Janeiro 26, 2025
Arimatea

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A tendência é que o Brasil entre em campo com Ederson, Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Abner; Bruno Guimarães, Gerson e Raphinha; Vini Jr., Igor Jesus e Savinho. Dorival ainda comandará mais um treino, segunda-feira, na Fonte Nova.

No treino deste domingo, Dorival setorizou as atividades em um primeiro momento e deixou André no time defensivo em trabalho de saída de bola. Entre os atacantes, Luiz Henrique foi observado mais centralizado em movimentação onde Igor Jesus abria espaços, mas Savinho seguiu como extremo pela direita.

Apesar das observações, quando a comissão técnica abriu o campo e montou time completo, a única mudança foi mesmo Danilo. O lateral volta ao time após ser barrado por Vanderson contra Peru e Venezuela.

Com 17 pontos, o Brasil é o quarto colocado nas eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2026, atrás de Argentina (22), Uruguai (19) e Colômbia (19). O confronto com a Celeste acontece na terça-feira, às 21h45 (de Brasília), na Fonte Nova, em Salvador, pela 12ª rodada.

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Sob comando do Brasil pela primeira vez, o encontro de líderes do G20 começa nesta segunda-feira (18) no Rio de Janeiro com foco no combate à fome, na mudança climática e na reforma das instituições de governança global, como a Organização das Nações Unidas (ONU). Esses temas são prioritários na agenda internacional do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O evento vai até terça (19) no Museu de Arte Moderna do Rio e reúne líderes de 19 países, mais os representantes da União Europeia e da União Africana.

Diplomatas que já estão no Rio passaram os últimos dias discutindo os termos da declaração conjunta que será divulgada ao final do encontro. Há pontos que geraram impasse, entre eles o conflito entre Rússia e Ucrânia, propostas de taxação de grandes fortunas e questões relacionadas à mudança climática.

O G20 é considerado o principal fórum de cooperação econômica internacional. Inicialmente, a pauta do grupo se concentrava em questões macroeconômicas gerais, mas, ao longo dos últimos anos, o foco foi ampliado para abordar temas como comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção.

O G20 não aprova leis nem impõe obrigações aos países, mas firma compromissos de políticas econômicas, sociais e de governança a serem adotadas. Saiba mais sobre o bloco.

A presidência do bloco muda a cada ano: foi da Índia em 2023, está com o Brasil agora e será da África do Sul em 2025.

Devem participar da cúpula no Rio de Janeiro, entre outros líderes internacionais: Joe Biden (EUA), Xi Jinping (China), Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido), Giorgia Meloni (Itália) e Javier Milei (Argentina). Veja a lista completa. O único presidente que não veio é Vladimir Putin, da Rússia.

Aliança contra a fome
Uma das principais apostas da presidência brasileira do G20 é a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma cooperação entre países para a adoção de políticas públicas de transferência de renda e de incentivo à agricultura familiar.

Até sexta-feira (15), ao menos 37 países já haviam aderido à iniciativa, entre eles a Alemanha, maior economia da Europa. Os objetivos principais da aliança são:

  • alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferências de renda;
  • expandir as merendas escolares para mais 150 milhões de crianças;
  • levar serviços de saúde a 200 milhões de mulheres e crianças.

Governança global
A diplomacia brasileira defende mudanças em fóruns e organizações internacionais, como o Conselho de Segurança da ONU, para que mais nações tenham voz e influência.

No domingo (17), o secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu a modernização das estruturas de governança global e disse que a composição atual do Conselho de Segurança, em que somente 5 países têm poder de veto, reflete um mundo antigo.

"As ameaças que enfrentamos hoje são interconectadas e internacionais. Mas as instituições globais de resolução de problemas precisam desesperadamente de uma atualização, não menos importante o Conselho de Segurança, que reflete o mundo de 80 anos atrás", disse.


Ele falou também sobre a necessidade de ajudar nações mais pobres a enfrentar os efeitos da crise do clima.

"Países vulneráveis enfrentam enormes desafios e obstáculos que não são de sua responsabilidade. Eles não estão recebendo o nível de apoio que precisam de uma arquitetura financeira internacional que está desatualizada, ineficaz e injusta."

Agenda brasileira
O comando brasileiro do grupo começou em 1º de dezembro do ano passado. Ao iniciar a presidência rotativa, o governo do presidente Lula estabeleceu três eixos centrais de discussão para o G20:

- inclusão social e combate à fome e à pobreza;

- transição energética e desenvolvimento sustentável;

- reforma da governança global.

Paralelamente às discussões sobre esses temas, o Brasil também lançou algumas iniciativas, entre as quais:

- G20 Social (com representantes da sociedade civil);

- Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

Programa de atividades
A agenda do G20 programada para os próximos dois dias prevê uma série de compromissos para os líderes do bloco.

Entre esses compromissos previstos para segunda e terça-feira, estão:

- cerimônia de abertura da cúpula de líderes do G20;

- painel sobre aliança global contra a fome e a pobreza;

- sessão sobre reforma da governança global;

- sessão sobre desenvolvimento sustentável;

- encerramento da cúpula de líderes do G20.

Há uma expectativa de que, entre esses compromissos, o presidente Lula se reúna com alguns líderes internacionais, entre os quais o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que deixará o mandato em janeiro de 2025, quando passará o comando da Casa Branca para o presidente eleito Donald Trump.

Além disso, é possível que Lula conceda na terça-feira (19) uma entrevista coletiva, praxe em eventos internacionais desse porte dos quais o presidente participa.

Na quarta (20), já em Brasília, Lula receberá o presidente da China, Xi Jinping , em uma visita de estado. A China é o principal parceiro comercial do Brasil.

Encontro do U20
No domingo (17), também no Rio de Janeiro, o presidente Lula discursou no encontro do Urban 20 (U20), fórum que reúne prefeitos de cidades dos países que integram o G20.

Em seu pronunciamento, o presidente disse que as cidades têm papel a cumprir contra os extremos climáticos e cobrou financiamento dos países mais ricos para ações ligadas ao meio ambiente e de planejamento urbano em nações menos desenvolvidas.

O presidente disse também que o "planejamento urbano terá papel crucial na transição ecológica e no enfrentamento às mudanças climáticas". Ele destacou que as cidades são responsáveis por 70% das emissões de gases de efeito estufa e 75% do consumo de energia.

"Esses mesmos centros urbanos estão desproporcionalmente expostos às consequências das mudanças climáticas, à subida do nível dos oceanos, às ondas de calor, à insegurança hídrica, às enchentes avassaladoras como as que vimos recentemente no sul do Brasil, na Colômbia e na Espanha", disse.

"As cidades não podem custear sozinhas a transformação urbana. Elas não podem ser negligenciadas nos novos mecanismos de financiamento da transição climática. Infelizmente, os governos esbarram em uma enorme lacuna de financiamento no Sul Global", acrescentou.

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Em pronunciamento no Festival Aliança Global, neste sábado (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, sem citar a esposa, que não é necessário ofender ou xingar ninguém na campanha da Aliança Global Contra a Fome.

Mais cedo, durante sua participação em evento do G20 Social, a primeira-dama Janja da Silva xingou o bilionário Elon Musk durante fala sobre a necessidade de regulamentação das redes sociais: “Eu não tenho medo de você, inclusive... Fuck you, Elon Musk!”.

"Eu queria dizer para vocês que essa é uma campanha em que a gente não tem que ofender ninguém. Nós não temos que xingar ninguém. Nós precisamos apenas indignar a sociedade. Indignar as pessoas que conquistaram o direito de comer, que a gente tem que trazer junto a essas pessoas que não têm o que comer. Porque não tem nada mais triste do que uma criança levantar de manhã e não ter um café, um copo de leite e um pão com manteiga para dormir", disse o presidente.

No momento, o petista discursava em defesa do combate à fome no festival organizado pela própria Janja. Além dela, acompanham o chefe do Executivo no palco Margareth Menezes, ministra da Cultura, e o cantor Gilberto Gil.

A resposta de Elon Musk
Dono da plataforma X e indicado recentemente pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para chefiar um novo departamento de eficiência governamental, Elon Musk respondeu ao ataque de Janja em sua própria rede social.

"?? Eles vão perder a próxima eleição", escreveu em postagem que trazia a declaração da primeira-dama.

Outra fala polêmica
No mesmo discurso, ao comentar que a presença do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seria importante para a discussão, Janja lamentou que ele não possa ter comparecido ao G20 por causa do atentado em Brasília.

“A gente convidou o ministro Alexandre de Moraes [mas ele não veio] por conta do que inacreditavelmente aconteceu em Brasília essa semana, e o bestão lá acabou se matando com fogo de artifício, mas, enfim... Incrível. A gente ri, mas é sério, gente, é sério. Olha só o que fazem as redes sociais na mente da pessoa.”

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Apenas um trecho de praia está impróprio para banho no Litoral da Paraíba, conforme o relatório de balneabilidade divulgado pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). O local impróprio fica em Pitimbú.

Outros pontos monitorados, situados em João Pessoa, Mataraca, Baía da Traição, Conde, Lucena, Cabedelo e Rio Tinto, tiveram a qualidade das águas classificada como própria.

A análise da balneabilidade da água foi realizada de 11 a 13 de novembro e é válida até o dia 22 do mesmo mês, data da nova divulgação do relatório.

Lista de praias impróprias para banho na Paraíba
Pitimbú

  • Maceió, em frente à desembocadura do riacho Engenho Velho.

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A Prefeitura de João Pessoa estabeleceu, por meio de uma portaria, regras para a atuação de fotógrafos comerciais no letreiro localizado na praia do Cabo Branco em João Pessoa. As regras incluem cadastramento de profissionais e foram publicadas no Diário do Município desta quinta-feira (14).

As regras foram determinadas após denúncias apontarem que a ação de fotógrafos estava impedindo o livre uso de letreiro, que se tornou um dos principais pontos turísticos da capital paraibana.

A portaria estabelece que os profissionais precisarão se cadastrar na Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb). Além disso, os cadastrados:

Devem utilizar crachá;

Não podem cercar ou reservar nenhuma parte do calçadão ou da areia;

Estão proibidos de utilizar cadeira ou mesa;

Não podem utilizar aparelhos de som ou qualquer instrumento para chamar a atenção do público.

Além disso, devem estar atentos ao Código de Defesa do Consumidor e, para uso de drones, seguir as diretrizes da Anac, por meio do Regulamento Brasileiro da Aviação Civil Especial.

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O câncer de próstata causou a morte de 256 homens na Paraíba em 2024, segundo dados da Secretaria de Saúde da Paraíba. A doença é o tipo de câncer que mais provoca óbitos entre os homens no estado, seguida pelos cânceres de brônquios/pulmões, estômago, cavidade oral e pênis.

De acordo com a estimativa de incidência de novos casos de neoplasias malignas para 2024, divulgada pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o mais incidente, com 83,38 casos a cada 100 mil paraibanos. O número é maior em comparação com o câncer de mama, o mais comum entre as mulheres, que registra 55,40 casos para cada 100 mil habitantes.

A próstata é uma pequena glândula localizada na parte inferior do abdômen dos homens. Segundo o Inca, entre os principais fatores de risco estão a idade, histórico genético (hereditariedade), sobrepeso, obesidade e tabagismo.

O urologista Petrônio Eduardo alerta que a doença pode ser assintomática ou manifestar sintomas graves desde o início. De acordo com o médico, quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as ofertas de tratamento.

"A gente sabe que o câncer pode se apresentar com sintomas de gravidade, como sangue na urina, mas ele também pode vir assintomático. Então, o paciente que não sente nada também deve fazer uma investigação, a fim de descobrir a doença precocemente", afirmou o urologista Petrônio Eduardo.

Apesar da atenção voltada ao câncer de próstata, é igualmente importante estar atento a outras doenças, como o câncer de pênis e o câncer de testículo, que, segundo o médico, são ainda mais agressivos.

“O homem precisa entender que não é só próstata, outras patologias também vão acometer o homem, inclusive com mais gravidade. A gente sabe que o câncer de testítulo e o câncer de pênis são até mais agressivos do que o câncer de próstata, por exemplo”, afirmou o urologista Petrônio Eduardo.

Segundo o médico, o câncer de pênis é uma doença perigosa que, dependendo do estágio, pode exigir a retirada de um segmento, de uma parte ou, em casos mais graves, a amputação total do órgão. A principal causa da doença está associada à falta de higiene adequada.

“O câncer de pênis é uma doença agressiva, então algumas comorbidades prévias à própria doença pode acontecer. O paciente que tem algumas lesão sexualmente transmissíveis como hpv ou outras patologias crónicas do pênis pode progredir para um câncer”, afirmou o urologista.

Para ajudar a prevenir essas doenças, o médico recomenda manter um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e prática regular de atividades físicas. Ele também destaca a importância de procurar ajuda médica, pois essas doenças são silenciosas, e o diagnóstico precoce, como no caso de câncer, é fundamental.

Os óbitos da população masculina em 2024
Segundo a Secretaria de Saúde da Paraíba, foram registrados 4.368 óbitos na população masculina paraibana por causas gerais até o momento. Destas, 1.843 foram por causas externas; 1.020 por infarto agudo do miocárdio; 782 por pneumonia; 560 por diabetes e 163 por AVC.

Em relação aos óbitos por neoplasias, foram 256 por câncer de próstata; 184 de brônquios/pulmões; 170 de estômago; 51 de cavidade oral e 14 de câncer de pênis.

g1 PB
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No decorrer do dia, o tempo deverá permanecer com sol e variação de nuvens, favorecendo aos registros de altas temperaturas e baixos índices de umidade relativa do ar, principalmente no período da tarde. A previsão é de sol com poucas nuvens na maioria das regiões do Estado.


AESA
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O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, defendeu neste sábado (16/11) a formulação de protocolos internacionais para uma regulação democrática das plataformas digitais. Para o ministro, a elaboração de leis locais nesse sentido é necessária, mas o tema exige também o suporte de decisões globais, tendo como referência os debates sobre a Economia Digital travados sob a presidência brasileira do G20.

Em entrevista ao programa Giro Social, criado pelo Canal Gov no ambiente da Cúpula Social do G20 Brasil, Pimenta foi categórico: “Esse tema é inadiável, e eu acredito que será um grande avanço e mais um legado para o Brasil, introduzi-lo como uma resolução na pauta do G20”. “O mundo reflete hoje, e cada vez mais, o tema da integridade da informação e da regulação das chamadas Big Techs. O tema tem estado presente em praticamente todos os fóruns internacionais. Mas provavelmente, pela primeira, nós teremos no documento final do G20, esse tema sendo tratado da forma como está sendo abordado aqui no Brasil.”

O chefe da pasta da Secom relata que a integridade da informação foi das matérias mais debatidas nos encontros preparatórios à Cúpula do chefes de Estado, que ocorre nestes dias 18 e 19. E comemora que já existem muitos países dispostos a assinar um compromisso de criação de uma agenda de combate à desinformação, por exemplo, em relação à questão climática. “Se a desinformação corrói a democracia e as instituições em geral, há temas em particular em que ela é mais deletéria”, destaca Paulo Pimenta. “Como é na saúde, na questão das vacinas; como é nas questões da violência, da xenofobia, do racismo, da homofobia. E na questão climática, que é onde a desinformação mais tem trazido prejuízos. Nós enfrentramos isso durante a tragédia no Rio Grande do Sul”, observa.

A profusão de conteúdos falsos com diversos objetivos confrontou os esforços locais e nacionais pela reconstrução da economia, das estruturas e da vida das pessoas atingidas pela tragédia climática. “Desde o objetivo de promover golpes na arrecadação ao objetivo político de prejudicar a ação das autoridades, até mesmo no momento dos resgates.”

Obama: "Corrosão da democracia”
O ministro assinala a preocupação do presidente Lula com assunto, e defende que, em função de todo esse prejuízo causado pela desinformação, o tema não pode mais ser protelado pelo Congresso Nacional.

Mas pondera que o assunto não diz respeito só ao Governo Federal, e sim a toda a sociedade – o que inclui academia, Poder Judiciário, Ministério Público Congresso, a imprensa de forma geral. “Todo mundo é parte dessa discussão. Então, a necessidade de uma regulação que possa estabelecer limites, a partir na nossa Constituição, ou seja, que não interfira no ambiente de liberdade de expressão. Mas que ao mesmo tempo resguarde os interesses individuais de cada cidadão e os interesses difusos da sociedade, como os temas da democracia, do meio ambiente, e assim por diante, é fundamental.”

Pimenta cita uma entrevista recente de Barack Obama, na qual o ex-presidente do Estados Unidos admite que se há algo de que se arrependa foi não ter avançado no debate desse fenômeno “corrosivo para a democracia, nas palavras de Obama. “Se a gente olhar para o episódio do criminoso que atentou contra o Supremo Tribunal Federal, vamos ver que ele tinha usado suas redes sociais e, mais do isso, é muito provável que sejam identificados grupos dos quais ele fazia parte, que são extremistas, que defendem a violência e o ódio e a intolerância como forma de disputa de ideias na sociedade. Então é preciso que exista uma regra, uma forma para que se possa coibir isso. E eu tenho certeza de que o Brasil e o G20 vão dar uma contribuição importante nessa direção.”

Aliança Global contra a Fome, uma realidade
A proposta brasileira de criação de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza a partir do G20 já é uma realidade. A convicção expressa pelo ministro Paulo Pimenta nesta entrevista tem base concreta. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), mais de 40 países já anunciaram, antes mesmo da declaração final da Cúpula do bloco, adesão à Aliança.

Pimenta considera deve continuar levando o tema aos outros fóruns que irá presidir – como o Brics e a COP 30, no ano que vem. “O presidente Lula sempre deixou clara a sua prioridade nesse assunto”, diz. “Essa vai ser uma marca do presidente Lula em qualquer espaço em que ele estiver. É o Lula presidente que prioriza o combate à fome. É o Lula que preside o G20 que traz essa pauta para a Cúpula. É o Lula presidente que vai levar esse tema para o Brics e para a COP 30, pois com sua liderança e seu protagonismo ele consegue atrair outros países. E nós queremos avançar também para atrair indivíduos e empresas para um grande esforço mundial. Tenho certos que seremos exitosos e que o Brasil terá como legado do nosso G20 essa Aliança Global contra a Fome”, ressaltou o ministro.

A entrevista deste sábado foi a terceira e última da série criada pelo Canal Gov no ambiente da Cúpula Social do G20, que termina hoje. Antes, o programa entrevistou os ministros Márcio Macedo (Secretaria-Geral) e Cida Gonçalves (Mulheres). O programa contou com a participação de profissionais do Canal Gov, Agência Gov, Agência Brasil, TV Brasil e Rádio Gov.

Agência Gov
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Apesar de ter amplo apoio de partidos de esquerda, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que pretende acabar com a jornada de seis dias de trabalho por um de descanso angariou apoio de parlamentares de centro e da direita. Deputados de partidos como União Brasil, PSD e MDB assinaram o requerimento de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que já tem mais de 230 assinaturas, 60 a mais do que o mínimo para começar a tramitar.

Maior partido de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PL tem um, de seus 95 deputados, que aderiram ao texto. Políticos do PSDB e do Podemos também apoiam a proposta. A pauta é capitaneada principalmente por legendas de esquerda, como PSOL, Rede, PT, PSB, PDT e PCdoB. No entanto, após grande pressão nas redes sociais nos últimos dias, uma ala da direita aderiu ao texto.

Ao R7, o deputado federal Fernando Rodolfo (PL-PE), que assinou a PEC, disse que a proposta sugere um “assunto que está na pauta da sociedade” e que não se pode colocar ideologias acima “dos interesses da sociedade”. Ele pretende apresentar uma emenda ao texto, sugerindo uma escala de cinco dias trabalhados por dois de descanso, além e uma “compensa tributária para a classe empresarial, para evitar que ela tenha eventuais prejuízos”.

“Não é pelo fato da proposta ter partido de uma parlamentar do PSOL que devemos ignorar o tema”, declarou. “Obviamente isso não é tão simples e requer um amplo estudo de viabilidade econômica. Esse tema precisa ser encarado com responsabilidade e tenho certeza que percorrendo os trâmites exigidos pelo regimento, nós teremos tempo suficiente para encontrar as soluções adequadas”, continuou. Ele também negou qualquer orientação do partido para não aderir ao texto.

Nesta semana, Érika disse que o líder do União Brasil na Casa, Elmar Nascimento (BA), a procurou para informar que a bancada, com 59 deputados, assinaria a proposta. A PEC repercutiu, até mesmo, entre a direita no Senado. O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) defendeu o fim da escala 6x1. “Se não acabar com a escala 6x1 para os trabalhadores, vamos acabar com a escala 3x4 dos políticos”, escreveu o parlamentar nas redes sociais.

A maior parte da direita, contudo, é extremamente crítica ao texto. Deputado federal com mais votos na eleição de 2022, Nikolas Ferreira (PL-MG) considerou a PEC uma medida populista e insustentável. Para ele, a mudança proposta poderia resultar em consequências indesejáveis, como a “escala 0x0″. “O pessoal do PSOL quer impor a escala 4x3. Cuidado com essas medidas populistas, porque logo estaremos trabalhando zero dias e ganhando zero reais”, disse.

O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) disse que a proposta faz “uma semana de 44 horas, reduzir para 36 horas e manter a mesma remuneração”. “Cai a produtividade e quem paga a conta é o empresariado”, destacou. O ex-presidente Bolsonaro disse que a matéria coloca o trabalhador contra o empresário e relacionou a popularidade da PEC ao baixo desempenho eleitoral de partidos de esquerda no pleito municipal.

“Eles (a esquerda) se acabaram. As eleições municipais mostram isso daí. E eles têm que renascer das cinzas. Como? Jogando um contra o outro, como a massa do Brasil, empregado contra patrão”, falou.

Entenda a PEC
A parlamentar formalizou uma proposta elaborada pelo Movimento Vida Além do Trabalho, liderado pelo vereador eleito Rick Azevedo (PSOL-RJ). O movimento já conseguiu a adesão de mais de 1,3 milhão de assinaturas da petição online em defesa da pauta.

A PEC poderia mexer em dinâmicas trabalhistas. Pelo texto da CLT (Constituição e da Consolidação das Leis do Trabalho), a jornada de trabalho não pode ser superior a oito horas diárias e 44 horas semanais, sendo facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

O projeto prevê ainda que não é preciso alterar a carga máxima diária de oito horas, portanto, os trabalhadores poderiam exercer a profissão durante quatro dias da semana, o que resultaria em 36 horas, apesar de o texto mencionar 32 horas. A Constituição, por sua vez, assegura ao trabalhador o direito ao repouso semanal remunerado, “preferencialmente aos domingos”.

Erika afirmou ter o apoio do governo para a medida, apesar de alguns ministros darem declarações sem único direcionamento. Ela se encontrou, nesta semana, com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) também participou da reunião, pois é autor de uma PEC mais antiga, que tem o mesmo objetivo de Erika.

A PEC ainda não tem data para ser protocolada. A equipe de Erika informou que “segue coletando” mais assinaturas. A parlamentar também não descartou que o texto tramite apenas em 2025.

Oposição tenta emplacar alternativa
Após tamanha repercussão, o deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS) protocolou, nesta semana uma PEC que permite a jornada quatro dias trabalhados e três de descanso. A proposta ainda amplia a possibilidade de mais dias trabalhados para quem quiser trabalhar menos ou mais. Ao R7, Marcon explicou que a proposta “simplesmente libera, igual aos EUA”. Com apoio da oposição, o texto já tem 95 assinaturas e o parlamentar acredita que, na próxima semana, a PEC vai chegar às 171 mínimas para ser protocolada.

A proposta permite “a redução da jornada, mediante acordo, convenção coletiva de trabalho ou livre pactuação contratual direta entre empregado e empregador, inclusive por hora trabalhada, prevalecendo o disposto em contrato individual de trabalho sobre os instrumentos de negociação coletiva”.

“A PEC, portanto, promove a liberdade de escolha e o poder de decisão para o trabalhador, permitindo que ele determine sua jornada e remuneração proporcional. Essa abordagem moderniza as relações de trabalho, respeitando a autonomia do trabalhador e proporcionando maior flexibilidade para adaptar-se a diferentes contextos e necessidades”, diz um trecho da proposição.

R7
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