A Justiça dos Estados Unidos decidiu bloquear nesta sexta-feira (23) a decisão do governo de Donald Trump de proibir que a Universidade Harvard, a mais prestigiosa do país, tenha estudantes estrangeiros.
Dessa forma, os alunos de fora dos EUA que estudam ou querem estudar na instituição seguem autorizados a ter um visto de estudante no país.
A proibição, que agora virou caso judicial, é a maior escalada do embate entre Harvard e o governo Trump. (Leia mais abaixo)
A proibição de alunos internacionais — que são 1 em cada 4 estudantes da universidade — havia sido anunciada na quinta (23) pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA.
O Tribunal Federal de Boston aceitou uma queixa apresentada pela direção de Harvard, também nesta sexta.
A juíza responsável pelo caso, Allison Burroughs — nomeada para o cargo pelo ex-presidente Barack Obama — ordenou que a ordem do governo Trump seja paralisada. Ou seja: a medida fica sem efeitos legais a não ser que Washington recorra da decisão.
O governo dos EUA ainda não havia informado, até a última atualização desta reportagem, se vai recorrer. Burroughs agendou audiências para a próxima semana, entre terça (27) e quinta-feira (29), para considerar os próximos passos do processo.
Na queixa jurídica, a universidade alegou que a medida do governo poderia provocar "efeitos devastadores" nas vidas de cerca de 7.000 alunos da universidade que são estrangeiros e dependem do visto de estudante para residir nos EUA.
"Sem seus estudantes internacionais, Harvard não é Harvard", disse a instituição de ensino, que tem 389 anos. "Com um golpe de caneta, o governo tentou apagar um quarto do corpo estudantil de Harvard, estudantes internacionais que contribuem significativamente para a universidade e nossa missão".
A universidade também chamou a proibição do governo americano de "violação flagrante" da Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos, além de outras leis federais do país.
Proibição
O Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) havia afirmado que a decisão de proibir estudantes estrangeiros foi tomada porque Harvard não entregou documentos solicitados sobre seus esses alunos.
Na normativa apresentada pelo governo, os estrangeiros que já estudam na universidade deveriam se transferir para outras instituições de ensino — caso contrário, poderiam perder o direito de permanecer legalmente nos Estados Unidos.
Em carta enviada à universidade, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, acusou a instituição de manter um “ambiente hostil para estudantes judeus, de promover simpatias ao Hamas e de adotar políticas racistas de diversidade, equidade e inclusão”.
A proibição do governo americano estava prevista para entrar em vigor no ano letivo de 2025-2026.
O texto previa que estudantes internacionais que concluíssem o curso neste semestre não seriam afetados. Já quem ainda estivesse cursando teria de se transferir para outra universidade, sob o risco de perder o visto de estudante.
Os alunos internacionais que haviam sido aceitos para começar as aulas em setembro, por sua vez, não poderiam sequer iniciar o curso.
g1
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (23) uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados da União Europeia (UE), com início previsto para 1º de junho.
A medida, segundo ele, é uma resposta às barreiras comerciais e práticas consideradas desleais adotadas pelo bloco europeu.
Por meio do Truth Social, o presidente norte-americano disse que as negociações com a União Europeia não estão avançando.
Trump criticou a UE, afirmando que o bloco "foi formado com o principal propósito de tirar vantagem dos EUA no comércio, e que tem sido muito difícil de lidar".
O presidente citou como exemplos as “poderosas barreiras comerciais”, os impostos sobre valor agregado, as “penalidades corporativas ridículas”, além de manipulações monetárias e processos judiciais “injustos e injustificados” contra empresas norte-americanas.
De acordo com Trump, essas práticas "resultaram em um déficit comercial com os EUA de mais de US$ 250 bilhões por ano, um número totalmente inaceitável".
"Nossas negociações com eles não estão indo a lugar algum! Portanto, estou recomendando uma tarifa direta de 50% sobre a União Europeia, a partir de 1º de junho de 2025. Não haverá tarifa se o produto for construído ou fabricado nos Estados Unidos", completou Trump.
A decisão promete acirrar ainda mais as tensões comerciais entre Washington e Bruxelas, elevando a preocupação de setores da indústria e do comércio global quanto aos potenciais impactos econômicos e diplomáticos.
Até o momento, a União Europeia não se pronunciou sobre o anúncio. Segundo a Reuters, a Comissão Europeia se recusou a comentar a recomendação do presidente dos Estados Unidos.
O bloco informou que aguardará a realização de um telefonema entre o chefe de comércio da UE, Maros Sefcovic, e seu homólogo norte-americano, Jamieson Greer, agendado para as 15h (horário de Brasília), antes de se pronunciar oficialmente.
As ações das montadoras e empresas de luxo da Alemanha, que são as mais expostas a tarifas, caíram com a notícia.
Porsche, Mercedes (MBGn.DE) e BMW (BMWG.DE) registraram queda superior a 4%. A fabricante de óculos de sol EssilorLuxottica (ESLX.PA) também sofreu impacto, com desvalorização de 5,5%.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, disse que a ameaça do presidente dos Estados Unidos, de aumentar as tarifas sobre o comércio da União Europeia não ajudou ninguém, e que Berlim continuará a apoiar a UE para negociar com Washington.
Falando ao lado de seu homólogo indiano, em Berlim, Wadephul também disse que a Alemanha espera que a União Europeia consiga firmar um acordo de livre comércio com a Índia até o final do ano.
Nesta sexta (23), Trump também ameaçou impor uma tarifa de importação de 25% sobre os produtos da Apple, a menos que os iPhones sejam fabricados nos Estados Unidos.
No mês passado, os países da UE aprovaram o primeiro pacote de retaliação contra as tarifas do presidente dos EUA.
O bloco de 27 países enfrentam também as tarifas de importação de 25% sobre aço, alumínio e carros, além de taxas de 20% para quase todos os outros produtos, que entraram em vigor no início de abril.
As importações dos EUA incluem milho, trigo, cevada, arroz, motocicletas, aves, frutas, madeira, roupas e fio dental, de acordo com um documento visto pela Reuters. Elas totalizaram cerca de 21 bilhões de euros (US$ 23 bilhões) no ano passado.
g1
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (23) que uma "grande" troca de prisioneiros de guerra foi concluída entre a Rússia e a Ucrânia.
Horas depois, o ministério da Defesa russo e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmaram ter trocado 270 prisioneiros de guerra e 120 civis —ou seja, 390 russos e 390 ucranianos foram libertados.
Os países, em guerra desde fevereiro de 2022, concordaram em negociações diretas em Istambul a libertação de mil prisioneiros cada, o que seria a maior troca desde o início da guerra.
"Hoje — 390 pessoas. No sábado e no domingo, esperamos que a troca continue. (...) Esse acordo foi alcançado durante a reunião na Turquia, e é fundamental que ele seja implementado integralmente", afirmou Zelensky.
A troca de foi acordada no início do mês, em negociações diretas em Istambul, durante a primeira rodada de negociações diretas entre Rússia e Ucrânia em mais de três anos.
Zelensky afirmou que a troca desta sexta-feira é "a primeira etapa" da troca "1.000 por 1.000", acordada entre os países. A Defesa russa também confirmou que a troca continuará nos próximos dias.
"Uma grande troca de prisioneiros acaba de ser concluída entre a Rússia e a Ucrânia. Ela entrará em vigor em breve. Parabéns aos dois lados por essa negociação. Isso pode levar a algo grande???", escreveu Trump em sua rede social Truth Social.
Os rivais finalizavam detalhes da troca até esta quinta-feira, quando um representante da inteligência militar ucraniana afirmou à Reuters que o país havia submetido à Rússia uma lista com mil prisioneiros de guerra, em preparação para uma troca de larga escala com o rival.
Trocas desse tipo, delicadas entre países em guerra, costumam ser mantidas em sigilo até que sejam concluídas, o que pode levar horas. Rússia e Ucrânia já realizaram outras trocas de prisioneiros de guerra desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, quando tropas russas invadiram o território ucraniano.
"Temos a confirmação de que quase 10 mil pessoas estão em cativeiro na Rússia", declarou em abril o comissário ucraniano para as pessoas desaparecidas, Artur Dobroserdov.
A Rússia divulga poucas informações sobre o destino dos ucranianos mantidos em cativeiro e cada troca é marcada por surpresas, declarou à agência de notícias AFP um funcionário ucraniano de alto escalão que pediu anonimato.
Guerra da Ucrânia
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, afirmou nesta sexta-feira (23) que um documento base para um cessar-fogo na guerra da Ucrânia está com estágio "avançado". O memorando deveria ser elaborado conjuntamente por Rússia e Ucrânia, mas os russos estão fazendo uma versão e a entregarão aos ucranianos, segundo Lavrov.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou na quinta-feira a criação de uma zona-tampão ao longo da fronteira com a Ucrânia, a primeira desde o início da guerra.
A zona-tampão, anunciada por Putin, ao longo da fronteira com a Ucrânia será a primeira zona desmilitarizada da região desde o início da guerra entre os dois países, há mais de três anos.
"Foi tomada a decisão de criar uma zona de segurança ao longo da fronteira entre a Rússia e a Ucrânia. As Forças Armadas russas estão atualmente abordando essa questão", disse Putin, segundo a Tass.
Uma zona-tampão é uma área estabelecida normalmente por dois países em guerra na fronteira ou em regiões de combate para ficar desmilitarizada. Em geral, tropas da Organização das Nações Unidas (ONU) passam a controlar a área para garantir que não haverá ataques nela.
No ano passado, a Ucrânia chegou a dizer que pretendia criar uma "zona tampão" na região fronteiriça, mas não avançou na questão. Kiev ainda não havia se manifestado sobre o anúncio da Rússia desta quinta até a última atualização desta reportagem.
g1
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A partir desta sexta-feira (23), os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que quiserem contratar novos empréstimos consignados terão que cadastrar seus dados biométricos na plataforma Meu INSS, na internet.
A medida de segurança foi anunciada na última segunda-feira (19), por meio de um despacho publicado no Diário Oficial da União.
Assinado pelo presidente do instituto, Gilberto Waller Junior, o documento estabelece que a identificação biométrica de aposentados e pensionistas do Regime Geral da Previdência Social atende à necessidade de avaliação do serviço de desbloqueio de benefícios para empréstimos consignados, com o objetivo de mapear vulnerabilidades operacionais e implementar medidas corretivas e aprimoramentos, garantindo maior segurança e conformidade aos processos envolvidos.
A concessão de novas autorizações para empréstimos consignados para aposentados e pensionistas estava bloqueada desde o último dia 8.
Anunciado em meio às investigações de irregularidades na cobrança de mensalidades associativas e empréstimos consignados, o bloqueio atendeu a uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), de junho do ano passado.
Ao apurar denúncias de descontos não autorizados por aposentados e pensionistas e encontrar indícios de irregularidades, o TCU determinou que o INSS só permitisse as cobranças em folha em favor de sindicatos e entidades sociais mediante a obtenção e conferência da assinatura eletrônica avançada e dados biométricos do beneficiário. A determinação valia tanto para as mensalidades de filiação às entidades, quanto para empréstimos consignados.
O instituto recorreu das determinações, alegando, entre outras coisas, que as autorizações para empréstimos consignados já passavam por mecanismos de controle mais eficazes que aqueles a que são submetidas autorizações para descontos de mensalidades associativas em folha. No entanto, um dia antes do INSS anunciar o bloqueio dos consignados, o TCU negou o recurso, mantendo as determinações.
O INSS alerta que não realiza atendimento por meio de redes sociais ou aplicativos como o WhatsApp, nem pede aos beneficiários enviem documentos pessoais, fotos, senhas ou dados bancários por estes canais de comunicação. Todos os serviços e informações sobre benefícios devem ser acessados apenas pelos canais oficiais, como o site, o Aplicativo Meu INSS ou o telefone 135.
Agência Brasil
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A Petrobras assinou acordo para reassumir a posse e a produção de duas fábricas de fertilizantes, em Camaçari, na Bahia, e em Laranjeiras, em Sergipe, que estão paradas desde 2023. As duas unidades estão arrendadas à iniciativa privada desde 2020.
A confirmação da estatal foi feita por meio de comunicado ao mercado. O acordo envolve a Proquigel, subsidiária da Unigel, uma das maiores empresas químicas do país, que tem fábrica também no México.
O acordo estabelece o “encerramento das controvérsias contratuais e litígios existentes entre as partes”.
Para entrar em vigor, o documento precisa ser homologado pelo Tribunal Arbitral (forma alternativa de resolução de conflitos, que resolve disputas por meio de arbitragem, utilizando árbitros em vez de juízes), o que já foi solicitado pela Petrobras e pela Proquigel.
Fim da disputa
Em comunicados anteriores, a Petrobras afirmou que o acordo tem como meta alcançar uma solução definitiva, rentável e viável para o suprimento de fertilizantes ao mercado brasileiro.
Após a homologação, a estatal fará uma licitação para contratar serviços de operação e manutenção das duas fábricas.
Retomada
As duas plantas de fertilizantes foram arrendadas pela estatal à Proquigel em 2019, mas estão paradas desde 2023 por causa de dificuldades financeiras. A retomada da operação segue o plano de negócios da Petrobras, que prevê “capturar valor com a produção e a comercialização de produtos nitrogenados, conciliando com a cadeia de produção de óleo e gás natural e a transição energética”.
Os fertilizantes nitrogenados, como ureia, são bastante usados por produtores agrícolas. Para a produção dos fertilizantes, é preciso matéria-prima resultante do gás natural, produzido pela Petrobras.
O Brasil é um dos principais consumidores de fertilizantes do mundo e importa cerca de 80% do volume que utiliza. Na primeira entrevista após assumir o cargo, em maio de 2024, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, manifestou o interesse da estatal em investir na produção doméstica do insumo agrícola.
Em agosto do ano passado, a Petrobras reativou a fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), no Paraná, em cerimônia que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A unidade estava fechada desde 2020.
Empregos
A Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen-Se) tem capacidade instalada de produção de 1,8 mil toneladas de ureia por dia e pode comercializar amônia, gás carbônico e sulfato de amônio. A Fafen-BA possui capacidade instalada de produção de ureia de 1,3 mil toneladas por dia, e pode comercializar amônia, gás carbônico e agente redutor líquido automotivo (Arla 32).
Enquanto o acordo era negociado, a Federação Única dos Trabalhadores (FUP), que representa sindicatos ligados à Petrobras, emitiu posicionamento em que comemorava a retomada.
De acordo com a FUP, serão criados cerca de 2,4 mil empregos diretos e indiretos nas duas fábricas. A FUP acredita que as operações podem ser retomadas a partir de outubro.
Agência Brasil
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A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou pela reabertura de prazo - por mais dois anos - para que poupadores possam aderir ao acordo para recebimento de perdas inflacionárias provocadas pelos planos econômicos Bresser (1987), Verão (1989) , Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991).
Segundo informações que constam do processo, o acordo já teve 326 mil adesões, que somam R$ 5 bilhões em indenizações, mas se estima que centenas de milhares de poupadores ainda possam aderir.
Prevalece o voto do relator, ministro Cristiano Zanin, para quem a reabertura de prazo por 24 meses é necessária para não causar prejuízos a quem ainda não tenha aderido ao acordo, diante do iminente encerramento definitivo da ação sobre o tema.
Até o momento, seguiram Zanin os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia, André Mendonça e Dias Toffoli, formando a maioria. Edson Fachin se declarou suspeito para votar no caso, por já ter defendido poupadores como advogado no passado.
O caso é julgado no plenário virtual, e os ministros Luiz Fux, Nunes Marques e Luís Roberto Barroso têm até as 23h59 desta sexta-feira (23) para votar.
ADPF
Com essa última votação, deve ser encerrada a tramitação da ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) sobre o tema, que foi aberta em 2009 pela Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif).
Pela maioria alcançada, fica também reconhecida a constitucionalidade dos planos econômicos. Na avaliação do ministro, os planos foram necessários para tentar conter a hiperinflação e estabelecer medidas legítimas para preservação da ordem monetária.
Além disso, a maioria entendeu que o acordo valida todas as ações individuais e coletivas sobre expurgos inflacionários, sem necessidade de manifestação individual dos todos os interessados.
Entenda
Em 2018, o Supremo homologou acordo entre entidades que atuam em defesa dos consumidores e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para iniciar o ressarcimento dos poupadores e encerrar os processos na Justiça que tratam sobre as perdas financeiras.
O acordo foi feito no âmbito de uma ação na qual a Confederação Nacional do Sistema Financeiro pedia confirmação da constitucionalidade dos planos econômicos.
Na mesma ação, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor solicitava que os bancos pagassem aos poupadores os prejuízos financeiros causados pelos índices de correção dos planos inflacionários.
O ajustamento entre as partes estabeleceu que os bancos pagariam aos poupadores os valores correspondentes aos expurgos inflacionários de poupança, havendo, em contrapartida, a extinção das ações judiciais individuais dos aderentes.
Em maio de 2020, diante da baixa adesão, o acordo foi prorrogado por mais 60 meses (5 anos), prazo que termina neste mês.
Agência Brasil
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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) acionou nesta quinta-feira (22) o Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o esquema de fraudes na Previdência.
A ação apresentada por Nikolas, que ainda não tem relator, pede que a Corte reconheça o direito de minorias e determine à Câmara a criação imediata da CPI.
Deputados de oposição na Casa protocolaram, em abril, um pedido de criação de uma CPI para apurar o esquema de desvios de esquema de fraudes e desvios de aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O requerimento conta com 185 apoios e está, desde o protocolo, aguardando uma decisão de Motta.
?Para ser criada uma CPI na Câmara, é necessário que o presidente da Casa faça a leitura do requerimento em uma sessão.
A parlamentares da oposição, Hugo Motta já declarou "não ter como" criar a comissão de inquérito do INSS. Segundo ele, mais de uma dezena de outros pedidos de CPI também estão na fila e aguardando criação.
Para Nikolas Ferreira, a demora de Motta revela uma "omissão" do presidente da Câmara. O deputado do PL sustenta que a instalação de CPIs é um "direito público subjetivo das minorias parlamentares".
"O prolongamento dessa omissão prejudica diretamente a eficácia da atuação parlamentar e compromete a celeridade das investigações sobre um escândalo que afeta milhões de cidadãos brasileiros, especialmente aposentados e pensionistas, vítimas de um esquema de fraudes de proporções bilionárias", diz o parlamentar no pedido.
Inspiração na CPI da Covid
A ação de Nikolas Ferreira é inspirada no pedido feito ao Supremo pelos senadores Alessandro Vieira (MDB-SE) e Jorge Kajuru (PSB-GO) para obrigar o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a instalar a CPI da Covid em 2021.
Na ocasião, o relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, concordou com o pedido e determinou que Pacheco criasse o colegiado.
Barroso afirmou, na decisão, que a prerrogativa do comandante de uma Casa Legislativa de escolher a agenda "não pode ferir o direito constitucional do terço dos parlamentares à efetivação da criação da comissão de inquérito".
Segundo o ministro, quando estão atendidos os requisitos constitucionais, "impõe-se a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito".
"A instalação de uma CPI não se submete a um juízo discricionário do presidente ou do plenário da casa legislativa. Não pode o órgão diretivo ou a maioria parlamentar se opor a tal requerimento por questões de conveniência e oportunidade políticas", disse o ministro à época.
Cerca de uma semana após a decisão de Barroso, o voto do ministro pela criação imediata da CPI da Covid foi referendado pelo plenário do Supremo.
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Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), respectivamente, receberam, nesta quinta-feira (22), o presidente de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, no Congresso Nacional. O presidente angolano encontrou os dois presidentes separadamente.
O encontro acontece durante a Semana da África no Brasil e durante o evento 2° Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural. Na sexta-feira (23), o presidente angolano vai se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante o encontro com Motta, o paraibano lembrou que, em 1975, o Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola. “A diplomacia parlamentar da Câmara deve ser uma ferramenta para construir um futuro mais próspero para todos os brasileiros e queremos avaliar os meios para melhorar essa parceria”, avaliou.
Lourenço ressaltou a importância do Congresso para as relações bilaterais e defendeu os acordos de cooperação nas áreas de agricultura, pecuária e energia. Neste ano, o país completa 50 anos de independência.
Alcolumbre elogiou as relações econômicas e de amizade entre os dois países e destacou que a Angola pode contar com o Brasil. “Ainda temos muito o que avançar”, afirmou.
Por fim, Lourenço agradeceu a recepção brasileira e destacou que o Brasil sempre foi companheiro da Angola. “Para além das afinidades da língua e da cultura, da história e do cruzamento dos povos, nunca é demais recordar que o Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola”, declarou.
Durante o encontro com Alcolumbre, o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), diplomatas e servidores do Itamaraty participaram da reunião com o presidente angolano.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou acordos bilaterais com o presidente da Angola, João Lourenço, e defendeu o aumento das relações comerciais entre os dois países nesta sexta-feira (23). “É importante lembrar que o Brasil já teve um fluxo comercial com a Angola de US$ 4 bilhões e agora estamos em apenas US$ 1,5 bilhão, o que significa que nós temos que trabalhar mais para que a gente faça o nosso fluxo de comércio exterior ser do tamanho que a gente pensa que têm os nossos países”, afirmou.
Lula deu a declaração após reunião fechada com o presidente Angolano, recepcionado no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (23). Os dois presidentes, após pronunciamento, seguiram para um almoço no Itamaraty, sede do MRE (Ministério das Relações Exteriores).
“O presidente João Lourenço e eu mantivemos proveitosa reunião de trabalho que discutimos temas bilaterais, regionais e multilaterais. Ampliar e diversificar a pauta comercial são prioridades”, disse Lula sobre o encontro.
Lula acrescentou que a boa relação do Brasil com a Angola. “Angola sempre foi um bom pagador. Quitou suas dívidas com cinco anos de antecedência. Por isso, ninguém tem que ter medo de fazer qualquer coisa com Angola, fazer qualquer empréstimo”, defendeu.
Veja alguns dos atos assinados:
O acordo da PF com a Polícia Nacional do país africano conta com troca de informações sobre crime organizado, tráfico de drogas, terrorismo, trabalho forçado e também outras violações de direitos humanos, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos, por exemplo.
Reunião bilateral
O encontro ocorreu em meio à Semana da África no Brasil e ao segundo diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural, que reúne representantes de nações africanas. O líder angolano é o presidente rotativo da União Africana em 2025.
Lula e Lourenço encontraram-se no Rio de Janeiro em novembro do ano passado, durante a Cúpula do G20, grupo que reúne as maiores economias globais e as uniões Europeia e Africana.
Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), respectivamente, receberam o presidente angolano, separadamente, nessa quinta (22). Lourenço também se reuniu com o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal).
Comércio bilateral
Entre janeiro e abril de 2025, as exportações brasileiras para a Angola cresceram 28,6%, em relação ao mesmo intervalo do ano passado. O Brasil comprou, nos quatro primeiros meses de 2025, cerca de US$ 91,4 milhões (aproximadamente R$ 522,6 milhões) em produtos angolanos.
O fluxo comercial entre os dois países é superavitário para o Brasil — entre janeiro e abril deste ano, o saldo ficou em US$ 99,5 milhões (cerca de R$ 569 milhões). Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Entre os principais produtos brasileiros vendidos para Angola estão itens de ferro e aço, açúcares e melaços, carnes de aves, carne suína, carne bovina, calçados e óleos combustíveis de petróleo.
A maioria das compras que o Brasil faz dos produtores angolanos é de óleos brutos de petróleo e óleos combustíveis de petróleo.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um minuto de silêncio no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (23) em homenagem ao fotógrafo Sebastião Salgado, que morreu aos 81 anos.
Lula prestou o tributo durante declaração à imprensa ao lado do presidente da Angola, João Lourenço, que está em visita ao país e se reuniu com o petista nesta sexta.
"A gente ficou sabendo de uma notícia muito triste. Eu até queria em uma homenagem pedir um minuto de silêncio, pela morte do companheiro Sebastião Salgado, certamente, se não o maior, um dos maiores e melhores fotógrafos que o mundo já produziu, que morreu hoje", afirmou Lula.
Nascido em Aimorés, Minas Gerais, em 1944, Sebastião Ribeiro Salgado Júnior morreu nesta sexta em Paris, na França.
O presidente Lula presenteou João Lourenço com uma fotografia de Sebastião Salgado (veja abaixo)
"Portanto, você [João Lourenço] vai receber a fotografia de um fotógrafo muito, mas muito, muito especial que o planeta Terra produziu", disse Lula.
Após a homenagem no Palácio do Planalto, Lula fez uma postagem em uma rede social e disse que a obra do fotógrafo "continuará sendo um clamor pela solidariedade" e um "lembrete de que somos todos iguais em nossa diversidade".
"Seu inconformismo com o fato de o mundo ser tão desigual e seu talento obstinado em retratar a realidade dos oprimidos serviu, sempre, como um alerta para a consciência de toda a humanidade. Salgado não usava apenas seus olhos e sua máquina para retratar as pessoas: usava também a plenitude de sua alma e de seu coração", escreveu Lula.
Autoridades e políticos também lamentam
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, também lamentou a morte de Sebastião Salgado. Ele destacou que nas paredes do STF há diversas fotografias de Salgado expostas.
"Ele era um dos patrimônios culturais brasileiros, embora estivesse vivendo na França. Há poucas semanas, ele me telefonou por uma questão que o preocupava. Ele é um homem que tinha um olhar voltado para a proteção ambiental, para a proteção das comunidades indígenas, para outras causas importantes da humanidade", disse Barroso.
O magistrado ressaltou os projetos de recuperação de vegetação nativa e ecológicos "extremamente importantes" que foram lançados pelo fotógrafo e acrescentou que a morte de Sebastião Salgado "é uma imensa perda para a humanidade".
Cármen Lúcia, que também é ministra do STF, disse que a morte do fotojornalista é uma "enorme perda para o Brasil e para a humanidade".
“Sebastião era Salgado apenas no sobrenome: um ser humano a mostrar uma doçura total, mesmo nas denúncias fotografadas das indignidades e feridas do mundo", disse a ministra.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que Sebastião Salgado "colocou sua lente a serviço da humanidade ao retratar as contradições do mundo".
"Sebastião deixa um legado na arte que nos incentiva sempre a refletir sobre os caminhos e decisões que tomamos. Meus sentimentos a sua esposa, Lélia, e toda a família", afirmou o deputado.
Em uma rede social, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ter perdido um "amigo".
"O Brasil perdeu um dos maiores expoentes da fotografia mundial. A morte de Sebastião Salgado deixa uma lacuna irreparável no jornalismo brasileiro. Descanse em paz, companheiro", afirmou Haddad.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirmou ter recebido a notícia da morte do fotógrafo com "imensa tristeza" e se solidarizou com familiares.
"Sua lente capturou a alma do mundo, com olhar humano, poético e profundamente transformador", afirmou Margareth.
O Ministério das Relações Exteriores também divulgou um comunicado de pesar pelo falecimento de Sebastião Salgado e afirmou que o trabalho do fotógrafo "foi decisivo para ampliar a conscientização internacional sobre a necessidade de proteger tanto os direitos humanos quanto o meio ambiente, especialmente na defesa da Amazônia e de seus povos".
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