A missão de fazer discípulos
A missão de fazer discípulos em todo o lugar é também a nossa missão (cf. Mt 28,19). Todos que se comprometem a seguir Jesus Cristo são convidados por Ele a assumir a importante missão de fazer discípulos em todos os lugares: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19). Como você tem vivido o seu discipulado?
Antes de sua morte e ressurreição, Jesus passou um tempo da Sua vida preparando Seus discípulos; era necessário que Seus apóstolos dessem continuidade à missão de evangelizar para que a Palavra de Deus se expandisse até os confins da Terra.
Quando evangelizamos, ensinamos as pessoas a observar as palavras do Mestre: “Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado” (Mt 28,20). Mas, antes, precisamos fazer a experiência com Jesus e com Sua Palavra. É necessário nos configurarmos a Ele, vivermos como Ele viveu. Para que a missão de evangelizar seja eficaz, faz-se necessário estar a Seus pés e escutá-Lo com atenção.
A missão de fazer discípulos
Mas como o Senhor sabe que somos fracos e medrosos, enviou seu Espírito sobre nós. É o Espírito quem nos capacita: “Mas recebereis o poder do Espírito Santo que virá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1,8). Nesta missão, não estamos sós, o Espírito vem em nosso auxílio para nos recordar todo o aprendizado: “Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (Jo 14,26).
Portanto, nada de timidez: “Pois Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de força, de amor e de moderação” (2 Tm 1,7).
Vamos juntos evangelizar? Coragem! Jesus o convida a ser instrumento eficaz na evangelização. A missão de fazer discípulos é também a sua. Dê a sua resposta ao Senhor!
Sua irmã,
Cássia Duarte Leal
Canção Nova
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Eventos históricos
1209 — Otão IV é coroado Imperador do Sacro Império Romano pelo Papa Inocêncio III
1227 — Assassinato do califa Abu Maomé Aladil de Marrocos.
1302 — A guerra bizantino-veneziana chega ao fim.
1511 — Formação da Santa Liga de Aragão, Estados Papais e Veneza contra a França.
1535 — A Bíblia de Coverdale é impressa, com traduções para o inglês por William Tyndale e Myles Coverdale.
1582 — O calendário gregoriano é introduzido pelo Papa Gregório XIII.
1636 — Guerra dos Trinta Anos: o Exército Sueco derrota os exércitos da Saxônia e do Sacro Império Romano na Batalha de Wittstock.
1777 — Guerra Revolucionária Americana: tropas sob o comando de George Washington são repelidas por tropas britânicas sob a liderança de William Howe.
1795 — Napoleão se destaca pela supressão de manifestantes contrarrevolucionários que ameaçam a Convenção Nacional.
1824 — O México adota uma nova constituição e se torna uma república federal.
1830 — A Revolução Belga toma forma legal quando o governo provisório se separa do Reino Unido dos Países Baixos.
1852 — Após 18 meses presos e acusados de alta traição com base em documentos falsos, começa em Colônia o julgamento dos 11 membros da Liga dos Comunistas que participaram das revoluções de 1848 nos Estados alemães.
1853 — A Guerra da Crimeia começa quando o Império Otomano declara guerra ao Império Russo.
1883 — Primeira viagem do Expresso do Oriente.
1910 — Início da revolução republicana em Portugal depõe o rei D. Manuel II.
1917 — Primeira Guerra Mundial: a Batalha de Broodseinde é travada entre os exércitos britânico e alemão na Flandres.
1925
1927 — Gutzon Borglum começa a esculpir o Monte Rushmore.
1936 — A União Britânica de Fascistas e várias organizações antifascistas se enfrentam violentamente na Batalha de Cable Street.
1942 — O Cruzeiro é instituído por Getúlio Vargas como a moeda oficial do Brasil.
1957 — O Sputnik 1 se torna o primeiro satélite artificial a orbitar a Terra.
1958 — A atual constituição da França é adotada.
1960 — Um avião cai ao decolar do Aeroporto Internacional Logan, em Boston, matando 62 pessoas.
1963 — O furacão Flora mata mais de 7 000 pessoas em Cuba e no Haiti.
1966 — Basutolândia torna-se independente do Reino Unido e é renomeada Lesoto.
1967 — Omar Ali Saifuddien III de Brunei abdica em favor de seu filho.
1983 — Richard Noble estabelece um novo recorde de velocidade terrestre de 1.019,468 km/h no deserto de Black Rock, em Nevada.
1985 — Fundação da Free Software Foundation.
1991 — O Protocolo de Proteção Ambiental do Tratado da Antártica é aberto para assinatura.
1992
1993 — Tanques bombardeiam o parlamento russo, enquanto manifestantes contra o presidente Yeltsin se manifestam do lado de fora.
2001 — O voo 1812 da Siberia Airlines cai após ser atingido por um míssil ucraniano errante. Setenta e oito pessoas morreram.[2]
2003 — O atentado suicida do restaurante Maxim em Israel mata vinte e um israelenses, judeus e árabes.
2004 — O SpaceShipOne ganha o Prêmio Ansari X por voo espacial financiado apenas por fundos privados.
2006 — A WikiLeaks é lançada.
2010 — O acidente na fábrica de Ajka na Hungria libera um milhão de metros cúbicos de lodo de alumina líquida, matando nove pessoas, ferindo 122 e contaminando gravemente dois grandes rios.
2017 — Forças Especiais Conjuntas Nigerino-Americanas são emboscadas por militantes do Estado Islâmico fora da vila de Tongo Tongo.
2020 — Após novo referendo, Nova Caledônia decide permanecer como território ultramarino da França.[3]
Wikipédia
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São Francisco de Assis, fundador dos Franciscanos
Origens
Filho de Pedro e Dona Pica Bernardone, Francisco nasceu entre 1181 e 1182, na cidade de Assis, Itália. Seu pai era um rico e próspero comerciante. Foi batizado em Santa Maria Maior com o nome de João (Giovanni). Mas quando Pietro Bernardone voltou de uma viagem à França, mudou de ideia e resolveu trocar o nome do filho para Francisco, prestando uma homenagem àquela terra.
Ambições
Segundo a maioria dos biógrafos de São Francisco de Assis, o caráter e as qualidades melhores lhe vieram da mãe. Como todo jovem ambicioso de sua época, Francisco desejava conquistar, além da fortuna, também a fama e o título de nobreza. Para tal, fazia-se necessário tornar-se herói em uma dessas frequentes batalhas. No ano de 1201, incentivado por seu pai, ele partiu para uma guerra que os senhores feudais haviam declarado contra a Comuna de Assis.
Entre 1202 e 1205, encontramos um Francisco inquieto. Não é apenas a consequência de uma doença longa e misteriosa. É a inquietude de quem está incerto quanto ao sentido de sua vida. Ele decide ser cavaleiro e vai em nome da honra defender a Igreja e seus interesses, convocados pelo Papa Inocêncio III.
O Encontro e a Renúncia dos Bens
Na cidade de Espoleto, sintomas de febre fizeram com que Francisco não pudesse partir. Ali pensou ter ouvido a voz do Senhor, com quem dialogou: “Francisco, o que é mais importante, servir ao Senhor ou servir ao servo? Servir ao Senhor, é claro. Respondeu o jovem. Então, por que te alistas nas fileiras do servo? Senhor, o que quereis que eu faça? Volta a Assis e ali te será dito, diz a Voz”.
Em busca de respostas, decidiu viajar para Roma, isso no ano de 1205. Visitou a tumba do Apóstolo São Pedro e exclamou: “É uma vergonha que os homens sejam tão miseráveis com o Príncipe dos Apóstolos!” E jogou um grande punhado de moedas de ouro, contrastando com as escassas esmolas de outros fiéis menos generosos. A seguir, trocou seus ricos trajes com os de um mendigo e fez sua primeira experiência de viver na pobreza. Voltou a Assis, à casa paterna, entregando-se ainda mais à oração e ao silêncio.
O Pedido de São Damião
Em 1206, passeando a cavalo pelas campinas de Assis, viu um leproso, repugnante à vista e ao olfato, lhe causando nojo. Mas, então, movido por Deus, colocou seu dinheiro naquelas mãos sangrentas e deu-lhe um beijo. Falando depois a respeito desse momento, ele diz: “O que antes me era amargo, mudou-se então em doçura da alma e do corpo. A partir desse momento, pude afastar-me do mundo e entregar-me a Deus”. Pouco depois, entrou para rezar e meditar na pequena capela de São Damião, semidestruída pelo abandono. Estava ajoelhado em oração aos pés de um crucifixo quando uma voz, saída do crucifixo, lhe falou: “Francisco, vai e reconstrói a minha Igreja que está em ruínas”.
Afastamento da Família e dos Amigos
Seu Pai se indignava cada vez mais e resolveu exigir que seu filho lhe devolvesse tudo quanto recebera dele, levou perante o bispo para que o julgasse. Francisco, ciente da sentença de Cristo: “Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais que a Mim, não é digno de Mim” (Mt 19,29), sem vacilar um momento se despojou de tudo até ficar nu, jogou os trajes e o dinheiro aos pés de seu pai, e exclamou: “Até agora chamei de pai a Pedro Bernardone. Doravante não terei outro pai, senão o Pai Celeste”. O Bispo, então, o acolheu. Daquele momento em diante, cantando “Sou o arauto do Grande Rei, Jesus Cristo”, afastou-se de sua família e de seus amigos e entregou-se ao serviço dos leprosos e à reconstrução das capelas da cidade.
Viver puramente o Evangelho
Quando estava quase encerrando a reconstrução da capelinha de Santa Maria dos Anjos, perguntava-se o que faria, o que Deus queria dele. Então, certo dia, Francisco escutou, durante a missa, a leitura do Evangelho: “sem túnicas, sem bastão, sem sandálias, sem provisões, sem dinheiro no bolso …” (Lc 9,3). Tais palavras encontraram eco em seu coração e foram para ele como intensa luz. E exclamou, cheio de alegria: “É isso precisamente o que eu quero! É isso que desejo de todo o coração!” E sem demora, começou a viver, como o faria em toda a sua vida, a pura letra do Evangelho. Repetia sempre para si e, mais tarde, também para seus companheiros: “Nossa regra de vida é viver o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo”!
Não queria seguidores, somente viver sua vida austera e evangelizar
A partir de então, Francisco saiu a pregar percorrendo as vizinhanças e levando o Evangelho. Não tinha intenção nenhuma de adquirir seguidores, somente viver sua vida austera e evangelizar. Porém, logo Bernardo de Quintaval se juntou a ele e pelo caminho juntou-se aos dois Pedro de Catânia.
Por três vezes abriram o livro do Evangelho, e as três respostas que encontraram foram as seguintes: “Se queres ser perfeito, vende o que tens e dá-o aos pobres. Depois vem e segue-me” (Mt 19,21). “Não leveis nada pelo caminho, nem bastão, nem alforge, nem uma segunda túnica…” (Lc 9,3). “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me” (Mt 16,24). “Isto é o que devemos fazer, e é o que farão todos quantos quiserem vir conosco” – exclamou Francisco, que subitamente viu brilhar uma luz sobre o caminho que ele e seus companheiros deveriam seguir.
Fundação da Fraternidade dos Irmãos Menores
Finalmente, encontrou o que por tanto tempo havia procurado! Isto aconteceu a 24 de fevereiro de 1208, dando início à fundação da Fraternidade dos Irmãos Menores.
Em 1209, Francisco e seus companheiros foram até o Papa Inocêncio III para pedir a aprovação de seu carisma. Ele ficou maravilhado com o propósito de vida daquele grupo e, especialmente, com a figura de São Francisco de Assis, a clareza de sua opção e a firmeza que demonstrava. Reconheceu nele o homem que há pouco vira em sonho, segurando as colunas da Igreja de Latrão, que ameaçava ruir.
O Reconhecimento do Próprio Deus na sua Obra
O Papa reconheceu que era o próprio Deus quem inspirava São Francisco de Assis a viver radicalmente o Evangelho, trazendo vida nova a toda a Igreja. Por isso, deu a seu modo de viver o Evangelho a aprovação oficial. Autorizou Francisco e seus seguidores a pregarem o Evangelho nas igrejas e fora delas.
Inspiração de Clara
Francisco inspirou Clara para a santidade, dela surgiram as clarissas. Tomás de Celano diz: “Então, se submeteu toda ao conselho de Francisco, tomando-o como condutor de seu caminho, depois de Deus. Por isso, sua alma ficou pendente de suas santas exortações, e a acolhia num coração caloroso tudo que ele lhe ensinava sobre o bom Jesus. Já tinha dificuldade para suportar a elegância dos enfeites mundanos, e desprezava como lixo tudo que aplaudem lá fora, para poder ganhar a Cristo”.
Páscoa
Todos os anos, de 15 de agosto a 29 de setembro, São Francisco de Assis tinha o costume de preparar-se com uma quaresma de oração e jejum para a festa de São Miguel Arcanjo. No ano de 1224, ele teve a visão do Serafim alado e recebe os estigmas. Seu estado de saúde piora muito a partir daí. Era final de agosto, em 1226, pede para ser levado à Porciúncula. No dia 3 de outubro, à tarde, São Francisco de Assis morreu cantando “mortem suscepit”. No domingo seguinte, foi sepultado na igreja de São Jorge, na cidade de Assis.
Via de Santificação
No dia 16 de julho de 1228, São Francisco de Assis foi canonizado pelo Papa Gregório IX. Tornou-se o padroeiro dos animais, pela sua admiração e relação estreita com a natureza. Também foi elevado a padroeiro principal da Itália, em 1939 por Pio XII.
Oração de São Francisco de Assis:
“Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa Paz. Onde houver Ódio, que eu leve o Amor. Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão. Onde houver Discórdia, que eu leve a União. Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé. Onde houver Erro, que eu leve a Verdade. Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança. Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria. Onde houver Trevas, que eu leve a Luz! Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando, que se recebe. Perdoando, que se é perdoado e é morrendo, que se vive para a vida eterna! Amém.”
Minha oração
“Ó grande reformador da Igreja, pai de uma multidão de santos e religiosos, concedei a nós imitar as suas virtudes de caridade, pobreza e castidade, assim como nos espelhar na tua espiritualidade que formou tantas almas. Que o Amor encarnado seja amado! Amém.”
São Francisco de Assis, rogai por nós!
Canção Nova
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As eleições municipais de 2024 no Brasil revelam um aumento nos gastos de campanha. Apenas o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) disponibilizou R$ 4,96 bilhões aos partidos políticos. O montante é mais do que o dobro do oferecido nas eleições de 2020, cerca de R$ 2 bilhões.
A distribuição do FEFC, também conhecido como Fundo Eleitoral ou Fundão, entre os partidos é feita conforme critérios definidos por resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE):
2%: igualmente entre todos os partidos com estatutos registrados no TSE.
35%: entre os partidos com pelo menos um representante na Câmara dos Deputados, proporcionalmente aos votos obtidos na última eleição.
48%: conforme o número de representantes na Câmara dos Deputados, considerando as legendas dos titulares.
15%: conforme o número de representantes no Senado Federal, considerando as legendas dos titulares.
Nas eleições municipais deste ano, os partidos com mais recursos do FEFC são o PL com R$ 886,8 milhões, o PT com R$ 619,8 milhões e União Brasil, PSD e PP, respectivamente, com R$ 536,5 milhões, R$ 420,9 milhões e R$ 417 milhões.
A distribuição dos recursos do FEFC entre os candidatos é uma decisão interna das legendas, que devem respeitar apenas os limites de gastos previstos para o cargo (vereador e prefeito) e o tamanho do município, além da cota mínima para candidaturas de mulheres e de negros.
Em municípios pequenos, por exemplo, o limite de gastos para candidaturas é de R$ 15,9 mil para vereador e de R$ 159,8 mil para prefeito. Em São Paulo, maior metrópole do País, o limite de gastos para candidaturas a vereador pode alcançar R$ 4,7 milhões, podendo passar de R$ 67 milhões nas candidaturas a prefeito. No Rio de Janeiro, os respectivos limites para candidaturas a vereador e prefeito são de R$ 2 milhões e R$ 29,3 milhões. Esses gastos podem aumentar em caso de segundo turno.
Outras fontes
Conforme a legislação, além do FEFC, os candidatos também podem financiar suas campanhas por meio de doações de pessoas físicas, incluindo as feitas pela internet e transferências bancárias. Doações de empresas não são permitidas.
Vaquinhas
Nas eleições municipais deste ano, as doações de pessoas físicas para candidaturas a prefeito somam R$ 251 milhões, uma redução de 56,5% em comparação com o volume doado em 2020 (R$ 577 milhões). Os candidatos têm recebido menos também por meio de sites de financiamento coletivo. O valor arrecadado com as chamadas vaquinhas virtuais somam neste ano R$ 6,5 milhões, uma queda em relação aos R$ 14,7 milhões arrecadados em 2020.
Os candidatos a prefeito receberam ainda quase R$ 258 milhões de doações por PIX - modalidade que não estava disponível nas eleições passadas.
Especialista em Direito Político e Econômico, Antonio Minhoto afirma que a dificuldade de estímulo das pessoas físicas para doarem está ligada a questões culturais e de desconfiança em relação ao uso dos recursos. “Existe um receio sobre quais são as restrições legais e o que será feito do dinheiro doado. Isso gera uma desconfiança que ainda torna tímidas as doações individuais, especialmente de pessoas físicas”, explica.
A legislação eleitoral estabelece como gastos de campanha diversas despesas, incluindo a produção de material publicitário, propaganda, aluguel de locais para eventos e remuneração de serviços prestados a candidatos ou partidos.
Agência Câmara
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Estabelecido pela reforma tributária com o objetivo de desestimular o consumo de produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, o Imposto Seletivo será tema audiência pública interativa da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) agendada para terça-feira (8), às 14h.
A reunião faz parte de um ciclo de debates solicitado pelo presidente da comissão, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), para apoiar o grupo de trabalho coordenado pelo senador Izalci Lucas (PL-DF) na avaliação dos projetos de regulamentação da reforma tributária (Emenda Constitucional 132).
O projeto em análise (PLP 68/2024), entre outros temas, prevê a substituição de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) por três: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo, que vai incidir sobre produtos como bebidas alcoólicas, cigarros, bebidas com alto teor de açúcar e veículos a combustão. A reforma tributária permite ainda a cobrança de 1% do Imposto Seletivo na extração de recursos naturais não renováveis, como minérios e petróleo. A regulamentação do Imposto Seletivo poderá também diminuir ou zerar as alíquotas a algum tipo de produto específico, que serão determinadas por posterior lei ordinária.
Foram convidados para a audiência pública:
Agência Senado
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A agência Fitch não deve elevar a classificação de risco de crédito do Brasil no curto prazo devido a dúvidas de que o país será capaz de melhorar significativamente suas contas públicas, apesar do crescimento econômico melhor do que o esperado, disse à Reuters Todd Martinez, codiretor de riscos soberanos das Américas da Fitch.
A agência atualmente classifica o crédito do Brasil como BB, com perspectiva estável, dois níveis abaixo do chamado grau de investimento.
"Para elevar a classificação de crédito do Brasil, precisaríamos ter mais confiança na capacidade do governo de gerar superávits primários", disse Martinez em entrevista na quinta-feira.
No início desta semana, a agência Moody's elevou a classificação de crédito do Brasil para apenas um nível abaixo do grau de investimento, em um voto de confiança para o país, que perdeu seu status de baixo risco há quase uma década.
A Fitch, no entanto, está mantendo uma postura mais conservadora do que a Moody's, que elevou as classificações de emissor de longo prazo e títulos sêniores sem garantia do Brasil para Ba1, de Ba2, com perspectiva positiva.
Martinez, da Fitch, observou que a atividade econômica no Brasil continuou a surpreender positivamente. Atualmente, os economistas esperam que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça em torno de 3% em 2024.
"Mas as contas públicas continuam sendo um ponto fraco, com repercussões na confiança, nas taxas de câmbio e, portanto, no crescimento", disse ele.
Por outro lado, Martinez elogiou os esforços do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para melhorar a situação fiscal, com mudanças em suas regras tributárias e um acordo recente para reverter as isenções da folha de pagamentos.
Apesar destes movimentos, a Fitch ainda vê o déficit primário subindo para 1,0% do PIB em 2025, de 0,6% neste ano, antes de cair para 0,8% em 2026. Com base nas expectativas atuais da agência para crescimento e taxas de juros, isso elevaria a relação entre dívida bruta e PIB de 77,8% este ano para 83,9% até 2026.
Assim como a Fitch, a agência de classificação de risco Standard & Poor's mantém o Brasil dois níveis abaixo do grau de investimento, com classificação BB e perspectiva estável.
Mas Lula e sua equipe econômica sonham com o Brasil recuperando o grau de investimento perdido em 2015. No fim de setembro, em visita a Nova York, o presidente se encontrou com representantes das três agências de classificação de risco para discutir a nota de crédito do Brasil.
Reuters
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O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse nesta sexta-feira (5) que Israel "não durará muito" e convocou "todos os muçulmanos" a lutar contra o país.
Khamenei falou pela primeira vez desde a escalada de tensões entre Israel e Irã. Ele defendeu o ataque com mísseis do Irã ao território israelense nesta semana e a invasão do Hamas ao sul de Israel há um ano, quando os terroristas mataram 1.200 pessoas, dando início à guerra em Gaza.
O líder supremo classificou os dois ataques de "atos legítimos". Também chamou Hassan Nasrallah, o líder do Hezbollah morto por Israel em um ataque ao Líbano no fim de semana, de "irmão".
"A resistência da região não vai recuar inclusive com a morte de nossos líderes", declarou.
Khamenei discursou durante as orações semanais do islã em Teerã. Pela primeira vez em cinco anos, ele comandou a cerimônia, em homenagem Nasrallah.
Reação do Líbano
Três dias após Israel invadir o território libanês, as Forças Armadas do Líbano reagiram nesta quinta-feira (3) pela primeira vez à ofensiva e dispararam contra soldados israelenses.
Segundo as Forças Armadas do Líbano, militares libaneses reagiram depois que um grupamento de Israel atacou um posto militar do Exército libanês. O ataque deixou um soldado do Líbano morto.
Na prática, trata-se uma escalada do conflito. Desde que invadiu o Líbano, no início desta semana, Israel vinha enfrentando apenas integrantes do Hezbollah, o grupo extremista libanês financiado pelo Irã.
"Um soldado morreu depois que o inimigo israelense atacou um posto militar na área de Bint Jbeil, no sul, e os militares responderam com disparos", disse o Exército libanês, em comunicado.
Desestruturado e enfraquecido após duas guerras e em meio a uma das maiores crises econômicas internas no mundo atualmente, o Exército do Líbano sofre com falta de equipamentos, fundos e contingentes. Por isso, tem poucas condições de enfrentar o Exército israelense, na avaliação de especialistas.
Já o Hezbollah, financiado pelo Irã, tem um arsenal maior que o do Exército libanês.
As Forças Armadas de Israel ainda não haviam confirmado se atiraram contra o posto militar libanês nem se manifestado sobre o caso até a última atualização desta reportagem.
O governo israelense vinha afirmando que os bombardeios e as incursões por terra no país vizinho não têm como alvo o Estado do Líbano, mas sim estruturas específicas do Hezbollah dentro do território libanês.
Mais de 1.900 mortos
Em menos de duas semanas, os bombardeios de Israel ao Líbano já deixaram 1.974 pessoas mortas, afirmou nesta quinta-feira (3) o Ministério da Saúde libanês.
Desse total, 127 eram crianças, ainda de acordo com o ministério.
Mais de 6 mil pessoas também ficaram feridas em decorrência dos bombardeios.
O número ultrapassou o balanço total de mortos na guerra do Líbano em 2006 — quando Israel também invadiu o país vizinho para lutar contra o Hezbollah. Em pouco mais de um mês, o conflito teve um total de 1.191 mortos, entre civis, soldados e membros do Hezbollah.
No conflito atual, as Forças Armadas de israelenses começaram a bombardear o território libanês em 20 de setembro, dias depois de anunciar uma nova fase da guerra, com foco no norte de Israel, perto da fronteira com o sul do Líbano. A região é o reduto do Hezbollah
No último dia 30, Israel invadiu o Líbano por terra. Nesta quinta-feira, dois novos ciclos de bombardeios atingiram o centro de Beirute, matando nove pessoas e ferindo outras 14.
Crise humanitária grave
Durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU na quarta-feira (2), o representante interino do Líbano na ONU, Al-Sayyid Hadi Hashim, afirmou que o país foi empurrado para uma crise humanitária grave, com milhares de pessoas desabrigadas.
Segundo Hashim, um milhão de libaneses precisaram deixar suas casas por causa do conflito. O país também abriga 2 milhões de sírios deslocados, além de 500 mil palestinos refugiados.
"O que está acontecendo agora, com essas mortes, pessoas desabrigadas e destruições sem precedentes, não pode ser mais tolerado ou ignorado. As crianças dos subúrbios do sul de Beirute estão dormindo nas ruas", afirmou.
Do lado de Israel, 50 soldados morreram em confrontos diretos com membros do Hezbollah no sul do Líbano, segundo as Forças Armadas israelenses. Oito deles foram mortos na quarta-feira (2) em uma emboscada do grupo extremista em um vilarejo no sul.
O representante de Israel na ONU, Danny Danon, disse que o país enfrenta ataques diretos à própria existência. "Essa é a realidade que enfrentamos todos os dias: terror nas fronteiras, mísseis sobre nossas cabeças, balas nas ruas. O Conselho [de Segurança da ONU] precisa entender o cenário em que Israel é forçado a viver", disse.
O representante do Líbano rebateu o argumento de Israel e disse ser "mentira" que as forças israelenses tenham feito ataques precisos e "cirúrgicos".
"Os prejuízos aos civis e à infraestrutura civil são imensos", afirmou Hashim. "Hoje, o Líbano está preso entre a máquina de destruição de Israel e a ambição de outros na região. As pessoas do Líbano rejeitam essa fórmula fatal. O Líbano merece vida."
O governo do Líbano pediu ao Conselho de Segurança da ONU o envio de ajuda humanitária urgente e apelou por um aporte financeiro de US$ 426 milhões (R$ 2,3 bilhões). O país também pediu para que outras nações pressionem Israel para a aprovação de um cessar-fogo de 21 dias proposto por França e Estados Unidos.
"O Conselho de Segurança deve tomar as medidas para evitar uma implosão do Oriente Médio", afirmou Hashim.
Entenda o conflito
Israel disse que está fazendo uma operação militar contra o grupo extremista Hezbollah. Embora tenha atuação política no Líbano, a organização possui um braço armado com forte influência no país. Além disso, o Hezbollah é apoiado pelo Irã e é aliado dos terroristas do Hamas.
Os extremistas têm bombardeado o norte de Israel desde outubro de 2023, em solidariedade ao Hamas e às vítimas da guerra na Faixa de Gaza.
Nos últimos meses, Israel e Hezbollah viveram um aumento nas tensões. Um comandante do grupo extremista foi morto em um ataque israelense no Líbano, em julho. No mês seguinte, o grupo preparou uma resposta em larga escala contra Israel, que acabou sendo repelida.
Mais recentemente, líderes israelenses emitiram uma série de avisos sobre o aumento de operações contra o Hezbollah.
O gatilho para uma virada no conflito veio após os seguintes acontecimentos:
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O Fluminense venceu o Cruzeiro por 1 a 0, com gol do colombiano Jhon Arias, e saiu da zona de rebaixamento no começo da 29ª rodada ao chegar aos 30 pontos. A posição final será definida na sequência dos jogos que acontecem neste final de semana.
A partida marcou o reencontro do Tricolor com o técnico Fernando Diniz, que assumiu recentemente o Cruzeiro.
Começo celeste
Fluminense e Cruzeiro protagonizaram uma primeira etapa muito aberta no Maracanã em um duelo de um time que tentava pressionar alto e outro que buscava sair jogando de trás, respectivamente. Foi justamente quando conseguiu fazer essa pressão de forma mais efetiva que o Fluminense criou as melhores oportunidades, duas vezes em erros de Villalba. Mas quem foi mais perigoso foi o Cruzeiro. Saindo bem com a bola de trás, o time mineiro criou pelo menos três grandes oportunidades de gol, uma delas salva por Thiago Santos em cima da linha.
Craques decidem
A volta do intervalo mostrou um jogo menos intenso. O Cruzeiro cometia muito erros na saída de bola. Um deles originou o gol tricolor. Cássio tentou sair rapidamente e mandou pela lateral. Samuel Xavier cobrou rápido, a construção começou de trás com Martinelli até chegar a Ganso. O camisa 10 tocou para Arias, recebeu de volta e lançou o camisa 21 na área. Arias bateu cruzado e abriu o placar. Em vantagem, o Tricolor tentou esfriar o jogo com muitas faltas, enquanto os cruzeirenses tentavam se lançar à frente com pouca organização e muitos erros. O único lance de perigo foi uma cabeçada de Matheus Henrique defendida por Fábio de forma espetacular. Vitória garantida e saída momentânea do Z-4.
Seca histórica
A vitória tricolor mantém uma escrita de mais de uma década do Fluminense sobre o Cruzeiro. A última vitória celeste sobre o adversário no Rio de Janeiro foi há 12 anos, em 2012 no Nilton Santos, e no Maracanã há 16 anos, em 2008.
Tom de despedida?
Autor do gol da vitória, Jhon Arias desconversou ao ser perguntado se vai deixar o Fluminense no fim do ano. O colombiano se disse "100% focado em livrar o clube do rebaixamento e em criar a filha".
Erros em excesso
O Cruzeiro cometeu muitos erros na saída de bola, marca registrada de Fernando Diniz e que vira motivo de elogios e críticas ao treinador. William criticou os erros da equipe, especialmente no segundo tempo.
Situação da tabela
A vitória coloca o Fluminense com 30 pontos e garante a saída momentânea do Z-4. O Tricolor subiu para a 16ª colocação, passando Vitória e Corinthians, que ainda jogam na rodada. O Cruzeiro segue na 8ª posição, não vai ser ultrapassado por nenhuma equipe, mas pode ver o G-6 se distanciar.
Próximos passos
Os dois times agora ganham descanso de duas semanas durante a Data Fifa antes de voltar em campo. O Fluminense enfrenta o Flamengo no dia 17 de outubro, às 20h, no Maracanã. No dia seguinte, o Cruzeiro recebe o Bahia no Mineirão, às 21h30.
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No duelo entre catarinenses e goianos contra o rebaixamento na Série A do Campeonato Brasileiro, o Criciúma levou a melhor e venceu o Atlético-GO por 2 a 0 na noite desta quinta-feira. O time comandado por Cláudio Tencati balançou a rede com Rodrigo e Fellipe Mateus e viu o Z-4 ficar mais longe com o triunfo no Estádio Heriberto Hülse, enquanto o Dragão segue na lanterna.
COMO FICA?
Com a vitória diante da torcida, o Criciúma somou os três pontos, chegou aos 35 e pulou para o 11º lugar na tabela, abrindo sete pontos da zona de rebaixamento. Do outro lado, o Atlético-GO, com 21, está em último.
PRIMEIRO TEMPO!
A etapa inicial foi marcada por um Criciúma tenso e um Atlético-GO com espaços e mais lances de perigo. Porém, foi o time da casa que passou a comandar a partida após os 25 minutos. Allano, por exemplo, protagonizou dois momentos que fizeram a torcida carvoeira levantar da arquibancada. Aos 28 minutos, o atacante mandou a bola no travessão do Dragão. Na sequência, aproveitou a falha do goleiro Pedro Rangel, mas acabou finalizando por cima do alvo. Quando o relógio marcava 41, Matheusinho levantou na área, e o zagueiro Rodrigo apareceu livre no segundo pau para cabecear direto na rede.
SEGUNDO TEMPO!
A etapa final começou como o primeiro tempo terminou: com gol do Criciúma. Allano recebeu a bola na área e cruzou rasteiro para Fellipe Mateus. O camisa 7 chegou batendo de primeira e conseguiu encobrir Pedro Rangel e ampliar o placar. Bolasie, em seguida, teve nos pés a chance de fazer o terceiro, mas desperdiçou. O atacante saiu cara a cara com o goleiro do Dragão, que levou a melhor na disputa individual. Atrás no marcador, o time visitante pouco criou para buscar a igualdade no Majestoso.
AGENDA DO TIGRE!
O próximo compromisso do time catarinense na Série A será contra o Botafogo, pela 30ª rodada. A partida acontece no dia 18 de outubro (sexta-feira), às 20h (de Brasília), no Maracanã.
AGENDA DO DRAGÃO!
O Atlético-GO entra em campo novamente no dia 18 de outubro (sexta-feira), às 19h (de Brasília), contra o Cuiabá, no Estádio Antônio Accioly, em Goiânia, também na 30ª rodada do Brasileiro.
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O governo brasileiro decidiu adiar em 24 horas a decolagem do primeiro voo que sairia de Beirute, capital do Líbano, para repatriar brasileiros que querem deixar as áreas de conflito no país.
Com isso, a previsão é de que o avião da Força Aérea Brasileira deixe o país apenas às 14h deste sábado (5), pelo horário de Brasília.
A decisão foi tomada por razões de segurança, segundo o governo informou aos próprios brasileiros no Líbano. As informações foram confirmadas à TV Globo por autoridades envolvidas na missão de repatriação.
"Informamos que, por considerações de segurança, o voo de repatriação precisou ser adiado. Você será avisado oportunamente. Sairá possivelmente amanhã, 05/10", diz a mensagem enviada aos brasileiros por volta das 4h desta sexta (horário de Brasília).
Horas depois, o Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota confirmando o adiamento.
"Em consequência da necessidade de medidas adicionais de segurança para os comboios terrestres que se dirigirão ao aeroporto da capital libanesa, a operação do primeiro voo brasileiro de repatriação não ocorrerá no dia de hoje. Novas informações sobre o voo serão prestadas ao longo do dia", informou o Itamaraty.
O avião da FAB, um KC-30 com capacidade para cerca de 220 pessoas, está em Lisboa, Portugal – e só deve seguir para o Líbano quando houver condições de decolar novamente.
O território libanês tem sido alvo de ataques israelenses em uma ofensiva do país liderado por Benjamin Netanyahu contra o grupo extremista Hezbollah.
Na noite desta quinta (horário do Líbano), Israel bombardeou as proximidades do aeroporto de Beirute. Antes da confirmação do adiamento, Mauro Vieira foi questionado por jornalistas sobre a segurança para o pouso do avião da FAB.
"O que eu queria dizer é que as garantias serão dadas pelas autoridades legais. Se houver algum episódio que não permita a aterrissagem claro que será adiado. Isso será resultado dos constantes encontros, reuniões e consultas com autoridades", disse o ministro.
A aeronave, modelo KC-30, está em Lisboa, Portugal, onde aguardas definições para continuar a operação.
Operação Raízes do Cedro
O avião que faz parte da operação de resgate batizada de Raízes do Cedro decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, na madrugada desta quarta-feira (2) e chegou a Portugal na manhã do mesmo dia.
A previsão é que, neste primeiro voo, 220 brasileiros sejam retirados do território libanês, afetado pelo conflito entre Israel e o Hezbollah.
A prioridade será para idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidade de assistência médica.
"Primeiros brasileiros não residentes, depois brasileiros residentes. E, dentro dessas categorias, são estabelecidos por lei, idosos, gestantes, crianças, pessoas com deficiência e doentes de toda forma", explicou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Segundo uma fonte do Itamaraty, quase 3 mil pessoas demonstraram disposição para voltar ao Brasil. A maioria é de moradores do Vale do Bekaa e da capital, Beirute.
O brigadeiro Marcelo Damasceno, comandante da Aeronáutica, disse que o Brasil tem capacidade para buscar 500 pessoas por semana no Líbano.
A decisão por uma missão oficial foi tomada após uma conversa do presidente Lula e do chanceler Mauro Vieira, no México, onde eles estavam no início desta semana para acompanhar a posse da nova presidente Claudia Sheinbaum.
A embaixada em Beirute está fazendo consultas desde terça-feira da semana passada e a procura tem aumentado dia após dia.
Em paralelo a isso, estão sendo montadas listas com as pessoas que devem deixar o país com a ajuda oficial.
Segundo fonte do Itamaraty, os números tendem a oscilar porque algumas famílias desistem, outras conseguem sair por conta própria e outras podem entrar na lista em decorrência do aumento dos riscos.
Em 2006, última grande crise militar entre Israel e Hezbollah, cerca de 3 mil brasileiros deixaram o Líbano.
Conflito armado
O Líbano tem sido alvo de bombardeios aéreos do Israel, que mira alvos do grupo extremista Hezbollah em território libanês.
Os ataques têm atingido também civis, e dois cidadãos brasileiros já morreram desde a intensificação dos ataques a partir do dia 20 de setembro. Nesta segunda (30), houve registro de invasão por terra.
Mauro Vieira levou a Lula elementos da situação em Beirute, capital do Líbano, e das conversas que teve em Nova York.
No sábado (28), o chanceler do Brasil se reuniu com o chanceler do Líbano, Abdallah Rashid Bou Habib. Os dois avaliaram o atual momento do conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah e discutiram as chances de uma repatriação de brasileiros no país.
Desde a segunda-feira passada (23), o Itamaraty discute a necessidade de uma operação de repatriação. O grande ponto era a opção por qual rota seria usada para o resgate.
Além do uso do próprio aeroporto de Beirute, que até o momento continua aberto, o governo brasileiro também mapeia a possibilidade de usar bases aéreas operadas pela Rússia dentro do território da Síria.
Há duas mais próximas da fronteira com o Líbano: em Hmeymim, ao norte do Líbano e em Shayrat, a noroeste do Líbano.
Não está descartada uma outra opção, tida como mais complexa. A retirada dos brasileiros pelo Chipre.
g1
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