Novembro 29, 2024
Arimatea

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O governo americano está "profundamente preocupado" com os incêndios na Amazônia, disse nesta sexta-feira (23) uma autoridade da Casa Branca, conforme cresce a preocupação internacional com o número de queimadas na região neste ano.

O funcionário do governo afirmou que os americanos estão preocupados com o "impacto dos incêndios na floresta amazônica sobre as comunidades, a biodiversidade e os recursos naturais da região".

Líderes se manifestam
A manifestação dos EUA acompanha a fala de outros líderes que comentaram o assunto desde esta quinta-feira. Angela Merkel, da Alemanha; Emmanuel Macron, da França; Boris Johnson, do Reino Unido; e Justin Trudeau, do Canadá, se pronunciaram diretamente ou por meio de porta-vozes.

Mas, desta vez, ainda que feita por um funcionário não identificado da Casa Branca, a manifestação vem de uma potência mais alinhada com o governo de Jair Bolsonaro, que tem rebatido as críticas à situação na floresta amazônica.

Nesta quinta-feira, Bolsonaro respondeu os comentários de Macron de que a cúpula do G7 precisa discutir a "crise internacional" das queimadas na Amazônia afirmando que o francês "evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI".

O governo de Angela Merkel também trata os incêndios na Amazônia como um tema de interesse internacional. “A magnitude dos incêndios é preocupante e ameaça não só o Brasil e os outros países afetados, mas também o mundo inteiro”, disse Steffen Seibert, representante de Merkel.

De acordo com o gabinete do primeiro-ministro britânico Boris Johnson, ele vai dizer no encontro de cúpula do G7 que é preciso renovar o foco na proteção da natureza.

"O primeiro-ministro está gravemente preocupado pela alta da quantidade de incêndios na floresta amazônica e o impacto de trágicas perdas nesse habitat", disse um porta-voz de Johnson.

As queimadas na Amazônia aumentaram 82% de janeiro a agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, e se intensificaram nas últimas semanas. Na noite de quinta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro fez reunião de emergência com ministros para discutir que medidas devem ser tomadas.

G1
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Manifestantes organizaram, nesta sexta-feira (23), diversos protestos pela preservação da Amazônia em embaixadas brasileiras ao redor do mundo. Eles se reuniram em cidades como Londres e Berlim e levaram cartazes contra o desmatamento e as queimadas na floresta.

Além das capitais britânica e alemã, protestos também foram convocados em Mumbai, na Índia; Paris, na França; Berna, na Suíça; Amsterdã, na Holanda; Dublin, na Irlanda; Madri e Barcelona, na Espanha; e Luxemburgo.

As queimadas e o desmatamento do bioma vieram à tona nas últimas semanas, com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostrando que as queimadas no Brasil aumentaram 82% neste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu que os incêndios na Amazônia sejam debatidos no encontro do G7 neste fim de semana em Biarritz, na França.

Londres
Em Londres, os protestos pela preservação da Amazônia foram convocados pela organização "Extinction Rebellion". Os manifestantes se reuniram em frente à embaixada brasileira.

Paris
Também houve manifestações em frente à embaixada brasileira em Paris.

Amsterdã
Manifestantes também se reuniram nas ruas de Amsterdã, na Holanda, convocados pela "Extinction Rebellion", para pedir a preservação da Amazônia.

Berna
Manifestantes também se reuniram nesta sexta (23) na capital da Suíça, Berna, para pedir a preservação da Amazônia.

Mumbai
Manifestantes também se reuniram em frente ao consulado brasileiro em Mumbai, na Índia.

Madri e Barcelona
Manifestantes também pediram a preservação da Amazônia em Madri e Barcelona, na Espanha.

G1
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Pelo quarto mês consecutivo, houve geração de emprego formal no país, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (23), pelo Ministério da Economia. Em julho, foi registrada a abertura de 43.820 vagas de trabalho com carteira assinada, crescimento de 0,11% em relação ao estoque de junho.

O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. O saldo positivo em julho deste ano foi resultado de 1.331.189 admissões contra 1.287.369 desligamentos. Em julho de 2018, o resultado foi melhor: com saldo positivo de 47.319.

Nos sete meses do ano, foram criados 461.411 postos de trabalho (9.600.447 admissões e 9.139.036 desligamentos). Na comparação com o mesmo período de 2018, houve crescimento de 2,93%. O resultado de janeiro a julho deste ano é o melhor para o período desde 2014 (632.224).

Dos oito setores econômicos, sete contrataram mais do que demitiram em julho. O saldo ficou positivo na construção civil (18.721), serviços ( 8.948), indústria de transformação (5.391), comércio (4.887), agropecuária (4.645), extrativa mineral (1.049) e serviços industriais de utilidade pública (494). Apenas administração pública descreveu saldo negativo (315).

Resultados regionais
Segundo o ministério, todas as regiões do Brasil tiveram crescimento no mercado formal de trabalho em julho. O maior saldo foi na Região Sudeste, com 23.851 vagas de emprego com carteira assinada, crescimento de 0,12%. Em seguida, vêm Centro-Oeste (9.940 postos, 0,30%); Norte (7.091 postos, 0,39%); Nordeste (2.582 postos, 0,04%) e Sul (356 postos, 0,00%).

Das 27 unidades da federação, 20 terminaram julho com saldo positivo no emprego. A maior parte das vagas foi aberta em São Paulo, onde foram criados 20.204 postos de trabalho; Minas Gerais, com 10.609 novas vagas, e Mato Grosso, que teve saldo positivo de 4.169 postos.

Reforma Trabalhista
Do saldo total de julho, 6.286 vagas foram resultado da reforma trabalhista, número equivalente a 14,34% do total. A maior parte destes empregos veio na modalidade intermitente (quando o empregado recebe por horas de trabalho), que teve saldo de 5.546 postos, principalmente em ocupações como alimentador de linha de produção, servente de obras e faxineiro. Na categoria de trabalho em regime de tempo parcial, foram 740 vagas, em ocupações como faxineiro, auxiliar de escritório e operador de caixa.

Em julho de 2019, houve 18.984 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 13.918 estabelecimentos, em um universo de 12.592 empresas. Um total de 45 empregados realizou mais de um desligamento mediante acordo com o empregador.

Agência Brasil
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O Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 3,2 pontos em agosto, passando para 98,7 pontos, ante os 95,5 registrados em julho. Na comparação com agosto de 2018, a alta foi 4,5 pontos. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia da fundação (FGV-Ibre).

Agosto registrou o terceiro resultado positivo seguido, fazendo a média móvel trimestral subir 2,4 pontos, após cinco quedas consecutivas. De acordo com o Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV-Ibre, Rodolpho Tobler, a alta reflete a melhora da percepção dos empresários com o ritmo de vendas. Porém, a recuperação da confiança ainda não foi total.

“Apesar disso, não foi suficiente para superar o patamar do final do ano passado. O resultado sugere continuidade na recuperação do setor, em ritmo lento, mas um pouco melhor do que foi registrado no primeiro semestre do ano. Melhoras mais expressivas ainda dependem da recuperação mais consistente do mercado de trabalho e da confiança dos consumidores”.

O mês registrou alta em 10 dos 13 segmentos pesquisados pelo Ibre. Houve melhora expressiva do Índice de Situação Atual (ISA-COM), que subiu 7,1 pontos, passando de 88,6 para 95,7, o maior valor desde dezembro de 2018, quando o índice ficou em 97,4 pontos. O Índice de Expectativas teve leve queda de 0,8 ponto em agosto, depois de duas altas, e registrou 101,8 pontos.

O resultado do ISA-COM também se reflete no Indicador de Desconforto do Varejo Ampliado, índice que é composto por itens como demanda insuficiente, acesso ao crédito bancário e custo financeiro, que apresentou a quarta queda seguida, em médias móveis trimestrais.

A movimentação do índice indica que os empresários têm encontrado menos limitações no ambiente de negócios. Apesar da melhora, o indicador se mantém alto, em 109,5 pontos, ficando acima de 100 pontos desde abril de 2014, quando o índice foi de 99,7 pontos.

Agência Brasil
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O dólar opera em forte alta nesta sexta-feira (23), com os investidores repercutindo os comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em mais um sinal de aumento da tensão comercial com a China.

Às 15h29, a moeda norte-americana subia 0,81%, vendida a R$ 4,1120. Na máxima, chegou a R$ 4,1315, no maior patamar intradia desde 20 de maio (R$ 4,1219).

No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 1,22%, a R$ 4,0789.

A Bovespa seguia em queda nesta sexta-feira, após baixa de mais de 1% na véspera, também influenciada pela piora do cenário externo.

Nesta sexta-feira, a guerra comercial entre EUA e China subiu de patamar. A China anunciou que que vai implementar tarifas extras sobre US$ 75 bilhões em produtos importados norte-americanos. Trump disse que vai responder ainda nesta tarde às novas tarifas anunciadas China.

Mais cedo, o dólar chegou a operar em queda depois do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, segundo o qual o banco central dos EUA vai "agir conforme apropriado" para apoiar a economia, o que elevou expectativas de novos cortes de juros.

Na esteira dos comentários, o dólar foi à mínima da sessão, de R$ 4,0513.

Nesta sexta-feira, os juros futuros dos EUA indicavam que operadores veem quase 100% de chance de o Fed cortar juros em 0,25 ponto percentual em setembro, ante chance de 90% de chance na quinta-feira, de acordo com a ferramenta Fedwatch do CME Group.

Cena local
Na cena doméstica, o BC vendeu todos os US$ 550 milhões em moeda física nesta sexta-feira e negociou ainda todos os 11 mil contratos de swap cambial reverso ofertados -- nos quais assume posição comprada em dólar.

O BC anunciou no dia 14 de agosto mudanças em sua forma de atuar no mercado de câmbio, com o objetivo de trocar posição cambial em contratos de swap tradicional por dólares à vista, formalizando novo modelo de intervenção cambial para aprimoramento do uso dos instrumentos disponíveis.

G1
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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta sexta-feira (23) que o impacto das queimadas na Amazônia no agronegócio é preocupante. Ela disse, porém, que queimadas acontecem todo ano e que é preciso "baixar a temperatura".

Ela foi questionada a respeito de declarações de líderes internacionais sobre a possibilidade de os incêndios inviabilizaram o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, onde o agronegócio seria um dos setores mais beneficiados. Tereza Cristina conversou com a imprensa após evento no Ministério da Agricultura sobre agronegócio regional.

Nesta sexta, o escritório do presidente francês Emmanuel Macron acusou Bolsonaro de mentir durante o encontro do G20 em Osaka, no Japão, ao minimizar as preocupações com o a mudança climática. Dado esse contexto, aponta o escritório, a França se opõe ao acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.

"Eu acabei de saber dessas notícias. As notícias preocupam. Mas eu acho que a gente tem que baixar a temperatura", declarou a ministra a respeito das declarações do presidente da França sobre o acordo comercial.

"Primeiro, as queimadas no Brasil todo ano acontecem. Queimadas. Tem duas coisas diferentes. Uma coisa é queimada, outra é incêndio. Há um diferença entre os dois acontecimentos. Nós temos estamos vivendo uma seca grande que todo ano a região norte tem uma definição clara dessa estiagem, a gente fica às vezes até 6 meses sem chuva. Esse ano tá mais seco e as queimadas estão maiores. Acho que eles precisavam primeiro saber do Brasil o que está acontecendo antes de tomar qualquer tipo de medida", declarou Tereza Cristina.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Amazônia concentra 52,5% dos focos de queimadas de 2019. O G1 mostrou que o número de queimadas aumentou 82% em relação ao mesmo período de 2019 - de janeiro a 18 de agosto.

'Se precisar de ajuda, vai pedir'
A ministra disse que o Brasil não interfere quando há incêndios em outros países, e que o Brasil sabe da importância e cuida da Amazônia.

"Quando houveram incêndios em Portugal, esse ano tiveram incêndios na Sibéria, tiveram no mundo todo na época da seca também da Europa, o Brasil não foi lá questionar nem pedir para não receber nada. Acho que a gente precisa baixar essa temperatura. A Amazônia é importante. O Brasil sabe disso. O Brasil cuida da Amazônia", disse a ministra.

Tereza Cristina disse, ainda, que se precisar de ajuda para cuidar da Amazônia, o Brasil vai pedir.

"Os incêndios matam pessoas, queimam casas, enfim eu acho que a gente tem que separar o que é queimada, o que é incêndio e o que que o Brasil vai fazer por isso. O Brasil se precisar de ajuda, vai pedir, porque sabe da importância desse patrimônio que é a Amazônia para os brasileiros", afirmou Teresa Cristina.

Questionada sobre preocupação agronegócio sobre possíveis medidas protecionistas contra os produtos brasileiros, a ministra disse que não se pode afirmar que o "agronegócio brasileiro é o grande destruidor" da Amazônia.

"Agora nós não podemos dizer que, porque nesse momento nós temos um incêndio acontecendo ou uma queimada acontecendo na Amazônia, que o agronegócio brasileiro é o grande destruidor. E, portanto, vão fazer barreiras comerciais contra esse agronegócio", disse.

Forças Armadas
Na manhã desta sexta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a "tendência" é a de que o governo federal envie as Forças Armadas para combater incêndios na região amazônica.

O apoio das Forças Armadas é autorizado pelo presidente da República por meio de decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Geralmente ocorre de forma pontual, em localidade específica e por tempo pré-determinado.

G1
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A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, por unanimidade, em votação no plenário virtual, um pedido apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a atuação do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro.

O pedido do ex-presidente era para anular atos de Moro em uma das ações penais contra ele, que apura fraudes envolvendo o Instituto Lula. Nesse processo, Moro atuou apenas no começo, e a Justiça ainda não decidiu se condena ou absolve Lula pelas acusações.

A votação começou na última quinta-feira (16) e terminou às 23h59 de quinta (22). O resultado foi confirmado nesta sexta-feira (23).

Os ministros seguiram o voto do relator da Operação Lava Jato no Supremo, Luiz Edson Fachin, que não viu atos do ex-juiz que ferissem a Constituição.

Os ministros analisaram no plenário virtual um recurso de Lula contra uma decisão tomada por Fachin em abril deste ano. À época, o relator da Lava Jato disse no processo que não viu ilegalidades nos atos de Moro.

Os advogados contestaram a autorização para a realização de perícia em documentos da Odebrecht que foram mantidos em sigilo durante o processo, sem que houvesse oportunidade da defesa de contestá-los.

Fachin foi o primeiro a inserir o voto no sistema. Ele votou na quinta passada (16) contra o recurso. A partir daí, os outros inseriram seus votos até a noite de quinta.

Casos arquivados
Outros dois casos chegaram a ter julgamento iniciado no plenário virtual, mas foram retirados por Fachin depois que a defesa de Lula desistiu dos pedidos.

O argumento da defesa foi que a suspeição de Moro já é tratada em um habeas corpus que teve julgamento iniciado e no qual faltam votar os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

No habeas corpus, a defesa quer anular tudo o que Moro fez em todas as ações contra Lula e ainda não há data prevista para julgamento.

Segundo a defesa, a matéria dos recursos que seriam analisados virtualmente era "idêntica" e não haveria motivo para julgamento.

Julgamento presencial
Na próxima terça-feira (27), a Segunda Turma vai analisar outro recurso do ex-presidente. Essa discussão, no entanto, será presencial.

Na oportunidade, os ministros decidirão se suspendem a ação penal que apura suposto repasse de propina na aquisição de um terreno pela Odebrecht. Este é o mesmo processo em que a Segunda Turma, no plenário virtual, negou anulação de atos iniciais de Moro.

Os advogados argumentam que houve cerceamento de defesa, inclusive depois da saída do ex-juiz e da atuação de outros magistrados, porque a Justiça impediu o acesso dos advogados ao acordo de leniência da Odebrecht. Todos os ministros ainda precisam votar sobre esse pedido.

G1
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O presidente Jair Bolsonaro vai falar em rede nacional de televisão na noite desta sexta-feira (23) para apresentar medidas do governo a fim de conter as queimadas na Amazônia.

Uma dessas medidas é a assinatura de um decreto instituindo a Garantia da Lei e da Ordem Ambiental (GLOA) para ajudar os Estados da região nas ações de combate ao fogo na floresta.

A mudança de tom do presidente se dá depois de a questão ambiental se transformar numa crise internacional.

Pelos menos três chefes de governo (Emanuel Mácron, da França, Justin Trudeau, do Canadá e Ângela Merkel, da Alemanha) decidiram levar a questão da Amazônia para a reunião do G-7 (grupo dos sete países mais ricos), em Biarritz, na França, neste fim de semana.

O núcleo do governo reconhece que duas declarações do presidente Bolsonaro acabaram por ampliar a crise e ajudaram a torná-la um consenso internacional, envolvendo chefes de Estado e governo e celebridades pelo mundo todo: a contestação aos números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre desmatamento e mais recentemente ao apontar as ONGs como responsáveis pelas queimadas na Amazônia.

O presidente se reúne às 15h com equipe de ministros e definir outras medidas para controlar a situação. Ao mesmo tempo, interlocutores do governo já conversam com governadores dos Estados da região que aceitam a parceria com o governo federal.

"Há uma situação em que se passa a ideia de que é uma epidemia. Isso na internet se espalha", disse um auxiliar do presidente.

Ele repete o que outros funcionários do governo têm falado – sobre fotos antigas postadas por autoridades, como Mácron, e também mensagens do jogador Cristiano Ronaldo.

A intenção do governo é "separar os problemas". Uma coisa, segundo a fonte, são os incêndios gerados pelo clima; outra, são queimadas criminosas.

O governo Bolsonaro, que tinha postura diferente em relação às críticas que sofria por sua política ambiental, desta vez percebeu que era preciso tomar atitude firme para conter o que chamam de "bombardeio" contra o Brasil e o governo.

Para essas fontes do governo, o Brasil sofre ainda em razão de disputa comercial. Mas terá de dar respostas rápidas para conter as queimadas na floresta.

G1
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França e Irlanda ameaçam bloquear o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, firmado em julho, caso o Brasil não tome providências para proteger a floresta amazônica.

O gabinete do presidente francês Emmanuel Macron afirmou nesta sexta-feira, 23, que o presidente Jair Bolsonaro estava mentindo quando minimizou as preocupações com a mudança climática na cúpula do G20 no Japão, em junho. Tendo em vista esse contexto, a França vai se opor ao acordo firmado entre a União Europeia e Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Na quinta-feira, 22, Macron e o secretário-geral da ONU, António Guterres, expressaram preocupação com a os incêndios florestais que devastam a Amazônia, mas Bolsonaro respondeu irritado ao que ele considera ser uma intromissão em assuntos brasileiros.

De acordo com o primeiro-ministro irlandês, Leo Vardakar, "não há como a Irlanda votar a favor do acordo entre a União Europeia e o Mercosul se o Brasil não cumprir seus compromissos ambientais". Segundo o jornal irlandês Independent, Vardakar se disse muito preocupado com as notícias sobre o nível de destruição na Amazônia.

Alemanha apoia Macron
Os incêndios que assolam a Amazônia constituem uma "situação urgente" que deve ser discutida durante a cúpula do G-7 neste fim de semana, declarou nesta sexta o porta-voz da primeira-ministra Angela Merkel, Steffen Seibert.

A chanceler alemã apoia a posição de Macron, que anteriormente solicitou que a questão fosse discutida no G-7 - o grupo das nações mais ricas formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

A Organização das Nações Unidas (ONU) também se manifestou. "No meio da crise climática global, não podemos permitir mais danos a uma fonte importante de oxigênio e biodiversidade", disse o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

Finlândia sugere suspensão de compra de carne
A Finlândia, que detém a presidência rotativa da União Europeia, pediu à UE que investigue a possibilidade de proibir a carne bovina brasileira em seus mercados devido à devastação causada por incêndios na floresta amazônica.

"O ministro das Finanças, Mika Lintila, condena a destruição das florestas tropicais da Amazônia e sugere que a UE e a Finlândia deveriam rever com urgência a possibilidade de proibir as importações brasileiras de carne bovina", disse o Ministério das Finanças da Finlândia em comunicado.

Estadão
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Um assalto aconteceu nesta sexta-feira (23) na sede dos Correios, no bairro de Água Fria, em João Pessoa. Um dos suspeitos foi baleado e o outro fugiu com o dinheiro roubado.

Os homens roubaram o dinheiro que estava no caixa da agência localizada na sede. A polícia recebeu a denúncia de uma testemunha no local e montou um cerco na saída. Na fuga, os suspeitos roubaram um colete à prova de balas e uma arma do vigilante da agência.

Já fora da agência, policias e suspeitos trocaram tiros. Segundo a PM, um deles foi atingido com um tiro na perna e levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital de Emergência e Trauma. De acordo com a assessoria do Hospital, o homem de 22 anos está consciente e estável.

A polícia conseguiu recuperar a arma usada no crime. O segundo suspeito fugiu em direção ao bairro de Geisel com o dinheiro roubado. A polícia realiza buscas na área e, até as 14h30, o suspeito não foi encontrado.

G1 PB
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