O Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) denunciou o senador Romário (Pode-RJ) por ter adulterado a cena de um acidente de trânsito em que houve um ferido, crime previsto no Código de Trânsito Brasileiro. O parlamentar, segundo a acusação, avançou um sinal e atropelou um motociclista na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, mas a culpa foi assumida por Marcelo Wagner, amigo e assessor parlamentar do senador.
O acidente aconteceu em dezembro de 2017 — Romário estava com a carteira de habilitação suspensa na ocasião. Na semana que vem, haverá uma audiência no IX Juizado Especial Criminal do Rio e, caso a denúncia seja aceita, o senador vai se tornar réu no caso. Para não ser processado também por lesão corporal culposa, Romário firmou um acordo com a vítima, Ernesto Cavalcante, que vai receber R$ 50 mil.
De acordo com a denúncia, Romário aguardava o motociclista ser socorrido quando Marcelo Wagner apareceu no local, antes de a Polícia Militar chegar para registrar a ocorrência. O assessor, conhecido como Marcelo Tocão, disse aos policiais que estava dirigindo o carro no momento do acidente, o que foi confirmado pelo senador. Lotado no gabinete que Romário mantém no Rio, o auxiliar recebe R$ 22,9 mil mensais, em valores brutos, e é companhia frequente do senador — a viagem mais recente foi na Páscoa, para Cancún, no México.
A versão, no entanto, foi desmentida posteriormente por uma testemunha que presenciou a cena. Em depoimentos prestados à Polícia Civil e ao Ministério Público, ela sustentou que o motorista era Romário. A denúncia, assinada pelo promotor Márcio Almeida Ribeiro da Silva, afirma que “ambos (o senador e o assessor) dissimularam a dinâmica do acidente”. Ainda segundo a peça, “o denunciado (Romário) cometeu o crime para facilitar ou assegurar a impunidade de outro crime”.
A lei prevê detenção de seis meses a um ano, ou multa, para quem “inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz”.
Em setembro do ano passado, durante a campanha em que Romário concorreu ao governo do Rio, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), chegou a suspender o andamento do caso. Ele determinou que os autos fossem enviados à Corte, para que fosse definido em qual instância o procedimento deveria prosseguir — a defesa de Romário defendeu, à época, que a tramitação acontecesse no STF, em função do foro privilegiado do senador. Em novembro, Lewandowski devolveu o inquérito para o Tribunal de Justiça do Rio, argumentando que o fato não tinha relação com o mandato do senador.
Porsche apreendido
No momento do acidente, Romário dirigia, segundo o MP-RJ, um Porsche Macan, registrado em nome de sua irmã, Zoraidi Faria. No ano passado, o veículo, avaliado em R$ 350 mil, foi apreendido para ir a leilão e abater dívidas dele com um credor — a Justiça considerou que a documentação formal em nome de Zoraidi foi uma maneira encontrada pelo senador de evitar bloqueio de seus próprios bens.
Apesar de estar com a habilitação suspensa no momento do acidente, Romário não foi denunciado por essa irregularidade, também prevista no Código de Trânsito. No entendimento do MP-RJ, haveria crime caso a suspensão fosse decorrente de decisão da Justiça, não apenas de medida administrativa do Detran-RJ, como no caso do senador.
Procurado para comentar, Romário não respondeu. No ano passado, em entrevista à TV Globo, ele disse que sua participação no acidente era uma “fofoca” e que seu nome não aparecia no inquérito.
O Globo
Portal Santo André em Foco
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) reconheceu, em entrevista ao apresentador Ratinho, que o governo ainda não tem os votos para a aprovação da reforma da Previdência na Câmara, mas afirmou não considerar que a tramitação do projeto está devagar.
A entrevista, com quase uma hora de duração, foi gravada no começo da semana passada e veiculada pelo SBT na noite desta terça-feira (4).
“A Câmara está cumprindo os prazos regimentais, por enquanto a gente não tem os 308 votos. A bola está com o parlamento agora”, disse Bolsonaro respondendo a um questionamento de se a tramitação não estaria mais lenta que o esperado.
Além de perguntas do apresentador, foram exibidos questionamentos de pessoas na rua. Uma mulher perguntou por que Bolsonaro mudou de ideia sobre a necessidade de reforma.
Durante todo o período em que foi parlamentar, o presidente foi contra regras mais rígidas para aposentadorias.
“Eu tive acesso aos números que eu não tinha, à realidade, à situação do caixa”, afirmou o presidente, que foi deputado federal por 27 anos.
Ele acrescentou, afirmando que a mulher parecia “bastante chateada”, que, pela idade, ela já estaria aposentada e para ela nada mudaria com a reforma.
A reforma da Previdência do governo Bolsonaro foi entregue ao Congresso em 20 de fevereiro e, atualmente, está na comissão especial. O relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), prometeu apresentar o texto até a próxima segunda (10).
Bolsonaro comparou, ainda, a carteira de motorista a uma carteira de trabalho, ao defender o envio do projeto que dobra o número de pontos um motorista pode receber antes de perder o direito de dirigir.
Nesta terça, o presidente levou ao Congresso o projeto de lei e foi criticado. Para o relator da Previdência, Bolsonaro não tem noção de prioridade.
ANISTIA
Bolsonaro elogiou a atuação da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, na revisão das anistias para pessoas perseguidas durante a ditadura militar.
Pouco depois de assumir a pasta, Damares mudou o regimento da Comissão da Anistia para possibilitar que os autores de requerimentos só possam recorrer uma única vez das decisões do ministério.
Na visão de Bolsonaro, só houve anistia para esquerdistas. Ratinho, por sua vez, afirmou que a esquerda “colocou terroristas nos ministérios”.
"Dá pra entender essa esquerda? Eles chamam os outros de fascistas; eles que são fascistas", afirmou Bolsonaro.
“Pelo menos do nosso lado [os militares] não teve ninguém preso”, completou o presidente.
Bolsonaro exaltou a atuação das Forças Armadas durante o regime ditatorial e disse que sem o Exército o país teria sucumbido aos “perigos do socialismo”. Também defendeu a presença de generais em seu governo.
O presidente disse que pretende dar mais autonomia aos estados e citou como exemplo o modelo federalista dos Estados Unidos, em que estados têm leis penais próprias.
Ao ser perguntado sobre apoio à pena de morte, disse que a Constituição não permite esse tipo de punição e que não pretende mexer nessa questão.
O presidente também criticou a atuação do terceiro setor e afirmou que “tem mais ONG que índio na Amazônia”.
Nas últimas semanas, o Congresso rejeitou medida da reforma administrativa que estabelecia a fiscalização das ONGs pelo governo federal.
Em tom crítico, o presidente disse que Damares havia barrado um projeto de R$ 40 milhões de uma ONG "para ensinar índio a usar bitcoin”. Ao ser perguntado por Ratinho o que era bitcoin, disse que também não sabia. Logo depois se retratou e definiu o termo como moeda virtual.
Em referência aos protestos contra cortes na educação, disse que os manifestantes são “inocentes úteis” usados pela esquerda. Em 15 de maio, dia em que milhares foram às ruas contra a austeridade nas escolas e universidades, Bolsonaro havia chamado os estudantes de “idiotas úteis”.
Folha de S. Paulo
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) opinou pela possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprir sua pena em regime semiaberto , deixando o regime fechado a que está submetido na carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba. A opinião foi expressa num embargo de declaração do próprio Ministério Público Federal (MPF), de 21 de maio, mencionado num parecer da subprocuradora-geral da República Aurea Pierre de 29 de maio, encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Lula está preso desde o dia 7 de abril de 2018.
Em 23 de abril, a Quinta Turma do STJ decidiu reduzir a pena confirmada em segunda instância, no caso do tríplex no Guarujá (SP). A pena foi reduzida de 12 anos e um mês de prisão para oito anos, dez meses e 20 dias de reclusão. O STJ confirmou as condenações por corrupção e lavagem de dinheiro decretadas pela Justiça Federal no Paraná e pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região. A Corte superior, no entanto, reduziu a pena aplicada.
A defesa de Lula, então, pediu que o ex-presidente seja transferido para o regime aberto, diante da redução da pena. "Conforme observado pelo MPF, no seu recurso de embargos de declaração (de 21/5/2019), houve omissão no julgado quanto ao regime de cumprimento da pena, após a redução da pena ocorrido no STJ", escreveu a subprocuradora Aurea no parecer de 29 de maio.
Ela, então, citou o trecho do embargo de declaração do próprio MPF, do dia 21, nos seguintes termos: "Assim, data maxima venia, pela complementação do julgado, para que – após procedida detração (no âmbito do STJ), seja fixado o regime semiaberto para o cumprimento da pena." Detração é uma redução de pena.
Uma possibilidade colocada no recurso do MPF é que a Vara de Execuções cuide dessa progressão de regime em razão da redução de pena e do tempo suficiente de prisão cumprido pelo ex-presidente. A subprocuradora-geral cita no parecer o pedido da defesa de Lula para que ele vá direto ao regime aberto. "O embargante peticiona a mais, para aplicação do regime aberto, tendo em vista não existir estabelecimento compatível para seu cumprimento."
Decisão colegiada
Segundo a representante da PGR, não há "disciplinamento legal" para o assunto envolvendo ex-presidentes da República. Assim, fica "a critério do julgador decidir sobre o cumprimento de pena de ex-presidente da República em regime compatível". "Sobre o tratamento diferenciado, em face de condenação, já foi objeto de ação popular em que ficou assegurado ao ex–presidente o tratamento diferenciado – mesmo em se tratando de ex – presidente que se encontra preso."
A subprocuradora-geral opinou pelo "parcial provimento" do recurso da defesa de Lula. O encaminhamento terá de ser dado pelo STJ.
Segundo informação do STJ, a decisão sobre o que ocorrerá em relação ao cumprimento de pena por Lula será colegiada, ou seja, caberá aos cinco ministros que integram a Quinta Turma. Isto porque o embargo de declaração da defesa do ex-presidente contesta a decisão do colegiado. A questão não precisa ser pautada e pode ser levada em mesa sem agendamento prévio.
G1
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O relator da Lava Jato na Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), desembargador João Pedro Gebran Neto, negou nesta terça-feira (4) o seu próprio afastamento do julgamento do recurso de apelação de pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corte.
A defesa de Lula havia pedido que ele se declarasse impedido por imparcialidade, alegando que o desembargador mantém amizade com Sérgio Moro.
O atual ministro de Justiça foi titular da 13º Vara Federal de Curitiba, que julgou e condenou Lula no processo do triplex do Guarujá. O ex-presidente cumpre pena de 12 anos e 1 mês na Polícia Federal de Curitiba por esta condenação.
Já a segunda condenação de Lula, no caso do sítio do Atibaia, foi de autoria da juíza Gabriela Hardt, que substituiu Moro temporariamente. A pena foi de 12 anos e 11 meses, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Lula afirma ser inocente e sua defesa deve protocolar apelação no TRF-4.
Para Gebran, um magistrado só pode ser considerado suspeito se tiver relacionamento com uma das partes, o que não é o caso.
"Não se declara a suspeição de magistrado simplesmente por discordar dos fundamentos de suas decisões, quando inexistente viés jurídico ou fático com a nítida intenção de prejudicar o réu. E tal natureza não se percebe de nenhuma das decisões até então proferidas neste ou em qualquer outro processo que aportou nesta Corte", diz o desembargador, na decisão, que ainda será submetida à apreciação da 4ª Seção do Tribunal.
O G1 entrou em contato com os advogados do ex-presidente e aguarda posicionamento.
Tese de perseguição política
Gebran ainda rejeita que haja fatos concretos que demonstrem rupturas em sua relação com as partes. Classificando o pedido dos advogados como "tentativa frágil de afastá-lo do processo", o relator menciona que o pedido tentou "dar robustez à tese paralela de perseguição política".
A defesa do ex-presidente apontou que o trâmite do processo que condenou Lula pelo caso do triplex do Guarujá teria sido acelerado para impedir sua candidatura à presidência, argumento também rejeitado por Gebran.
A episódio da determinação de soltura de Lula pelo desembargador Rogério Favreto, durante regime de plantão, em julho do ano passado, foi outro argumento apontado pelos advogados. Conforme a petição, Gebran teria impedido o cumprimento da decisão do colega, juntamente com o presidente do TRF-4, desembargador Thompson Flores. O ex-presidente não foi solto.
Gebran lembrou que pedidos de habeas corpus já haviam sido apreciados pela corte pertinente, e negados. “O plantão judiciário não se destina à reiteração de pedido já apreciado pelo tribunal, inclusive em plantão anterior, nem à sua reconsideração ou reexame”, ressaltou o relator.
O TRF-4 é responsável por julgar os recursos da Lava jato. A sentença do sítio de Atibaia chegou ao tribunal no dia 15 de maio. O recurso de Lula, contra a condenação, ainda não foi protocolado. O sistema informa que o prazo para que isso ocorra vai até esta terça-feira (4).
Denúncia do sítio de Atibaia
De acordo com o Ministério Público Federal, Lula recebeu propina do Grupo Schain, de José Carlos Bumlai, e das empreiteiras OAS a Odebrecht por meio da reforma e decoração no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que o ex-presidente frequentava com a família. Outras 12 pessoas foram denunciadas no processo.
A acusação trata do pagamento de propina de pelo menos R$ 128 milhões pela Odebrecht e de outros R$ 27 milhões por parte da OAS.
Para os procuradores, parte desse dinheiro foi usada para adequar o sítio às necessidades de Lula. Segundo a denúncia, as melhorias na propriedade totalizaram R$ 1,02 milhão.
O MPF afirma que a Odebrecht e a OAS custearam R$ 850 mil em reformas na propriedade. Já Bumlai fez o repasse de propina ao ex-presidente no valor de R$ 150 mil, ainda conforme o MPF.
Segundo o MPF, Lula ajudou as empreiteiras ao manter nos cargos os ex-executivos da Petrobras Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada, Nestor Cerveró e Pedro Barusco, que comandaram boa parte dos esquemas fraudulentos entre empreiteiras e a estatal, descobertos pela Lava Jato.
Primeira condenação
A sentença do sítio de Atibaia é a segunda condenação de Lula na Lava Jato. O ex-presidente cumpre pena na Polícia Federal de Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro no caso triplex do Guarujá (SP), desde abril do ano passado.
Em abril deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve condenação e reduziu a pena para 8 anos e 10 meses, em decisão unânime.
Antes disso, o recurso em segunda instância havia sido negado no TRF-4, que aumentou a pena da primeira instância, de 9 anos e 6 meses, para 12 anos e 1 mês.
A prisão do ex-presidente ocorreu após o esgotamento dos recursos no TRF-4. O andamento do processo tramitou durante cinco meses na segunda instância, até a decisão.
G1
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O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta terça-feira (4) as cartas credenciais de novos embaixadores no Brasil, entre eles a da advogada María Teresa Belandria Expósito, nomeada representante da Venezuela no Brasil pelo autoproclamado governo de Juan Guaidó.
Belandria, especialista em direito econômico internacional, é professora da Universidade Central da Venezuela e coordenadora do partido Vente Venezuela, da líder oposicionista María Corina Machado.
A entrega das credenciais é um ato protocolar. Marca o início oficial das atividades dos embaixadores. Cópias dessas cartas credenciais são entregues ao Itamaraty assim que eles chegam ao país.
Embaixador de Maduro
Em maio de 2016, o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, chamou de volta a Caracas o embaixador venezuelano no Brasil, Alberto Castelar, em protesto contra o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Em dezembro de 2017, já no governo de Michel Temer, o encarregado de negócios da Venezuela no Brasil, Gerardo Antonio Delgado Maldonado, foi declarado "persona non grata" pelo Ministério das Relações Exteriores.
A declaração de "persona non grata" foi feita em resposta à expulsão do embaixador do Brasil na Venezuela, Ruy Carlos Pereira.
Cartas credenciais
No documento entregue ao presidente, o diplomata informa ao governo brasileiro que representa o seu país e, ao receber a credencial, o presidente da República indica ao chefe de Estado do país do embaixador que o reconhece como representante oficial no Brasil.
Esta é a segunda cerimônia em que Bolsonaro recebe as cartas credenciais. Em março, ele já havia formalizado a atuação de seis embaixadores no Brasil: Congo, Barbados, Etiópia, China, Guiné Equatorial e Turquia.
Nesta terça, entregaram suas cartas credenciais os novos representantes de México, Colômbia, Indonésia entre outros. Veja abaixo a lista completa:
G1
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A Sexta Turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) determinou nesta terça-feira o retorno do médium João de Deus para a prisão. Ele está internado em um hospital em Goiânia (GO) desde 22 de março em decorrência de um aneurisma no abdômen.
Neste domingo, o prazo dado pelo STJ para que o líder espiritual acusado de abusos sexuais durante atendimentos espirituais ficasse internado acabou. Essa data já havia sido adiada no mês passado pelo ministro Nefi Cordeiro, relator do caso.
Na decisão desta terça, por maioria, os ministros entenderam que a melhoria recente das condições médicas de João de Deus permitiam o retorno dele para a prisão e negaram um pedido de habeas corpus que pedia a permanência no hospital.
Os membros da Sexta Turma julgaram também outro recurso da defesa, que pedia a liberdade provisória do médium. De acordo com os advogados do médium, a prisão preventiva foi decretada exclusivamente com base no clamor público.
Dos cinco ministros, apenas um, Sebastião Reis Junior, votou pela concessão. Os outros três, Laurita Vaz, Rogerio Schietti Cruz e Antonio Saldanha Palheiro, e o relator consideraram que os dois decretos prisionais foram devidamente fundamentados e, por isso, não cabia habeas corpus — João de Deus também foi preso por porte ilegal de armas de fogo.
O Globo
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O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) teve 2.973.375 inscritos para a edição de 2019. O número é 75% maior do que o total de inscritos na edição de 2018, com 1.695.607 estudantes. As informações foram divulgadas pelo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Ribeiro Lopes, nesta terça-feira (4) durante uma entrevista coletiva em Brasília.
O exame é voltado a jovens e adultos que não terminaram os estudos na idade esperada e desejam obter um certificado. A participação é gratuita. Para obter o certificado de ensino fundamental é preciso ter mais de 15 anos. Para o ensino médio, mais de 18 anos (leia mais abaixo).
Falhas de segurança
O presidente do Inep também garantiu que a prova deve ocorrer dentro do prazo estipulado após a descoberta de falhas de segurança.
"Isso foi superado, nós enviamos uma nova prova dentro dos padrões estabelecidos pelo Inep, então agora temos tranquilidade para continuar a questão do Enccceja dentro dos prazos estipulados", diz Lopes.
Aumento no número de inscritos
Segundo Lopes, o aumento de 75% no número de inscritos no Encceja de 2019 é atribuído a três fatores:
"[Atribuímos] À percepção, através do questionário socioeducativo, de pessoas que estão buscando a certificação, principalmente do Ensino Médio, como forma de melhorar sua condição de trabalho: melhorar a remuneração ou procurar outro posto de trabalho a partir da certificação", afirmou Lopes.
Em 2018, entre os 1.695.607 estudantes inscritos, 36% conseguiram obter a certificação por atingirem a nota esperada nas quatro provas (leia mais abaixo).
O número é maior do que quando a certificação era obtida com a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Um levantamento feito pelo G1 apontou que na última edição em que o Enem também dava diploma, 14,3%, dos inscritos para este fim haviam obtido a certificação. Após ser substituído pelo Encceja, a porcentagem quase triplicou: 36% de certificação em 2018.
Encceja 2019
A prova será aplicada no dia 25 de agosto em 611 municípios do país, pela manhã e pela tarde.
Quem quiser obter certificado do ensino fundamental precisa ter mais de 15 anos. A certificação para o ensino médio é para candidatos acima de 18 anos.
São quatro provas com 30 questões cada e uma redação. Só os candidatos que obtiverem a pontuação mínima receberão o certificado.
Quem já fez o exame em outra edição e teve a pontuação esperada em uma das quatro provas pode aproveitar o desempenho já atingido e tentar obter a pontuação mínima nas provas restantes. A declaração é feita no ato da inscrição. O Inep oferece material de estudo gratuito para os candidatos.
G1
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As inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do semestre 2019.2 começam nesta terça-feira (4). São mais de seis mil vagas ofertadas em instituições públicas da Paraíba. As inscrições seguem até a sexta-feira (7) e devem ser feitas no site do Sisu. Os estudantes interessados em concorrer às vagas disponibilizadas pelas instituições deverão verificar as informações constantes do Termo de Adesão das universidades junto ao Sisu.
UEPB
A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) ofertará 2.845 vagas para seus diversos cursos de graduação, nos oito campi da universidade. O Termo de Adesão da UEPB será disponibilizado no portal da instituição. A matrícula dos estudantes selecionados nesta chamada regular realizada pelo MEC para os cursos da UEPB será realizada de 4 a 7 de junho, no site do Sisu, e, no dia 10 do mesmo mês, será divulgada a chamada regular.
Conforme o cronograma do MEC, entre os dias 11 e 17 de junho, os candidatos que não foram contemplados na chamada regular deverão fazer a declaração de interesse em participar da lista de espera, que terá sua publicação realizada no dia 19 de junho. As aulas do período letivo 2019.2 na UEPB serão iniciadas no dia 6 de agosto, conforme calendário acadêmico do referido semestre, também aprovado na reunião do Consepe.
UFCG
Na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) serão oferecidas 1.535 vagas, 10 a mais que nos anos anteriores, abertas para o curso de Enfermagem do campus sede. O Termo de Adesão foi divulgado na sexta-feira (17), no site da instituição. Das vagas ofertadas neste segundo semestre, 760 são de ampla concorrência e 775 reservadas pela Lei de Cotas, distribuídas entre 35 cursos de graduação nos campi de Campina Grande, Patos, Cajazeiras, Cuité e Pombal.
Poderão participar do processo, os estudantes que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM 2018) e que obtiveram nota acima de zero na prova de redação. A média mínima para tentar o ingresso em cursos da UFCG é 400.
Os alunos aprovados e classificados são imediatamente convocados para o cadastramento presencial na UFCG. O horário de cadastramento será de 8h às 11h e das 14h às 17h. Os locais de cadastramento são as coordenações dos cursos.
UFPB
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) vai oferecer 340 vagas, distribuídas entre 70 cursos. Desse total, 153 oportunidades serão para ampla concorrência e 187 para a Lei de Cotas, de acordo com o Termo de Adesão divulgado pela Pró-Reitoria de Graduação (PRG), no site da instituição. Para participar do Sisu, os candidatos devem ter alcançado uma nota mínima de 400 pontos na redação.
Conforme o cronograma divulgado pela PRG, o período letivo 2019.2 deve começar no dia 15 de outubro deste ano, tendo em vista que a universidade está em processo de regularização do calendário acadêmico.
IFPB
No Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), são 1.310 vagas provenientes de 35 cursos em 10 campi da Paraíba. Dos 35 cursos ofertados pelo IFPB, nove são cursos de bacharelado, sete são de licenciatura e dezenove de tecnólogo, nos campi de Cabedelo, Cajazeiras, Campina Grande, Guarabira, João Pessoa, Monteiro, Patos, Picuí, Princesa Isabel e Sousa. As informações estão dispostas em um edital, no site do IFPB.
G1 PB
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Foram confirmados dois novos casos de malária no município do Conde, na Região Metropolitana de João Pessoa, nesta terça-feira (4), de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES). Assim, a Paraíba passa a ter 10 casos confirmados da doença, em 2019.
Segundo a SES, os dois casos são de homens, que moram no município do Conde, na região dos bairros de Jacumã, Carapibus e Vila Ouro. Ambos os pacientes, sendo um deles de 51 anos de idade, foram encaminhados para o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HU), em João Pessoa, para receberem tratamento.
Secretaria investiga morte
A informação sobre a investigação de uma morte com suspeita de malária, no Conde, também foi divulgada nesta terça-feira (4), pela SES. O caso foi notificado no início de abril, mas, conforme a Secretaria, ainda está sob investigação, tanto para dengue, como para malária, uma vez que o paciente morava na área em que há o foco da doença.
A SES declarou ainda que aguarda o resultado de exames e que o paciente era portador de doenças crônicas não transmissíveis, cardiovasculares e respiratórias.
Outros oito casos confirmados
O oitavo caso de malária na Paraíba este ano foi identificado, no dia 3 de junho, em uma mulher de 53 anos, também moradora do Conde. Conforme informado pelo Hospital Universitário, nesta terça-feira (4), ela está em observação e tem um estado de saúde considerado regular.
O sétimo caso também foi confirmado no dia 3 de junho, no HU, em João Pessoa. No entanto, o homem de 25 anos não precisou ser internado e está sendo tratado no Conde.
O sexto caso de paciente com malária na Paraíba foi confirmado no dia 27 de maio pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). A paciente é moradora de João Pessoa, mas tinha constância em ir para o município do Conde, área de risco potencial da doença. Após apresentar sintomas compatíveis com os da doença, somado ao histórico de idas ao Conde, a paciente foi submetida ao teste rápido que confirmou a presença do vírus. Ela permanece internada no Hospital Universitário da capital, com estado de saúde estável.
O quinto caso de malária foi confirmado no município do Conde, Litoral Sul da Paraíba, no dia 20 de maio. De acordo com a secretária de saúde da cidade, Renata Martins, uma mulher de 27 anos deu entrada no pronto atendimento com os sintomas semelhantes.
A confirmação do quarto caso foi identificada em um idoso, de 60 anos, que mora no bairro Village Jacumã, no Conde. Após o diagnóstico, o tratamento foi iniciado no município, mas devido a outras doenças, ele foi transferido para o Hospital Universitário (HU) Lauro Wanderley, da Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa. Ele recebeu alta no dia 8 de maio.
O terceiro caso foi identificado em uma mulher, de 40 anos, moradora do bairro de Jacumã, no Conde. Ela deu entrada no HU no dia 11 de abril, quando a confirmação de malária foi feita por meio de um teste rápido, e recebeu alta no dia 22 do mesmo mês.
Já o segundo caso foi diagnosticado em um homem, de 53 anos, que deu entrada inicialmente no Hospital de Ortotrauma de Mangabeira e, depois, foi transferido para o HU no dia 5 de abril, quando exames confirmaram a suspeita. Ele mora no município de Tavares, mas trabalha no Conde, segundo a Secretaria de Estado da Saúde e a Secretaria de Saúde do Conte. Ele recebeu alta médica no dia 12 de abril.
O primeiro caso da doença no estado, este ano, foi constatado em uma mulher, de 35 anos, moradora do município do Conde, na Região Metropolitana da capital paraibana. Ela foi internada no mesmo hospital no dia
G1 PB
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A Paraíba conseguiu ultrapassar a meta de imunização contra a gripe, durante a campanha do Ministério da Saúde, que terminou na última sexta-feira (31). Foram vacinadas 1.067.914 pessoas, o que corresponde a 90,04% de cobertura vacinal, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Núcleo de Imunização. Com isso, a Paraíba está entre os cinco estados do Nordeste que conseguiram alcançar a meta da campanha contra influenza.
Dos 223 municípios paraibanos, 180 atingiram a meta e 43 ainda não alcançaram a cobertura no grupo prioritário.
“Aqueles municípios que já atingiram a meta devem ofertar a vacina para a população em geral, a depender do estoque existente”, disse a técnica do Núcleo de Imunização, da SES, Márcia Mayara. Ela lembra que não haverá envio de novas doses dessa vacina por parte do Ministério da Saúde.
Quem ainda não conseguiu alcançar a meta, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), recomenda aos municípios que continuem priorizando o grupo alvo.
A gripe (Influenza) é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza A, B, C e D, com grande potencial de transmissão. A vacina é feita com o vírus morto e fragmentado. Portanto, ela é considerada 100% segura e incapaz de provocar a doença nas pessoas que são vacinadas. A imunização protege contra três tipos (ou cepas) do vírus: H1N1, H3N2 e influenza B.
G1 PB
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