O governador João Azevêdo deve se encontrar com aliados, nesta quinta-feira (5), para decidir se vai, ou não, se encontrar com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e o ex-governador Ricardo Coutinho. A reunião com os dois líderes partidários está sendo articulada para tentar decidir os rumos do PSB, que na Paraíba está sem comando após intervenção feita no partido.
A informação foi confirmada pelo senador Veneziano Vital do Rêgo ao ClickPB. Ele informou que foi designado por Siqueira para convencer João a participar do encontro, já marcado para segunda-feira (9), às 15h.
"Conversei com Carlos Siqueira e reforcei o convite a João Azevêdo, ele me disse que não tinha como confirmar e que iria conversar com os aliados, porque ouvindo-os é que irá definir sua presença", falou.
Veneziano acrescentou que João ficou com sentimento de perplexidade com tudo o que aconteceu e que, por isso, é natural certa resistência do governador para esse encontro. "O governador não concordou com o que se deu. Não agradou. Mas minha obrigação de reiterar o convite foi cumprida", enfatizou.
O diretório estadual do PSB foi dissolvido no mês passado depois da renúncia de 51% dos diretores executivos. A dissolução provocou impasse no partido e estampou um possível estremecimento entre João e Ricardo, até então aliados de primeira ordem.
As tentativas de realização de uma reunião começaram desde a dissolução, mas João tem dito que sua agenda cheia não tem permitido sua presença.
ClickPB
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Sergio Moro é o ministro mais bem avaliado do governo de Jair Bolsonaro (PSL) segundo pesquisa do Insitituto Datafolha, feita na quinta e na sexta-feira da semana passada. O levantamento aponta que Moro é conhecido por 94% dos entrevistados, dos quais 54% avaliam sua gestão no Ministério da Justiça e Segurança Pública como ótima ou boa. A taxa supera a aprovação do próprio presidente, de 29%, segundo levantamento publicado na segunda-feira.
A pequisa aponta ainda que 24% dos entrevistados consideram o trabalho de Moro regular, outros 20% avaliam como ruim ou péssimo, e 2% não responderam.
A avaliação do ministro é a mesma desde a última pesquisa feita em julho deste ano, com variações dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Há dois meses, 55% dos entrevistados consideravam a gestão dele boa ou ótima, 21% avaliavam como regular e 21% como ruim ou péssima. Na ocasião, 3% não responderam a pesquisa.
No intervalo entre as pesquisas, Moro, enfrentou alguns desgastes no governo. O primeiro deles foi a publicação de novas reportagens mostrando mensagens trocadas entre ele o procuradores da Lava-Jato, quando ainda atuava como o juiz responsável pela operação, em Curitiba. Outro embate é a interferência do presidente Bolsonaro na escolha do diretor-geral da Polícia Federal, órgão que está sob a alçada do Ministério da Justiça.
Cresce reprovação de Salles
O instituto também pediu que os entrevistados avaliassem a atuação de outros ministros. São eles: Paulo Guedes (Economia); Tarcísio Gomes (Infraestrutura); Ricardo Slles (Meio Ambiente) e Abraham Weintraub (Educação).
Dentre eles, o mais conhecido é Paulo Guedes (81%) e o menos é o Weintraub (31%). Apenas a reprovação do Ministro do Meio Amebiente cresceu. Em meio a crise deflagrada pelas queimadas na Floresta Amazônica, a atuaçãode Salles foi considerada ruim ou péssima por 33% dos entrevistados, uma alta de 12 pontos percentuais desde a última pesquisa, em julho.
O Datafolha entrevistou 2.878 pessoas em 175 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.
Aprovação dos ministros:
Taxas de aprovação (a soma dos entrevistados que avaliam o trabalho de cada ministro como ótimo" e "bom"), segundo o Datafolha.
Ministros mais conhecidos:
Porcentagem de entrevistados que conhecem cada ministro, segundo o Datafolha.
O Globo
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O governo desenha uma nova reforma administrativa que prevê mais uma redução no número de ministérios até o fim do ano. O projeto, conduzido pela Secretaria de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, e que já está sendo acompanhado pela Casa Civil, planeja a fusão de seis pastas para que se tornem apenas três.
O Ministério do Meio Ambiente se fundiria com o do Turismo; o mesmo ocorreria entre o da Cidadania e o de Direitos Humanos; e entre o da Infraestrutura e o do Desenvolvimento Regional. Também está em estudo a redução do número de secretarias e órgãos ligados à Presidência da República e que têm status de ministério, como é o caso da Secretaria-Geral, da Secretaria de Governo e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
O ministro Paulo Guedes não esconde desde a campanha eleitoral que seu desejo seria que o governo tivesse 15 ministérios — atualmente, são 22.
Fontes ouvidas pelo GLOBO e que acompanham as discussões afirmam que as mudanças deverão ser enviadas ao Congresso por meio de Medida Provisória (MP). Há expectativa por parte do ministro da Economia de que a MP seja enviada até outubro. O governo aprovou no Congresso em maio uma MP de reforma administrativa, mas a avaliação é que isso não impediria novas mudanças.
Reforma mais ampla
A proposta é que a estrutura do Ministério do Meio Ambiente, comandado por Ricardo Salles, incorpore a pasta do Turismo, inclusive por já manter uma secretaria de Ecoturismo. A tendência é que Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), envolvido no escândalo das candidaturas laranja que colaborou para a queda de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral, perca o status de ministro. No caso das demais pastas, o Ministério da Infraestrutura deve receber as atribuições da pasta de Desenvolvimento Regional, e o Ministério da Cidadania, as dos Direitos Humanos. O plano de reorganização da Esplanada, no entanto, não determina qual ministro ficaria à frente das novas pastas.
Os cortes ministeriais estão inseridos num projeto maior de reforma administrativa do Estado que é confeccionado no Ministério da Economia. Um decreto deverá ser editado nas próximas semanas para estabelecer os parâmetros de um plano de eficiência que inclui a racionalização de funções e gastos.
Também está na mesa, no âmbito da reforma administrativa, o plano de nova Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera as regras de estabilidade para servidores públicos. Contudo, não há consenso, no ministério, sobre acabar com a estabilidade de servidores da ativa ou apenas com a de novos concursados.
O ministro Paulo Guedes já afirmou, em junho, não vislumbrar a demissão de servidores da ativa. Em comissão da Câmara, o ministro afirmou que não teria de demitir servidores públicos para “desinchar a máquina pública” porque 40% dos funcionários públicos deverão se aposentar nos próximos cinco anos, segundo as contas da pasta.
— Não precisa demitir. Só desacelerar as entradas que esse excesso vai embora — disse o ministro.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também tem afirmado que dará prioridade para o tema da reforma administrativa quando a proposta chegar à Casa.
— Para mim, (a reforma administrativa) é prioridade número um. Sem reduzir o tamanho do Estado, não se reduz carga tributária — afirmou o deputado, após participar de um almoço da Associação Brasileira de Relações Institucionais em um restaurante do Rio.
Procurado pelo GLOBO, o Ministério da Economia afirmou que “prepara uma proposta de transformação do Estado que inclui estratégia, estrutura e pessoas, com foco na prestação de serviços de qualidade ao cidadão”. Segundo a nota, “não há decisão sobre modelos, instrumentos ou unidades que serão unificadas ou extintas”.
A pasta ainda afirmou que, “desde a transição, a equipe técnica vem elaborando alternativas para melhorar qualidade dos serviços públicos e otimizar o funcionamento da máquina”. O ministério disse ainda que “alguns estudos mais antigos foram resgatados e outros novos foram desenhados” e que ainda não há uma proposta “validada pelo governo”.
O Globo
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O presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei do Abuso de Autoridade com vetos a 36 dos 108 dispositivos aprovados pelo Congresso. Os 36 itens vetados estão contidos em 19 artigos (veja, ponto a ponto, os trechos vetados mais abaixo). A lei e os vetos foram publicados em edição extra no "Diário Oficial da União".
O projeto foi aprovado pelo Congresso Nacional em agosto e define cerca de 30 situações que configuram o abuso, além das punições correspondentes.
Mais cedo, em discurso no Palácio do Planalto, Bolsonaro já havia dito que faria os 36 vetos ao texto. Ele argumentou que concorda com o combate ao abuso de autoridade, mas, segundo o presidente, o "remédio" não pode ser excessivo "para não matar o paciente".
Críticos ao texto aprovado pelo Congresso afirmam que o projeto poderia ser um obstáculo para o trabalho de juízes, procuradores e policiais, além de atrapalhar o combate à corrupção.
Esta quinta era a data-limite para Bolsonaro sancionar o projeto integralmente ou apresentar vetos. Nos últimos dias, ele foi alertado de que uma quantidade de vetos que desfigurasse o texto poderia causar desgaste com o Congresso. Por outro lado, o presidente não quer passar uma imagem à população de que o governo está aliviando o combate à corrupção.
No discurso no Planalto, o presidente disse que, ao tomar a decisão dos vetos, não buscou "fazer média" com a população nem afrontar o Congresso.
O presidente bateu o martelo dos vetos após uma reunião na terça-feira (3) com os ministros André Luis Mendonça (Advocacia-Geral da União), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União), Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) e Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) para definir os vetos.
Agora, com a sanção da lei e a publicação dos vetos, caberá ao Congresso Nacional manter ou derrubar a decisão do presidente da República em sessão conjunta, formada por deputados e senadores.
Artigos em que houve vetos
Repercussão do projeto
Nas últimas semanas, entidades vinham se manifestando favoravelmente ou de maneira contrária ao projeto.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por exemplo, afirmou que a proposta era "equilibrada" e "significa a subordinação de todos, inclusive dos mais poderosos, ao império da lei".
Segundo o secretário-geral-adjunto da OAB, Ary Raghiant Neto, a entidade defendia a manutenção do trecho que trata da inviolabilidade das prerrogativas dos advogados porque desde 1994, quando foi aprovada a lei que trata do estatuto da OAB, há um "grande histórico de desrespeito" a essas prerrogativas.
"A OAB luta para criminalizar a violação das prerrogativas justamente porque temos um histórico desde 1994 de reiteradas violações. Então, para nós, esse é o carro-chefe, numa compreensão de que isso reequilibra o processo democrático", afirmou Neto ao G1.
A Associação dos Juízes Federais (Ajufe), por outro lado, argumentou que o texto do Congresso visava "enfraquecer o combate à corrupção", além de "prejudicar fortemente" as instituições.
Para o presidente da Ajufe, Fernando Mendes, Bolsonaro deveria vetar oito artigos, entre os quais o que criminaliza a violação das prerrogativas dos advogados.
"Já existem, no ordenamento jurídico, mecanismos aptos a garantir as prerrogativas da advocacia, portanto, é desnecessário apelar para o Direito Penal. Além de afrontar o caráter fragmentário do Direito Penal, a previsão é desproporcional e desarrazoada", afirmou.
G1
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O grupo de trabalho da Lava-Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou um pedido de demissão coletiva em protesto contra a procuradora-geral Raquel Dodge na noite desta quarta-feira. Os seis procuradores que compõem o grupo de trabalho da Lava-Jato na PGR, Raquel Branquinho, Maria Clara Noleto, Luana Vargas, Hebert Mesquita, Victor Riccely e Alessandro Oliveira avisaram sobre a demissão por meio de mensagem enviada nesta noite a grupos coletivos de trabalho das forças-tarefas da Lava-Jato em Curitiba e no Rio, assinada por seis procuradores do grupo.
Na manifestação, eles citam "grave incompatibilidade" com uma manifestação enviada por Dodge ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite da última terça-feira.
Os procuradores não citam detalhes do motivo. De acordo com fontes que acompanham o assunto, a insatisfação se deve a uma manifestação de Dodge sobre a delação premiada do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro.
Dodge enviou a delação de Léo Pinheiro na terça-feira pedindo para homologar o acordo. A insatisfação, porém, se deveu ao fato de que a procuradora-geral pediu para arquivar preliminarmente trechos da delação que envolviam o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ex-prefeito de Marília (SP) José Ticiano Dias Toffoli, irmão do presidente do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli.
Na proposta de delação, Léo Pinheiro diz ter feito doações oficiais e repasses via caixa dois a Maia em troca da defesa de interesses da OAS no Congresso. Já no anexo em que cita o ex-prefeito de Marília, Pinheiro o acusa de ter recebido caixa dois e propina.
Como mostrou O GLOBO em junho, Maia e Toffoli vinham defendendo nos bastidores a recondução de Dodge para mais um mandato à frente da Procuradoria-Geral da República.
O presidente Jair Bolsonaro prometeu anunciar até amanhã o nome do novo procurador-geral da República. Dodge, no entanto, não figura mais na lista dos cotados para a indicação.
Em nota, procuradora-geral afirmou que 'age invariavelmente com base em evidências , observa o sigilo legal e dá rigoroso cumprimento à Constituição'.
Leia a íntegra do comunicado :
"Devido a uma grave incompatibilidade de entendimento dos membros desta equipe com a manifestação enviada pela PGR ao STF na data de ontem (03.09.2019), decidimos solicitar o nosso desligamento do GT Lava Jato e, no caso de Raquel Branquinho, da SFPO. Enviamos o pedido de desligamento da data de hoje. Foi um grande prazer e orgulho servir à Instituição ao longo desse período, desempenhando as atividades que desempenhamos. Obrigada pela parceria de todos vocês. Nosso compromisso será sempre com o Ministério Público e com a sociedade.
O Globo
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Em julgamento nesta quarta-feira (4), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) manteve as visitas de assistência religiosa mensais ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba (PR), onde cumpre pena após ser condenado em segunda instância no caso do triplex, em 2018.
A defesa de Lula havia pedido que fosse restaurada a regulamentação anterior da assistência, que era semanal, e que ele deveria ser visitado por um padre católico.
A 8ª Turma do tribunal acatou outra parte do pedido, concedendo ao ex-presidente a possibilidade de eleger representante de qualquer religião nas visitas, desde que sejam respeitados as regras de procedimentos da Superintendência.
Os advogados do ex-presidente argumentavam que, por estar custodiado em Sala de Estado Maior, Lula mereceria tratamento diferenciado.
Lula foi condenado em segunda instância no caso do triplex do Guarujá (SP) em 2018. O TRF-4 o sentenciou a 12 anos e um mês, o que foi reduzido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para 8 anos, 10 meses e 20 dias.
O ex-presidente ainda aguarda julgamento de recurso em segunda instância por outra condenação, a do sítio de Atibaia.
Visitas de advogados
Também na sessão desta quarta-feira, o TRF-4 julgou pedido da defesa de Lula para que o tempo de assistência judicial na Superintendência fosse ampliado, das atuais duas horas diárias para um período entre as 9h e 11h30min e entre as 14h30min e 17h30min.
No entendimento do tribunal, porém, essa decisão deve ser do juízo do primeiro grau, que deve se pronunciar no processo e decidir o regime de horários de visitação dos advogados. A Oitava Turma seguiu liminar do juiz substituto Nivaldo Brunoni, concendida em julho.
G1
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O pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para desbloquear os bens do espólio de Marisa Letícia, falecida em 2017, foi novamente negado no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em julgamento realizado nesta quarta-feira (4). A decisão da 8ª Turma foi unânime.
Os bens financeiros da ex-primeira-dama, entre valores em contas bancárias, planos de previdência e títulos imobiliários, foram bloqueados no processo do triplex do Guarujá, que apurou um esquema de propina em contratos da Petrobras com a OAS, em que Lula foi condenado e pelo qual está preso desde abril do ano passado.
Os valores foram indisponibilizados para garantir eventual indenização.
Em julho, o juiz federal convocado Nivaldo Brunoni já havia negado a solicitação feita pela defesa de Lula. Outros pedidos de desbloqueio de bens já foram negados, tanto pela 13ª Vara Federal, em Curitiba, onde tramitam os processos da Lava Jato em primeiro grau, quanto pelo TRF-4.
Lula ainda aguarda julgamento de recurso em segunda instância por outra condenação, a do sítio de Atibaia.
G1
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), evitou entrar em novas polêmicas com o presidente Jair Bolsonaro e, na manhã desta quarta-feira, ao ser questionado sobre a fala do presidente, que o chamou de "ejaculação precoce", comparou a declaração a falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também questionaram a possibilidade de vitória de Doria nas eleições.
"Em 2016", disse Doria, "o Lula falava isso quando eu me apresentei como pré-candidato do PSDB às prévias do meu partido. E, para tristeza do ex-presidente e hoje presidiário Lula, não só ganhei as eleições na capital como ganhei no primeiro turno do Fernando Haddad (PT), que era então o candidato que o Lula carregava no colo e dizia que seria facilmente reeleito".
Bolsonaro chamou Doria de "ejaculação precoce" em entrevista à Folha de S. Paulo, ao dizer que ele não teria chances de vencer as eleições presidenciais de 2022.
O governador respondeu a fala do presidente ao ser questionado sobre o tema, durante coletiva de imprensa convocada para anunciar projetos em conjunto com a Prefeitura de São Paulo. No evento, disse duas vezes que "gestão é gestão e governo é governo", e afirmou que não era a hora de pensar nas eleições presidenciais.
"O momento não é de polemizar, mas de administrar. Todos temos uma responsabilidade na gestão, o prefeito Bruno Covas, eu como governador, e o presidente Jair Bolsonaro tem o dever de administrar bem o seu país", disse Doria.
Já a primeira-dama paulista, Bia Doria, foi às redes sociais para criticar o presidente. Disse que o presidente "desrespeita a família brasileira".
A fala do presidente foi a terceira citação em uma semana contra o governador de São Paulo, cuja candidatura à Presidência contra Bolsonaro em 2022 é tida como certa. Na primeira, em um live na última quinta-feira, o presidente disse que Doria havia "mamado" durante os governos do PT, citando a compra de um jato com financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e que era "amigão" de Lula. No sábado, disse que Doria "estava morto" politicamente. A resposta de Doria foi dizer que queria Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff distantes do Brasil.
Estadão
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O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quarta-feira (4) uma medida provisória (MP) que prevê o pagamento de pensão vitalícia para crianças com microcefalia causada pelo vírus da zika. O valor da pensão será de um salário mínimo, atualmente em R$ 998.
A assinatura da MP aconteceu em uma cerimônia no Palácio do Planalto da qual também participaram a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, e outras autoridades.
Até a última atualização desta reportagem, o governo não havia informado a origem dos recursos para o pagamento da pensão vitalícia nem o montante previsto a ser pago.
Por se tratar de medida provisória, o ato de Bolsonaro terá força de lei assim que publicado no "Diário Oficial da União". A partir daí, o Congresso Nacional terá até 120 dias para aprovar a MP conforme o governo a enviou ou com alterações.
Durante a cerimônia de assinatura, Bolsonaro pediu aos parlamentares que não alterem a MP, acrescentando que, se a redação for modificada, ele irá vetar. "Não alterem essa MP, não façam demagogia", afirmou.
Sem citar nomes, Bolsonaro afirmou ter "pedido a Deus" que "ilumine pessoas malignas" que, segundo ele, "vivem entre nós".
"Peço a deputados e senadores que não alterem essa medida provisória. Não façam demagogia, já que não tiveram competência ou caráter para fazer em governos anteriores. Caso contrário, terei que vetar, para não cometer crime de responsabilidade e ser submetido a crime de impedimento", declarou o presidente.
Entenda a medida provisória
De acordo com o Ministério da Cidadania:
De acordo com o Ministério da Cidadania, há no país 3.112 crianças com microcefalia, nascidas entre 2015 e 2018, que recebem o BPC.
Legislação atual
A legislação atual prevê o pagamento do BPC a famílias com crianças vítimas do zika por, no máximo, três anos. A renda familiar também é levada em conta.
Com isso, segundo o governo, famílias que conseguem emprego ou aumento de renda perdem o direito ao benefício. O texto da medida provisória retira essa regra e mantém a pensão mesmo que a renda familiar mude.
"As mães passaram a ganhar BPC, mas não podiam ter emprego, qualquer atividade. Porque, a renda aumentando, elas perdiam direito ao BPC. A grande maioria é diarista, 80%, 90%, se parassem de trabalhar, não teriam renda nenhuma. E tiveram que parar, porque as crianças com essa síndrome exigem muito de quem cuida", declarou Osmar Terra.
Relação entre o vírus e a microcefalia
Em novembro de 2015, o Ministério da Saúde reconheceu a relação entre a microcefalia e o vírus da zika.
No mesmo ano, a Organização Mundial de Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde emitiram um alerta mundial sobre a epidemia do vírus.
G1
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (4) por 18 votos a 7 o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência.
Com a aprovação do texto-base, os senadores passaram a analisar os destaques, propostas que visam alterar o texto do relator Tasso Jereissati (PSDB-CE), etapa que ainda estava em andamento até a última atualização desta reportagem.
Quando a comissão concluir a votação da PEC, o texto seguirá para o plenário do Senado, onde será submetido a dois turnos de votação. A proposta só será aprovada se tiver os votos de pelo menos 49 dos 81 senadores nos dois turnos.
A presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), pretende colocar em votação ainda nesta quarta a chamada PEC paralela, que prevê a adoção, por estados e municípios, das regras do regime próprio da previdência dos servidores da União, através da aprovação de lei ordinária.
Ponto a ponto
Entre outros pontos, a reforma da Previdência prevê:
Complementação de voto
Mais cedo, nesta quarta, o relator Tasso Jereissati apresentou um complemento de voto, acolhendo uma série de emendas.
Saiba as mudanças acolhidas:
Pensão por morte
Logo após a votação do texto-base, o colegiado aprovou uma emenda, proposta pelo líder do MDB, Eduardo Braga (MDB-AM), que prevê que nenhuma pensão deverá ter valor abaixo de um salário mínimo.
Atualmente, uma portaria do governo federal já prevê isso. No entanto, os senadores querem assegurar essa condição na Constituição.
“A diferença do arranjo que propomos e do arranjo do relatório é de somente R$ 10 bilhões em 10 anos”, calculou Braga na justificativa da emenda.
Essa alteração já estava prevista no relatório de Tasso Jereissati, mas a ser feita pela chamada PEC paralela.
“[O relator] faz as alterações no âmbito da chamada PEC Paralela, não estando claro neste momento quando ela será aprovada”, afirmou Braga. “Até lá, a mudança seria mantida de forma precária, por meio de uma portaria. As famílias brasileiras precisam da segurança que somente o texto constitucional pode dar”, emendou o emedebista.
O líder do PSL, Major Olímpio (SP), por orientação do governo, propôs por meio de destaque a rejeição dessa mudança na PEC principal, mas foi vencido. A votação foi simbólica, sem contagem de votos.
Economia com mudanças
Com as mudanças promovidas por Tasso Jereissati, sem a chamada PEC Paralela, a reforma da Previdência da PEC principal gerará uma economia de R$ 870 bilhões em 10 anos para a União.
Caso a PEC paralela seja aprovada pelo Congresso, a economia subirá para cerca de R$ 1,3 trilhão.
G1
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