Novembro 30, 2024
Arimatea

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O Hezbollah disse ter atacado o norte de Israel nesta quarta-feira (18) na primeira retaliação à explosão de pagers do grupo extremista na terça-feira (17).

Segundo o grupo extremista, os ataques, feitos com lançamento de foguetes, atingiram posições de artilharia israelenses, mas não disse se houve vítimas. Israel ainda não havia se pronunciado sobre o lançamento dos foguetes.

O Hezbollah e o governo do Líbano acusaram Israel de estar por trás dos ataques aos pagers, dispositivos de mensagem utilizados pelo grupo extremista e que explodiram quase simultaneamente na tarde de terça, matando 12 pessoas e ferindo mais de 2.700.

Israel não se pronunciou sobre o caso, mas também nesta quarta, a agência de notícias Associated Presso afirmou, com base em fontes dos Estados Unidos, que o governo israelenese avisou Washington sobre a explosão.

Na terça-feira, os pagers — dispositivos de recebimento de mensagens prévios à popularizar de celulares — explodiram de forma quase simultânea, matando 12 pessoas, entre elas uma menina de 9 anos, e ferindo mais de 2.700. Os aparelhos eram usados pelos integrantes do grupo extremista como forma de comunicação para evitar rastreamento por Israel, já que, ao contrário de celulares, os pagers não têm GPS.

O governo do Líbano e o Hezbollah acusaram Israel de ter implantado explosivos dentro dos pagers, antes mesmo de que os aparelhos fossem comprados pelo grupo extremista.

Na terça-feira, os EUA negaram terem tido qualquer participação no ataque. Também nesta terça, a imprensa norte-americana afirmou, com base em fontes de diferentes governos, que o Mossad, o serviço de inteligência de Israel, foi quem planejou e executou o ataque.

Os pagers foram detonados quando membros do Hezbollah estavam em locais públicos, como lojas e mercados. Ainda de acordo com a imprensa dos EUA, a operação ocorreu antes do planejado pelo Mossad porque o Hezbollah descobriu o plano.

Os pagers que explodiram emitiram um alerta antes da explosão, imitando o barulho que fazem ao receber uma mensagem real. Na sequência, foram detonados.

Os equipamentos haviam sido importados ao Líbano da Gold Apollo, fabricante de pagers com sede em Taiwan. A Gold Apollo, no entanto, informou que os aparelhos foram fabricados por uma empresa sediada em Budapeste. Os pagers foram produzidos pela BAC Consulting KFT, sediada na capital da Hungria.

Segundo o jornal "The New York Times", a suspeita é que Israel implantou os explosivos em um lote de pagers encomendado pelo Hezbollah. A publicação afirmou, em reportagem na terça, que uma carga explosiva com menos de 50 gramas foi colocada próxima à bateria, junto a uma espécie de interruptor. Isso possibilitaria que os pagers fossem detonados remotamente.

Por volta das 15h30, pelo horário local (9h30, em Brasília), os equipamentos receberam uma mensagem que parecia ter vindo da liderança do Hezbollah. A mensagem "falsa", no entanto, ativou os explosivos.

Testemunhas ouvidas pela agência de notícias Reuters afirmaram que várias pessoas sofreram ferimentos na cabeça, nas mãos ou na região da cintura. O fato de o pager ter tocado antes da explosão pode ter induzido os usuários a se aproximarem ou manusearem os equipamentos.

Ainda segundo o The New York Times, o Hezbollah havia encomendado mais de 3 mil pagers da Gold Apollo. Os equipamentos foram distribuídos para membros do grupo extremista no Líbano, além de aliados no Irã e na Síria.

O ataque
A onda de explosões durou cerca de uma hora. Entre os mortos, estão uma menina e dois integrantes do Hezbollah, segundo o grupo xiita.

Imagens das câmeras de segurança de um supermercado em Beirute registraram o momento de duas dessas explosões: uma de um homem que pagava suas compras no caixa e outra perto de uma bancada de frutas.

O embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, foi um dos feridos pelas explosões. Segundo a embaixada, Amani sofreu ferimentos leves.

A Cruz Vermelha Libanesa diz que mais de 50 ambulâncias e 300 equipes médicas de emergência foram enviadas para ajudar no socorro às vítimas.

Após as explosões desta terça, o governo libanês pediu que todos os cidadãos que possuem pagers joguem os dispositivos fora imediatamente, segundo a agência de notícias estatal do Irã Irna.

Um representante do Hezbollah, que falou à agência de notícias Reuters sob condição de anonimato, afirmou que a detonação dos pagers foi a "maior falha de segurança" a qual o grupo foi submetido desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.

Os pagers foram um meio de comunicação móvel desenvolvido nas décadas de 1950 e 1960 que se popularizou durante as décadas de 1980 e 1990, antes do crescimento do uso de celulares.

g1
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A Petrobras alcançou a marca inédita de um milhão de acionistas individuais na bolsa brasileira. Em cinco anos, houve um crescimento de 170% do número de pessoas que têm ações da companhia.

Além disso, atualmente o percentual de investidor pessoa física no capital social da companhia é maior que o dos investidores institucionais brasileiros. Esse fato demonstra o crescimento do mercado de capitais no Brasil, que vem se democratizando cada vez mais, e a Petrobras está acompanhando esse crescimento.

“O aumento do número de acionistas se soma a uma série de boas notícias que a companhia vem obtendo no mercado e reflete a confiança dos investidores no potencial da companhia e na geração de valor de seus projetos e resultados”, informa a empresa.

No ano, o retorno ao acionista preferencial da companhia (valorização + dividendos) é de 11,4%, ao passo em que o petróleo do tipo Brent, referência no mercado internacional, se desvalorizou 4,1% e o índice Ibovespa valorizou 0.6%. Além disso, 12 dos 16 grandes bancos (75%) que cobrem a Petrobras recomendam a compra das ações da companhia.

Investidores Individuais
Investidores individuais são pessoas físicas ou jurídicas que investem seu próprio dinheiro em determinados ativos, como ações de empresas listadas na bolsa. Já os investidores institucionais são organizações, como fundos de investimentos, fundos de pensão, bancos ou seguradoras que investem em nome de terceiros.

Agência Brasil
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Com possibilidade de divisão entre os membros, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira (18) se mantém ou eleva a taxa básica de juros, a Selic. A recente alta do dólar e o impacto da seca sobre o preço de energia e alimentos trouxeram a indefinição se o colegiado subirá os juros básicos pela primeira vez em mais de dois anos.

No comunicado da última reunião, no fim de julho, o Copom informou que o cenário econômico dentro e fora do Brasil exige cautela. Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve subir 0,25 ponto percentual nesta reunião e encerrar 2024 em 11,25% ao ano.

Nesta quarta-feira, ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão. A última alta dos juros ocorreu em agosto de 2022, quando a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. Após passar um ano nesse nível, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões, de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, no menor nível desde fevereiro de 2022.

Inflação
Na ata da reunião mais recente, o Copom informou que avaliava uma elevação nos juros por causa da valorização do dólar e do aumento dos gastos públicos. Os membros do colegiado afirmaram que o momento é “ainda de maior cautela e de acompanhamento diligente dos condicionantes da inflação”.

De acordo com o último boletim Focus, a estimativa de inflação para 2024 subiu de 4,22% há quatro semanas para 4,35%. Isso representa inflação cada vez mais próxima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, podendo chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto.

Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, ficou negativo em 0,02%, a primeira deflação desde junho de 2023. O alívio, no entanto, é temporário.

A inflação ficou negativa em agosto por causa da queda dos preços de energia, que subirão a partir de setembro por causa da bandeira tarifária vermelha. Além disso, na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu que a seca prolongada terá impacto no preço dos alimentos. Na ocasião, o ministro defendeu que o choque de oferta de alimentos não seja resolvido por meio de juros.

Nos últimos meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os alimentos e os serviços têm puxado a inflação. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,24% em 12 meses, dentro da meta para 2024, mas próximo do teto.

Taxa Selic
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Meta
Para este ano, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas também são de 3% para os dois anos, com o mesmo intervalo de tolerância.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2024 em 4%, mas a estimativa foi divulgada antes da alta do dólar e do impacto da seca prolongada. O próximo relatório será divulgado no fim de setembro.

Agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da apresentação do Plano de Ação 2024/2025 para redução dos impactos da dengue e outras arboviroses, nesta quarta-feira, 18 de setembro, no Palácio do Planalto. Com investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão, a iniciativa busca diminuir os números de casos e óbitos por dengue, chikungunya, zika e oropouche no próximo período sazonal no Brasil.

“Todo verão somos intimados pelo crescimento da dengue e de outras doenças. Dessa vez, com a questão climática evoluindo para que o planeta fique mais aquecido, resolvemos antecipar o lançamento da campanha para que a gente tenha tempo. Não apenas do ministério, as questões científicas e a estrutura do SUS, precisamos antes preparar a sociedade, porque os mosquitos estão na casa de cada um de nós”, disse o presidente. Lula pediu que cada cidadão brasileiro cuide de sua residência para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

“Se cada um cumprir com a sua função e não permitir que haja possibilidade de os mosquitos ficarem tirando férias no seu quintal, a gente vai ter muito mais condições de combater chikungunya, dengue e tantas outras arboviroses que existem neste país”, afirmou o presidente. “O Ministério da Saúde está se preparando, e a gente quer ver se a gente consegue antecipar e, se Deus ajudar, a gente quer ter o verão com menos dengue na história desse país.”

PREPARAÇÃO – A ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou que neste ano foram notificados 6,5 milhões de casos prováveis de dengue, aumento de três vezes em relação a 2023. Já para o próximo ano, estudos indicam que a situação não será de maior gravidade, o que não reduz a necessidade de mobilização. “Queremos passar essa mensagem: a hora de cuidar é agora”, frisou.

“Nossos objetivos específicos são preparar a população para o enfrentamento, desenvolver e implementar novas tecnologias e preparar a rede de atenção à saúde”, afirmou Nísia.

A ministra apontou as regiões com maior possibilidade de ter mais casos de dengue: “A Região Sul, porque grande parte da população não teve contato histórico com o vírus, então isso torna as pessoas com mais possibilidade de ter a doença. E a Região Sudeste, muito em função da circulação do vírus do sorotipo 3”.

ELIMINAÇÃO - O Governo Federal tem um plano de eliminação da dengue, mas tal objetivo demandará tempo, ponderou a ministra. “Hoje, a dengue é um problema mundial: 200 países têm casos de dengue, em todos os continentes. Isso já entrou na pauta, por exemplo, da Organização Mundial de Saúde, com muito mais peso que tinha no passado”.

PARCERIA — O plano de ação para redução dos impactos das arboviroses foi construído com a participação de pesquisadores, gestores e técnicos dos estados e municípios, além de profissionais de saúde que atuam na ponta, em contato direto com as comunidades e que conhecem os desafios em cada região, com atenção às áreas de maior vulnerabilidade social. A iniciativa está baseada nas evidências científicas mais atualizadas, novas tecnologias e representa um pacto para o enfrentamento a essas doenças. O objetivo é apresentar ações que serão coordenadas pelo Ministério da Saúde em estreita parceria com estados e municípios e colaboração de instituições públicas e privadas, bem como de organizações sociais.

EIXOS — O programa de redução dos impactos das arboviroses trabalha em seis eixos de atuação, com foco para implementação no segundo semestre do ano — quando todas as condições climáticas são favoráveis ao aumento de casos. São eles:
• Prevenção
• Vigilância
• Controle vetorial
• Organização da rede assistencial e manejo clínico
• Preparação e resposta às emergências
• Comunicação e participação comunitária

AÇÕES PREVENTIVAS - Durante o período intersazonal, ou seja, no intervalo entre os picos de casos, serão intensificadas as ações preventivas, com retirada de criadouros do ambiente e a implementação das novas tecnologias de controle vetorial. Também será feita uma força-tarefa de sensibilização da rede de vigilância para a investigação oportuna de casos, coleta de amostras para diagnóstico laboratorial e identificação de sorotipos circulantes.

FLUXOS - Está prevista, ainda, a organização de fluxos da rede assistencial, revisão dos planos de contingência locais, capacitação dos profissionais de saúde para manejo clínico, gestão dos estoques de inseticidas, insumos para diagnóstico laboratorial e assistência ao doente.

CONTINGÊNCIA - Para o período sazonal, caso ocorra nova alta sensível de casos, estão previstas medidas estabelecidas no plano de contingência, focadas sobretudo no fortalecimento da rede assistencial para redução das hospitalizações e óbitos evitáveis. São prioritárias as ações relacionadas ao manejo clínico adequado, seguro e executado em tempo oportuno, além da organização dos serviços. Nesse período, as ações de vigilância devem priorizar a coleta de amostras para exames específicos com foco em casos graves e investigação oportuna de óbitos.

PERIFERIAS — O Ministério da Saúde vai expandir o uso de Estações Disseminadoras de Larvicida para controle do Aedes aegypti, transmissor da dengue, nas periferias brasileiras. A estratégia, desenvolvida e coordenada por pesquisadores da Fiocruz Amazônia, foi testada e aprovada com resultados comprovados em 14 cidades brasileiras, de diferentes regiões, nas quais foi aplicada entre 2017 e 2020. A armadilha atrai as fêmeas do mosquito que, ao pousarem no recipiente para colocar seus ovos, são impregnadas com o larvicida. Quando visitam os criadouros, os contaminam com o inseticida. O resultado final é a redução no desenvolvimento de larvas. A lista preliminar tem 17 municípios de todas as regiões do país.

ACOMPANHAMENTO — Desde o ano passado, o Ministério da Saúde está em constante acompanhamento do cenário epidemiológico das arboviroses, preparando estados e municípios para atuar nos diferentes cenários que se apresentam, emitindo alertas sobre a possibilidade de alta nos casos e liberando recursos para prevenção e controle.

INVESTIMENTOS — Em 2023, foram investidos R$ 2,7 bilhões no enfrentamento às arboviroses, incluindo repasses adicionais a estados e municípios, aquisição de inseticidas e biolarvicidas, insumos laboratoriais e custeio dos Agentes de Combate às Endemias. Em 2024, até setembro, foram executados R$ 2,4 bilhões e a previsão é superar o ano anterior.

ESTRATÉGIAS — A atual gestão expandiu o método Wolbachia, bactéria presente em cerca de 60% dos insetos. No entanto, não é encontrada naturalmente no Aedes aegypti. Quando presente no mosquito, a bactéria impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam, contribuindo para redução das doenças.

COMO FUNCIONA - O método funciona assim: mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia são liberados para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais estabelecendo, aos poucos, uma nova população dos mosquitos, todos com Wolbachia. A pasta fez o repasse de R$ 30 milhões para ampliar a tecnologia em seis municípios: Natal (RN), Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Joinville (SC), além das cidades já incluídas na fase de pesquisa.

COORDENAÇÃO - O Centro de Operações de Emergência (COE) para dengue e outras arboviroses, que funcionou entre fevereiro e julho, também foi uma das estratégias para oferecer resposta coordenada e eficiente às situações epidemiológicas relacionadas a essas doenças. Atualmente, a vigilância é de responsabilidade da Sala Nacional de Arboviroses.

VACINAÇÃO - A vacinação contra a dengue segue sendo uma importante estratégia, com público e locais restritos devido ao quantitativo limitado de doses fornecidas pelo laboratório. Nesse sentido, é necessário intensificar e unir esforços de toda a sociedade e poder público para redução dos focos do mosquito e preparação dos serviços de saúde.

Agência Gov
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Auxiliares têm aconselhado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a antecipar a indicação do presidente da COP30, que será realizada em Belém, em 2025.

A ideia original seria Lula anunciar o nome de quem presidirá a reunião da ONU para o clima em Belém durante a COP29, que acontece em novembro deste ano, em Baku, no Azerbaijão, em novembro deste ano.

Lula tem ouvido de assessores do Planalto, do Ministério do Meio Ambiente e do Itamaraty que o anúncio poderia ser feito em Nova York, agora em setembro, durante a participação do presidente em agendas às margens da abertura da Assembleia Geral da ONU. Lula tem se mostrado propenso a acatar a ideia.

Segundo assessores, a ideia de antecipar o anúncio já existia antes. Mas os fortes incêndios que atingem o país, na avaliação de fontes, “reforça a importância de evidenciar o compromisso com a agenda climática”, além de apresentar logo um nome para a comunidade internacional.

Cotado estará em NY
Nome mais cotado para ser indicado à presidência da COP 30, o Embaixador André Corrêa do Lago, fará parte da comitiva que irá a Nova York para a Assembleia Geral da ONU.

Corrêa do Lago nasceu em 1959 e exerceu, no Brasil, funções nas áreas de organismos internacionais, promoção comercial, cerimonial e energia. No exterior, serviu nas embaixadas em Madri, Praga, Washington e Buenos Aires e na Missão junto à União Europeia, em Bruxelas.

O embaixador tem trabalhado com temas de desenvolvimento sustentável desde 2001. Foi diretor do Departamento de Energia (2008-2011) e do Departamento de Meio Ambiente (2011-2013), período em que foi o negociador-chefe do Brasil para mudança do clima (2011-2013) a para a Rio+20 (2011-2012). Foi embaixador no Japão (2013-2018), na Índia (2018-2023) e, cumulativamente, no Butão (2019-2023). Desde março de 2023, é o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores.

g1
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O Projeto de Lei Complementar 121/24, do Senado, que institui um programa para que os estados e o Distrito Federal possam renegociar dívidas com a União e pagar os débitos em até 30 anos, com redução de encargos. Já aprovada pelo senadores, a proposta está em análise na Câmara dos Deputados em regime de urgência.

O Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) abrange as dívidas renegociadas desde a década de 1990 (Lei 9.496/97 e outras), até as medidas mais recentes, como a  Lei Complementar 159/17, que instituiu o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) para os entes mais endividados.

De início, os estados poderão usar bens e participações acionárias em empresas, entre outras formas de pagamento, para amortizar parte da dívida, desde que em comum acordo com a União. O saldo devedor restante será renegociado em até 360 parcelas, com novos encargos (juros e correção monetária).

Custo do refinanciamento
A correção monetária será feita por meio da inflação oficial (IPCA) acrescida de uma taxa de juros, que vai variar de zero a 2% ao ano. A proposta prevê várias combinações possíveis, dependendo da amortização inicial.

Por exemplo, os juros serão 0% se o estado conseguir antecipar 20% da dívida, além de destinar anualmente 1% do montante do saldo devedor para o Fundo de Equalização Federativa e mais 1% para investimentos específicos, como educação profissional e infraestrutura. Os juros serão de 2% se o estado saldar 10% da dívida e destinar 1% para o fundo, sem fazer os investimentos.

Em regra, o custo do refinanciamento será maior quanto menos o estado antecipar de dívida, aplicar no Fundo de Equalização Federativa e realizar os investimentos específicos.

Fundo
Os valores acumulados no Fundo de Equalização Federativa, que é criado pelo projeto, serão divididos entre todos os estados por meio de uma regra que contempla com mais recursos os menos endividados. A medida foi incluída para beneficiar as unidades com as contas em dia.

Para o estado que está no RRF (Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Goiás) e migrar para o Propag, a proposta prevê uma regra de transição: no primeiro ano, ele pagará 20% do valor das prestações, sendo o restante incorporado ao saldo devedor. O percentual vai subir gradativamente até chegar a 100% do quinto ano em diante.

Contrapartidas
O projeto também inclui contrapartidas para manter-se no Propag. Uma delas é a limitação do crescimento anual das despesas primárias.

O texto prevê três regras de correção real das despesas entre um ano e outro (IPCA + 0%, IPCA + 50% e IPCA + 70%), a depender do crescimento da receita no ano anterior e da situação fiscal (déficit ou superávit) do ente. A proposta, porém, permite que algumas despesas sejam excluídas dos limites de crescimento do gasto, como as despesas com saúde e educação.

Será aplicada a última regra (IPCA + de 70% da variação real positiva da receita primária em 2023) para os que aderirem ao Propag já em de 2024.

Por fim, o PLP 121/24 prevê algumas medidas de transparência, como a exigência de os estados divulgarem dados sobre o uso dos recursos do Fundo de Equalização Federativa.

Agência Câmara
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, recebeu a presidente do Conselho Federal da Alemanha, Manuela Schwesig, nesta terça-feira (17). Eles trataram de temas como proteção climática, combate à desinformação, fortalecimento da democracia e comércio bilateral. Ela é também governadora da região Mecklemburgo-Pomerânia, um dos 16 estados alemães. 

— Estou muito satisfeita por poder visitar hoje o Senado brasileiro e falar com meu colega presidente do Senado. É a minha primeira visita ao Brasil e todas as conversas aqui com o presidente Lula e muitos ministros me impressionaram, justamente porque sinto a importância do Brasil para o fortalecimento da democracia e a luta pela proteção do clima. E minha visita chega justamente nos dias em que o Brasil está sendo abalado por graves incêndios florestais. E sinto e penso particularmente nos muitos serviços de emergência que estão atualmente de plantão no Brasil e desejo a todos que voltem saudáveis desses incêndios e que o fogo esteja por toda parte sob controle — disse Manuela, após o encontro com Pacheco.

Ela também disse apoiar o Brasil no “fortalecimento da democracia, combate às fake news, contra a desinformação” e defendeu a prevenção contra o uso das redes sociais e da inteligência artificial contra a democracia.

— A proteção climática também é um grande problema. O Brasil tem a Conferência Mundial do Clima no ano que vem, tem a presidência do G20 e estarei acompanhada de uma grande delegação de empresários, de cientistas e de municípios. (...) Estou firmemente convencida de que a proteção do clima e as vantagens econômicas devem ser combinadas para envolver os cidadãos nessa questão. Estou impressionada com o empenho do governo em impulsionar as reformas, e aqui no Senado também — acrescentou Manuela.

O Conselho Federal da Alemanha (Bundesrat) reúne 69 representantes de todos os estados da Alemanha e tem funções legislativas. Tem semelhanças com o Senado do Brasil, mas é separado do Parlamento alemão, o Bundestag. Em 2024, é celebrado os 200 anos do início da imigração alemã ao Brasil.

Mais cedo, Manuela Schwesig já havia sido recebida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o governo federal, a delegação, que contou com empresários alemães, veio para negociar investimentos no Brasil em áreas como biogás e hidrogênio de baixa emissão de carbono. Na Europa, a Alemanha é a maior parceira comercial do Brasil, com comércio de mais de US$ 16 bilhões anuais. Há mais de 1.500 empresas alemãs instaladas no Brasil.

De acordo com a Embaixada alemã no Brasil, Manuela Schwesig tratou com as autoridades brasileiras sobre proteção climática, expansão de energias renováveis, combate à pobreza e promoção da democracia em ambos os países.

Após a reunião, Pacheco disse que também conversou com Manuela Schwesig sobre a legislação alemã que entrará em vigor no final de 2024, que proibirá a importação de produtos agrícolas oriundos de áreas que sofreram desmatamento, o que poderá atingir as vendas dos produtos brasileiros àquele país. Pacheco cobrou do governo federal que intervenha oficialmente para deixar claro que o Brasil é contra e combate o desmatamento ilegal, mas permite a supressão vegetal de maneira legal e controlada em determinados casos.

— Obviamente que ninguém aqui vai comungar com o desmatamento ilegal, com a criminalidade e com a marginalidade, que fazem com que determinadas atividades estejam contaminadas. Mas é muito importante que possa haver, por parte do governo brasileiro, uma intervenção que possa estabelecer a diferença entre desmatamento ilegal, que descumpre a legislação ambiental brasileira, e a supressão vegetal autorizada pela legislação e pelos órgãos ambientais. Esse esclarecimento é fundamental porque o Brasil é um país que disciplina as áreas produtivas — afirmou Pacheco.

Agência Senado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone nesta quarta-feira (18) com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, informou o Palácio do Planalto.

Segundo o governo brasileiro, na conversa, Lula e Putin trataram sobre queimadas no Brasil e sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia no leste europeu.

Em nota, o Palácio do Planalto informou que Putin "manifestou solidariedade ao Brasil no enfrentamento dos incêndios florestais".

Em relação ao conflito entre russos e ucranianos, o governo do Brasil afirmou que os dois presidentes trataram sobre a proposta de paz que é defendida por Brasil e China.

Brasil e China tentam convencer mais países a aderirem a proposta de cessar fogo do conflito iniciado há mais de dois anos, quando trupas russas invadiram o território da ucrânia.

Na próxima semana, após a Assembleia Geral da Nações Unidas, os governos brasileiro e chinês farão uma apresentação em Nova York sobre a proposta.

Em junho, Lula não quis participar de um encontro sobre a guerra liderado pela Suíça. Na ocasião, ele argumentou que a paz seria discutida sem a participação de representantes da Rússia. O presidente defende uma negociação que coloque ucranianos e russos nas negociações.

Lula já se encontrou com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que costuma criticá-lo por considerar a posição do líder brasileiro favorável a Putin.

Brics
De acordo com o comunicado, os presidentes conversaram ainda sobre a cúpula dos Brics, que será realizada na Rússia em outubro.

Lula tem previsão de fazer a primeira visita à Rússia neste terceiro mandato como presidente. A cúpula dos países do Brics ocorrerá entre 22 e 24 outubro em Kazan.

O Brics é um bloco de países emergentes criado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O grupo recebeu Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos com novos integrantes.

g1 PB
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (18) uma segunda etapa da chamada “Operação Marasmo”, que investiga suspeitas de um esquema de desvio de recursos públicos da saúde envolvendo dispensas indevidas de licitação e pagamentos sem cobertura contratual na compra de refeições para o Hospital de Clínicas de Campina Grande (HCCG).

A primeira etapa da operação foi realizada em novembro do ano passado, com o cumprimento de oito mandados de apreensão e com o bloqueio pela Justiça de R$ 3,2 milhões das contas dos investigados, e agora mais dois mandados de busca e apreensão são cumpridos. O objetivo, segundo a Polícia Federal, é aprofundar as investigações com relação ao caso.

Procurada pelo g1, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) ainda não se pronunciou sobre o caso.

De acordo com a PF, os danos aos cofres públicos seriam da ordem de R$ 8,7 milhões e os investigados deverão responder pelos crimes de associação criminosa, corrupção passiva e dispensa ilegal de licitação. As penas, somadas, chegam a 23 anos de reclusão.

A operação foi realizada com autorização da 4ª Vara Federal.

g1 PB
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Seis brasileiros e três italianos foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por organização criminosa internacional e lavagem de dinheiro para a máfia italiana. A denúncia foi divulgada nesta terça-feira (17) e uma das formas de lavar o dinheiro proveniente de crimes como tráfico de drogas, extorsão e homicídio era adquirindo imóveis. Notavelmente na Paraíba, foram identificados apartamentos em Cabedelo e uma casa de luxo em um resort em Bananeiras.

A atual denúncia é resultado da Operação Arancia, que investigou uma ramificação da Cosa Nostra, uma das maiores organizações mafiosas da Itália que atua no Brasil, especialmente no Rio Grande do Norte e na Paraíba.

Em Bananeiras, uma casa de luxo em um resort foi adquirida. Em Cabedelo, foram comprados apartamentos em Intermares. Todos esses investimentos foram financiados com os lucros do tráfico de drogas e da extorsão realizada em Palermo, na Itália.

No Rio Grande do Norte, a partir de 2009, inúmeros investimentos corporativos e imobiliários foram identificados, como a compra de um restaurante de luxo em Natal e um grande loteamento residencial no município de Extremoz.

Quem são os mafiosos?
Segundo o MPF, Giuseppe Calvaruso é apontado como o principal líder da máfia Cosa Nostra no Brasil, orquestrando o esquema de remessa e lavagem de ativos ilícitos sicilianos. Ele contou com a colaboração fundamental de Giuseppe Bruno e Pietro Ladogana.

Pietro Ladogana, junto com sua então companheira, utilizou empresas e funcionários "laranjas", além de transações fictícias, para receber e reinvestir vultosos recursos da máfia italiana no Brasil, especialmente em setores imobiliários e de serviços, conferindo aparência de legalidade aos recursos.

Após a prisão de Pietro em 2014, sua esposa continuou o esquema criminoso com Giuseppe Bruno, lavando pelo menos R$300 milhões com laranjas e empresas de fachada.

Segundo as autoridades italianas o valor total dos ativos investidos podem superar 500 milhões de euros, em valores atuais, mais de R$ 3 bilhões.

Além dos líderes mafiosos a organização Cosa Nostra contou com a participação de diversos "laranjas" para dificultar a rastreabilidade dos recursos ilícitos. Esses "laranjas" assumiram posições estratégicas em empresas de fachada chegando a serem "sócios", mesmo sem ter experiência profissional, rendimentos ou patrimônio compatíveis com os recursos movimentados.

Entre os principais "laranjas" estão Sara da Silva Barros, companheira de Giuseppe Bruno; Jonas Lopes Barros, meio-irmão de Sara; Ene Maria de Oliveira, irmã de Sara; Regina Souza da Silva, que foi companheira de Pietro Ladogana; Gláucia Figueiredo dos Santos, que participou como sócia-laranja em empresas fictícias e Tamara Maria de Barros Lima, também companheira de Pietro Ladogana.

Operação Arancia
Deflagrada em agosto deste ano, a Operação Arancia resultou no mandado de prisão preventiva de Giuseppe Bruno, um dos líderes da mafia, além de cinco mandados de busca e apreensão, em três estados brasileiros: Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Piauí. Simultaneamente, a Direção Distrital Antimáfia de Palermo coordenou 21 buscas em várias regiões da Itália e na Suíça.

Além da condenação dos envolvidos, na denúncia desta terça-feira (17), o MPF pediu à Justiça a manutenção da prisão preventiva de Giuseppe, que está sob custódia na Itália, e de Pietro Lagodana, que atualmente cumpre pena no Presídio Estadual de Alcaçuz, no RN.

Ainda nesta terça-feira, a Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5a Região (TRF5) negou pedido de habeas corpus e Giuseppe Bruno segue preso aguardando julgamento.

A Equipe Conjunta de Investigação (ECI) responsável pela operação é formada pelo MPF, Polícia Federal, Procuradoria de Palermo e pela polícia italiana, com o apoio da Agência da União Europeia para a Cooperação Judiciária Penal, Eurojust.

g1 PB
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