A penitência interior
A penitência interior é uma virtude cristã fundamental para o nosso amadurecimento na fé. É, antes de tudo, uma disposição do coração que nos leva a reparar faltas, pecados, desobediências, escolhas erradas; por isso fazemos penitência, para desagravar aquilo que em nós é ofensa a Deus, seja diretamente a Ele ou aos nosso próximo.
A penitência interior pode expressar-se em atitudes circunstanciais, como o jejum, o silêncio, a abstenção de algo que nos cause prazer. Há ainda outros meios de penitências que se traduzem em esforço para superar aquilo que nos custa esforço: cuidar de um enfermo, suportar uns aos outros, praticar as obras de misericórdia.
“Felizes sofrimentos e penitência na terra, que me conseguiram tão grandes recompensas no céu.” (São Pedro de Alcântara)”
Saiamos do comodismo
Ao longo do ano, a Igreja nos propõe como tempo de penitência as sextas-feiras e o tempo quaresmal. É por isso que dizemos que a Quaresma é um tempo propício para isso. Podemos concluir que a penitência se refere, mas não se restringe, à oração, ao jejum, à caridade. Decidimos sair do comodismo e orar mais, intensificamos nosso jejum e nos propomos a exercer a caridade, que nos arranca do nosso egoísmo.
Encontramos no Antigo Testamento muitas passagens em que a palavra penitência aparece, quando o povo precisa reconciliar-se com o Senhor, ou quando se depara com um perigo iminente:
“Mas o Senhor é paciente; façamos, pois, penitência por isso e peçamos-lhe perdão com lágrimas nos olhos”. (Jd 8,14)
No Novo Testamento, podemos ver que o próprio Jesus mencionou frequentemente a palavra penitência conclamando os seus a uma conversão verdadeira, em vista da realidade do Reino de Deus: “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho”. (Mc 1, 15)
“Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. (Lc 15,7)
A penitência interior
Encontramos, ainda, nos escritos dos Apóstolos e dos santos, muitas referências à prática da penitência; o próprio Catecismo da Igreja Católica nos ensina: “A penitência interior é uma reorientação radical de toda a vida, um retorno, uma conversão para Deus de todo o nosso coração, uma ruptura com o pecado, uma aversão ao mal e repugnância às más obras que cometemos”. (CIC 1431)
Nesta Quaresma, busquemos, pelo exercício da penitência interior, livrar-nos dos nossos pecados, até mesmo dos chamados pecados de estimação, e vícios que nos atormentam.
Eis o tempo favorável, voltemos para o Senhor!
Que a graça de Deus e o auxílio da Virgem Maria nos ajudem a viver bem o tempo presente.
Maria Helena Barbosa
CANÇÃO NOVA
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