A caridade não se ensoberbece
A caridade não se ensoberbece, uma vez que a verdadeira caridade nos leva a uma disposição genuína e generosa de ser para o outro e com o outro. A soberba em si nos leva a reações negativas e distantes de uma verdadeira paz e disposição para com o outro. Esse é um dos principais efeitos da caridade: o amor disponível, sincero e desprovido da necessidade de reconhecimento.
A caridade não se ensoberbece
A caridade compete muito mais um pensamento voltado ao outro do que para si, e se autocentrado for, perde, de certa forma, a verdade do que é a caridade em sua essência, e por isso é importante refletirmos que o verdadeiro amor não se ensoberbece, não é preenchida de soberba, de orgulho.
São João Paulo II, em uma de suas homilias, destacou que só por meio da caridade as atividades têm o seu sobrenatural valor. “Sem a caridade toda a nossa atividade pode mesmo causar admiração e surpresa, mas não nenhum valor sobrenatural.” Portanto, o amor é “é paciente, benigno, não é invejoso; a caridade não se ufana, não se ensoberbece” (I Cor 13,4).
Mais do que fazer para o outro, a caridade não deve ser fonte de orgulho, pois esse, na verdade, é fonte de muitos dos nossos vícios. Quanto do nosso orgulho excessivo não nos encaminha para o individualismo, para comportamentos autocentrados e de um excesso de amor próprio que nos aparta do outro.
Aprender a caridade significa ensinar ao próprio coração essa vida interior!
A caridade é ainda um aprendizado. Destacava ainda São João Paulo: “A caridade é a vida interior deste coração. Aprender a caridade significa ensinar ao próprio coração esta vida interior; ensiná-la ao coração, mas também à inteligência, aos sentidos, ao espírito, ao corpo, ensiná-la ao homem inteiro. A caridade não se ensoberbece!
Para que se pratique a caridade, é necessário aprendê-la. Particularmente, os jovens são levados a crer que o amor seja algo de imediato, algo que encontramos no coração sobretudo como sentimento. Sim. É verdade que no nosso coração, especialmente no coração de um jovem, se encontra o sentimento do amor e que ele aparece como por si mesmo, mas é necessário que essa prática caridosa e desprovida de orgulho precisa ser colocada em prática nas pequenas coisas.
É na alegria de sermos “para o outro” que encontraremos a fonte e o sentido o amor
Numa espera egoísta e orgulhosa por reconhecimento, do ser autocentrado demasiadamente, de viver apenas para si que podemos, aos poucos, perder o sentido e a beleza da vida. É na alegria de sermos para o outro que encontraremos realmente a fonte e o sentido do amor, ou seja, uma forma empática para o outro e com o outro.
Um abraço fraterno e uma excelente semana para você!
Elaine Ribeiro
Canção Nova
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Eventos históricos
30 a.C. — Batalha de Alexandria: Marco Antônio consegue uma pequena vitória sobre as forças de Otaviano, mas a maioria do seu exército deserta depois, levando-o ao suicídio.
711 — Batalha de Guadalete, marcou o fim do Reino Visigótico no contexto da Invasão muçulmana da península Ibérica.
781 — A mais antiga erupção registrada do Monte Fuji.[1]
1009 — O Papa Sérgio IV torna-se o 142º papa, sucedendo o Papa João XVIII.
1201 — Tentativa de usurpação por João Comneno, o Gordo, do trono de Aleixo III Ângelo.
1423 — Guerra dos Cem Anos: Batalha de Cravant: um exército franco-escocês é derrotado pelos anglo-burgúndios em Cravant, às margens do rio Yonne.
1451 — Jacques Coeur é preso por ordem de Carlos VII da França.
1492 — Os judeus são expulsos da Espanha quando o Decreto de Alhambra entra em vigor.
1498 — Em sua terceira viagem ao Hemisfério Ocidental, Cristóvão Colombo se torna o primeiro europeu a descobrir a ilha de Trinidad.
1618 — Maurício, Príncipe de Orange dissolve a milícia waardgelders em Utrecht, um evento crucial nas tensões entre remonstrantes e contrarremonstrantes.
1655 — Guerra Russo-Polonesa (1654–67): o exército russo entra na capital do Grão-Ducado da Lituânia, Vilnius.
1658 — Auranguezebe é proclamado imperador mogol da Índia.
1741 — Carlos Alberto da Baviera invade a Alta Áustria e a Boêmia.
1821 — O atual Uruguai é anexado ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, o qual, desde esse momento, toma o nome de Província Cisplatina.
1904 — Guerra Russo-Japonesa: Batalha de Hsimucheng: unidades do Exército Imperial Japonês derrotam unidades do Exército Imperial Russo em um confronto estratégico.
1913 — Os Estados dos Bálcãs assinam um armistício em Bucareste.
1914 — Pacto secreto entre o Império Alemão e o Império Otomano.
1917 — Primeira Guerra Mundial: a Batalha de Passchendaele começa perto de Ypres, na Flandres Ocidental, Bélgica.
1932 — O NSDAP (Partido Nazista) ganha mais de 38% dos votos nas eleições alemãs.
1941
1945 — Pierre Laval, o ex-líder fugitivo da França de Vichy, rende-se aos soldados aliados na Áustria.
1948 — O USS Nevada é afundado por um torpedo aéreo após sobreviver a ataques de duas bombas atômicas (como parte de testes pós-guerra) e ser usado para a prática de alvos por três outros navios.
1964 — Programa Ranger: Ranger 7 envia de volta as primeiras fotos em close da Lua, com imagens 1 000 vezes mais nítidas do que qualquer coisa já vista de telescópios ligados à Terra.
1971 — Programa Apollo: os astronautas da Apollo 15 se tornam os primeiros a andar em um veículo lunar.
1972 — Conflitos na Irlanda do Norte: Na Operação Motorman, o Exército Britânico retoma as áreas urbanas da Irlanda do Norte. É a maior operação militar britânica desde a Crise de Suez de 1956, e a maior na Irlanda desde a Guerra da Independência da Irlanda.
1973 — Um avião a jato da Delta Air Lines, voo DL 723, cai ao pousar no meio do nevoeiro no Aeroporto Internacional Logan, em Boston, Massachusetts, matando 89 pessoas.[2]
1991 — Os Estados Unidos e a União Soviética assinam o START I, ou Tratado de Redução de Armas Estratégicas, o primeiro a reduzir (com verificação) os estoques de ambos os países.
1992
1999 — Programa Discovery: Lunar Prospector: a NASA intencionalmente colide a espaçonave com a superfície da Lua, encerrando sua missão de detectar água congelada naquele satélite.
2018 — Voo Aeroméxico Connect 2431 deixa 85 feridos em queda após decolar de Durango, México.
2022 — Ataque de drone dos Estados Unidos mata Ayman al-Zawahiri, líder da Al-Qaeda, em Cabul, Afeganistão.[3]
Wikipédia
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Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus
Origens
Iñigo Lopez de Loyola, nasceu em 1491, na Espanha, em uma família nobre, rica e cristã. Ele era o mais novo de treze filhos e cresceu voltado para os luxos da corte.
Cavaleiro do rei
Iñigo optou pela carreira militar e era um exímio cavaleiro: desde muito cedo se empenhava ao defender o que acreditava e não se importava nem de perder a própria vida dessa forma.
Batalha final
Em uma luta para defender Pamplona, o santo de Loyola foi ferido por uma bala de canhão que lhe fez ficar em convalescença para se recuperar.
Por que não eu?
Essa era a pergunta que Inácio se fez quando, no tempo em que estava repousando e não tendo livros de seu gosto para passar o tempo, ele se deparou com os livros que lhe deram, os quais narravam a vida de santos que deram tudo de si pela causa que acreditavam: o Reino de Cristo.
Cavaleiro do Rei dos Reis
A partir disso, viveu para defender o Reino. E trocou as coisas dessa terra pelas do Alto. Curado, foi à capela do santuário de Nossa Senhora de Montserrat, pendurou sua espada no altar e deu as costas ao mundo da corte.
Peregrino de Cristo
Santo Inácio foi um grande peregrino nessa terra. Viveu a mendicância e grandes batalhas espirituais, mas vivia a santa indiferença: “da nossa parte, não queiramos mais saúde que enfermidade, riqueza que pobreza, honra que desonra, vida longa que vida breve e, assim por diante em tudo o mais, desejando e escolhendo somente aquilo que mais nos conduz ao fim para o qual somos criados”.
Fundador
Em Paris, em 1534, junto à Francisco Xavier e outros companheiros, fundou a Companhia de Jesus. Alguns membros foram enviados para evangelizar o Brasil. Ele preparou e enviou os missionários jesuítas ao mundo todo para espalhar o cristianismo.
Páscoa
Morreu no dia 31 de julho de 1556, em Roma, na Itália. Foi canonizado em 1622.
Padroeiro dos Retiros Espirituais
A sua incessante busca interior e as suas revelações o fizeram escrever os Exercícios Espirituais e ser considerado o santo do discernimento dos espíritos. Foi declarado Padroeiro de Todos os Retiros Espirituais pelo Papa Pio XI em 1922.
A minha oração
“Meu querido Santo Inácio, ensinai-me a viver nesta terra como peregrina: entendendo que aqui tudo passa e que o que vale é a conquista do Reino dos Céus! Amém.”
Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!
CANÇÃO NOVA
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A Caixa Econômica Federal conclui o pagamento da parcela de julho do novo Bolsa Família. Recebem nesta quarta-feira (31) os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 0.
O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 682,56. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 20,83 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,2 bilhões.
Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150 a famílias com crianças de até 6 anos.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).
Cadastro
Desde julho do ano passado, passa a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, cerca de 600 mil de famílias foram canceladas do programa neste mês por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.
Em compensação, outras 500 mil de famílias foram incluídas no programa em julho, o que representa inclusão recorde para um mês. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício.
Regra de proteção
Cerca de 2,83 milhões de famílias estão na regra de proteção em julho. Em vigor desde junho do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 371,99.
Auxílio Gás
Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em agosto.
Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.
Agência Brasil
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O chefe do grupo terrorista Hamas Ismail Haniyeh foi morto em Teerã, no Irã, na madrugada desta quarta-feira (31). A informação foi dada em comunicados divulgados pelo próprio Hamas e pela Guarda Revolucionária do Irã, tropa de elite do exército iraniano, que investiga o assassinato. Um dos guarda-costas de Haniyeh também foi morto.
Haniyeh era o principal nome do braço político do grupo terrorista e foi assassinado durante uma visita a Teerã para a posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, segundo o próprio Hamas. Autoridades internacionais, como o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, participaram do evento. Alckmin, inclusive, aparece em vídeo na cerimônia ao lado de Haniyeh, horas antes de ele ser morto.
"A residência de Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerã, e como resultado deste incidente, ele e um de seus guarda-costas foram martirizados", disse o comunicado da Guarda Revolucionária.
O assassinato ocorreu no mesmo dia em que Israel bombardeou Beirute, capital do Líbano. O alvo foi Fuad Shukr, considerado o chefe número dois do grupo extremista libanês Hezbollah. Um comunicado oficial das Forças de Defesa de Israel informou que ele morreu na explosão.
Irã culpa Israel e promete vingança
O Irã acusou Israel pelo assassinato do chefe do Hamas e prometeu "punição severa". Israel ainda não havia se manifestado diretamente sobre o caso até a última atualização desta reportagem. No entanto, sem confirmar ou negar autoria no ataque, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou que "Israel não quer guerra, mas estamos preparados para todas as possibilidades".
Segundo a TV estatal iraniana, Ismail Haniyeh foi morto às 2h de quarta, horário de Teerã (20h de terça em Brasília), enquanto estava numa residência de veteranos de guerra no norte da capital iraniana.
Os comunicados não dão detalhes sobre como o líder do Hamas foi morto. Ninguém assumiu imediatamente a responsabilidade pelo assassinato.
Israel não comentou o caso, mas já havia prometido matar Haniyeh e outros líderes do Hamas após o ataque do grupo em 7 de outubro, que matou 1.200 pessoas e fez outras cerca de 250 reféns.
Hamas fala em 'ataque aéreo traiçoeiro'
No comunicado, o Hamas afirma que Haniyeh foi morto num "ataque aéreo traiçoeiro a sua residência em Teerã".
"É um ato covarde que não ficará impune", disse a TV Al-Aqsa, controlada pelo Hamas, citando Moussa Abu Marzouk, alto funcionário do grupo.
Segundo canal de TV Al Mayadin, sediado em Beirute, capital do Líbano, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, disse que "é dever do Irã vingar o sangue de Haniyeh porque ele foi martirizado em nosso solo".
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, condenou veementemente o assassinato do líder do Hamas, informou a agência de notícias estatal WAFA.
Grupos palestinos convocaram uma greve geral e manifestações em massa após o assassinato de Haniyeh.
Em maio, Haniyeh teve a prisão pedida pelo procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra durante o conflito entre Israel e Hamas. Na ocasião, houve pedido de prisão de outros dois chefes do Hamas, assim como do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu ministro da defesa, Yoav Gallant.
Não houve reação dos Estados Unidos. A administração de Joe Biden tenta pressionar o Hamas e Israel a concordarem com um cessar-fogo temporário e um acordo de libertação de reféns.
Quem é
Ismail Haniyeh, morto no Irã nesta quarta-feira (31), era uma espécie de diplomata internacional do grupo terrorista Hamas enquanto a guerra se desenrolava em Gaza, onde três de seus filhos foram mortos em um ataque aéreo israelense.
Mas, apesar da retórica, ele era visto por muitos diplomatas como um moderado em comparação com os membros mais radicais do grupo apoiado pelo Irã dentro de Gaza.
Nomeado para o cargo mais alto do Hamas em 2017, Haniyeh se deslocava entre a Turquia e a capital do Catar, Doha, escapando das restrições de viagem da Faixa de Gaza bloqueada e permitindo-lhe atuar como negociador nas negociações de cessar-fogo ou conversar com o aliado do Hamas, o Irã.
"Todos os acordos de normalização que vocês (estados árabes) assinaram com (Israel) não acabarão com este conflito", declarou Haniyeh na televisão Al Jazeera, sediada no Catar, logo após os combatentes do Hamas lançarem o ataque de 7 de outubro.
A resposta de Israel ao ataque tem sido uma ação militar que já matou mais de 35.000 pessoas dentro de Gaza até agora, de acordo com as autoridades de saúde do território, ligadas ao próprio Hamas.
Filhos mortos em ataque aéreo
Três dos filhos de Haniyeh --Hazem, Amir e Mohammad--- foram mortos em 10 de abril, quando um ataque aéreo israelense atingiu o carro em que estavam, disse o Hamas. Haniyeh também perdeu quatro de seus netos, três meninas e um menino, no ataque, disse o Hamas.
Haniyeh negou as alegações israelenses de que seus filhos eram combatentes do grupo e disse que "os interesses do povo palestino estão acima de tudo" quando questionado se a morte deles afetaria as negociações de trégua.
Apesar da linguagem dura em público, diplomatas e oficiais árabes o viam como relativamente pragmático em comparação com vozes mais radicais dentro de Gaza, onde a ala militar do Hamas planejou o ataque de 7 de outubro.
Enquanto dizia ao exército de Israel que eles se encontrariam "afundando nas areias de Gaza", ele e seu antecessor como líder do Hamas, Khaled Meshaal, viajavam pela região para negociações sobre um acordo de cessar-fogo mediado pelo Catar com Israel que incluiria a troca de reféns por palestinos nas prisões israelenses, bem como mais ajuda para Gaza.
Israel considera toda a liderança do Hamas como terroristas e acusou Haniyeh, Meshaal e outros de continuarem a "puxar as cordas da organização terrorista Hamas".
Mas quanto Haniyeh sabia sobre o ataque de 7 de outubro previamente não está claro. O plano, elaborado pelo conselho militar do Hamas em Gaza, era um segredo tão bem guardado que alguns oficiais do Hamas pareciam chocados com seu timing e escala.
Ainda assim, Haniyeh, um muçulmano sunita, teve um papel importante na construção da capacidade de combate do Hamas, em parte cultivando laços com o Irã xiita, que não esconde seu apoio ao grupo.
Durante a década em que Haniyeh foi o principal líder do Hamas em Gaza, Israel acusou sua equipe de liderança de ajudar a desviar ajuda humanitária para a ala militar do grupo. O Hamas negou.
Diplomacia
Quando ele deixou Gaza em 2017, Haniyeh foi sucedido por Yahya Sinwar, um linha-dura que passou mais de duas décadas em prisões israelenses e que Haniyeh havia recebido de volta a Gaza em 2011 após uma troca de prisioneiros.
"Haniyeh está liderando a batalha política do Hamas com governos árabes", disse Adeeb Ziadeh, especialista em assuntos palestinos na Universidade do Catar, antes de sua morte, acrescentando que ele tinha laços estreitos com figuras mais linha-dura no grupo e na ala militar.
"Ele é a frente política e diplomática do Hamas", disse Ziadeh.
Haniyeh e Meshaal se reuniram com oficiais no Egito, que também teve um papel de mediação nas negociações de cessar-fogo. Haniyeh viajou no início de novembro para Teerã para se encontrar com o líder supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, informou a mídia estatal iraniana.
Três altos oficiais disseram à Reuters que, naquela reunião, Khamenei havia dito ao líder do Hamas que o Irã não entraria na guerra sem ter sido informado com antecedência. O Hamas não respondeu a pedidos de comentário antes da Reuters publicar seu relatório, e depois negou tê-lo publicado.
No Hamas desde jovem
Quando jovem, Haniyeh era um ativista estudantil na Universidade Islâmica de Gaza. Ele se juntou ao Hamas quando foi criado na Primeira Intifada palestina (levante) em 1987. Ele foi preso e brevemente deportado.
Haniyeh tornou-se um protegido do fundador do Hamas, Sheikh Ahmad Yassin, que, assim como a família de Haniyeh, era um refugiado da vila de Al Jura, perto de Ashkelon. Em 1994, ele disse à Reuters que Yassin era um modelo para os jovens palestinos, dizendo: "Aprendemos com ele o amor ao Islã e o sacrifício por este Islã e a não se ajoelhar diante desses tiranos e déspotas."
Em 2003, ele era um auxiliar de confiança de Yassin, fotografado na casa de Yassin em Gaza segurando um telefone no ouvido do fundador quase completamente paralisado do Hamas para que ele pudesse participar de uma conversa. Yassin foi assassinado por Israel em 2004.
Haniyeh foi um dos primeiros a defender que o Hamas entrasse na política. Em 1994, ele disse que formar um partido político "permitiria ao Hamas lidar com os desenvolvimentos emergentes".
Inicialmente, foi anulado pela liderança do Hamas, mas posteriormente foi aprovado e Haniyeh tornou-se primeiro-ministro palestino após o grupo vencer as eleições parlamentares palestinas em 2006, um ano após a retirada militar de Israel de Gaza.
O grupo tomou o controle de Gaza em 2007.
Em 2012, quando questionado por repórteres da Reuters se o Hamas havia abandonado a luta armada, Haniyeh respondeu "claro que não" e disse que a resistência continuaria "em todas as formas - resistência popular, política, diplomática e militar".
g1
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Depois de um dia glorioso, com a primeira medalha por equipes na ginástica artística em Olimpíadas, o Brasil volta à briga na modalidade, nesta quarta-feira, com Diogo Soares, na final individual geral masculina. Além do ginasta, Ana Sátila também luta pelo pódio inédito na canoagem slalom. No judô, Rafael Macedo vai em busca da medalha, assim como Gustavo Balaloka, no ciclismo BMX freestyle. Para completar a agenda, a seleção de Bernardinho entra em quadra contra a Polônia, e Marta e companhia encaram a Espanha em jogo decisivo na briga por vaga nas quartas. Confira a seguir.
2ª busca pelo pódio
Ana Sátila chegou às Olimpíadas de Paris para fazer história. A brasileira conquistou o melhor resultado do país na canoagem slalom, ao ficar com a quarta posição na final do caiaque. Nesta quarta, ela luta pelo pódio na prova de canoa. A semifinal será disputada às 10h30 (de Brasília). Se avançar, a brasileira disputa a final ainda nesta quarta, às 12h25. Você assiste às provas ao vivo pelo sportv4 e acompanha em tempo real pelo ge.
Clima de final
A seleção masculina de vôlei volta à Arena Paris Sul nesta quarta, em busca de vaga nas quartas de final. Depois de estrear com derrota nos Jogos Olímpicos pela primeira vez em 28 anos, a equipe vai encarar a Polônia na madrugada, às 4h (de Brasília). O Brasil ainda enfrenta o Egito na sexta, pela fase de grupos. Mas a partida contra os poloneses é fundamental na chave. Os dois melhores colocados de cada chave e os dois melhores terceiros colocados avançam à próxima fase. Você assiste ao jogo ao vivo pela TV Globo e pelo sportv2, com acompanhamento em tempo real pelo ge.
Pode surpreender
Rafael Macedo vai buscar a terceira medalha do judô brasileiro em Paris. O paulista de São José dos Campos disputa o torneio pela segunda vez, depois de ter sofrido uma eliminação precoce em Tóquio, após sofrer um ippon em sua primeira luta. O judoca, que chegou a treinar com Mayra Aguiar e Felipe Kitadai e que conquistou a medalha de prata por equipe nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, irá enfrentar o holandês Noël van 't End, na categoria até 90kg, às 5h50 (de Brasília). Os confrontos do brasileiro terão transmissão ao vivo pelo sportv3 e terão acompanhamento em tempo real pelo ge.
Desafio no gramado
A seleção feminina de futebol podia já sentir a vaga nas quartas em suas mãos, mas sofreu virada brutal das japonesas por 2 a 1, nos acréscimos do segundo tempo, no domingo. Com o resultado, a equipe precisa vencer ou empatar com a Espanha, atual campeã mundial e líder do grupo C. Em caso de derrota, as brasileiras vão precisar contar com a derrota da Nigéria para o Japão, para se classificarem como uma das melhores terceiras colocadas. O duelo será nesta quarta, às 12h (de Brasília), com transmissão pela TV Globo e pelo sportv, e acompanhamento em tempo real pelo ge.
Confira a agenda de jogos das Olimpíadas desta quarta-feira
Triatlo
Assista ao vivo pela TV Globo e pelo sportv
3h -? Final feminina - Djenyfer Arnold e Vittoria Lopes - Acompanhe aqui em tempo real pelo ge
5h45 - ?Final masculina - Manoel Messias e Miguel Hidalgo - Acompanhe aqui em tempo real pelo ge
Vôlei masculino
Assista ao vivo pela TV Globo e pelo sportv2
4h - Fase de grupos - Brasil x Polônia - Acompanhe aqui em tempo real pelo ge
Remo
4h54 - Semifinal C/D - Skiff simples masculino - Lucas Verthein
5h14 - Semifinal C/D - Skiff simples feminino - Beatriz Tavares
Judô
Assista ao vivo pelo sportv3 e acompanhe as disputas do brasileiro aqui em tempo real pelo ge.
5h50 - Primeira rodada - até 90kg masculino - Rafael Macedo x Noël van 't End (HOL)
7h20 - Oitavas de final - até 90kg masculino
8h16 - Quartas de final - até 90kg masculino
11h34 - Repescagem - até 90kg masculino
11h51 - Semifinal - até 90kg masculino
12h49 - ?Disputa do bronze - até 90kg masculino
13h09 - ?Final - até 90kg masculino
Vela
7h15 - 49erFX - 10ª, 11ª E 12ª regatas - Martine Grael e Kahena Kunze
9h03 - IQFoil - 7ª, 8ª, 9ª, 10ª e 11ª regatas - Matheus Isaac
9h50 - 49er - 10ª, 11ª E 12ª regatas - Marco Grael e Gabriel Simões
Ciclismo BMX Freestyle
Assista ao vivo pelo sportv
9h44 - ?Final masculina - Gustavo Bala Loka
Canoagem slalom
Assista ao vivo pelo sportv4 e acompanhe aqui em tempo real pelo ge.
10h30 - Semifinal feminina - C1 - Ana Sátila
12h25 - ?Final - C1
Tênis de mesa
Assista ao vivo pelo sportv2 e acompanhe aqui em tempo real pelo ge.
11h - Oitavas de final - Hugo Calderano x Alexis Lebrun (FRA)
Boxe
Assista ao vivo pelo sportv
11h02 - Oitavas de final - peso pena - Luiz Oliveira Bolinha x Jahmal Harvey (EUA) - Acompanhe aqui em tempo real pelo ge
17h08 - Quartas de final - peso leve - feminino - Bia Ferreira x Chelsey Heijnen (HOL) - Acompanhe aqui em tempo real pelo ge
Futebol feminino
Assista ao vivo pela TV Globo e pelo sportv e acompanhe em tempo real pelo ge.
12h - Primeira fase - Brasil x Espanha
Tênis
Assista ao vivo pelo sportv4 e acompanhe em tempo real pelo ge.
12h - Segunda rodada - duplas feminino - Bia Haddad/Luisa Stefani x Boulter/Watson (GBR)
Ginástica artística
Assista ao vivo pelo sportv2 e acompanhe aqui em tempo real pelo ge
12h30 - ?Final - individual geral masculina - Diogo Soares
Tiro esportivo
12h45 - Classificatórias - Carabina 50m 3 Posições feminino - Geovana Meyer
Vôlei de praia
Assista ao vivo pela TV Globo e pelo sportv
15h - Evandro/Arthur x Schachter/Dearing (CAN) - Acompanhe aqui em tempo real pelo ge
Natação
Assista ao vivo pelo sportv2 e acompanhe as finais com brasileiros em tempo real pelo ge.
16h13 - ?Final - 1500m livre feminino - Beatriz Dizotti - Acompanhe aqui em tempo real pelo ge
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Em um duelo de muita intensidade, Botafogo e Bahia empataram em 1 a 1, nesta terça-feira, no Estádio Nilton Santos, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Carlos Alberto e Cauly marcaram os gols ainda no primeiro tempo. A decisão da vaga na próxima fase da competição será no dia 7 de agosto, na Fonte Nova. Quem vencer se classifica. Em caso de novo empate, a disputa será nas cobranças de pênalti.
Agenda
Antes da decisão da vaga nas quartas de final da Copa do Brasil, os dois times voltam a jogar no fim de semana pelo Campeonato Brasileiro. O Botafogo entra em campo no sábado para enfrentar o Atlético-GO, em Goiânia. O Bahia joga no domingo contra o Fluminense, no Maracanã.
Volta com estrela
O Botafogo apresentou seu jogo de pressão intensa, que rapidamentre deu resultado. Aos sete minutos, Carlos Alberto aproveitou rebote de Marcos Felipe, em cabeçada de Igor Jesus, e abriu o placar no Estádio Nilton Santos. Foi a volta do jogador ao time titular depois do empréstimo ao Molenbeek, da Bélgica, um dos clubes da rede de John Textor.
Fim de jejum
O Botafogo não conseguiu sustentar a vantagem. O Bahia começou a ganhar campo e contou com uma boa troca de passes ao redor da grande área para chegar ao gol. Caio Alexandre tocou para Arias, que cruzou na cabeça de Cauly. O camisa 8 não participava de um gol havia seis jogos e ajudou o time a conseguir um bom resultado como visitante na Copa do Brasil.
Vaias
O Botafogo tentou aumentar a pressão no segundo tempo. Até encontrou boas finalizações com Igor Jesus e Marlon Freitas, mas não conseguiu vencer o goleiro Marcos Felipe, que fez boas defesas. O Bahia até teve uma boa oportunidade no fim com Everaldo, que não conseguiu finalizar bem de cabeça. No fim, a torcida do Botafogo presente no Estádio Nilton Santos vaiou, ao contrário do que havia acontecida na derrota para o Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro, sábado passado.
Espectador especial
Técnico da seleção brasileira, Dorival Júnior esteve nesta terça-feira no Estádio Nilton Santos para assistir ao jogo entre Botafogo e Bahia. O próximo compromisso do Brasil é apenas em setembro, pelas Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo de 2026.
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Com gols de Luciano e Calleri, ambos no segundo tempo, o São Paulo bateu o Goiás em casa, nesta terça, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, e abriu uma vantagem confortável no confronto. Foi uma partida em que os donos da casa jogaram praticamente todo o tempo no ataque, mas com dificuldade de furar a retranca goiana – o que só conseguiu na etapa final. O Goiás jogou com dez jogadores desde os 34 minutos do primeiro, com a expulsão de Marcão.
Como fica
A vantagem é boa para o São Paulo. O time pode até perder por um gol de diferença na volta, em Goiânia, na semana que vem, que avança para as quartas. O Goiás precisa vencer por dois gols de diferença para levar a decisão para os pênaltis, ou por pelo menos três para se classificar direto.
O primeiro tempo
Foram 45 minutos em que o São Paulo tentou furar o bloqueio do Goiás, sem muito sucesso. Os visitantes formaram um sistema defensivo robusto no Morumbis e deixaram a bola com os donos da casa. Chegaram até a assustar, num gol de Thiago Galhardo corretamente anulado por impedimento. Aos 34 minutos, Marcão dividiu com Luciano e acertou o rosto do rival. O árbitro Jonathan Pinheiro primeiro deu cartão amarelo, mas depois, acionado pelo VAR, expulsou o volante. O jogo ficou mais nervoso, com muitas reclamações, mas o São Paulo continuou sem conseguir vazar o Goiás – Calleri quase fez, mas David Braz salvou em cima da linha.
O segundo tempo
O técnico Luis Zubeldía mexeu no time no intervalo para aproveitar a vantagem de ter um homem a mais em campo. Tirou Bobadilla e colocou Erick em campo. A troca deu resultado rápido: Erick recebeu na direita e cruzou para Calleri. Tadeu defendeu a primeira, mas não evitou que Luciano marcasse no rebote. O São Paulo continuou em cima, praticamente sem ser incomodado. Calleri fez outro, mas estava impedido. No fim, fez o que valeu. Luiz Gustavo bateu de fora da área, e dessa vez o camisa 9 foi quem pegou o rebote para marcar o 2 a 0.
Próximos jogos
O São Paulo volta a campo no sábado, 21h30, contra o Flamengo, em casa, pelo Brasileirão. O Goiás joga domingo, pela Série B, contra o Novorizontino, fora de casa, pela Série B. O duelo de volta das oitavas da Copa do Brasil entre São Paulo e Goiás será no dia 8, em Goiânia, às 20h.
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O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta terça-feira (30) que em algumas decisões polêmicas da Corte houve uma atuação mais “controvertida” - e elas atrapalharam o combate da corrupção no país.
O posicionamento foi dado durante um evento do ciclo de conferências da Academia Brasileira de Letras (ABL) na sede da organização no Rio de Janeiro (RJ). Ao palestrar sobre a “Justiça”, o magistrado citou casos em que o Supremo voltou atrás, o que para ele gera problemas porque pode eternizar os processos por eles prescreverem, e, assim, não é possível prestar satisfação social a respeito da situação.
”O Supremo anulou o processo contra um dirigente de empresa estatal que tinha desviado alguns milhões porque as alegações finais foram apresentadas pelos réus colaboradores e pelos réus não colaboradores na mesma data, sem que isso tivesse trazido nenhum prejuízo. Também acho que atrapalhou o enfrentamento à corrupção”, argumentou citando a Operação Lava Jato, o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB) do cargo e a anulação da sentença por causa de depoimentos de delatores.
Barroso diz que as suas posições nos casos não predominaram, porém, o fato dele discordar não o impele a tratar com desrespeito a posição das pessoas que pensam diferente. O jurista foi um dos principais defensores da Lava Jato no STF.
Antes, o presidente da Corte destacou decisões que concorda e considera como acertadas, como a equiparação do crime de homofobia ao de racismo, o reconhecimento da união homoafetiva, a permissão do aborto quando o feto é anencéfalo e a liberação de pesquisas com células-tronco embrionárias.
”A importância de um tribunal não pode ser aferida em pesquisa de opinião pública, porque existem na sociedade interesses conflitantes e sempre haverá queixas e insatisfações”, disse o ministro.
R7 com Estadão Conteúdo
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta terça-feira (30) que pode ser candidato nas eleições presidenciais de 2026, quando estará com 81 anos. O petista admitiu que o debate sobre uma eventual reeleição é “complicado”, mas não descartou o desejo de participar da corrida eleitoral novamente, ”se estiver com saúde”. Seria a sétima eleição presidencial de Lula — ele se elegeu deputado federal em 1986 e disputou os pleitos gerais de 1989, 1994, 1998, 2002, 2006 e 2022.
Ao ser questionado sobre eventual disputa por um quarto mandato, o presidente afirmou não saber ainda a resposta. “A reeleição é uma coisa mais complicada, porque uma pessoa pode mentir para todo mundo, mas não pode mentir para si mesmo. A única possibilidade que eu tenho dito de voltar a concorrer a uma eleição é se ficar claro que a extrema-direita pode querer voltar neste país. E aí, sinceramente, se eu tiver com saúde, eu não vou deixar”, declarou, em entrevista à TV Centro América.
Não foi a primeira vez que Lula expressou a vontade de se reeleger. Em junho, em entrevista a uma rádio, o petista afirmou que pode se candidatar à reeleição em 2026 para não permitir que o Brasil seja governado por um “fascista” ou um “negacionista”.
“Se for necessário ser candidato para evitar que os trogloditas que governaram esse país voltem a governar, pode ficar certo que meus 80 anos virarão 40, e virarei candidato”, comentou à época, ao acrescentar que a possibilidade não é “a primeira hipótese”. “Vamos ter que pensar muito. Eu sei que vou estar com 80 anos, vou ter que medir meu estado de saúde, qual minha resistência física, porque quero ter responsabilidade com o Brasil. Tem muita gente boa para ser candidato, eu não preciso ser candidato”, completou.
Relação com agronegócio
Na entrevista desta terça (30), Lula destacou o último Plano Safra lançado pelo governo federal, com investimentos recordes de R$ 400,59 bilhões, e afirmou que o fato de parte do setor agrícola achar que os recursos não são suficientes não gera descontentamento do grupo com o Executivo.
Ao afirmar que os governos do PT foram os que mais investiram no agronegócio, o presidente declarou ter certeza de que “a maioria dos empresários gostaram” da iniciativa. “A gente vai dar o que a gente pode. Eu não tenho só agricultura para atender. Eu tenho muitas outras coisas para atender neste país. Eu tenho educação, eu tenho saúde para atender, eu tenho segurança pública, então é preciso que as pessoas compreendam, inclusive com juros, em grande parte subsidiadas, não é pouca coisa. Em qualquer país do mundo seria um grande investimento”, acrescentou.
Venezuela
Lula se pronunciou, nesta terça (30), pela primeira vez sobre as eleições na Venezuela, ocorridas no último domingo (28). O petista declarou que não há nada “grave” nem “anormal” no processo eleitoral venezuelano e pediu que o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), órgão venezuelano responsável pelas eleições, publique as atas com as informações das urnas. O governo brasileiro ainda não reconheceu a vitória contestada de Nicolás Maduro. A oposição da Venezuela não aceita o resultado proclamada e diz que houve fraude.
“Não tem nada de grave, não tem nada assustador. Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Não tem nada de anormal. Teve uma eleição, teve uma pessoa que diz que teve 51%, teve outra pessoa que diz que teve 40 e pouco por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça e a Justiça faz”, declarou.
O governo brasileiro pediu ao CNE a publicação dos dados das urnas — o que ainda não foi feito. A Venezuela, assim como o Brasil, usa urnas eletrônicas. Além de pedir a apresentação das informações, Lula defendeu a existência de divergências no país vizinho.
“Tem uma briga, como que vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com recurso e vai esperar na Justiça tomar o processo, e aí vai ter uma decisão, que a gente tem que acatar. Eu estou convencido de que é um processo normal, tranquilo. O que precisa é que as pessoas que não concordam tem o direito de se expressar e provar que não concordam e o governo tem o direito de provar que está certo. Na hora que tiver apresentado as atas e for consagrada que a ata é verdadeira, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral na Venezuela”, defendeu Lula.
R7
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