Abril 22, 2025
Arimatea

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se reunir nesta terça-feira (25) com a ministra Nísia Trindade (Saúde), que está ameaçada no cargo.

O encontro, segundo apurou a GloboNews e a TV Globo, estava previsto para iniciar às 14h30 desta terça – horas depois de os dois terem participado de um evento no Palácio do Planalto para anunciar o acordo para produção de vacinas contra a dengue.

A reunião vai acontecer em um momento de desgaste de Nísia, cuja gestão é criticada por integrantes do governo.

Auxiliares de Lula afirmam que ele decidiu substituir a ministra, porém a decisão ainda não foi oficializada.

O atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é o favorito no momento para assumir a Saúde caso Lula confirme a demissão de Nísia. Padilha já ocupou o cargo no primeiro mandato de Dilma Rousseff.

Lula já demonstrou incômodo com o andamento do programa Mais Acesso a Especialistas, lançado para ampliar a oferta de consultas e exames especializados no SUS.

No Planalto, há o entendimento de que o programa poderia se tornar uma marca do terceiro mandato de Lula, que enfrenta atualmente uma queda na popularidade.

Nesta terça, o presidente não discursou no evento com Nísia Trindade. Ao deixar o salão em que ocorria a cerimônia, o petista foi questionado por jornalistas sobre troca no comando do Ministério da Saúde, mas não respondeu.

g1
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O Palácio do Planalto decidiu adiar para esta quarta-feira (26) a reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e representantes de centrais sindicais.

O encontro, inicialmente previsto para esta terça (25), pode sacramentar a edição de uma medida provisória que vai autorizar trabalhadores que optaram pelo saque-aniversário do Fundo de Garantia sobre o Tempo de Serviço (FGTS) a fazer, também, o saque-rescisão.

O adiamento foi confirmado ao g1 pelo Ministério do Trabalho. Até as 14h, a agenda de Lula ainda não tinha sido atualizada.

? O saque-aniversário foi criado em 2020, na gestão de Jair Bolsonaro (PL). O benefício permite ao trabalhador retirar uma parte do FGTS uma vez por ano. O percentual varia de 5% a 40% do saldo no fundo, além de uma parcela adicional.

? Atualmente, quem opta pelo saque-aniversário é obrigado a cumprir uma quarentena de dois anos para fazer o saque-rescisão, no caso de uma demissão sem justa causa.

O tema é discutido desde 2024 pelo Palácio do Planalto, equipe econômica e Ministério do Trabalho e Emprego.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendia o fim do saque-aniversário para que o trabalhador pudesse sacar a rescisão novamente. Isso poderia criar um problema para o governo em função da popularidade que o saque-aniversário adquiriu.

A solução, portanto, foi acabar com a quarentena para sacar a rescisão, mantendo o saque-aniversário. Além da popularidade, há uma preocupação com o governo com o desaquecimento da economia nos próximos meses.

Após participar de um evento em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi perguntado se a proposta tem o aval da equipe econômica. Ele disse que sim e justificou que o trabalhador que pediu saque-aniversário foi levado a se confundir com as regras.

"Algumas pessoas ficaram prejudicadas porque foram induzidas a erro. Quando você faz a opção pelo saque-aniversário, você no momento da rescisão, você tem direito a um saque por conta da rescisão. Só que se você fizer o consignado, você perde esse direito que só pode ser exercido anos depois. Isso deixou muito, criou muito desconforto entre os trabalhadores que não foram alertados disso", afirmou o ministro.

Em 2017, quando o então presidente Michel Temer (MDB) autorizou o saque das contas inativas do FGTS, foram injetados R$ 44 bilhões na economia, beneficiando 26 milhões de trabalhadores.

Saque aniversário
O saque-aniversário, instituído em 2020, é uma das alternativas de saque do FGTS. A modalidade permite que o trabalhador retire parte do saldo de sua conta no fundo anualmente, no mês do seu aniversário. Veja aqui o calendário de 2025.

A adesão a essa modalidade é opcional e pode ser feita por meio do aplicativo e do site do FGTS. Segundo a Caixa Econômica Federal, o trabalhador que não optar pela adesão ao saque-aniversário permanece na sistemática padrão, que é o saque-rescisão.

  • Saque-rescisão: essa modalidade permite que o trabalhador, quando demitido sem justa causa, tenha direito ao saque integral do saldo da conta do FGTS, incluindo a multa rescisória, quando devida. Essa é a modalidade padrão em que o trabalhador ingressa no FGTS.
  • Saque-aniversário: essa modalidade é opcional e permite que o trabalhador saque parte do saldo de sua conta do FGTS uma vez por ano, no mês de aniversário. Caso opte por essa modalidade e seja demitido, o trabalhador poderá sacar apenas o valor referente à multa rescisória (a multa de 40% paga pela empresa) e não poderá sacar o valor integral da conta.

g1
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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta terça-feira (25) ser "alarmante" o aumento no número de conflitos armados pelo mundo.

Contudo, Vieira ponderou que as limitações da Organização das Nações Unidas (ONU) para pôr fim a esse cenário se tornam cada vez mais "evidentes".

Mauro Vieira deu as declarações ao abrir, em Brasília, um encontro com os negociadores dos países que integram o Brics, grupo presidido pelo Brasil em 2025 e que também é formado por países como Índia, China, África do Sul, Egito e Irã.

No discurso, o ministro não citou um conflito específico, mas a Rússia, que também integra o Brics e comandou o bloco em 2024, está em guerra com a Ucrânia desde 2022, quando suas tropas invadiram e ocuparam território ucraniano por determinação de Vladimir Putin.

"A ordem internacional estabelecida após a Segunda Guerra Mundial baseou-se em duas grandes promessas: um sistema coletivo de segurança centrado na Organização das Nações Unidas e uma visão de prosperidade por meio de um sistema multilateral de comércio baseado em regras. Hoje, as limitações dessas promessas tornam-se cada vez mais evidentes", afirmou Mauro Vieira.

"Em termos de segurança, assistimos a um aumento alarmante das crises humanitárias, conflitos armados, deslocamentos forçados, insegurança alimentar e instabilidade política. As necessidades humanitárias crescem, mas as respostas internacionais permanecem fragmentadas e, por vezes, insuficientes", acrescentou o ministro.

A declaração do ministro está em linha com o que tem dito o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seus discursos nos fóruns internacionais.

Lula tem criticado, por exemplo, o fato de países que integram de forma permanente o Conselho de Segurança da ONU serem os países diretamente envolvidos em conflitos pelo mundo, a exemplo da Rússia e dos Estados Unidos.

Diante disso, Lula tem defendido que o conselho seja ampliado, passando a abrigar mais países, entre os quais Brasil, Alemanha, Japão e África do Sul.

Críticas ao protecionismo
Durante o discurso desta terça-feira (25), Mauro Vieira também criticou medidas protecionistas na área econômica e afirmou que os países do Brics precisam "resistir".

O chanceler não citou nenhum caso específico, mas o recém-empossado presidente dos Estados Unidos Donald Trump tem anunciado sobretaxas a produtos de diversos países sob o argumento de que precisa proteger os setores produtivos locais.

"Políticas protecionistas, fragmentação comercial, barreiras não econômicas e a reconfiguração das cadeias de suprimentos ameaçam aprofundar as desigualdades globais. O Brics deve resistir a essa fragmentação e advogar por um sistema de comércio multilateral aberto, justo e equilibrado", afirmou o ministro.

France Presse
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O Irã não sucumbirá à pressão e às sanções impostas pelos Estados Unidos, afirmou o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, nesta terça-feira (25).

A declaração foi dada um dia depois que os Estados Unidos anunciaram novas sanções contra a indústria petrolífera iraniana, principal fonte de renda da República Islâmica, como ferramenta da política de "pressão máxima" imposta pelo presidente Donald Trump há cerca de um mês para obter um acordo nuclear.

"A posição do Irã em relação às negociações nucleares é clara e não negociaremos sob pressão e sanções. Não há possibilidade de negociações diretas com os EUA enquanto a pressão máxima estiver sendo aplicada dessa forma", afirmou Araqchi.

Nesta terça, o ministro recebeu seu homônimo, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, que disse ter certeza de que medidas diplomáticas ainda estão sobre a mesa para resolver questões em torno do programa nuclear do Irã.

Em janeiro, os governos russo e iraniano anunciaram o 'Acordo Global de Associação Estratégica', que prevê "cooperação nas áreas de energia, meio ambiente e questões de defesa e segurança" entre os dois países.

"Nossa cooperação será em vários campos, incluindo energia, comércio, turismo e muitas outras áreas", disse Araqchi.

Ameaças do Irã à pressão americana
Por causa da pressão americana, há duas semanas, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, falou que era necessário reforçar ainda mais o Exército do país, além de seus mísseis.

As declarações de Khamenei foram feitas enquanto o líder iraniano conferia as principais apostas no setor de Defesa em uma exposição em Teerã. Entre eles um "drone kamikaze" movido a jato - com imagens de um lançamento feito de um submarino exibidas pela primeira vez -, de acordo com a agência de notícias Tasnim.

"O progresso não deve ser interrompido, não podemos ficar satisfeitos. Digamos que definimos anteriormente um limite para a precisão de nossos mísseis... Agora sentimos que esse limite não é mais suficiente. Temos que seguir em frente. Hoje, nosso poder defensivo é bem conhecido, nossos inimigos têm medo disso. Isso é muito importante para nosso país", afirmou Khamenei nesta quarta.

Dias antes, ele havia aconselhado o governo a recusar qualquer negociação com EUA e o embaixador do país na ONU pediu que o Conselho de Segurança tomasse medidas contra o governo americanopor causa das ameaças do uso de força se o Irã se recusar a negociar seu programa nuclear.

O Irã garante que seu programa de mísseis balísticos é puramente defensivo, mas o arsenal é visto no Ocidente como um fator de risco.

E embora tenha negado por muito tempo suas ambições de armas nucleares, segundo o chefe da agência nuclear da ONU, o país está acelerando "dramaticamente" seu enriquecimento de urânio para 60% de pureza físsil, próximo ao nível de aproximadamente 90% para armas.

Teerã também anunciou, nos últimos meses, novas adições ao seu armamento convencional - como seu primeiro porta-aviões não tripulado e uma base naval subterrânea - e um acordo com a Rússia nas áreas de Defesa e Segurança.

France Presse
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A Ucrânia precisará de mais de US$ 500 bilhões, o equivalente a R$ 2,8 trilhões, para reparar os danos causados pela invasão russa, segundo uma avaliação feita em conjunto pelo Banco Mundial, pela Comissão Europeia e pelas ONU.

"O custo total da reconstrução e recuperação na Ucrânia chega a US$ 524 bilhões na próxima década, aproximadamente 2,8 vezes o PIB nominal estimado da Ucrânia para 2024", informa o comunicado divulgado nesta terça-feira (25).

O estudo cobriu a destruição que ocorreu entre o início da invasão russa em fevereiro de 2022 e dezembro de 2024. Segundo ele, 13% das casas do país foram danificadas ou destruídas, o que afetou mais de 2,5 milhões de lares; 75% dos danos ocorreram nas áreas de fronteira no leste, norte e sul do país.

Até agora, o programa de recuperação da Ucrânia se concentrou no reparo da infraestrutura de energia e de residências, enquanto a Rússia continua atacando a rede elétrica do país, devastada pela guerra, deixando regularmente centenas de milhares de pessoas em apagões temporários.

Nesta segunda-feira (24), quando a guerra em território ucraniano completou três anos, líderes europeus e o primeiro-ministro do Canadá foram a Kiev para demonstrar seu apoio ao presidente Volodymyr Zelensky.

Em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o francês Emmanuel Macron para falar, entre outros assuntos, sobre o acordo de paz que está buscando entre a Ucrânia e a Rússia.

France Presse
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A Rússia é contra o envio de forças europeias para a Ucrânia, garantiu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta terça-feira (25).

A declaração foi dada depois que, nesta terça, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que tanto ele quanto Vladimir Putin aceitariam a ideia de forças de paz na Ucrânia se um acordo fosse alcançado para acabar com a guerra.

"Sim, ele aceitará isso. Fiz essa pergunta especificamente a ele. Ele não tem nenhum problema com isso", disse Trump a repórteres.

Peskov absteve-se de contradizer diretamente o presidente dos EUA, mas reafirmou efetivamente a oposição da Rússia à ideia, que o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, já havia descrito anteriormente como inaceitável.

"Há uma posição sobre esse assunto que foi expressa pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Lavrov. Não tenho nada a acrescentar a isso e nada a comentar. Deixo isso sem comentários", disse.

A Rússia tem dito repetidamente que se opõe à presença de tropas da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Ucrânia.

Na semana passada, Lavrov afirmou que Moscou veria isso como uma "ameaça direta" à soberania da Rússia, mesmo que as tropas operassem lá sob uma bandeira diferente.

Reuters
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (25) que o mercado financeiro está mais tenso atualmente do que em outros períodos. O mionisro participou nesta terça-feira da abertura da CEO Conference Brasil 2025, do BTG Pactual, em São Paulo.

"As pessoas estão mais com o "dedo no gatilho, esperando uma notícia para agir, se proteger ou especular, tudo dentro da regra do jogo", disse Haddad. Ele comparou a situação atual ao momento de incertezas vivido em dezembro de 2024, quando houve disparada do dólar e fuga de recursos.

De acordo com Haddad “as coisas estão se acomodando” e o ambiente econômico está equiparado ao de outros países, com economia semelhante ao Brasil, com contexto internacional que também gera impactos na economia do país.

“Quando você vê uma turbulência na economia americana, com falta de previsibilidade sobre o que a maior economia do mundo vai fazer, as pessoas ficam mais tensas. E não é só no Brasil. A situação externa é mais desafiadora.”

Segundo o ministro, as agências de classificação de risco, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os fundos de investimento têm uma visão diferente em relação à avaliação dos investidores locais. "Eles não têm a força que os investidores domésticos têm, então aguardam um pouco antes de investir”.

Haddad reforçou que a visão da equipe econômica no início do governo é a mesma atualmente e todas as medidas tomadas até o momento, mesmo que dependendo de outros setores, houve avanços consideráveis, mas isso nem sempre é levado em consideração. Ele disse ainda acreditar que a agenda fiscal não pode perder o fôlego.

“Com a mudança nas presidências do Congresso Nacional, nós precisamos verificar quem serão os relatores das matérias, os presidentes das comissões e a disposição dos líderes da oposição e da situação para endereçar temas importantes.”

O ministro discorreu ainda sobre a importância da reforma tributária aprovada pelo Legislativo, que entra em vigor a partir de 2027.

>>Entenda as principais mudanças da reforma tributária

“É a maior reforma tributária da história do Brasil, e sem aumento de carga."

Haddad afirmou ainda que não é bom para o país ficar negando as coisas e inventando um passado brilhante que não aconteceu.

“Quem tem um pouco a memória do que é a economia brasileira desde o Plano Real sabe que nós vivemos alguns momentos mais delicados. Vivemos uma transição, em 2002, em que a dívida líquida era muito parecida com a atual, em torno de 60% do PIB."

Segundo o ministro da Economia, o presidente Lula herdou uma Selic de 25%, uma inflação de 12% e uma dívida em dólar bastante apreciável e sem reservas cambiais. "E ninguém dizia que o Brasil iria quebrar”, disse.

Agência Brasil
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A prévia da inflação de fevereiro mostra desaceleração nos preços dos alimentos, ou seja, subiram menos do que em janeiro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) indica que, neste mês, houve alta de 0,61%, a menor desde setembro de 2024 (0,05%).

A informação foi divulgada nesta terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA-15 funciona como prévia da inflação oficial e o IPCA é a inflação oficial.

Ambos os índices levam em consideração uma cesta de produtos e serviços para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos.

A diferença é que os preços são pesquisados antes mesmo de acabar o mês de referência, justamente para servir como prévia. Em relação a divulgação atual, o período de coleta foi de 15 de janeiro a 12 de fevereiro.

Veja como se comportou o preço dos alimentos nos últimos seis meses, de acordo com o IPCA-15:

  • Fevereiro 2025: 0,61%
  • Janeiro 2025: 1,06%
  • Dezembro 2024: 1,47%
  • Novembro 2024: 1,34%
  • Outubro 2024: 0,87%
  • Setembro 2024: 0,05%

Preocupação
A inflação dos alimentos tem sido uma das principais preocupações do governo. Entre os fatores que têm elevado o custo figuram questões climáticas.

O IPCA-15 de fevereiro mostrou que os alimentos tiveram impacto de 0,14 ponto percentual (p.p.) no índice geral. O IBGE mostrou que a alimentação no domicílio subiu 0,63%, abaixo do registrado em janeiro, 1,10%.

Os principais aumentos foram da cenoura (17,62%) e café moído (11,63%). Entre as quedas, destacam-se a batata-inglesa (-8,17%), arroz (-1,49%) e frutas (-1,18%).

A alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,93% para 0,56% em fevereiro. Dentro deste subgrupo, a refeição (0,43%) e o lanche (0,77%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (0,96% e 0,98%, respectivamente).

Doze meses
Apesar da desaceleração dentro do IPCA-15 de fevereiro, a inflação dos alimentos no acumulado de 12 meses está acima da inflação geral.

Enquanto o IPCA-15 soma 4,96%, o grupo alimentos e bebidas registra 7,12%. Em janeiro, o acumulado dos alimentos era de 7,49%. Em dezembro, chegou a 8%.

Veja as principais influências de itens alimentícios no IPCA-15 de fevereiro:

Altas

  • Café moído: 11,63%
  • Refeição: 0,43%

Baixas

  • Batata-inglesa: -8,17%
  • Arroz: -1,49%
  • Banana-d'água: -4,98%
  • Óleo de soja: -1,96%
  • Limão: -17,35%
  • Leite longa vida: -0,67%

Agência Brasil
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Correios, em parceria com a Serasa e a Federação Brasileira e Federação Brasileiras de Bancos (Febraban), iniciaram esta semana um mutirão para viabilizar o atendimento presencial e gratuito a pessoas endividadas. Interessados podem se dirigir a qualquer agência dos Correios, onde serão informados sobre quais débitos estão em seu nome na plataforma Limpa Nome.

Por meio de uma parceria com 1.456 empresas, serão oferecidos, segundo os Correios, descontos de até 99%, parcelamento de até 72 vezes e a possibilidade de limpar o nome e aumentar a pontuação de score na hora. O serviço faz parte do Feirão Serasa 2025.

“Nossa equipe está treinada para ajudar os cidadãos que querem resolver suas pendências financeiras com um atendimento prático e rápido”, informaram os Correios, garantindo que não cobrará qualquer taxa pelo serviço de consulta em todas suas 10 mil agências até o dia 31 de março.

Os interessados em negociar suas dívidas devem apresentar um documento oficial com foto para conferir as ofertas disponíveis e escolher quais contas deseja pagar, bem como a forma de pagamento, se à vista ou parcelada. Contas pagas com Pix podem ter descontos especiais.

De acordo com o Serasa, há, em todo país, mais de 74 milhões de pessoas negativadas.

Agência Brasil
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A prévia da inflação no mês de fevereiro ficou em 1,23%, a maior desde abril de 2022 (1,73%). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi pressionado principalmente pela conta de luz. Em janeiro, o índice havia sido de 0,11%.

Comparando apenas os meses de fevereiro, o resultado de 2025 é o maior desde 2016, quando o IPCA-15 marcou 1,42%. Em fevereiro do ano passado, a prévia fico em 0,78%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 soma 4,96%, acima da meta do governo de, no máximo 4,5%. Em janeiro, esse acumulado se encontrava no teto da meta.

Dos nove grupos de produtos e serviços apurados pelo IBGE, sete apresentaram alta. A maior pressão veio do grupo habitação, que subiu 4,34%, contribuindo com 0,63 ponto percentual (p.p.) do IPCA-15.

Dentro da habitação, a vilã foi a conta de luz, que subiu 16,33%, impactando o índice em 0,54 p.p. O que explica esse aumento é o desconto que as contas de luz dos brasileiros receberam em janeiro, o chamado Bônus Itaipu, que derrubou o custo no mês passado (-15,46%).

Uma vez que o desconto não se repetiu em fevereiro, o efeito estatístico com a base de comparação baixa mostra uma inflação alta na comparação entre janeiro e fevereiro.

Entenda o que é o Bônus Itaipu.

Reajuste de mensalidades
Outra pressão dos preços em fevereiro veio do grupo educação, que subiu 4,78%, impacto de 0,29 p.p. A explicação está nos reajustes de cursos regulares (5,69%) habitualmente praticados no início do ano letivo.

As maiores variações saíram do ensino fundamental (7,50%), ensino médio (7,26%) e ensino superior (4,08%).

Apesar de ter subido nominalmente mais que a habitação (4,78% x 4,34%), o grupo habitação influenciou mais na alta do IPCA-15 por ter peso maior no orçamento das famílias, de acordo com o IBGE.

Alimentos
Uma das principais preocupações do governo neste início de ano, o preço dos alimentos desacelerou ante janeiro, isto é, houve inflação, mas menor que a do mês anterior.

O grupo alimentos e bebidas subiu 0,61%, enquanto em janeiro tinha marcado 1,06%. O café moído ficou 11,63% mais caro, sendo o subitem alimentício com maior pressão de alta (0,06 p.p.)

Transportes
No grupo dos transportes (alta de 0,44% e impacto de 0,09 p.p.), os combustíveis aumentaram 1,88%. Houve aumentos no etanol (3,22%), diesel (2,42%) e gasolina (1,71%), enquanto o gás veicular teve resultado negativo de 0,41%.

Um alívio veio das passagens aéreas, que caíram 20,42%, sendo o subitem que mais forçou a inflação geral para baixo.

Grupos
Veja o comportamento dos nove grupos apurados pelo IBGE:

Alimentação e bebidas: 0,61%

Habitação: 4,34%

Artigos de residência: 0,38%

Vestuário: -0,08%

Transportes: 0,44%

Saúde e cuidados pessoais: 0,54%

Despesas pessoais: 0,01%

Educação: 4,78%

Comunicação: -0,06

Prévia
O IPCA-15 tem a mesma metodologia do IPCA, a chamada inflação oficial, que serve de base para a política de meta de inflação do governo - inflação acumulada em 12 meses de 3%, com margem de tolerância de 1,5 p.p. para mais ou para menos.

Uma diferença é que os preços são pesquisados antes mesmo de acabar o mês de referência, justamente para servir como prévia. Em relação a divulgação atual, o período de coleta foi de 15 de janeiro a 12 de fevereiro.

Ambos os índices levam em consideração uma cesta de produtos e serviços para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos.

O IPCA-15 coleta preços em 11 localidades do país (as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.); e o IPCA, 16 localidades (inclui Vitória, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju). O IPCA de fevereiro será divulgado em 12 de março.

Agência Brasil
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