O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou nesta sexta-feira (26) da ausência de governadores na cerimônia, no Palácio do Planalto, de anúncio de projetos com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Ao todo, segundo o governo federal, serão investidos R$ 41,7 bilhões, em diversas unidades da federação, em empreendimentos de mobilidade urbana, saneamento básico, abastecimento de água e drenagem.
De acordo com a assessoria do Planalto, compareceram ao evento somente 8 dos 27 governadores:
Também estiveram no palácio dos vice-governadores Hana Ghassan (Pará), Felício Ramuth (São Paulo) e José Carlos Barbosa (Mato Grosso do Sul).
Durante pronunciamento, Lula disse que a classe política precisa mostrar à sociedade que a "convivência democrática respeitosa na adversidade" é salutar para cidades, estados e para a União.
Para o petista, a decisão de alguns governadores de não comparecer, entre eles Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, pode ser consequência do comportamento do antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Alguns [governadores] não têm comparecido. Possivelmente, ainda pela imagem negativista de um presidente da República que só viajava para o estado que ele gostava, só viajava para atender amigos e não dava importância para aqueles que pensassem diferente dele. É uma coisa absurda", disse Lula.
O petista afirmou que os governantes precisam "trazer o Brasil de volta à civilidade" e atuar em parceria.
"Nós não queremos chegar [e dizer]: ‘O governo federal está fazendo uma obra no estado do Pernambuco’, não. Queremos ver ‘o governo federal, em parceria com o governo do estado, com os municípios, estão fazendo tal coisa’. Por respeito ao povo e para que o povo aprenda a respeitar os entes federados. Porque, senão, o país desanda, o mau humor toma conta da sociedade", acrescentou o petista.
Ausência do governador do RS
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), também não compareceu ao anúncio. O estado foi contemplado com R$ 6,5 bilhões para obras de drenagem, que auxiliarão na prevenção de cheias a exemplo da catástrofe de maio.
A assessoria do governador informou que o convite foi realizado na quarta-feira (24) e que não foi possível viajar até Brasília em razão da dificuldade logística do estado, já que o aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre, está fechado para voos.
Os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Jader Filho (Cidades) foram questionados sobre a ausência de Leite. Costa disse não caber a ele comentar a agenda de governadores.
"Não há lado na seleção do PAC. Não olhamos com relação, se ele é de direita, de esquerda ou de centro. Queremos atender à sociedade. Se a sociedade elegeu aquele governante, é com ele que vamos tratar. Porque ele é o representante do estado", disse Jader.
Sobre o RS, Rui ainda afirmou que os sistemas de prevenção de cheias que serão reformados ficam na região metropolitana de Porto Alegre. O sistema de bombas e diques da capital, administrado pela prefeitura, teve falhas durante as cheias de maio.
"Vamos modernizar aquele sistema, requalificar e deixar todos em funcionamento. Estamos falando basicamente da região metropolitana", disse o ministro.
Obras inacabadas
Durante o discurso, Lula disse ter verificado que obras iniciadas nos governos petistas anteriores seguem inacabadas e citou Florianópolis (SC), como exemplo. Na avaliação do presidente, os empreendimentos não foram concluídos em razão de um "critério imbecil".
"'Cuidar de enchente é um problema do prefeito, eu não moro na cidade. Cuidar de desbarrancamento, de deslizamento de terra, é um problema de pobre que mora lá, eu não moro lá'. E, assim, as pessoas vão sendo esquecidas. E a gente vê que projetos, que foram anunciados em 2012, sequer saíram do papel. Em vários estados da federação, em várias cidades. Por que? Porque cada prefeito, cada governador, cada presidente da República quer ter a sua marca", disse.
Antes do discurso de Lula, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, citou que Santa Catarina – estado chefiado por Jorginho Mello (PL), que não frequenta solenidades no Planalto, – terá R$ 1 bilhão para obras de macrodrenagem. Jorginho é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Mais críticas a Campos Neto
Os governadores que se ausentaram da cerimônia não foram os únicos alvos das críticas de Lula. O petista voltou a atacar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que foi indicado para o cargo na gestão Bolsonaro.
Nas declarações que faz sobre Campos Neto, Lula evita citar o nome do dirigente do BC, a quem chama de "cidadão"
"O cidadão jovem, bem sucedido na vida, diz que negócio do aumento do salário mínimo pode gerar inflação. Para não ter inflação é preciso o pouco ganhar pouco? Será que essa pessoa não tem respeito? Alguém ganha salário mínimo porque quer ganhar salário mínimo?", indagou Lula.
As reclamações contra o presidente do BC começaram logo no início do terceiro mandato de Lula, que nunca concordou com o patamar elevado das taxas de juros no Brasil.
g1
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O Congresso Nacional retoma os trabalhos no dia 1º de agosto com 15 vetos presidenciais pendentes de votação. Desde a última sessão conjunta, ocorrida em maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva barrou parcialmente quatro projetos de lei aprovados por senadores e deputados federais.
O veto mais recente (VET 17/2024) trata da Política Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), sancionada como Lei 14.914, de 2024. O Poder Executivo barrou seis dispositivos do PL 5.395/2023, projeto que deu origem a essa lei. Um deles previa a liberação de recursos do Pnaes para universidades e institutos federais de acordo com o número de estudantes oriundos de escolas públicas.
Outro veto pendente (VET 16/2024) é sobre o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), previsto na Lei 14.902, de 2024. O presidente Lula vetou quatro pontos do projeto que originou essa lei, o PL 914/2024. Entre eles, a possibilidade de veículos e autopeças serem importados a partir de um regime tributário mais favorável em relação ao produto nacional.
O Congresso Nacional deve analisar ainda o VET 15/2024, que trata do Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas (Lei 14.886, de 2024). O Palácio do Planalto barrou três dispositivos do respectivo projeto, o PL 826/2019. Um deles dava cinco dias para a escola enviar a uma unidade de saúde a lista de alunos ausentes em campanhas de vacinação.
Outro veto pendente de votação (VET 14/2024) é sobre o reajuste salarial e a reestruturação de carreiras de servidores públicos federais (Lei 14.875, de 2024). O presidente Lula vetou sete pontos do projeto que deu origem a essa lei, o PL 1.213/2024. Um deles permitia que servidores de agências reguladoras exercessem outra atividade profissional.
Pauta trancada
Os 15 vetos pendentes de votação trancam a pauta do Congresso Nacional a partir do dia 4 de agosto. Ainda não há sessão conjunta convocada para a deliberação dessas matérias.
A última sessão conjunta para análise de vetos do Poder Executivo ocorreu no dia 28 de maio. Na ocasião, os parlamentares derrubaram sete e mantiveram quatro vetos presidenciais.
Outros vetos chegaram a ser incluídos na pauta daquele dia, mas tiveram a votação adiada após um acordo de lideranças. Entre esses vetos estão os relacionados ao despacho gratuito de bagagens aéreas (VET 30/2022) e ao marco regulatório da gestão de florestas públicas (VET 9/2023).
Agência Senado
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Em discurso feito durante o seminário Estados do Futuro, evento paralelo às reuniões dos grupos de trabalho do G20, que ocorrem na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, apresentou sua visão para o desenvolvimento econômico do Brasil.
O ministro enfatizou a importância da democracia e do desenvolvimento com inclusão como pilares para o futuro do Brasil. Ele argumentou que, embora a democracia enfrente desafios, continua sendo essencial para garantir tanto as liberdades individuais quanto a prosperidade coletiva. "As ditaduras suprimem a liberdade em nome do pão. Não dão o pão que prometeram nem devolvem a liberdade que tomaram.”
O seminário Estados do Futuro (States of the Future), organizado em parceria com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, o Ministério das Relações Exteriores e o BNDES, reuniu representantes de governos, think tanks, sociedade civil, setor privado e organizações internacionais para um diálogo sobre como fortalecer as capacidades do Estado diante dos desafios emergentes do século XXI.
O ministro ressaltou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está cumprindo suas propostas de campanha, ao promover o desenvolvimento com estabilidade, sustentabilidade e inclusão. Entre as principais conquistas, listou a queda da inflação e do risco Brasil, além da redução do desemprego e a aprovação da reforma tributária, reduzindo custo dos negócios e estimulando investimentos e exportações.
Ele destacou a necessidade de neoindustrialização do país, enfatizando a importância da inovação, tecnologia e agregação de valor, citando o desenvolvimento de produtos de alto valor, como dispositivos biomédicos, como um exemplo do potencial do Brasil.
Em relação ao desenvolvimento sustentável, reforçou o compromisso com a proteção do meio ambiente e o combate às mudanças climáticas, com metas ambiciosas para reduzir o desmatamento e promover fontes de energia renováveis.
O vice-presidente defendeu a importância da cooperação multilateral para enfrentar problemas como a crescente desigualdade, as mudanças climáticas e a migração.
Agência Gov
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Em seu discurso durante o anúncio de novos investimentos do PAC Seleções, realizado no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu ênfase à parceria com estados e municípios para a realização de obras e para a implementação de políticas públicas. Lula afirmou que o Governo Federal não escolhe destinos de recursos e esforços a partir das afinidades políticas e partidárias, e sim com base nas prioridades e carências das populações locais.
Dirigindo-se à plateia, composta de governadores, governadoras, prefeitas e prefeitos, Lula iniciou seu discurso, sem ajuda de texto escrito, explicando o modo que, segundo ele, tem adotado para governar:
"A gente chama [vocês] porque é importante trazer o Brasil de volta à civilidade. Significa que os entes federados precisam construir parcerias, trabalhar juntos. Significa que um precisa do outro. Significa que juntos podemos fazer muito mais do que separados. Nós queremos dizer: o Governo Federal, em parceria com o governo do estado, em parceria com os municípios, está fazendo tal coisa".
Lula criticou uma postura tradicional que leva governantes a quererem a todo custo deixar suas marcas pessoais em obras, mesmo que isso custe a interrupção de projetos que dão certo. Para o presidente, seu governo está mudando essa prática, e o motivo principal é "respeito ao povo". Segundo Lula, a política brasileira, em que "a elite nunca se preocupou com a população", tem sido marcada pela lógica do compadrio, em que parte dos governantes escolhe atender apenas governadores e prefeitos de que gostam.
O PAC Seleções, objeto da cerimônia desta sexta-feira, tem como princípios a escolha de projetos de infraestrutura que são enviados por estados e municípios e a urgência que têm cada ente federado para que as obras sejam iniciadas. Para estados com maior capacidade financeira, conforme explicaria Lula em trechos finais de seu discurso, o Governo Federal oferece financiamento e, em casos de cidades e estados com menor disponibilidade de caixa, recursos orçamentários podem ser injetados diretamente.
"A gente resolveu mudar a lógica [do compadrio]. O que nos dá o direito de andar de cabeça erguida é que a gente não prioriza o governante, a gente prioriza a importância da obra e o benefício que essa obra leva para a população, independente se o prefeito é corintiano, são-paulino, palmeirense, ou flamenguista ou botafogo. O que me importa é se a obra é necessária, se o projeto é bem feito e se a obra é de interesse do povo. Aí, quem apresentar projeto, vai receber recurso", afirmou Lula.
Ele disse que tem constatado, em viagens pelo Brasil, que obras iniciadas por ele e por Dilma Rousseff foram interrompidas e abandonadas após a saída deles da Presidência da República. "Isso é triste. O que o povo tem a ver com isso? Como o povo pode ser vítima dessa pequenez política?". Lula prosseguiu em seu discurso destacando que ainda permanece um critério seletivo que faz governantes menosprezarem lugares onde não vivem ou viveram. "Um critério imbecil num país que precisa tanto do Estado", criticou.
Esse critério, segundo Lula, é uma das razões para que parte da população permaneça na pobreza. Na opinião do presidente, a mudança de tal mentalidade pode levar o país a novo patamar de desenvolvimento.
"O Brasil era um país onde as pessoas eram predestinadas a ser pobres", disse. E contrapôs: "A pobreza não é um fenômeno da natureza. Não está escrito que a pessoa nasceu para ser pobre ou para ser rica. O que está escrito é que se o Estado criar as condições para que todos tenham oportunidade, tenham a mesma informação, os mesmos conhecimentos, a gente pode fazer uma mudança radical na sociedade brasileira". Adiante, Lula disse: "Dá uma oportunidade ao pobre, como o povo deu a este pernambucano aqui, e ele vira presidente da República".
Lula afirmou ainda que o lançamento desta sexta-feira é um chamado ao trabalho compartilhado entre União, estados e municípios. "Esse lançamento é uma convocatória para que a gente possa trabalhar junto. Para a gente compartilhar". O presidente conclamou as prefeituras a contratar mão-de-obra local, para movimentar a economia e diminuir as dificuldades dos trabalhadores. E insistiu com prefeitos e governadores: "Reservem um pouco do orçamento para os pobres", disse.
Por fim, o presidente disse estar confiante. "Eu me considero um cidadão pleno. Eu estou, espiritualmente, de forma extraordinária, pensando como é que a gente vai poder viver feliz neste país". Lula disse acreditar na manutenção do progresso econômico e prometeu que o Brasil sairá novamente do Mapa da Fome da ONU até 2026, final do atual governo. Disse que a melhoria da vida no país deve ser a maior razão para alguém ingressar na política. Ao falar da busca das pessoas por uma vida melhor, resumiu: "O peão quer ter uma chance".
Agência Gov
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Organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar, o FESTIVAL “Cultivando Saberes, Sabores e Tradições" e a Feira Nacional da Agricultura Familiar” pretendem reunir pelo menos 2000 pessoas até dia 28 de julho para fortalecer relações sociais solidárias, a cultura local e os saberes tradicionais.
A Secretaria-Geral recebeu, em março desse ano, a pauta de reivindicações da agricultura familiar chamada PAC da Agricultura Familiar e a partir dela está construindo o segundo caderno de respostas à confederação. O primeiro caderno foi entregue à entidade em 2023 com todas as ações que os ministérios iriam preparar para atender cada um dos pontos de reivindicação dos agricultores familiares do Brasil.
Durante o evento, o ministro Márcio Macêdo participou da assinatura de medidas que atendem parte das reivindicações apresentadas pela agricultura familiar no ano passado. E destacou a importância do trabalho do governo voltado para a população que mais precisa. “Os ricos se viram. Governo precisa ter política pública para atender quem mais precisa. O governo é para todos, mas a prioridade é e tem que ser para o povo trabalhador do Brasil, as medidas que anunciamos aqui mostram essa prioridade” disse Márcio Macêdo.
Com fala direcionada aos agricultores e agricultoras do país, Paulo Teixeira expressou a gratidão pelo trabalho prestado. “Vocês são extremamente importantes para o desenvolvimento do país. São gerações de trabalhadores e trabalhadoras rurais que resistem e que ajudam a alimentar o Brasil.” afirmou Teixeira.
Uma das medidas mais esperadas foi a assinatura da portaria de criação do Assentamento Chapadinha, no Distrito Federal, com 453 hectares e capacidade para 41 famílias produtoras de morango orgânico. O ministro Márcio Macêdo visitou os produtores do Chapadinha no início desse ano e prometeu colaborar no processo de regularização do local que produz toneladas de alimento orgânico. O Assentamento Triangulo, em Goianésia do Pará, com 2.538 hectares e capacidade para 125 famílias também teve sua portaria de criação assinada durante o evento. Durante o festival também foi anunciada a obtenção de outras seis áreas no estado do Pará, que somam o total de 17.988 hectares e atenderão famílias da CONTRAF.
Programa Terra da Gente
Os ministros anunciaram o lançamento de 109 editais de seleção que atenderão 7.582 famílias e a homologação de 3.096 novas famílias na Relação de Beneficiárias do PNRA, por meio da conclusão de 58 Editais já lançados. Outra medida anunciada foi o pagamento de créditos instalação no valor R$163.043.500,00 em todo o Brasil, no ano de 2024.
Agência Gov
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Três suspeitos do Estado Islâmico K (EI-Khorasan) foram acusados de planejar um ataque terrorista, disse o Ministério Público da Bélgica nesta sexta-feira (26). Segundo os promotores, os suspeitos têm nacionalidade russa. Os homens integram um grupo de sete russos que foram detidos pela polícia belga para interrogatório na quinta (25).
Os sete suspeitos foram acusados de preparar um ataque terrorista, mas quatro deles foram liberados nesta sexta após interrogatório, segundo a promotoria belga.
A acusação não deixa claro onde seriam os ataques dos três supostos integrantes do EI-K e nem se há uma relação com os ataques às linhas de trens de alta velocidade na França nesta sexta (26).
O Estado Islâmico-Khorasan (EI-K, ou ISIS-K em inglês), é um braço afegão do grupo terrorista muçulmano que atua de forma regional. (Leia mais sobre o EI-K abaixo)
"Elas são suspeitas, entre outras coisas, de preparar um ataque terrorista. Os alvos específicos do ataque ainda não foram determinados", afirmou o Ministério Público Federal belga em comunicado.
A polícia belga realizou buscas em 14 residências ligadas aos suspeitos ainda na quinta, segundo a promotoria. As buscas ocorreram nas cidades de Antuérpia, Liège e Gante, e na região de Bruxelas. O MP belga disse que os sete suspeitos presos inicialmente, incluindo os três membros do EI-K, têm nacionalidade russa e estavam sob custódia no momento do ataque às linhas de trens de alta velocidade na França.
O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, agradeceu as autoridades belgas por realizarem "uma operação judicial para nos proteger".
O procurador antiterrorismo francês informou à agência de notícias Reuters que nenhuma prisão ou busca ocorreu na França como parte da investigação, mas não disse se estavam envolvidos na investigação junto com a polícia belga.
Relação França-Bélgica em atentados
Os responsáveis pelos ataques de Paris em 2015, nos quais 130 pessoas foram mortas e 368 feridas, planejaram e coordenaram em grande parte a partir da Bélgica, e vários dos terroristas eram nacionais ou residentes belgas, segundo a Reutres.
Em 2016, os atentados no aeroporto de Bruxelas mataram 34 pessoas e feriram 340. Entre os condenados pelos ataques estava Salah Abdeslam, que também era o principal suspeito no julgamento dos ataques de Paris.
O que é o Estado Islâmico-Khorasan?
Meses depois de o Estado Islâmico declarar um califado no Iraque e na Síria, em 2014, combatentes que saíram do talibã paquistanês se uniram aos militantes no Afeganistão para formar um braço regional. Juraram lealdade ao líder do EI, Abu Bakr al Baghdadi.
O grupo foi reconhecido formalmente pelo comando central do EI no ano seguinte à sua instalação no nordeste do Afeganistão, nas províncias de Kunar, de Nangarhar e do Nuristão.
Também estabeleceu células em outras áreas do Paquistão e do Afeganistão, incluindo Cabul, segundo monitores da ONU.
As últimas estimativas de sua força variam de milhares de combatentes ativos até 500, conforme relatório do Conselho de Segurança da ONU divulgado em julho passado.
"Khorasan" é um nome histórico da região que inclui partes de onde ficam atualmente Paquistão, Irã, Afeganistão e Ásia Central.
Que tipo de ataques o EI executa?
O EI-K reivindicou alguns dos ataques mais violentos dos últimos anos no Afeganistão e no Paquistão.
O grupo massacrou civis nos dois países em mesquitas, santuários, praças e até hospitais, além de ter executado ataques contra muçulmanos de alas que considera hereges - em particular os xiitas.
Em agosto de 2019, o EI-K reivindicou a autoria de um atentado contra os xiitas durante um casamento em Cabul que deixou 91 mortos.
As autoridades suspeitam que o grupo foi o responsável por um ataque, em maio de 2020, que chocou o mundo. Homens armados abriram fogo na maternidade de um bairro de maioria xiita de Cabul. Nele, 25 pessoas morreram, entre elas 16 mães e recém-nascidos.
Nas províncias em que está presente, o EI-K deixou marcas profundas. Seus homens mataram a tiros, decapitaram, torturaram e aterrorizaram os moradores, deixando minas por todos os lados.
Além dos bombardeios e massacres, o EI-Khorasan não conseguiu controlar nenhum território na região e sofreu grandes perdas nas operações militares talibãs e americanas.
Reuters
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O aumento da tensão política na Venezuela às vésperas da eleição presidencial levou o Brasil a reforçar os postos de atendimento na fronteira com o país, nos estados de Roraima e do Amazonas.
A operação Acolhida, que cuida da região, registrou um aumento no número de venezuelanos que chegam ao Brasil nos últimos dias. Além disso, as Forças Armadas estão em "estado de alerta" na região.
Serviços de inteligência, como o da Polícia Federal, vêm informando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a evolução dos acontecimentos no país vizinho.
Equipes que atuam no lado brasileiro da fronteira afirmaram ao blog que os venezuelanos em fuga relatam um clima de tensão no país – e um temor de guerra civil depois das ameaças do atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que é candidato à reeleição.
A expectativa é que a Venezuela feche sua fronteira nesta sexta-feira (26) – o país costuma fazer isso antes de eleições presidenciais. A votação está marcada para domingo (28).
Plano de contingência
A Operação Acolhida colocou em ação um plano de contingência preparado exatamente para a véspera da eleição.
A média de venezuelanos cruzando a fronteira passou de 400 entradas por dia para mais de 600 nesta semana. O motivo: o temor de que Maduro feche a fronteira entre os países no período eleitoral – e não reabra ao fim da apuração.
No caso das Forças Armadas, não houve reforço pontual por causa das eleições. O contingente na região foi ampliado desde que Maduro ameaçou anexar a região de Essequibo, na Guiana, à Venezuela.
“Estamos monitorando, sempre tudo. Mas estamos seguros lá. Não há motivo para mais um reforço, além do que já está por lá. O monitoramento é constante”, disse o ministro da Defesa, José Mucio.
Nos últimos dias, no entanto, Lula acertou com Múcio e com os serviços de inteligência que se mantenham em "estado de alerta" nos próximos dias. E que passem relatórios frequentes.
Risco de ruptura
Enquanto isso, nos bastidores, o Itamaraty expressa preocupação com possíveis tentativas de golpe – de Estado, ou militar, ou até mesmo contra o atual presidente Maduro.
O opositor Edmundo González Urrutia tem demonstrado força política, e chega a aparecer na frente de Maduro em pesquisas de opinião.
Assessor especial de Lula para assuntos internacionais, o embaixador Celso Amorim embarca nesta sexta para a Venezuela como um observador internacional da eleição.
Uma ala do governo Lula avaliava que a melhor decisão seria o embaixador Celso Amorim cancelar a viagem, a exemplo da comitiva do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do ex-presidente argentino Alberto Fernández.
Os relatos recebidos pelo Palácio do Planalto são de que Nicolás Maduro, nos últimos dias, está restringindo cada vez mais o acesso a informações sobre as eleições deste domingo.
A ministra do TSE, Cármen Lúcia, que cancelou a ida de técnicos para atuarem como observadores, tomada depois que Maduro afirmou que as eleições no Brasil não são auditadas, o que é uma mentira.
Uma ala avalia que Lula deveria fazer o mesmo. Outra, no entanto, opina que o cancelamento da ida de Amorim teria impacto negativo na relação entre os países – e poderia ser um motivo adicional para Maduro radicalizar ainda mais a reta final das eleições.
g1
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O ex-jogador Zico teve um prejuízo milionário ao ter uma mala roubada na entrada do hotel onde está hospedado em Paris. Os itens subtraídos somam cerca de 200 mil euros, o equivalente a R$ 1,2 milhão, na cotação da manhã desta sexta (26).
A imprensa francesa chegou a afirmar que a perda chegaria aos 500 mil euros (R$ 3 milhões), mas fontes ouvidas pelo g1 atestam que esse valor não procede.
O crime ocorreu na noite de quinta-feira (25) na capital francesa, véspera da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.
O ídolo do Flamengo está na capital francesa na condição de embaixador do Time Brasil nas Olimpíadas. As informações sobre o roubo foram divulgadas pelo jornal "Le Parisién" e confirmadas pelo g1.
O "Parisién" afirma que, entre os itens subtraídos, estavam um relógio Rolex, uma joia cravejada de diamantes e notas de euro e de dólar.
Como mala foi levada
Zico estava em frente ao hotel onde está hospedado, do 19º distrito de Paris, junto com sua mulher, saindo do carro de uma empresa de transporte. A suspeita é que os ladrões agiram em dupla -- enquanto um distraía o casal e o motorista, o outro abriu o carro e levou a mala embora.
Em sua conta no Instagram, Zico classificou o caso de "infortúnio" e disse que tanto ele quanto a mulher estão bem.
"Quero tranquilizar a todos, ressaltando que eu e Sandra estamos bem e que, apesar da perda material, o mais importante é sempre a nossa saúde e vida", escreveu o ex-jogador.
"Estamos nos recuperando do choque, contando com o apoio das autoridades e do COI, e na expectativa para que consigamos resgatar nossos bens pessoais. Hoje estaremos na abertura dos Jogos Olímpicos, sempre prestigiando nosso país e torcendo para que nossos atletas façam uma grande Olimpíada. Agradeço todas as mensagens de apoio e solidariedade."
Embaixador nos Jogos Olímpicos
Zico foi anunciado como Embaixador do Time Brasil em fevereiro. A ideia do COB era ter nesse posto um ídolo do esporte brasileiro que nunca tinha disputado os Jogos Olímpicos.
O ex-jogador participou do Pré-Olímpico para Munique-1972, mas ficou fora da lista final. Na ocasião, o Brasil caiu na fase de grupos após fazer apenas um ponto.
"Fiquei muito sensibilizado e feliz, por ser do esporte, por adorar participar e ver competições de outras modalidades. Recebi o convite do COB, aceitei de imediato. É uma honra para nós, como brasileiros. Não tive a chance de disputar os Jogos Olímpicos. Isso me frustrou muito na época, por ter jogado todo o Pré-Olímpico. Receber esse convite me fez ver que era a oportunidade de conhecer de perto uma competição que eu admiro bastante. É bacana para quem ama e adora o esporte", declarou Zico na época.
g1
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O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama manifestou publicamente seu apoio à pré-candidatura de Kamala Harris à Casa Branca, nesta sexta-feira (26). A atual vice-presidente norte-americana se tornou o provável novo nome do partido Democrata para disputar a presidência após o presidente Joe Biden desistir de concorrer à reeleição.
A eleição norte-americana está marcada para 5 de novembro. Pelo lado do Partido Republicano, o nome escolhido para a disputa foi o do ex-presidente Donald Trump.
Apesar de Kamala ser a provável indicada, ela deve disputar a nomeação com o senador Sherrod Brown – o candidato oficial será definido em uma convenção em Chicago, marcada para 19 de agosto.
Obama e Kamala publicaram nesta manhã o mesmo vídeo em seus perfis na rede social X (antigo Twitter). A gravação mostra a pré-candidata recebendo uma ligação de Obama e sua esposa, Michelle. Vale lembrar que Biden também publicou um vídeo em que mostra um telefonema para convidar Kamala para ser sua vice nas eleições de 2020 (veja mais abaixo).
No vídeo divulgado nesta sexta, a ex-primeira-dama chama a possível candidata dos democratas de "minha garota, Kamala" e afirma estar orgulhosa dela. "Isso será histórico", diz Michelle no vídeo. Kamala respondeu dizendo que o apoio e a amizade deles significa muito (veja no vídeo acima).
"Nós ligamos para dizer que Michelle e eu não poderíamos estar mais orgulhosos em apoiar você e vamos fazer tudo o que nós pudermos para que você passe por essa eleição, e chegue ao Salão Oval (gabinete do presidente dos EUA)", declarou Barack Obama.
Ele também sugeriu, em seu post no X, que a conversa entre os dois teria acontecido há alguns dias, e que teriam afirmado à Kamala que ela seria "uma presidente dos EUA fantástica".
Essa foi a primeira vez que Obama apoiou Kamala publicamente. Porém, segundo a agência de notícias Reuters, ele já havia expressado total apreço pelo nome dela no particular – tanto que ambos mantinham contatos regulares toda semana.
As agências de notícias especulavam que a demora em fazer uma declaração pública se deu porque o ex-presidente tem uma forte amizade com Joe Biden, e o apoio poderia abalar a relação dos dois, a depender de como fosse feita.
De todo modo, existia uma expectativa do apoio porque Kamala já teria o número suficiente de delegados para ser nomeada a candidata à Casa Branca. De acordo com o levantamento realizado pela Associated Press, no começo desta semana, ela alcançou a marca de 2.579 delegados — são necessários 1.976 para a nomeação.
Os delegados representam a vontade dos membros do Partido Democrata durante as primárias – nome dado a votação interna para decidir quem será o nome oficial que concorrerá com Trump.
De todo modo, o candidato republicano já escolheu Kamala indiretamente como sua adversária oficial, já que os dois tiveram diversos momentos de embate nesta semana. Com o senador Sherrod Brown, Trump não chegou a ter embates com afinco (veja aqui).
Biden também convidou Kamala por ligação
O atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, usou a mesma saída para divulgar o convite feito para Kamala Harris ser sua vice-presidente na última eleição, em 2020.
Um vídeo, publicado em 12 de agosto daquele ano, no YouTube, mostra uma ligação entre os dois. Biden telefona para Kamala e pergunta se ela está preparada para trabalhar. Ela, então, responde: "Ai, meu Deus, eu estou preparada".
Em seguida, ele pede para que ela confirme se está realmente interessada no cargo, e a democrata diz: "a resposta é com certeza, sim". Kamala afirma ainda estar honrada e animada com o convite.
À época do convite, os EUA viviam uma onda de protestos antirracistas e contra a violência policial, liderados pelo movimento "Black Lives Matter" ("vidas negras importam", em tradução livre do inglês). O estopim foi o caso de George Floyd, um ex-segurança negro que foi morto durante uma abordagem policial.
Por isso, Biden foi pressionado pelos democratas para que escolhesse como vice uma mulher negra. E a escolha de Kamala para integrar a chapa foi vista como um aceno do partido às minorias, sendo ela mulher, negra e filha de imigrantes.
A opção por Harris foi fundamental para a eleição de Biden porque funcionou como um chamariz para convencer eleitores negros a votar no pleito de 2020.
Tradicionalmente, os negros americanos votam em candidatos democratas. Eles foram votos-chave, por exemplo, na reeleição de Barack Obama, em 2012, quando bateram recordes de comparecimento. Na eleição seguinte, em 2016, quando a chapa democrata não tinha nenhum negro, Hillary Clinton perdeu para o republicano Donald Trump — e o pleito foi marcado pela menor participação de eleitores negros em 20 anos.
Joe Biden foi eleito, em 7 de novembro de 2020, o 46º presidente dos EUA. Kamala Harris se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos.
Embate de Kamala e Trump
A tensão entre Kamala Harris e Donald Trump vem aumentando nos últimos dias, com uma troca de acusações entre os dois enquanto a agenda da vice-presidente assume um tom cada vez mais eleitoral.
Ao mesmo tempo em que Harris acusou o candidato republicano de arrastar o país para "um passado obscuro", o magnata afirmou que os democratas tiraram Joe Biden da disputa para colocar em seu lugar uma possível candidata "lunática" e "mentirosa".
Em mensagem na rede social X, Kamala disse estar preparada para debater com Trump, e acusou o adversário de recuar após concordar com um debate em 10 de setembro.
Dias atrás, o republicano afirmou que estava "absolutamente disposto" a debater com Kamala, mas ele não concorda com a emissora de TV escolhida.
A troca de acusações entre os dois seguiu. O programa dos republicanos "é um plano para devolver os Estados Unidos a um passado obscuro", disse Kamala à Federação Americana de Professores, reunida em Houston.
"Trump e seus aliados extremistas querem levar nossa nação de volta a políticas econômicas fracassadas, à luta contra os sindicatos, à volta das isenções fiscais para os bilionários", acrescentou a pré-candidata democrata, que deve ser oficialmente indicada na convenção do partido em agosto.
g1
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Um homem acusado de cometer um feminicídio em 2018 e que estava foragido desde então se apresentou espontaneamente à Delegacia de Sousa, Sertão da Paraíba, na tarde dessa quinta-feira (25). Ele foi preso e nesta sexta-feira (26) vai passar por audiência de custódia.
A Polícia Civil da Paraíba não informou o que fez o homem se entregar e admitiu que isso é raro de acontecer. Como ele estava foragido, ele não chegou a ser julgado. Agora, os trâmites devem ser retomados.
Geraldo José Soares é apontado como o autor do crime que matou Vera Lúcia Xavier, de 47 anos, em 29 de junho de 2018. Vera era ex-namorada de Geraldo, trabalhava como empregada doméstica e estava chegando em casa por volta das 5h40 quando foi abordada pelo suspeito.
De acordo com o processo, a vítima levou um tiro na cabeça, que teria sido dado pelo ex-namorado. Uma prima de Vera Lúcia diz que estava com ela no momento do crime e que reconheceu o autor do disparo.
O homem à época fugiu de bicicleta e nunca mais tinha sido visto, até essa quinta-feira (25). No dia do crime, a mulher chegou a ser encaminhada ao Hospital Regional de Sousa, mas não resistiu e morreu a caminho do hospital.
A expectativa da Polícia é que a justiça o mantenha preso e que ele seja transferido para algum presídio da região.
g1 PB
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