ciclo virtuoso da economia.

Nesta terça (20), em evento em São Paulo, Haddad inclusive fez questão de repetir esse alerta ao Banco Central. Justamente quando alguns agentes do mercado falam na possibilidade de um aumento de juros no país.

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