Novembro 23, 2024
Arimatea

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Quem ainda não se inscreveu para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 tem até a próxima sexta-feira (17) para fazer a inscrição pela internet. No dia 17 também encerra o prazo para solicitar atendimento especializado e específico e para alterar dados cadastrais, município de provas e opção de língua estrangeira.

A taxa de inscrição para o Enem é de R$ 85. Quem não tem isenção de taxa deve fazer o pagamento até o dia 23 de maio. O prazo para pedidos de atendimento por nome social vai de 20 e 24 de maio. As provas do Enem serão aplicadas em dois domingos, 3 e 10 de novembro.

Quem já concluiu o ensino médio ou vai concluir este ano pode usar as notas do Enem, por exemplo, para se inscrever em programas de acesso à educação superior como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e o Programa Universidade para Todos (ProUni) ou de financiamento estudantil.

A prova também pode ser feita pelos estudantes que vão concluir o ensino médio depois de 2019, mas nesse caso os resultados servem somente para autoavaliação, sem possibilidade de concorrer a vagas ou a bolsas de estudo.

Estudo
Para reforçar o conhecimento dos candidatos, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) oferece várias estratégias gratuitas, como o Questões Enem, no qual os estudantes têm acesso a um atualizado banco de dados que reúne provas de 2009 até 2018. O site permite a resolução das questões online, com o recebimento do gabarito.

Já pelo perfil EBC na Rede, é possível acompanhar a série Caiu no Enem. O desafio é responder no fim de semana à questão publicada na sexta-feira. Na segunda-feira, um professor responde ao questionamento. A série fica até a semana que antecede ao exame de 2019. Para ter acesso aos vídeos com as respostas, basta se inscrever no canal youtube.com/ebcnarede.

Agência Brasil
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O aumento da demanda por docentes com curso superior impulsionou os candidatos a professores no país a buscarem essa capacitação em cursos mais rápidos ou em programas de formação de docentes simplificados. Eles têm procurado também o ensino a distância, sem forte regulação e monitoramento. Os dados estão na publicação Professores do Brasil, que foi lançada esta semana, em São Paulo, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil e a Fundação Carlos Chagas (FCC).

O livro Professores do Brasil, que trata dos desafios na formação de docentes no país, é o terceiro de uma série que fornece amplo panorama da docência: formação, trabalho e profissionalização. Ele foi produzido a partir do projeto Cenários da formação do professor no Brasil e seus desafios. A publicação é resultado de estudos feitos pelas pesquisadoras Bernardete A. Gatti, Elba Siqueira de Sá Barretto e Patrícia Albieri de Almeida, da Fundação Carlos Chagas; e Marli Eliza Dalmazo Afonso de André, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC).

O material mostra ainda o perfil do estudante de licenciatura no país, ressaltando pontos importantes. Por exemplo, os estudantes da docência têm renda mais baixa que os de outras licenciaturas: cerca de 61,2% dos estudantes, de 2014, tinham renda de até três salários mínimos. E, desse total, um em cada quatro estudantes tem renda salarial de até 1,5 salário mínimo.

“Do início deste século para agora, eles [estudantes de licenciatura] se tornaram mais pobres, provenientes de família com menos instrução”, disse Elba Siqueira de Sá Barretto, professora da Universidade de São Paulo e pesquisadora e consultora da Fundação Carlos Chagas, em entrevista à Agência Brasil. “Entre os estudantes de licenciatura, em torno de 42% têm pais que fizeram apenas o primário incompleto. Só 9% desses estudantes têm pais com nível superior”, acrescentou. “Essa é uma tendência. Cada vez mais o magistério no Brasil está sendo procurado pelos segmentos mais empobrecidos. E essa tendência ficou mais clara, mais acentuada”, disse.

Outro aspecto indicado na pesquisa, é o número de mulheres, que conclui as licenciaturas, ser maior que o de homens e negros a maioria entre os estudantes. [A presença de negros na licenciatura passou de 35,9% em 2005, para 51,3% em 2014]. “De 14 cursos de licenciatura [segundo dados do Enade], em 11 deles havia 50% ou mais de alunos negros ou pardos. E todos os cursos de licenciatura também têm índios representados, embora em pequenas proporções”, informa Elba.

“Eles [estudantes de licenciatura] já eram alunos mais pobres. Esse não é um fenômeno brasileiro, acontece em vários países da América Latina, desde os anos 2000. Muitos dos alunos de licenciatura são os primeiros a chegar ao Ensino Médio e ao Ensino Superior”.

De acordo com a pesquisadora, a licenciatura é também um curso predominantemente feminino. “Mas percebemos recentemente que as matrículas dos homens está aumentando”, disse, acrescentando ainda que, a maior parte desses estudantes de licenciatura não só estudam: "Eles estudam e trabalham e ainda mantém a família”. Para Elba, isso significa o quanto é necessário trabalhar para poder estudar.

O estudo constatou também um envelhecimento no perfil dos licenciandos: a presença de jovens entre 18 e 24 anos que fazem licenciatura passou de 34,7% em 2005 para 21% em 2014.

Esses fenômenos decorrem, segundo a pesquisadora, entre outras razões, por causa do estabelecimento da Lei de Cotas. “Houve também financiamento desses cursos privados e a abertura de muitas vagas nas instituições públicas para que eles pudessem fazer o Ensino Superior”, acrescentou.

Exigência de curso superior

Desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases (LDO 9.394), em 1996, passou a ser exigido no país que todo docente tenha certificação superior. No entanto, em 2016, ainda havia 34% de professores da educação infantil e 20% do ensino fundamental sem a titulação. Nos anos finais, a proporção de não graduados somou 23%. No Ensino Médio, a proporção de docentes não titulados equivalia a 7%.

Matrículas

Ainda segundo o livro, as matrículas para a licenciatura passaram de 659 mil alunos, em 2001, para 1,5 milhão em 2016. O número exato de alunos matriculados, em 2016, em cursos de licenciatura no país somava 1.524.329, sendo que 579.581 estavam em escolas públicas e 944.748 (62% do total) nas privadas. Desse total, 882.749 faziam licenciatura em cursos de ensino presencial e, o restante, 641.580, por meio de cursos a distância.

“Esse foi um período [após o ano 2000] em que os países da América do Sul e da América Latina tiveram algumas condições muito favoráveis para o seu desenvolvimento. Uma crise nos países do Norte favoreceu muito os nossos países que são exportadores de commodities. Então, o PIB cresceu, houve um desenvolvimento econômico grande”, disse Elba. “As licenciaturas foram uma das formações de nível superior que foram privilegiadas nesse período”, acrescentou.

Das 2.228.107 de vagas oferecidas em cursos de licenciatura no país em 2016, 1.990.953 (ou 89,4% do total) eram disponibilizadas pelo setor privado. O total de vagas ociosas atingiu 1.632.212 e cerca de 94,3% se referiam ao setor privado. O total de ingressantes somou 595.895 em 2016, sendo que 75,8% ingressaram em cursos fornecidos pelo setor privado, de acordo com o levantamento.

“Quase 2 milhões das vagas estão no setor privado, sendo apenas 10,6% oferecidas pelo setor público. Em contrapartida, são as reduzidas vagas do setor público disputadas por mais de 1,6 milhão de estudantes, ou seja, pela maior parte dos candidatos que postulam a entrada em curso superior (58,2%), atraídos, sobretudo, pela melhor qualidade que costuma ser socialmente imputada a esses cursos, pela sua gratuidade, ou por ambas as razões”, diz ainda a publicação.

Evasão

O estudo constatou ainda que é grande a quantidade de vagas oferecidas no ensino superior para licenciatura (2,2 milhões de vagas), mas limitado o número de ingressantes (595 mil em 2016). Deste total de vagas, 1,9 milhão se refere a vagas no ensino privado. A explicação para esse fenômeno é o fato de os alunos buscarem o ensino superior privado por causa do aumento de subsídios públicos para o setor, pelas baixas mensalidades, pela modalidade de ensino a distância, pela maior oferta de cursos no período noturno e pela menor concorrência em relação às vagas disponíveis.

Cerca de 39% das vagas nas instituições públicas não foram ocupadas. No setor privado, as vagas ociosas ultrapassaram 1,5 milhão em 2016. Segundo a pesquisa, isso decorre, no caso do setor público, do apoio escasso aos alunos que dela necessitam e também da dificuldade em modificar a estrutura e o modo de funcionamento dos cursos. Do total de alunos que ingressou nas licenciaturas em 2013, metade deles concluem o curso.

“O ideal seria oferecer menos vagas, mas garantir condições de apoio para os alunos que passam por um vestibular difícil permanecer nos cursos superiores até a formatura”, explicou a pesquisadora. Esse apoio, segundo Elba, não se resume a oferecer condições financeiras ou suporte financeiro melhor, mas compreende também a elaboração de um currículo mais adequado e acompanhamento mais sistemático.

Para a pesquisadora, entre as conclusões possíveis sobre os vários retratos que foram apresentados na publicação é a necessidade de repensar alguns gastos que são feitos no Ensino Superior e também a qualidade do que está sendo oferecido. “Também precisamos rever as metas de crescimento do Ensino Superior. Não tem aluno suficiente sendo formado no Ensino Médio. O Ensino Médio está muito ainda precarizado”, disse.

Agência Brasil
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A Polícia Federal da Argentina apura ameaças de bombas à Casa Rosada, sede do governo local, e a um anexo da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (13). Segundo a imprensa argentina, uma chamada telefônica levou as autoridades a dispararem o alerta.

De acordo com o jornal "Clarín", a Câmara dos Deputados receberia o velório do deputado Héctor Olivares, morto no domingo três dias depois de sofrer um ataque a tiros em Buenos Aires. O presidente Mauricio Macri participaria da cerimônia, mas, segundo a imprensa argentina, não está claro se ele comparecerá ou não ao funeral.

Também segundo o "Clarín", a Casa Rosada – sede do governo da Argentina – não fechou, e o expediente funcionou sem interrupções nesta tarde.

Até as 16h10 desta segunda-feira, a Polícia local não informou se realmente havia artefatos explosivos nos dois locais ou nas imediações. Ninguém foi preso.

Preso ao tentar entrar com pistola
Também nesta segunda-feira, um homem de 36 anos identificado como Francisco Ariel Muñiz foi detido ao tentar entrar na Casa Rosada com uma pistola. Ele tentava, segundo o "Clarín", ser recebido pelo presidente da Argentina, Mauricio Macri.

O jornal argentino disse que Muñiz é militante do PRO – partido do próprio Macri. A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, disse ao "Clarín" que o homem queria "chamar a atenção do presidente" após pedir uma série de audiências com ele, sem sucesso.

"Ao constatar que a audiência com o presidente não existia, o homem tentou deixar a bolsa que continha um revólver Magnum 44 Taurus", escreveu a Presidência argentina, em um comunicado.

G1
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Nem uma série de processos por corrupção, nem a recusa em criticar abertamente o presidente venezuelano Nicolás Maduro, nem ser um dos principais fatores da divisão política na Argentina – parece que nada pode acabar com o fenômeno político chamado Cristina Kirchner.

Presidente da Argentina entre 2007 e 2015, a política lançou seu livro, "Sinceramente", na Feira do Livro de Buenos Aires na última quinta-feira.

A imprensa não pôde entrar no evento por "razões de segurança". Nem celulares puderam ser usados, ​​e todos os ingressos foram distribuídos por convite.

Do lado de fora, na larga avenida Sarmiento, no bairro de Palermo, em Buenos Aires, foram instaladas telas gigantes para que seus seguidores pudessem acompanhar o lançamento.

Muitos deles esperavam que ela finalmente confirmasse sua candidatura para as eleições presidenciais em 27 de outubro, o que não aconteceu. Hoje senadora, Kirchner tem até 22 de junho para confirmar sua presença no pleito.

Seu livro chegou ao mercado há algumas semanas, vendeu 200 mil cópias em poucos dias e foi objeto de análise, memes e reportagens na televisão. Mais do que reunir suas memórias, Sinceramente é um compêndio de opiniões e reflexões políticas sobre seus governos, a Argentina e a situação atual. É um livro de campanha.

Nunca deixou de ser protagonista
Kirchner nunca deixou de ser protagonista da política argentina, mesmo depois de deixar a Presidência em meio a controvérsias por se recusar a comparecer à posse do novo presidente, Maurício Macri.

Em parte porque em 2017 ela foi eleita senadora e teve várias aparições na mídia durante debates no Congresso.

Mas também porque as acusações e os escândalos de corrupção, que começaram em junho de 2016, dominaram a imprensa durante esses anos.
Vários de seus aliados passaram pela prisão ou ainda estão presos, e ela deve prestar depoimento nos próximos meses.

Kirchner nega as acusações e diz que tudo faz parte de uma perseguição política do governo de Macri em consonância com o que, para ela, acontece no Brasil com o ex-presidente Lula.

Mas, além dos escândalos, especialistas consultados pela BBC afirmam que é justamente Macri um dos principais responsáveis por manter viva a figura de Kirchner.
Isso, segundo analistas, acontece por dois motivos.

Por um lado, é conveniente para Macri antagonizar uma figura que em números gerais causa mais rejeição do que apoio. Por outro, porque o atual presidente culpa Kirchner pelos problemas econômicos que pioraram nos últimos quatro anos – Macri os atribuiu primeiro à "herança recebida", depois a casos de corrupção, e agora diz que "o mundo (os mercados) acreditam que os argentinos querem voltar atrás".

Tudo indica que Kirchner será mesmo candidata nas eleições, em outubro. Seu rival será provavelmente o atual presidente, que buscará reeleição.

O que a mantém atual
"Nas análises sobre os líderes peronistas feitas no exterior, sinto que sua morte política é cantada prematuramente", diz a cientista política María Esperanza Casullo. "Aconteceu o mesmo com (Juan Domingo) Perón e com (Carlos Saúl) Menem."

Segundo a analista, Kirchner mantém a fidelidade de um setor minoritário, mas importante, do eleitorado (30%) por dois motivos.

"Um deles é de caráter programático: há uma parte da sociedade que espera certas coisas do governo – limites para o mercado, distribuição de renda, investimento público em educação e saúde, respeito aos direitos humanos – que ninguém oferece tão claramente quanto ela", diz.

Por outro lado, "há uma identificação afetiva em relação ao que ela representa como um símbolo de um momento na Argentina e na América Latina".

A analista conclui que nenhuma outra figura da oposição "apostou que o governo Macri iria mal economicamente e apostou desde o início em fazer uma franca oposição".

A situação do país, que entrou em recessão e viu seus indicadores econômicos piorarem dramaticamente, terminou favorecendo a oposição de Kirchner.

Andrés Malamud, cientista político argentino da Universidade de Lisboa, explica a longa vigência do "fenômeno Kirchner" em três pontos.

"Primeiro há um voto identitário: seu governo pode ir mal, mas sigo te apoiando até à morte", diz ele. "Depois, há o efeito da memória, que 'é muito curta' na Argentina e cada vez favorece menos ao Macri. Quanto mais acostumado você está à algo, mais valor aquilo perde."

E por último está o efeito de comparação, diz o especialista. "A frustração gerada pelo governo de Macri é muito grande e isso revaloriza o anterior, ele fica parecendo melhor."

Macri é hoje presidente, diz ele, em parte graças ao fato de representar exatamente o contrário de Kirchner: discurso político discreto, defesa de contas fiscais ordenadas, boas relações internacionais. E Cristina Kirchner é potencial presidenciável justamente por representar o contrário de Macri: antagonismo com o mercado, carisma e paternalismo econômico e político.

Ou seja, as melhores cartadas tanto de Macri quanto de Kirchner são um ao outro. E isso os mantêm protagonistas, apesar dos problemas e ineficiências de ambos os governos.

BBC
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Um general venezuelano pediu às Forças Armadas que se levantem contra o presidente Nicolás Maduro, que tem contado com o apoio dos militares para se manter no poder, apesar do grave colapso econômico no país.

Ramón Rangel, que se identificou como general de divisão da Força Aérea, disse que o governo venezuelano está sendo controlado pela "ditadura comunista" de Cuba -- um dos principais aliados de Maduro.

"Temos que encontrar uma maneira de nos livrar do medo, sair às ruas, protestar e procurar uma união militar para mudar esse sistema político", disse Rangel, vestido de terno e com uma cópia da Constituição na mão, em um vídeo postado no YouTube no domingo. "É hora de se levantar."

O pronunciamento marca outra deserção contra Maduro que já enfrentou outras, de altos oficiais este ano, mas há não há indicações de que esse pronunciamento mudará o lado da balança.

Oficiais que abandonaram Maduro fugiram do país, e os altos escalões militares –mais notavelmente aqueles que comandam as tropas– continuam a reconhecer Maduro como presidente.

Comandante chama general de traidor
O comandante da Força Aérea, Pedro Juliac, postou no domingo uma foto de Rangel no Twitter com as palavras "traidor do povo venezuelano e da revolução" impressas na imagem.

Rangel era um oficial militar ativo que fugiu para a Colômbia no mês passado, segundo uma fonte próxima aos militares da Venezuela que pediu para não ser identificada.

Ao contrário de outros oficiais que fizeram pronunciamentos semelhantes, Rangel não expressou apoio a Juan Guaidó -- o líder da oposição que invocou a Constituição em janeiro para reivindicar a Presidência interina, argumentando que a reeleição de Maduro em 2018 foi uma fraude.

Mais de 50 países, incluindo os Estados Unidos e a maioria das nações sul-americanas, consideram Guaidó o líder legítimo de Venezuela.

Guaidó e um grupo de soldados chamaram as Forças Armadas em 30 de abril a abandonarem Maduro, mas os militares nunca se juntaram e o levante desmoronou. O governo chamou o evento de uma tentativa de golpe e acusou um grupo de 10 parlamentares da oposição de traição por participarem de comícios naquele dia.

A Venezuela passa por um colapso hiperinflacionário. Há um êxodo migratório de cerca de 3,5 milhões de pessoas nos últimos três anos.

Reuters
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A Justiça da França autorizou o Brasil a repatriar 45 fósseis de dinossauros e de outros animais que estavam à venda na internet e foram exportados de maneira ilegal, informou o Ministério Público Federal.

De acordo com o MPF, o processo relacionado a um fóssil ainda aguarda conclusão. Juntos, os 46 fósseis estão avaliados em quase 600 mil euros, cerca de R$ 2,5 milhões. O cálculo leva em conta raridade, interesse científico e qualidade de preservação.

A repatriação foi autorizada pelo Tribunal de Grande Instância de Lyon e atendeu a um pedido de cooperação do Ministério Público no Ceará.

Pela decisão, devem ser devolvidos ao Brasil fósseis de pterossauros, tartarugas marinhas, aracnídeos, peixes, répteis, insetos e plantas.

Agora, as autoridades brasileiras querem avaliar os cuidados necessários para o transporte das peças e calcular o valor do traslado ao Brasil.

Entenda o caso
As investigações do Ministério Público começaram após a paleontóloga Taissa Rodrigues ter denunciado que um fóssil de pterossauro estava à venda na internet por US$ 248,9 mil.

O esqueleto quase completo do dinossauro tem cerca de quatro metros de envergadura e é da espécie Anhanguera. O fóssil foi descoberto na Chapada do Araripe, localizada nas divisas dos estados de Ceará, Pernambuco e Piauí.

Segundo o MPF, o fóssil foi retirado de forma ilegal do país entre as décadas de 1980 e 1990, e as rochas onde o esqueleto foi encontrado têm mais de 110 milhões de anos.

De acordo com informações da embaixada francesa, o fóssil foi posto à venda pela Geofossiles, localizada em Ardennes, e o pedido de comercialização partiu de uma sociedade chamada Eldonia, gerida por François Escuillie, vendedor e restaurador que tem o maior laboratório da Europa de reparação e reconstituição de fósseis.

Escuillie já havia sido investigado em inquérito policial no Brasil por participação em esquema de tráfico internacional de fósseis. Conforme as investigações, ele era destinatário de fósseis extraídos ilegalmente da Chapada do Araripe.

Com base no relatório dessas apurações, o MPF do Ceará apresentou pedido de cooperação à França, solicitando busca e apreensão na casa de Escuillie e na sede da empresa Eldona.

As autoridades francesas, então, passaram a investigar o vendedor e encontraram centenas de outros fósseis, incluindo os 45 que deverão ser devolvidos ao Brasil. Em relação ao esqueleto do pterossauro, que deu origem à operação, Escuillie recorreu, e o processo ainda não foi concluído.

O que diz Escuillie
No curso do processo, Escuillie disse que o esqueleto de pterossauro era, na verdade, um esqueleto reconstituído em resina. O francês afirmou que ficou com o objeto ao comprar um lote de ossos de uma sociedade italiana em 2002. Escuillie disse ter pago 26.780 euros.

Os documentos apresentados por Escuillie levaram, em um primeiro momento, a uma negativa do pedido de cooperação feito pelos brasileiros à França. Na oportunidade, as autoridades consideraram que Escuillie estava com a ossada de "boa-fé".

Os franceses, porém, reconsideraram depois que o Ministério Público Federal anexou ao processo relatório da investigação sobre a remessa ilícita destes materiais à Europa pelos Correios.

'Patrimônio do povo'
O procurador do Ministério Público que atuou no caso, Rafael Rayol, afirmou ao G1 que é a primeira vez que um patrimônio dessa magnitude deverá ser devolvido ao Brasil.

"Esse procedimento de repatriação é histórico para o Brasil. É um patrimônio que é do povo brasileiro, patrimônio nacional, que agora está voltando ao povo brasileiro, que poderá desfrutar deste bem em museus e exposições", afirmou Rayol.

A paleontóloga Taissa Rodrigues, autora da denúncia que originou as investigações, avalia que a repatriação é de "enorme importância".

Especialista em pterossauros, ela diz torcer para o esqueleto do dinossauro ter o mesmo destino dos 45 fósseis que serão repatriados.

"Quando a gente vai para campo é difícil encontrar fósseis completos. Sempre encontramos alguns fósseis incompletos, quebrados. Aquele que eles estavam vendendo é um esqueleto quase completo", ressalta.

"E [o fóssil] estar em posse de uma pessoa que talvez não estudasse, ficaria decorando a casa dessa pessoa, e não chegaria a ser conhecido da comunidade científica", afirmou.

G1
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Um homem foi preso em flagrante na manhã desta segunda-feira (13), suspeito de tráfico de drogas em Campina Grande. De acordo com a Polícia Civil, com Ednamerico José dos Santos foram apreendidos 500 gramas de cocaína e vários documentos de pessoas que compravam a droga.

O suspeito, conhecido como “Mei-mei”, foi preso no bairro do Araxá. Segundo a polícia, os usuários deixavam os documentos pessoais com o homem para poder comprar a droga fiado.

Ainda conforme a polícia, Ednamerico José foi preso após investigações apontarem que ele era o responsável pelo abastecimento de cocaína em diversos bares de Campina Grande.

O homem, junto com o material, foi encaminhado à Central de Polícia Civil, onde permanece à disposição da Justiça.

G1 PB
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Uma jovem de 21 anos foi estuprada na noite do sábado (11), em Campina Grande. De acordo com a delegada da mulher, Maíra Roberta, a vítima registrou um Boletim de Ocorrência ainda na noite do crime, relatando que sofreu o estupro após marcar um encontro com o suspeito em uma rede social.

O caso aconteceu por volta das 20h. A vítima contou à polícia que, após ser estuprada, conseguiu pedir ajuda em um posto de combustíveis no bairro das Cidades. Ela teria marcado o encontro com o homem próximo ao local.

Conforme depoimento da vítima, após conhecer o suspeito em uma rede social, os dois marcaram o encontro na feirinha do Catolé, bairro onde a vítima mora. Ao chegar no local em uma moto, o homem levou a vítima para uma rua por trás do posto de combustíveis e a obrigou a ter relação sexual com ele.

Ao conseguir ajuda, a vítima foi encaminhada à Delegacia da Mulher, na Central de Polícia Civil de Campina Grande. Ainda segundo o Boletim de Ocorrência, ela disse não lembrar o nome do homem na rede social.

Até as 10h40 desta segunda-feira (13), as informações da delegada eram de que o suspeito do crime ainda não havia sido localizado. A Polícia Civil investiga o caso.

G1
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A Paraíba registrou uma queda de 24% nas mortes violentas no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. O índice faz parte do levantamento do Monitor da Violência, feito pelo G1, em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP. Em março de 2019, foram 79 assassinatos, o mesmo número do mês de janeiro. Já em fevereiro, o número aumentou para 84.

O índice representa 77 mortes a menos entre 2018 e 2019. De acordo com o levantamento, no primeiro trimestre de 2019 houve 242 mortes violentas, contra 319 no mesmo período de 2018.

Em 2018, os números diminuíram gradativamente até o mês de março. Em janeiro foram 129 mortes, 97 em fevereiro e 93 assassinatos em março de 2018.

Os dados do Monitor da Violência são abastecidos por informações repassadas pela Secretaria da Defesa e Segurança Social (Seds) da Paraíba por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) que constam no projeto Monitor da Violência do G1.

O Brasil também registrou a mesma queda (24%) no trimestre. Isso quer dizer que o país teve 3,2 mil mortes violentas a menos em janeiro, fevereiro e março deste ano em relação a 2018. O número de assassinatos, porém, continua alto.

G1
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Uma mulher de 24 anos foi preso no início da noite deste domingo (12), suspeita de abandono de incapaz, em João Pessoa. De acordo com a Polícia Civil, a mulher teria deixado a filha, de seis anos, trancada dentro do quarto, em um apartamento no bairro dos Novais.

A Polícia militar foi acionada com a denúncia que a mãe havia deixado a filha trancada em cada, em um prédio de três andares. A PM esteve no local, apertou a campainha do apartamento, mas ninguém atendeu.

Quando as equipes tentaram o acesso por trás, encontraram a criança de seis anos na janela, informando que estava trancada. Ela disse aos policiais que a mãe havia saído há muito tempo e que ela estava com fome, mas não tinha como sair do quarto.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e, com o auxílio de uma escada, chegou até a janela e tirou a criança do quarto. Durante o resgate, a mãe chegou no apartamento e foi presa pela Polícia Militar. Ela foi encaminhada para a Central de Polícia Civil, no bairro do Geisel, mas ficou em silêncio durante o depoimento.

Os vizinhos contaram à polícia que o fato acontece com frequência. A criança foi encaminhada, inicialmente, para o Conselho Tutelar, mas depois familiares se apresentaram na Central de Polícia e, por enquanto, estão com a tutela da criança. A produção da TV Cabo Branco tentou entrar em contato com o advogado da mulher, mas as ligações não foram atendidas.

G1
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