Novembro 29, 2024
Arimatea

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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, contrariou a Polícia Federal e pediu o arquivamento de um inquérito instaurado contra o senador Fernando Collor (PROS-AL) no âmbito da delação da Odebrecht. O parecer foi encaminhado ao gabinete do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem caberá decidir se as investigações devem prosseguir ou não.

O inquérito foi aberto a partir das acusações de delatores da Odebrecht, que relataram que Collor teria solicitado e recebido “vantagens indevidas” no ano de 2010 como contrapartida à sua atuação em benefício da empreiteira, especialmente na área de saneamento básico. O pagamento teria sido executado pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, conhecido como o departamento de propina da empreiteira.

A posição de Raquel Dodge de pedir o arquivamento do inquérito contraria o entendimento da Polícia Federal, que concluiu haver “indícios suficientes” de materialidade e autoria de que Collor praticou o “núcleo ‘solicitar'” do crime de corrupção passiva. A procuradora-geral da República já se colocou à disposição do presidente Jair Bolsonaro para ser reconduzida ao cargo por mais 2 anos – nesse caso, o seu nome teria de ser aprovado pelo Senado Federal.

O relatório da PF aponta que o delito de solicitar o dinheiro da Odebrecht foi possível a partir da atuação coordenada dos empresários Alexandre José Lopes Barradas (ex-diretor da Odebrecht Ambiental) e Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis (ex-presidente da Odebrecht Ambiental), que marcaram a reunião com Collor e “após a solicitação do dinheiro por parte do Senador, prometeram que entregariam a vantagem indevida a Fernando Collor, utilizando-se da estruturada montada pela Odebrecht (Setor de Operações Estruturadas) para a realização da doação”.

“Estão presentes indícios suficientes de que o Senador Fernando Affonso Collor de Mello teria cometido o delito de corrupção passiva ao solicitar R$ 800.000,0000 (oitocentos mil reais) em contrapartida à sua atuação em benefício da Odebrecht Ambiental, na área de saneamento básico do estado de Alagoas, no ano de 2010”, concluiu a PF. O órgão observou, contudo, que “não foram reunidos indícios suficientes a comprovar o efetivo recebimento dos valores”.

Divergência
Ao analisar o caso de Collor, Raquel Dodge discordou da Polícia Federal e concluiu que a investigação não conseguiu colher provas suficientes para justificar o oferecimento de denúncia contra o parlamentar.

“Relevante, nesse ponto, dizer que aqui não se afirma que o fato supostamente criminoso aconteceu ou não, mas apenas que não foram reunidas evidências suficientes para a deflagração responsável e útil de ação penal perante o Supremo Tribunal Federal”, concluiu Raquel Dodge.

O inquérito foi enviado à PGR em 1º de julho, que enviou um parecer de 36 páginas ao Supremo na última quinta-feira (22), 52 dias depois.

Relatos
Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), os delatores da Odebrecht uma reunião ocorrida em 12 de agosto de 2010, na residência de Collor, na qual teriam sido debatidos os interesses da Odebrecht na área de saneamento em Alagoas, caso o ex-presidente da República fosse eleito para o cargo de governador de Alagoas.

Na ocasião, teria sido acertado o pagamento de “vantagem indevida” no valor de R$ 800 mil para a campanha de Collor ao governo de Alagoas em 2010. Segundo os delatores, o senador teria se comprometido a atuar em favor dos interesses da Odebrecht.

De acordo com Barradas, o “caixa 2” foi pago em duas parcelas: uma de R$ 500 mil e outra de R$ 300 mil, tendo como beneficiário o codinome “Roxinho”, em referência a Collor.

Para Raquel Dodge, contudo, a apuração em curso não conseguiu confirmar a efetiva realização da reunião, nem mesmo os participantes e o pagamento dos valores.

“Os registros na agenda eletrônica do colaborador não se mostram aptos, por si sós, para demonstrar tanto esta alegada proximidade com o referido parlamentar quanto a específica realização do ato de prometer e oferecer vantagem indevida ou, por outro lado, solicitar, receber ou aceitar promessa de tal vantagem”, concluiu Raquel Dodge.

Para a procuradora, considerando que os supostos fatos investigados teriam transcorrido há nove anos, “não se vislumbram novas diligências” que poderiam esclarecer as circunstâncias narradas pelos delatores ou permitir o oferecimento de uma denúncia contra Collor. “Assim, não havendo lastro probatório mínimo para o oferecimento da denúncia com perspectiva de êxito, justifica-se o arquivamento deste inquérito.”

Outro lado. Procurado pela reportagem via gabinete e assessoria de imprensa, Fernando Collor não havia se manifestado até a publicação deste texto.

Depois de se licenciar no primeiro semestre para cuidar de sua defesa em outros processos que tramitam na Justiça, Collor reassumiu a cadeira no Senado neste mês, após o recesso parlamentar.

Estadão
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O primeiro dia de conversas entre o anti-establishment Movimento 5 Estrelas e o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, terminou nesta sexta-feira (23). Os dois lados anunciaram avanços nas negociações, o que abre possibilidade de formação de um novo governo na Itália.

O PD disse aceitar – com condições – a exigência principal do Movimento 5 Estrelas: redução no número de integrantes do Parlamento. O partido antissistema quer diminuir a quantidade de parlamentares de 945 para 600.

"O corte no número de parlamentares precisa ser feito, ponto final. Se não conseguirmos este primeiro item, não haverá mais nada", disse o líder do 5 Estrelas, Luigi di Maio.

Em compensação, o PD – que tradicionalmente se opõe a uma reforma no Parlamento – disse que só cogitará a redução se ela fizer parte de uma reforma institucional mais ampla em um processo longo.

"Somos a favor de reduzir o número de membros do Parlamento, contanto que existam garantias constitucionais", disse, sem detalhar quais são as garantias que busca.

Emissários das duas siglas disseram haver motivo para se acreditar que uma coalizão pode ser formada eventualmente, mas que as decisões finais dependerão de seus líderes. Os mercados financeiros se animaram com a esperança de um acordo.

"Nenhum obstáculo insuperável foi apresentado", disse o vice-chefe do PD, Andrea Orlando.

Anteriormente, o PD havia imposto as seguintes condições ao Movimento 5 Estrelas:

  • "filiação leal" à União Europeia
  • dar um papel central ao Parlamento
  • desenvolvimento econômico baseado em sustentabilidade ambiental
  • mudança no tratamento dos imigrantes
  • mudança na política econômica para fortalecer o investimento.

Novo governo na Itália
Juntos, o PD e o Movimento 5 Estrelas podem formar um novo governo na Itália, contra a tentativa de Matteo Salvini – ministro do Interior e líder do partido nacionalista Liga – de forçar novas eleições.

A terceira maior economia da zona do euro vive caos político desde que seu governo, abalado por meses de conflitos internos, desmoronou nesta semana. Salvini, líder da Liga, dissolveu a coalizão que formava com o 5 Estrelas e tentou forçar novas eleições.

Juntos, o PD e o Movimento 5 Estrelas podem formar um novo governo na Itália, contra a tentativa de Matteo Salvini – ministro do Interior e líder do partido nacionalista Liga – de forçar novas eleições.

A terceira maior economia da zona do euro vive caos político desde que seu governo, abalado por meses de conflitos internos, desmoronou nesta semana. Salvini, líder da Liga, dissolveu a coalizão que formava com o 5 Estrelas e tentou forçar novas eleições.

Na quinta-feira, o presidente Sergio Mattarella deu aos partidos cinco dias para fecharem um acordo para evitar eleições antecipadas que provavelmente recompensariam Salvini.

Agora, o PD e o 5 Estrelas, tradicionalmente adversários, estão negociando para compor uma nova coalizão e empurrar a Liga para a oposição. Em meio a suspeitas mútuas e grandes diferenças ideológicas, cada um está aumentando as apostas na crença de que o outro teme mais um retorno às urnas.

Reuters
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O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse hoje (23) que o banco estuda oferecer crédito imobiliário com taxa de juros prefixada. Ao explicar a visão da Caixa sobre a nova linha de financiamento indexada à inflação em um almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro, Guimarães disse que o objetivo é avançar para oferecer também a modalidade prefixada até o fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro.

A Caixa anunciou nesta semana uma nova linha de financiamento imobiliário que usa o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em vez da Taxa Referencial (TR) no cálculo anual de juros. Tanto o IPCA quanto a TR são variáveis, e para que uma modalidade de crédito com juros prefixados possa ser oferecida, é necessário um cenário de estabilidade econômica de longo prazo, destacou o presidente da Caixa.

"Para isso, tem uma série de coisas que precisam acontecer na economia e uma tranquilidade em relação à inflação, o que eu tenho muita confiança. Essa mudança do IPCA é o primeiro passo para isso", disse Guimarães, que afirmou que essa modalidade de crédito é oferecida em economias desenvolvidas da Europa, da Ásia e dos Estados Unidos, pois depende da estabilidade da inflação ao longo dos anos. "Tendo uma inflação mais controlada, a gente consegue precificar melhor as incertezas. Com esse crédito pré, sem correção, o grande risco fica com o banco", ressaltou.

Na visão do executivo, com a inflação mantida em torno de 3% a 4%, é possível fazer essa precificação de forma tranquila.

Guimarães também explicou que é preciso criar no país um mercado de securitização de mais longo prazo, o que ele acredita que será estimulado pela criação da linha de crédito indexada ao IPCA. Esse mercado permitirá que o banco terceirize o risco em um cenário de oferta de crédito prefixado. "A vida média da nossa carteira de crédito imobiliário é de 12 anos. Então, não adianta tanto criar um mercado de securitização de dois anos. Você precisa ter um mercado de securitização de 12 anos."

Para o presidente da Caixa, a nova linha de financiamento corrigida com o IPCA reduz o preço da parcela inicial de financiamento imobiliário em 30% a 50% e estimula outros bancos a reduzir suas taxas de juros. Segundo Guimarães, cerca de 600 mil simulações de financiamento foram feitas desde que o banco anunciou a nova linha de crédito.

"Se nós sentirmos que existe uma necessidade de correção ao longo do tempo, nós corrigimos. É a primeira vez que é oferecido por IPCA esse tipo de crédito", ressaltou.

Agência Brasil
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Chegará à Conmebol na próxima terça-feira a formalização da candidatura de São Paulo a sede da final da Copa Libertadores de 2020. Os estádios de Corinthians, Palmeiras e São Paulo serão oferecidos à confederação. O jogo será no dia 21 de novembro de 2020, um sábado.

A capital paulista não é a única cidade na disputa. No início deste ano, durante o sorteio da Copa América, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, também deixou claro para a Conmebol que gostaria de receber a final de 2020 no Maracanã.

O plano A de São Paulo é receber a final da Libertadores. Se não for possível, a cidade topa abrigar a final da Copa Sul-Americana, que também é disputada em jogo único.

Globo Esporte
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O presidente Jair Bolsonaro recebeu ministros na tarde desta sexta-feira (23) para discutir medidas contra as queimadas na Amazônia.

O encontro, no Palácio do Planalto, ainda não havia terminado até a última atualização desta reportagem.

O governo vem sendo alvo de críticas nos últimos dias, no Brasil e no exterior, por causa do aumento da devastação na floresta. Celebridades, sociedade civil e líderes de outros países se manifestaram contra a postura da gestão Bolsonaro no combate ao fogo.

A Amazônia concentra 52,5% dos focos de queimadas de 2019 no país, segundo os dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número de queimadas na floresta aumentou 82% em relação ao mesmo período do ano passado – de janeiro a 18 de agosto.

Diante da crise na área ambiental, Bolsonaro levantou a suspeita, sem apresentar provas, de que organizações não-governamentais (ONGs) estariam por trás das queimadas para enfraquecê-lo.

Mais cedo, nesta sexta, ele disse que a tendência é o governo enviar homens das Forças Armadas para conter o fogo.

Além do prejuízo ambiental, as queimadas podem ter outros custos para o país. O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que, diante da política do Brasil para o meio ambiente, vai retirar apoio ao acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

O alastramento das queimadas pode também gerar um boicote a produtos do agronegócio brasileiro no exterior.

Macron e a chanceler alemã, Angela Merkel, disseram que a situação da Amazônia deve ser discutida em reunião do G7 neste fim de semana. O grupo, do qual o Brasil não faz parte, reúne as sete economias mais ricas do mundo.

Prováveis medidas
Segundo o colunista Valdo Cruz, do G1, o governo deve anunciar, além do envio de militares para combater as queimadas, medidas contra atividades ilegais na região amazônica, que contribuem para destruição da floresta. Entre elas, garimpos ilegais.

Informações obtidas pelas equipes técnicas do governo indicam que os garimpos ilegais também são responsáveis pelas queimadas na floresta.

A expectativa no Planalto é de que, definidas as ações, Bolsonaro faça ainda nesta sexta um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV para falar sobre o assunto.

G1 PB
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A vacinação de crianças de 6 a 11 meses contra o sarampo começa nesta sexta-feira (23), na Paraíba. A “dose zero”, uma espécie de “dose extra” para essa faixa-etária, é uma estratégia para conter a transmissão do vírus da doença, que já registrou mais de 1,6 mil casos em todo o país, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES).

O secretário Geraldo Medeiros afirmou que, embora a Paraíba não tenha registrado casos confirmados da doença, a medida foi adotada devido à proximidade com Pernambuco - que já confirmou quatro casos e investiga uma morte.

A Tríplice Viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, faz parte do calendário permanente de vacinação e é disponibilizada em todas as unidades de saúde, para a população de 1 a 49 anos, conforme a SES. O secretário afirmou que o estado ainda não recebeu as doses extras encaminhadas pelo Ministério da Saúde, no entanto, ressaltou que os municípios estão abastecidos.

Segundo a coordenadora estadual de imunizações, Isiane Queiroga, a meta é que 70% das cidades paraibanas tenha cobertura vacinal de 95% em crianças de um ano, porém até esta quinta-feira (22), esse percentual é de 51%. Ou seja, dos 223 municípios, 115 atingiram a meta.

Os municípios foram orientados pela Secretaria a intensificar a vacinação em pessoas de 12 meses até 49 anos, conforme a situação vacinal; vacinar todas as crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias com dose “ zero”; e realizar ação de bloqueio vacinal até 72 horas após a identificação de caso suspeito.

G1 PB
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Há quatros dias, Maycon, de 4 anos, está internado no Hospital Infantil Cosme e Damião, em Porto Velho (RO). O motivo é uma crise de asma provocada pela fumaça das queimadas que cobre a cidade desde a semana passada.

"No domingo, ele começou a passar mal, ficou com a respiração difícil e falta de ar. Viemos correndo para a emergência e já internaram. Agora ele está melhor, tomando antibióticos e fazendo inalação", conta a mãe do garoto, a dona de casa Maricelia Passos Damásio, de 31 anos.

Preocupada com a saúde do filho, ela acrescenta que a médica só não deu alta ainda por conta da continuidade dos incêndios. "Como a névoa de fumaça se mantém muito forte por aqui, ela acha que vamos sair e voltar no dia seguinte."

O pequeno Maycon não é o único atingido. As queimadas que destroem áreas verdes do Brasil há mais ou menos duas semanas, sobretudo nas regiões Norte e Centro-Oeste, têm levado muita gente para os centros médicos.

No próprio Hospital Infantil Cosme e Damião, que atende a todo o estado de Rondônia, o diretor-adjunto Daniel Pires de Carvalho diz que foram realizados 120 atendimentos de crianças com problemas respiratórios de 1 a 10 de agosto, e 380, de 11 a 20.

"Moro em Porto Velho há 20 anos, e esse, com certeza, é o pior período de incêndios. Em alguns dias, não conseguimos nem ver o sol. Isso, aliado ao tempo seco, tem causado muitos problemas de saúde na população", complementa o médico.

Por que queimadas prejudicam a saúde?
A saúde humana é afetada pelas queimadas porque a fumaça proveniente dela contém diversos elementos tóxicos.

O mais perigoso é o material particulado, formado por uma mistura de compostos químicos. São partículas de vários tamanhos e as menores (finas ou ultrafinas), ao serem inaladas, percorrem todo o sistema respiratório e conseguem transpor a barreira epitelial (a pele que reveste os órgãos internos), atingindo os alvéolos pulmonares durante as trocas gasosas e chegando até a corrente sanguínea.

Outro composto prejudicial é monóxido de carbono (CO). Quando inalado, ele também atinge o sangue, onde se liga à hemoglobina, o que impede o transporte de oxigênio para células e tecidos do corpo.

"Isso tudo desencadeia um processo inflamatório sistêmico, com efeitos deletérios sobre o coração e o pulmão. Em alguns casos, pode até causar a morte", explica o pneumologista Marcos Abdo Arbex, vice-coordenador da Comissão Científica de Doenças Ambientais e Ocupacionais da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Araraquara (Uniara).

Consequências da fumaça para o ser humano
A lista de problemas provocados pela inalação da fumaça de queimadas florestais é grande. Os mais leves, segundo Carvalho, são dor e ardência na garganta, tosse seca, cansaço, falta de ar, dificuldade para respirar, dor de cabeça, rouquidão e lacrimejamento e vermelhidão nos olhos.

"Eles variam de pessoa para pessoa e dependem do tempo de contato com a fumaça", comenta. "No geral, ela afeta mais as vias respiratórias, agravando os quadros de doenças prévias, como rinite, asma, bronquite e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Os extremos de idade, ou seja, crianças e idosos, são os que mais sofrem, por serem mais sensíveis", comenta.

Arbex acrescenta que as queimadas não só pioram, como também desencadeiam essas mesmas enfermidades, assim como as cardiovasculares, insuficiência respiratória e pneumonia. "Além disso, provocam quadros de alergia e, quando a exposição é permanente, há o risco de desenvolvimento de câncer", indica o médico.

Por falar em câncer, o estudo "Queima de biomassa na Amazônia causa danos no DNA e morte celular em células pulmonares humanas", de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e publicado em 2017 na revista científica Nature, constatou que a fumaça aumenta a inflamação, o estresse oxidativo e causa danos genéticos nas células do pulmão.

A pesquisa concluiu que "o dano no DNA pode ser tão grave que a célula perde a capacidade de sobreviver e morre ou perde o controle celular e começa a se reproduzir desordenadamente, evoluindo para câncer de pulmão".

Para chegar a este resultado, células do pulmão humano foram expostas a partículas de fumaça coletadas em Porto Velho, uma das cidades mais afetadas pelos incêndios na Amazônia, e analisadas em laboratório.

É importante destacar que não são apenas as pessoas que vivem próximas às áreas onde são comuns os incêndios florestais que sofrem com a fumaça.

Em situação de queimadas mais intensas, como as que o país vive nas últimas semanas, a névoa provocada pelo fogo pode viajar milhares de quilômetros e atingir outras cidades, estados e até países.

Inclusive, há indicações de que foi isso o que ocorreu em São Paulo na última segunda-feira (19). Nesse dia, a união de uma frente fria com resíduos oriundos das queimadas nas regiões Norte e Centro-Oeste do país e na Bolívia e no Paraguai fez com que o céu escurecesse no meio da tarde na capital e no litoral paulista.

Para amenizar os efeitos das queimadas na saúde, alguns cuidados são necessários, como evitar, na medida do possível, a proximidade com incêndios, manter uma boa hidratação, principalmente em crianças menores de 5 anos e idosos maiores de 65 anos, e manter os ambientes da casa e do trabalho fechados, mas umidificados, com o uso de vaporizadores, bacias com água e toalhas molhadas.

Também é indicado usar máscaras ao sair na rua, evitar aglomerações em locais fechados, e optar por uma dieta leve, com a ingestão de verduras, frutas e legumes. Fora isso, em caso de urgência deve-se buscar ajuda médica imediatamente.

BBC
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Trezentos professores e gestores de 14 estados, como Amapá, Bahia e Paraná, participaram nesta quinta-feira, em Brasília, do Encontro Formativo do Programa de Apoio à Implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O objetivo do encontro, de acordo com o Ministério da Educação (MEC), é que os profissionais aprendam ferramentas que possam contribuir para a implementação da base curricular no país a partir de 2020.

Segundo o MEC, a ideia é que eles formem equipes regionais, municipais e nas escolas que ofereçam informações sobre os novos currículos e também ajudem na reelaboração de projetos político-pedagógicos das escolas. A BNCC deve nortear os currículos das redes de ensino público e privada de estados e municípios em todo o Brasil.

Para o secretário de Educação Básica, Janio Macedo, os professores são peças-chave para garantir a efetividade da BNCC. “Eles vão ser responsáveis por colaborar para a formação dos professores para aqueles estados e pela formação do seu projeto, que vai nortear toda a educação nos próximos anos”, disse.

A previsão do ministério é que, na próxima semana, cerca de 300 professores e gestores de 13 estados participem do treinamento – dessa vez, em São Paulo.

Agência Brasil
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O presidente uruguaio Tabaré Vázquez, de 79 anos, tem um tumor maligno no pulmão, confirmou seu médico nesta sexta-feira (23), após uma intervenção para diagnosticar a doença.

"A presença de um tumor maligno foi confirmada", disse seu médico em um comunicado da presidência do Uruguai.

Vázquez, um oncologista que dedicou parte de sua ação política ao combate ao tabagismo e ao câncer de pulmão, "está em excelente estado e superou sem complicações a intervenção".

Com o tom tranquilo que o caracteriza, o presidente havia anunciado na terça-feira passada que havia descoberto um "nódulo pulmonar" com aparência maligna, o que lhe obrigou a ser internado para obter um diagnóstico definitivo. O tratamento dependeria desse resultado.

A doença de Vázquez, que governa o Uruguai pela segunda vez desde 2015 e que termina seu mandato em março de 2020, surpreendeu o país em plena campanha presidencial para as eleições de 27 de outubro.

O presidente pertence ao Frente Ampla, que governa o Uruguai desde 2005 e que chegou por primeira vez ao poder liderado pelo próprio Vázquez.

O presidente foi reconhecido e premiado por sua luta contra o tabagismo e conseguiu tornar o Uruguai o primeiro país livre de fumaça de tabaco na América Latina em 2006, e o quinto do mundo, ao proibir fumar em espaços públicos fechados.

France Presse
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O governo americano está "profundamente preocupado" com os incêndios na Amazônia, disse nesta sexta-feira (23) uma autoridade da Casa Branca, conforme cresce a preocupação internacional com o número de queimadas na região neste ano.

O funcionário do governo afirmou que os americanos estão preocupados com o "impacto dos incêndios na floresta amazônica sobre as comunidades, a biodiversidade e os recursos naturais da região".

Líderes se manifestam
A manifestação dos EUA acompanha a fala de outros líderes que comentaram o assunto desde esta quinta-feira. Angela Merkel, da Alemanha; Emmanuel Macron, da França; Boris Johnson, do Reino Unido; e Justin Trudeau, do Canadá, se pronunciaram diretamente ou por meio de porta-vozes.

Mas, desta vez, ainda que feita por um funcionário não identificado da Casa Branca, a manifestação vem de uma potência mais alinhada com o governo de Jair Bolsonaro, que tem rebatido as críticas à situação na floresta amazônica.

Nesta quinta-feira, Bolsonaro respondeu os comentários de Macron de que a cúpula do G7 precisa discutir a "crise internacional" das queimadas na Amazônia afirmando que o francês "evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI".

O governo de Angela Merkel também trata os incêndios na Amazônia como um tema de interesse internacional. “A magnitude dos incêndios é preocupante e ameaça não só o Brasil e os outros países afetados, mas também o mundo inteiro”, disse Steffen Seibert, representante de Merkel.

De acordo com o gabinete do primeiro-ministro britânico Boris Johnson, ele vai dizer no encontro de cúpula do G7 que é preciso renovar o foco na proteção da natureza.

"O primeiro-ministro está gravemente preocupado pela alta da quantidade de incêndios na floresta amazônica e o impacto de trágicas perdas nesse habitat", disse um porta-voz de Johnson.

As queimadas na Amazônia aumentaram 82% de janeiro a agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, e se intensificaram nas últimas semanas. Na noite de quinta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro fez reunião de emergência com ministros para discutir que medidas devem ser tomadas.

G1
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