Novembro 27, 2024
Arimatea

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A venda de veículos novos subiu 12% em julho, de acordo com a associação dos concessionários, a Fenabrave. A comparação é com o mesmo mês do ano passado.

Foram emplacadas 243.640 unidades de automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões no último mês, contra 217.476 do mesmo período em 2018. Quando comparado com junho deste ano, o crescimento foi de 9%.

O número é o segundo melhor até agora, atrás apenas dos resultados de maio, quando o mercado emplacou 245.466 veículos.

De janeiro a julho, 1.551.781 unidades foram emplacadas, contra 1.384.103 do mesmo período no ano passado. O resultado mantém a média do crescimento mensal, com 12,1%.

Caminhões continuam em alta
Ainda como reflexo da base baixa e da greve dos caminhoneiros, o segmento permanece em alta. O número de unidades vendidas passou de 6.666 (julho de 2018) para 9.001 no mês passado, representando crescimento de 35%.

No acumulado do ano o número foi ainda maior: subiu 43%, de 39.003 para 55.867.

G1
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (1) que irá impor uma tarifa adicional de 10% sobre US$ 300 bilhões restantes em importações da China a partir de 1º de setembro, no momento em que prosseguem as negociações para tentar amenizar tensões entre as duas maiores economias do mundo.

"As negociações comerciais continuam, e durante as conversas os EUA começarão, em 1º de setembro, a colocar uma pequena tarifa adicional de 10% sobre os US$ 300 bilhões restantes em bens e produtos vindos da China para o nosso país. Isso não inclui os US$ 250 bilhões já tarifados em 25%", escreveu Trump no Twitter.

Em uma série de tuítes, Trump também culpou a China por não cumprir com as promessas de comprar mais produtos agrícolas norte-americanos e criticou especificamente o presidente chinês, Xi Jinping, por falhar em fazer mais para cessar as vendas do opióide sintético fentanil.

Os índices acionários dos EUA reduziram ganhos após o anúncio de Trump e o Dow Jones passou a operar em território negativo.

Negociadores dos EUA e China encerraram dois dias de conversas em Xangai na quarta-feira com poucos sinais de progresso, embora ambos os países tenham descrito as negociações como construtivas. Uma nova rodada de reuniões entre os negociadores foi marcada para setembro.

Os EUA e a China estão envolvidos em uma guerra comercial marcada por tarifas recíprocas desde o ano passado. As tensões prejudicaram cadeias globais de abastecimento e abalaram mercados financeiros.

Reuters
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A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) divulgou, nesta quinta-feira (1º), a sexta chamada da lista de espera do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2019.2. As matrículas acontecem na coordenação do curso para o qual o candidato foi aprovado.

As matrículas acontecem de 2 a 6 de agosto, e é necessário que os convocados entreguem cópias do certificado de conclusão do Ensino Médio e Histórico Escolar, RG, CPF, prova de quitação com o serviço militar (no caso de candidatos do sexo masculino), registro de nascimento ou certidão de casamento, prova de quitação com o TRE (para maiores de 18 anos) e uma fotografia 3x4.

Os documentos são exigidos no edital publicado pela UEPB e só será permitida a matrícula dos estudantes que cumprirem com o solicitado, sendo proibida a entrega de documentos após o período de cadastro.

G1 PB
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O governo federal vai ampliar em pouco mais de 7,3 mil o número de médicos nas áreas mais carentes do país, sendo que 55% dos profissionais serão contratados para atender as regiões Norte e Nordeste. O Programa Médicos pelo Brasil, lançado hoje (1º), em substituição ao Mais Médicos, define novos critérios para realocação dos profissionais considerando locais com maior dificuldade de acesso, transporte ou permanência dos servidores, além do quesito de alta vulnerabilidade. A nova proposta ainda prevê formação de médicos especialistas em Medicina da Família e Comunidade.

Ao todo, serão 18 mil vagas. O novo programa vai coexistir com o Mais Médicos até o fim dos contratos que estão vigentes. Os médicos que quiserem migrar para o Médicos pelo Brasil também terão que participar do processo seletivo.

De acordo com o Ministério da Saúde, na atenção primária - base do Sistema Único de Saúde (SUS) - é possível resolver cerca de até 80% dos problemas de saúde, como diabetes, hipertensão e tuberculose. “É o momento que olhamos decisivamente para a atenção básica. Vamos reestruturar o sistema de saúde brasileira partindo da atenção primária. Isso vem de uma sequência de ações”, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante cerimônia no Palácio do Planalto. “Embora o nome seja atenção básica ela é muito mais complexa do que a atenção especializada, ela mexe com a dinâmica da sociedade, é ali que se faz a porta de entrada e a responsabilização da vida do indivíduo”, completou.

Os médicos do novo programa serão selecionados por processo seletivo para duas funções: médicos de família e comunidade e tutor médico. Todos deverão ter registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). Os médicos formados no exterior, inclusive os cubanos que deixaram o Mais Médico e continuaram no Brasil, deverão passar pelo processo de revalidação do diploma (Revalida) para obter o registro e atuar no programa.

A Medida Provisória que cria o Médicos pelo Brasil foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro hoje e será encaminhada para avaliação do Congresso Nacional. Segundo o ministro, assim que for aprovada, o governo vai lançar edital para a seleção e contratação dos profissionais. Atualmente, existem 3,8 mil vagas disponíveis e a expectativa é que até o final de 2020, todas as vagas sejam ocupadas. O orçamento previsto para o Mais Médicos (R$ 3,4 bilhões, em 2019) será, gradativamente, transferido para o novo programa.

Contratação
Para a função de médico de família e comunidade, os profissionais que forem aprovados em teste escrito serão alocados nas unidades de Saúde da Famílias pré-definidas pelo Ministério da Saúde. Eles terão dois anos para concluir o curso de especialização em Medicina de Família e Comunidade, recebendo bolsa-formação de R$ 12 mil mensais e gratificação de R$ 3 mil adicionais para locais remotos ou R$ 6 mil adicionais para distritos indígenas, além de localidades ribeirinhas e fluviais.

Para a função de tutor médico serão selecionados especialistas em Medicina de Família e Comunidade ou de Clínica Médica. Após aprovação em processo seletivo, estes profissionais serão contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e serão responsáveis pelo atendimento à população nas unidades definidas e pela supervisão dos demais médicos durante o período do curso de especialização.

Os contratos com carteira assinada podem variar entre quatro níveis salariais que variam entre R$ 21 mil e R$ 31 mil, já incluído os acréscimos por desempenho que pode variar entre 11% a 30% do salário- medido pela qualidade de atendimento e satisfação da população - e dificuldades do local. O valor também inclui gratificação (R$ 1 mil/mês) para os médicos que acumularem o cargo de tutor. Além disto, há previsão de progressão salarial a cada três anos de participação no programa.

Áreas vulneráveis
Para classificação dos locais, o novo programa foi elaborado a partir da metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseada em estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os municípios são divididos em cinco categorias: rurais remotos, rurais adjacentes, intermediários remotos, intermediários adjacentes e urbanos. Serão priorizados os municípios rurais remotos, rurais adjacentes e intermediários remotos que, juntos, concentram 3,4 mil cidades, além das unidades de Saúde da Família ribeirinhas e fluviais e os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

Do total de vagas do Médicos pelo Brasil, 13 mil serão para essas localidades de difícil provimento. No Mais Médicos, pouco mais de 5,6 profissionais estão nesses locais. O Ministério da Saúde informou que será criado um novo modelo de financiamento da atenção básica de saúde para compensar a transferência de vagas das regiões urbanas e intermediárias adjacentes.

Agência Brasil
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Todos os anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as hepatites virais causam 1,7 milhão de mortes no mundo.

No Brasil, entre 1999 a 2018, foram registrados 632.814 casos da doença. Desse total, 167.108 (26,4%) foram do tipo A, 233.027 (36,8%) do B, 228.695 (36,1%) do C e 3.984 (0,7%) do D (ou Delta).

Os dados constam no Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2019, divulgado esta semana pelo Ministério da Saúde.

A boa notícia é que, de 2008 a 2018, houve redução de 7% no número de notificações, passando de 45.410 para 42.383. O levantamento também apontou queda de 9% nos óbitos, saindo de 2.362 em 2007 para 2.156 em 2017, sendo 1,6% associados à hepatite A, 21,3% a B, 76% a C e 1,1% a D.

Em relação à distribuição dos casos pelo país, o Nordeste, concentra a maior proporção das infecções pelo vírus A (30,3%), o Sudeste, pelos vírus B e C, com 34,9% e 60,0%, respectivamente, e o Norte acumula, pelo D (74,9%).

O que é hepatite?
Segunda maior doença infecciosa letal do mundo (a primeira é a tuberculose), a hepatite é a inflamação do fígado. As principais causas dessa condição são os vírus (A, B, C, D e E) - alguns medicamentos, consumo excessivo de álcool e outras drogas e doenças autoimunes, metabólicas e genéticas também podem desencadeá-la.

Para saber mais sobre ela, a BBC News Brasil conversou com o patologista Helio Magarinos Torres Filho, membro da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC) e diretor médico do Richet Medicina & Diagnóstico; Ivan França, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, e Raquel Stucchi, infectologista e professora da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenadora do Grupo de Estudos das Hepatites da FCM.

Hepatite A
Em 2018, de acordo com o Ministério da Saúde, foram notificados 2.149 casos de hepatite A no Brasil, o que equivale a uma taxa de detecção de 1 caso por 100 mil habitantes - em 2008, era de 6,2 por 100 mil habitantes.

Sua transmissão se dá por contágio fecal-oral, na ingestão de alimentos e/ou água contaminados, especialmente em locais com condições precárias de saneamento básico. Outra forma, essa menos comum, é através da prática sexual oral-anal, pelo contato da mucosa da boca com o ânus da pessoa infectada.

Nem sempre a hepatite A apresenta sintomas, apenas nos quadros agudos. Entre os principais estão dor abdominal, diarreia, náusea, vômito, intolerância a cheiros, pele e olhos amarelados, urina escura, fezes claras, mal estar e dor no corpo.

Na maioria dos casos, a doença se cura sozinha, em uma ou duas semanas, e a pessoa adquire imunidade, ou seja, não terá uma nova infecção.

O tratamento deste tipo de hepatite é sintomático e ainda inclui repouso, dieta e evitar o consumo de bebida alcoólica.

A melhor forma de se prevenir é com a vacina, disponível gratuitamente para crianças de 15 meses a 5 anos incompletos (4 anos, 11 meses e 29 dias) nas unidades básicas de saúde, e para grupos de risco (pessoas de qualquer idade que tenham hepatopatias crônicas, coagulopatias, hemoglobinopatias, HIV, doenças imunossupressoras e de depósito, fibrose cística e trissomias, candidatos a transplante de órgãos e doadores de órgãos cadastrados em programas de transplantes), nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs) - para os demais indivíduos, a imunização está disponível em clínicas e laboratórios privados.


Além disso, é importante lavar bem os alimentos antes de consumi-los, não comprá-los em qualquer lugar, só beber água limpa, ter atenção à água que usará para cozinhar e cuidar da higiene pessoal.

Hepatite B
No ano passado, 13.992 casos de hepatite B foram registrados no país, o que representa 6,9 casos por 100 mil habitantes.

Nesta variação, a transmissão ocorre pelo contato com sangue contaminado, por meio do compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam, materiais que não foram esterilizados corretamente, sexo desprotegido e de mãe para filho (transmissão vertical) no parto.

Apresenta tanto formas agudas, ou seja, quando há sintomas - são cerca de 10% das ocorrências, tendo as mesmas manifestações clínicas da hepatite A -, quanto crônicas (quando o vírus persiste no organismo por mais de seis meses).

A enfermidade tem tratamento, ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e controle, a fim de que não evolua para cirrose e câncer de fígado. Ele é feito com a administração de medicamentos antivirais.

O Ministério da Saúde também disponibiliza vacina. Para as crianças, são quatro doses (ao nascer, 2, 4 e 6 meses) e, para os adultos, três doses a depender da situação vacinal. Pessoas que tenham algum tipo de imunodepressão ou o vírus HIV precisam de um esquema especial, com dose em dobro.

Hepatite C
Pelos dados do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2019, no ano passado foram notificados 26.167 casos de hepatite C no Brasil, com taxa de detecção de 13 por 100 mil habitantes.

Dentro todos os tipos da doença, essa é a mais mortal. Para se ter uma ideia, de 2000 a 2017, foram 53.715 óbitos associados a ela.

O Ministério da Saúde relata que, atualmente, mais de 500 mil pessoas convivem com o vírus e não sabem, já que se trata de uma enfermidade geralmente silenciosa, até que atinja maior gravidade.


A forma crônica é comum em 80% dos pacientes e, desses, 20% podem evoluir para cirrose hepática e de 1% a 5% para câncer de fígado.

A patologia é transmitida da mesma forma que a B, por contato com sangue contaminado, sexo desprotegido e de mãe para filho na hora do parto.

O tratamento, gratuito pelo SUS, se dá com o uso de antivirais de administração oral, determinados de acordo com o genótipo do vírus e o comprometimento do fígado. Ele é realizado de três meses a um ano e tem excelentes chances de cura, passando de 95%.

Por não ter vacina, a melhor forma de se prevenir é não compartilhar objetos de uso pessoal e cortantes ou perfurantes, usar preservativo e, ao se submeter a qualquer procedimento, certificar-se de que os materiais usados são esterilizados e os descartáveis não estão sendo reaproveitados.

Hepatite D
No ano passado, no país, houve 145 casos da hepatite D, também chamada de Delta. Esse tipo da enfermidade depende da presença do vírus B para contaminar uma pessoa.

Da mesma forma que as outras variações, dificilmente apresenta sintomas - que também são os mesmos. A forma de transmissão é por relações sexuais sem camisinha com alguém infectado, da mãe doente para o filho durante o parto e pelo compartilhamento de objetos cortantes.

A infecção pode ser tanto aguda quanto crônica e tem tratamento - com duração de três meses a um ano - e controle, evitando a evolução para cirrose e câncer. A melhor forma de se prevenir e não contrair a hepatite B, o que se consegue com vacina.

Hepatite E
Esse tipo de hepatite tem baixa prevalência no Brasil, tanto que nem consta no Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2019.

Seu contágio é igual ao da A: por condições precárias de saneamento básico, água e alimentos contaminados e falta de higiene pessoal.

Também quase não apresenta sintomas, mas, quando eles surgem, são basicamente os mesmos das demais: cansaço, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, fezes claras, urina escura e pele e olhos amarelados.

Na maioria dos casos, não necessita de tratamento, sendo indicado apenas repouso, dieta e não consumir bebida alcoólica. Há o risco de cronificar em pessoas imunodeprimidas e transplantados.

Por não ter vacina, a melhor forma de se prevenir é lavar bem as mãos após ir ao banheiro e antes de comer, lavar bem os alimentos e não ter contato com água de valões, riachos, chafarizes, enchentes e esgoto.

Exames periódicos
Junto com as recomendações relacionadas a cada um dos tipos das hepatites virais, os especialistas consultados pela BBC News Brasil afirmam que é imprescindível fazer, pelo menos, uma vez no ano, exames de rotina para saber se tem a doença - são realizados com a coleta de uma amostra de sangue.

Isso porque o diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e para o sucesso do tratamento.

Em anúncio recente, por conta do Julho Amarelo, ação que visa prevenir e conscientizar sobre as hepatites virais, o governo disse que pretende aumentar o número de testagem e que irá ampliar a expectativa de tratamento para 50 mil por ano.

BBC
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Brasil e Paraguai anularam, nesta quinta-feira (1º), a ata sobre compra de energia da usina de Itaipu assinada em maio por representantes dos dois países que iniciou uma crise política no governo de Mario Abdo Benítez.

Em seguida, a bancada Honor Colorado, ligada ao ex-presidente Horacio Cartes, que é da base de apoio do mandatário, mas estava alinhada à proposta de fazer um julgamento político que poderia resultar em impeachment, declarou que mudou de posição. O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara dos Deputados paraguaia, Pedro Alliana. Com isso, segundo a imprensa paraguaia, acaba a chance de a oposição avançar com o processo de deposição.

O embaixador do Brasil no Paraguai, Carlos Alberto Simas Magalhães, assinou em Assunção um documento em que o Estado brasileiro reconhece a decisão do Estado paraguaio de anular a renegociação que faria o país vizinho pagar mais caro pela energia da usina binacional.

O ministro das Relações Exteriores paraguaio, Antonio Rivas Palacios, destacou que, desta forma, as negociações a respeito voltam à estaca zero.

'Erros'
Abdo discursou em Assunção logo após o cancelamento da ata e o anúncio do grupo Honor Colorado de que não apoiaria o processo de impeachment. Ele agradeceu aos parlamentares que o "salvaram".

"Disse que não vou tolerar a corrupção, que não importa o quanto dia, por causa da proximidade de meus colegas e amigos de luta, isso não nos dá o direito de ter má conduta na administração de coisas públicas. Não só atos de corrupção, mas também erros. É por isso que ordenei que aqueles que participaram do processo, talvez sem má vontade, sejam removidos do cargo", disse o presidente.

Pedido de impeachment
Os partidos de oposição do Paraguai havia anunciado nesta quarta (31) que apresentariam um pedido de impeachment contra Abdo e o vice-presidente Hugo Velázquez por conta do escândalo em torno da polêmica renegociação.

O acordo elevaria os custos para a empresa estatal de eletricidade do Paraguai em mais de US$ 200 milhões, segundo o ex-diretor da entidade. O documento, assinado sem divulgação à opinião pública pelos governos de Brasil e Paraguai, foi revelado apenas na semana passada.

Resumo da crise

  • em maio, os governos brasileiro e paraguaio assinaram uma ata que, na prática, faria o Paraguai pagar mais caro pela energia de Itaipu.
  • pelo texto assinado, o Paraguai aumenta a previsão de compra da chamada energia garantida, mais cara, reduzindo o consumo da energia chamada de excedente, que é mais barata.
  • a revelação da existência do acordo levou o chanceler paraguaio, o presidente de Itaipu e outros dois funcionários de alto escalão a renunciarem.
  • a oposição paraguaia acusa o presidente Mario Abdo de favorecer interesses brasileiros e passou a defender um processo de impeachment na Câmara dos Deputados.
  • a ata foi cancelada, Abdo fez um discurso admitindo que houve erro e o setor da sua base que cogitava apoiar o impeachment voltou a apoiá-lo.

O que diz a ata
A oposição paraguaia denuncia que o acordo firmado em maio poderia levar a aumentos nos custos de energia para o país. O jornal paraguaio "ABC Color" aponta que a usina de Itaipu fornece energia com dois preços diferentes a Brasil e Paraguai: há a energia garantida (mais cara) e a energia adicional, que é um excedente (mais barato).

Em 2007, em troca da instalação de mais duas turbinas binacionais, das quais o Brasil precisava, o Paraguai conseguiu negociar o benefício para comprar energia adicional em maior quantidade, pagando menos do que se consumisse o mesmo volume na forma de energia garantida.

Com a nova ata, diz o "ABC Color", o Paraguai concordava em usar a energia garantida de Itaipu -- mais cara que a excedente, que é usada hoje pelo país em maior proporção --, renunciando assim ao benefício que representava a compra dessa energia adicional, mais barata. O novo acordo geraria uma diferença de US$ 350 milhões (R$ 1,3 bilhão) para a Administração Nacional de Eletricidade (Ande) paraguaia, segundo especialistas da área ouvidos pelo periódico.

Usina binacional
A hidroelétrica de Itaipu, construída sobre o rio Paraná, que separa o Brasil e o Paraguai, produz 14 mil megawatts e é a segunda maior do mundo, atrás da chinesa Três Gargantas. O Brasil consome 93% da energia da usina, e compra o excedente da parte que caberia ao Paraguai.

A oposição paraguaia questiona a venda dessa energia "a um preço ridículo", segundo afirmou o parlamentar Ricardo Canese, que pertence ao partido Frente Guasú (Frente Grande).

Depois de 50 anos, em 2023, os dois países devem rever o tratado original de Itaipu, assinado em 1973 por Alfredo Stroessner e Ernesto Geisel.

Um novo tratado envolve a revisão do preço da energia, que sempre foi percebida no Paraguai como desfavorável aos seus interesses.

"O Paraguai deixou de receber US$ 75 bilhões por não vender a preço de mercado, desde que a usina começou a operar em 1984", garantiu à AFP o cientista político Miguel Carter, segundo cálculo feito a partir de dados oficiais.

G1
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A proibição do uso de todos os tipos de peças de roupa ou objetos que escondam o rosto – como capuzes, capacetes e o véu integral islâmico, conhecido como burca – em espaços públicos da Holanda entra em vigor nesta quinta-feira (1).

A norma, ratificada no ano passado pelo Senado, define a proibição como “parcial” e não “total”, porque só limita o uso dessas peças em áreas públicas, como escolas, hospitais, transporte público e edifícios governamentais.

“É importante que, nesses locais, para a segurança pública e o bom funcionamento dos serviços públicos, que todos possam se reconhecer e se ver”, diz um comunicado do ministério do Interior.

Embora estivesse previsto que a norma entraria em vigor no começo de julho, as escolas pediram um adiamento da vigência da mesma para que sua aplicação não influenciasse o final do ano letivo, o que poderia provocar tensões com as mães que utilizam a burca ou o niqab (véu que cobre o rosto e só revela os olhos).

Quem vai aplicar a lei?
O descumprimento pode render uma multa de 150 euros. Segundo o ministério do Interior, cabe a funcionários de escolas, hospitais, instituições e motoristas de recusar o acesso de uma mulher usando o véu ou chamar a polícia.

Mas o setor de transportes públicos anunciou que os motoristas não vão parar um ônibus, bonde, trem ou metrô para que alguém desça por essa razão, pois isso traria atrasos. Vários hospitais também declararam que “não vão recusar tratamento a quem quer que seja, independente do que estejam vestindo”.

A lei foi votada em junho de 2018, após mais de dez anos de debate público sobre o assunto. O deputado xenófobo de extrema direita Geert Wilders havia proposto em 2005 uma legislação a respeito.

O porte da burca permanece permitido nas ruas da Holanda, ao contrário do que acontece na França desde 2010, onde a burca e o niqab são proibidos no espaço público. Bélgica, Dinamarca e Áustria têm legislações similares.

RFI
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O percentual de famílias endividadas no país cresceu de 64% em junho para 64,1% em julho deste ano. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), é a sétima alta consecutiva do indicador.

O percentual de endividados, ou seja, de pessoas que têm dívidas em atraso ou não, também cresceu na comparação com julho do ano passado, quando a proporção era de 59,6% das famílias. Nesse tipo de comparação, é a sexta alta consecutiva.

A pesquisa também mostrou que houve aumento no número de inadimplentes, que são os que têm contas ou dívidas em atraso: de 23,6% em junho para 23,9% em julho deste ano. Houve alta ainda na comparação com julho de 2018 (23,7%).

Já aqueles que não terão condições de pagar suas contas em atraso somaram 9,6% em julho deste ano, acima dos 9,5% de junho deste ano e dos 9,4% de julho do ano passado.

Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 64 dias em julho deste ano, superior aos 62,9 dias de julho de 2018. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de sete meses, sendo que 32% delas estão comprometidas com dívidas por mais de um ano, de acordo com a CNC.

Agencia Brasil
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Após o corte na taxa básica de juros, a Selic, nesta quarta-feira (31), pelo Banco Central, bancos anunciaram redução das taxas de juros do crédito.

O Comitê de Política Monetária Monetária (Copom) do BC reduziu a Selic em 0,5 ponto percentual para 6% ao ano.

Banco do Brasil
O Banco do Brasil informou que reduziu taxas para pessoas físicas e jurídicas. As novas taxas entram em vigor a partir da próxima segunda-feira (5). Nas linhas de financiamento imobiliário para pessoa física, as taxas mínimas passarão de 8,49% para 8,29% ao ano, na aquisição pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), e de 8,85% para 8,65% ao ano na linha aquisição PF-CH (carteira hipotecária)

Na linha BB Crédito Veículo Próprio, em que o cliente oferece seu automóvel como garantia, as taxas serão reduzidas de 1,57% para 1,53% ao mês, na faixa mínima, para contratações realizadas pelo aplicativo do BB para mobile.

A taxa mínima das linhas de financiamento de veículos novos e seminovos, contratados pelo mobile passará para 0,84% ao mês, ante 0,88% ao mês cobrados até então.

Para as linhas de empréstimo pessoal sem garantia, a taxa mínima será reduzida de 2,99% para 2,95% ao mês. No cheque especial, a taxa mínima passará de 1,99% para 1,95% ao mês.

O Banco do Brasil também reduzirá os juros para pessoas jurídicas. Na linha desconto de cheque, as taxas mínimas passarão de 1,26% para 1,22% ao mês. Para o desconto de títulos, as taxas mínimas passarão dos atuais 1,16% para 1,12% ao mês.

Os juros para as linhas BB Giro Digital e BB Giro Empresas também ficarão mais baixos. A taxas mínimas cairão de 2,52% para 2,48% ao mês e de 0,95% para 0,91% ao mês, respectivamente.

Caixa Econômica Federal
Antes do anúncio de redução da Selic, a Caixa já havia comunicado redução de juros também. Ontem, a Caixa informou que os clientes pagarão menos juros nas principais linhas de crédito e terão acesso a um pacote de serviços com taxas mais baixas. A redução valerá tanto para pessoas físicas como para empresas.

Itaú Unibanco
O Itaú Unibanco informou em nota que repassará integralmente a seus clientes o corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic. Para pessoa física, a redução será no empréstimo pessoal e, no caso de pessoa jurídica, no capital de giro.

Agencia Brasil
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A produção industrial do país recuou 0,6% na passagem de maio para junho deste ano. Essa foi a segunda queda consecutiva do indicador, que acumula perda de 0,7% em dois meses. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A produção também recuou na comparação com junho do ano passado (-5,9%), na média móvel trimestral (-0,1%), no acumulado do primeiro semestre (-1,6%) e no acumulado de 12 meses (-0,8%).

Na passagem de maio para junho, a produção industrial recuou em 17 dos 26 ramos industriais pesquisados, com destaque para produtos alimentícios (-2,1%), máquinas e equipamentos (-6,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,7%).

Por outro lado, nove setores tiveram alta na produção de maio para junho. A principal delas foi observada nas indústrias extrativas, que avançaram 1,4%. Esse foi o segundo crescimento consecutivo do indicador, que acumula taxa de 11% em dois meses.

Entre as quatro grandes categorias econômicas, a maior queda foi observada entre os bens de consumo semi e não duráveis (-1,2%). Os bens de consumo duráveis recuaram 0,6%. Também tiveram queda os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos (-0,4%), e os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (-0,3%).

Agencia Brasil
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