A vacinação de crianças de 6 a 11 meses contra o sarampo começa nesta sexta-feira (23), na Paraíba. A “dose zero”, uma espécie de “dose extra” para essa faixa-etária, é uma estratégia para conter a transmissão do vírus da doença, que já registrou mais de 1,6 mil casos em todo o país, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O secretário Geraldo Medeiros afirmou que, embora a Paraíba não tenha registrado casos confirmados da doença, a medida foi adotada devido à proximidade com Pernambuco - que já confirmou quatro casos e investiga uma morte.
A Tríplice Viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, faz parte do calendário permanente de vacinação e é disponibilizada em todas as unidades de saúde, para a população de 1 a 49 anos, conforme a SES. O secretário afirmou que o estado ainda não recebeu as doses extras encaminhadas pelo Ministério da Saúde, no entanto, ressaltou que os municípios estão abastecidos.
Segundo a coordenadora estadual de imunizações, Isiane Queiroga, a meta é que 70% das cidades paraibanas tenha cobertura vacinal de 95% em crianças de um ano, porém até esta quinta-feira (22), esse percentual é de 51%. Ou seja, dos 223 municípios, 115 atingiram a meta.
Os municípios foram orientados pela Secretaria a intensificar a vacinação em pessoas de 12 meses até 49 anos, conforme a situação vacinal; vacinar todas as crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias com dose “ zero”; e realizar ação de bloqueio vacinal até 72 horas após a identificação de caso suspeito.
G1 PB
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Há quatros dias, Maycon, de 4 anos, está internado no Hospital Infantil Cosme e Damião, em Porto Velho (RO). O motivo é uma crise de asma provocada pela fumaça das queimadas que cobre a cidade desde a semana passada.
"No domingo, ele começou a passar mal, ficou com a respiração difícil e falta de ar. Viemos correndo para a emergência e já internaram. Agora ele está melhor, tomando antibióticos e fazendo inalação", conta a mãe do garoto, a dona de casa Maricelia Passos Damásio, de 31 anos.
Preocupada com a saúde do filho, ela acrescenta que a médica só não deu alta ainda por conta da continuidade dos incêndios. "Como a névoa de fumaça se mantém muito forte por aqui, ela acha que vamos sair e voltar no dia seguinte."
O pequeno Maycon não é o único atingido. As queimadas que destroem áreas verdes do Brasil há mais ou menos duas semanas, sobretudo nas regiões Norte e Centro-Oeste, têm levado muita gente para os centros médicos.
No próprio Hospital Infantil Cosme e Damião, que atende a todo o estado de Rondônia, o diretor-adjunto Daniel Pires de Carvalho diz que foram realizados 120 atendimentos de crianças com problemas respiratórios de 1 a 10 de agosto, e 380, de 11 a 20.
"Moro em Porto Velho há 20 anos, e esse, com certeza, é o pior período de incêndios. Em alguns dias, não conseguimos nem ver o sol. Isso, aliado ao tempo seco, tem causado muitos problemas de saúde na população", complementa o médico.
Por que queimadas prejudicam a saúde?
A saúde humana é afetada pelas queimadas porque a fumaça proveniente dela contém diversos elementos tóxicos.
O mais perigoso é o material particulado, formado por uma mistura de compostos químicos. São partículas de vários tamanhos e as menores (finas ou ultrafinas), ao serem inaladas, percorrem todo o sistema respiratório e conseguem transpor a barreira epitelial (a pele que reveste os órgãos internos), atingindo os alvéolos pulmonares durante as trocas gasosas e chegando até a corrente sanguínea.
Outro composto prejudicial é monóxido de carbono (CO). Quando inalado, ele também atinge o sangue, onde se liga à hemoglobina, o que impede o transporte de oxigênio para células e tecidos do corpo.
"Isso tudo desencadeia um processo inflamatório sistêmico, com efeitos deletérios sobre o coração e o pulmão. Em alguns casos, pode até causar a morte", explica o pneumologista Marcos Abdo Arbex, vice-coordenador da Comissão Científica de Doenças Ambientais e Ocupacionais da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Araraquara (Uniara).
Consequências da fumaça para o ser humano
A lista de problemas provocados pela inalação da fumaça de queimadas florestais é grande. Os mais leves, segundo Carvalho, são dor e ardência na garganta, tosse seca, cansaço, falta de ar, dificuldade para respirar, dor de cabeça, rouquidão e lacrimejamento e vermelhidão nos olhos.
"Eles variam de pessoa para pessoa e dependem do tempo de contato com a fumaça", comenta. "No geral, ela afeta mais as vias respiratórias, agravando os quadros de doenças prévias, como rinite, asma, bronquite e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Os extremos de idade, ou seja, crianças e idosos, são os que mais sofrem, por serem mais sensíveis", comenta.
Arbex acrescenta que as queimadas não só pioram, como também desencadeiam essas mesmas enfermidades, assim como as cardiovasculares, insuficiência respiratória e pneumonia. "Além disso, provocam quadros de alergia e, quando a exposição é permanente, há o risco de desenvolvimento de câncer", indica o médico.
Por falar em câncer, o estudo "Queima de biomassa na Amazônia causa danos no DNA e morte celular em células pulmonares humanas", de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e publicado em 2017 na revista científica Nature, constatou que a fumaça aumenta a inflamação, o estresse oxidativo e causa danos genéticos nas células do pulmão.
A pesquisa concluiu que "o dano no DNA pode ser tão grave que a célula perde a capacidade de sobreviver e morre ou perde o controle celular e começa a se reproduzir desordenadamente, evoluindo para câncer de pulmão".
Para chegar a este resultado, células do pulmão humano foram expostas a partículas de fumaça coletadas em Porto Velho, uma das cidades mais afetadas pelos incêndios na Amazônia, e analisadas em laboratório.
É importante destacar que não são apenas as pessoas que vivem próximas às áreas onde são comuns os incêndios florestais que sofrem com a fumaça.
Em situação de queimadas mais intensas, como as que o país vive nas últimas semanas, a névoa provocada pelo fogo pode viajar milhares de quilômetros e atingir outras cidades, estados e até países.
Inclusive, há indicações de que foi isso o que ocorreu em São Paulo na última segunda-feira (19). Nesse dia, a união de uma frente fria com resíduos oriundos das queimadas nas regiões Norte e Centro-Oeste do país e na Bolívia e no Paraguai fez com que o céu escurecesse no meio da tarde na capital e no litoral paulista.
Para amenizar os efeitos das queimadas na saúde, alguns cuidados são necessários, como evitar, na medida do possível, a proximidade com incêndios, manter uma boa hidratação, principalmente em crianças menores de 5 anos e idosos maiores de 65 anos, e manter os ambientes da casa e do trabalho fechados, mas umidificados, com o uso de vaporizadores, bacias com água e toalhas molhadas.
Também é indicado usar máscaras ao sair na rua, evitar aglomerações em locais fechados, e optar por uma dieta leve, com a ingestão de verduras, frutas e legumes. Fora isso, em caso de urgência deve-se buscar ajuda médica imediatamente.
BBC
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Trezentos professores e gestores de 14 estados, como Amapá, Bahia e Paraná, participaram nesta quinta-feira, em Brasília, do Encontro Formativo do Programa de Apoio à Implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O objetivo do encontro, de acordo com o Ministério da Educação (MEC), é que os profissionais aprendam ferramentas que possam contribuir para a implementação da base curricular no país a partir de 2020.
Segundo o MEC, a ideia é que eles formem equipes regionais, municipais e nas escolas que ofereçam informações sobre os novos currículos e também ajudem na reelaboração de projetos político-pedagógicos das escolas. A BNCC deve nortear os currículos das redes de ensino público e privada de estados e municípios em todo o Brasil.
Para o secretário de Educação Básica, Janio Macedo, os professores são peças-chave para garantir a efetividade da BNCC. “Eles vão ser responsáveis por colaborar para a formação dos professores para aqueles estados e pela formação do seu projeto, que vai nortear toda a educação nos próximos anos”, disse.
A previsão do ministério é que, na próxima semana, cerca de 300 professores e gestores de 13 estados participem do treinamento – dessa vez, em São Paulo.
Agência Brasil
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O presidente uruguaio Tabaré Vázquez, de 79 anos, tem um tumor maligno no pulmão, confirmou seu médico nesta sexta-feira (23), após uma intervenção para diagnosticar a doença.
"A presença de um tumor maligno foi confirmada", disse seu médico em um comunicado da presidência do Uruguai.
Vázquez, um oncologista que dedicou parte de sua ação política ao combate ao tabagismo e ao câncer de pulmão, "está em excelente estado e superou sem complicações a intervenção".
Com o tom tranquilo que o caracteriza, o presidente havia anunciado na terça-feira passada que havia descoberto um "nódulo pulmonar" com aparência maligna, o que lhe obrigou a ser internado para obter um diagnóstico definitivo. O tratamento dependeria desse resultado.
A doença de Vázquez, que governa o Uruguai pela segunda vez desde 2015 e que termina seu mandato em março de 2020, surpreendeu o país em plena campanha presidencial para as eleições de 27 de outubro.
O presidente pertence ao Frente Ampla, que governa o Uruguai desde 2005 e que chegou por primeira vez ao poder liderado pelo próprio Vázquez.
O presidente foi reconhecido e premiado por sua luta contra o tabagismo e conseguiu tornar o Uruguai o primeiro país livre de fumaça de tabaco na América Latina em 2006, e o quinto do mundo, ao proibir fumar em espaços públicos fechados.
France Presse
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O governo americano está "profundamente preocupado" com os incêndios na Amazônia, disse nesta sexta-feira (23) uma autoridade da Casa Branca, conforme cresce a preocupação internacional com o número de queimadas na região neste ano.
O funcionário do governo afirmou que os americanos estão preocupados com o "impacto dos incêndios na floresta amazônica sobre as comunidades, a biodiversidade e os recursos naturais da região".
Líderes se manifestam
A manifestação dos EUA acompanha a fala de outros líderes que comentaram o assunto desde esta quinta-feira. Angela Merkel, da Alemanha; Emmanuel Macron, da França; Boris Johnson, do Reino Unido; e Justin Trudeau, do Canadá, se pronunciaram diretamente ou por meio de porta-vozes.
Mas, desta vez, ainda que feita por um funcionário não identificado da Casa Branca, a manifestação vem de uma potência mais alinhada com o governo de Jair Bolsonaro, que tem rebatido as críticas à situação na floresta amazônica.
Nesta quinta-feira, Bolsonaro respondeu os comentários de Macron de que a cúpula do G7 precisa discutir a "crise internacional" das queimadas na Amazônia afirmando que o francês "evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI".
O governo de Angela Merkel também trata os incêndios na Amazônia como um tema de interesse internacional. “A magnitude dos incêndios é preocupante e ameaça não só o Brasil e os outros países afetados, mas também o mundo inteiro”, disse Steffen Seibert, representante de Merkel.
De acordo com o gabinete do primeiro-ministro britânico Boris Johnson, ele vai dizer no encontro de cúpula do G7 que é preciso renovar o foco na proteção da natureza.
"O primeiro-ministro está gravemente preocupado pela alta da quantidade de incêndios na floresta amazônica e o impacto de trágicas perdas nesse habitat", disse um porta-voz de Johnson.
As queimadas na Amazônia aumentaram 82% de janeiro a agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, e se intensificaram nas últimas semanas. Na noite de quinta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro fez reunião de emergência com ministros para discutir que medidas devem ser tomadas.
G1
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Manifestantes organizaram, nesta sexta-feira (23), diversos protestos pela preservação da Amazônia em embaixadas brasileiras ao redor do mundo. Eles se reuniram em cidades como Londres e Berlim e levaram cartazes contra o desmatamento e as queimadas na floresta.
Além das capitais britânica e alemã, protestos também foram convocados em Mumbai, na Índia; Paris, na França; Berna, na Suíça; Amsterdã, na Holanda; Dublin, na Irlanda; Madri e Barcelona, na Espanha; e Luxemburgo.
As queimadas e o desmatamento do bioma vieram à tona nas últimas semanas, com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostrando que as queimadas no Brasil aumentaram 82% neste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu que os incêndios na Amazônia sejam debatidos no encontro do G7 neste fim de semana em Biarritz, na França.
Londres
Em Londres, os protestos pela preservação da Amazônia foram convocados pela organização "Extinction Rebellion". Os manifestantes se reuniram em frente à embaixada brasileira.
Paris
Também houve manifestações em frente à embaixada brasileira em Paris.
Amsterdã
Manifestantes também se reuniram nas ruas de Amsterdã, na Holanda, convocados pela "Extinction Rebellion", para pedir a preservação da Amazônia.
Berna
Manifestantes também se reuniram nesta sexta (23) na capital da Suíça, Berna, para pedir a preservação da Amazônia.
Mumbai
Manifestantes também se reuniram em frente ao consulado brasileiro em Mumbai, na Índia.
Madri e Barcelona
Manifestantes também pediram a preservação da Amazônia em Madri e Barcelona, na Espanha.
G1
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Pelo quarto mês consecutivo, houve geração de emprego formal no país, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (23), pelo Ministério da Economia. Em julho, foi registrada a abertura de 43.820 vagas de trabalho com carteira assinada, crescimento de 0,11% em relação ao estoque de junho.
O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. O saldo positivo em julho deste ano foi resultado de 1.331.189 admissões contra 1.287.369 desligamentos. Em julho de 2018, o resultado foi melhor: com saldo positivo de 47.319.
Nos sete meses do ano, foram criados 461.411 postos de trabalho (9.600.447 admissões e 9.139.036 desligamentos). Na comparação com o mesmo período de 2018, houve crescimento de 2,93%. O resultado de janeiro a julho deste ano é o melhor para o período desde 2014 (632.224).
Dos oito setores econômicos, sete contrataram mais do que demitiram em julho. O saldo ficou positivo na construção civil (18.721), serviços ( 8.948), indústria de transformação (5.391), comércio (4.887), agropecuária (4.645), extrativa mineral (1.049) e serviços industriais de utilidade pública (494). Apenas administração pública descreveu saldo negativo (315).
Resultados regionais
Segundo o ministério, todas as regiões do Brasil tiveram crescimento no mercado formal de trabalho em julho. O maior saldo foi na Região Sudeste, com 23.851 vagas de emprego com carteira assinada, crescimento de 0,12%. Em seguida, vêm Centro-Oeste (9.940 postos, 0,30%); Norte (7.091 postos, 0,39%); Nordeste (2.582 postos, 0,04%) e Sul (356 postos, 0,00%).
Das 27 unidades da federação, 20 terminaram julho com saldo positivo no emprego. A maior parte das vagas foi aberta em São Paulo, onde foram criados 20.204 postos de trabalho; Minas Gerais, com 10.609 novas vagas, e Mato Grosso, que teve saldo positivo de 4.169 postos.
Reforma Trabalhista
Do saldo total de julho, 6.286 vagas foram resultado da reforma trabalhista, número equivalente a 14,34% do total. A maior parte destes empregos veio na modalidade intermitente (quando o empregado recebe por horas de trabalho), que teve saldo de 5.546 postos, principalmente em ocupações como alimentador de linha de produção, servente de obras e faxineiro. Na categoria de trabalho em regime de tempo parcial, foram 740 vagas, em ocupações como faxineiro, auxiliar de escritório e operador de caixa.
Em julho de 2019, houve 18.984 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 13.918 estabelecimentos, em um universo de 12.592 empresas. Um total de 45 empregados realizou mais de um desligamento mediante acordo com o empregador.
Agência Brasil
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O Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 3,2 pontos em agosto, passando para 98,7 pontos, ante os 95,5 registrados em julho. Na comparação com agosto de 2018, a alta foi 4,5 pontos. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia da fundação (FGV-Ibre).
Agosto registrou o terceiro resultado positivo seguido, fazendo a média móvel trimestral subir 2,4 pontos, após cinco quedas consecutivas. De acordo com o Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV-Ibre, Rodolpho Tobler, a alta reflete a melhora da percepção dos empresários com o ritmo de vendas. Porém, a recuperação da confiança ainda não foi total.
“Apesar disso, não foi suficiente para superar o patamar do final do ano passado. O resultado sugere continuidade na recuperação do setor, em ritmo lento, mas um pouco melhor do que foi registrado no primeiro semestre do ano. Melhoras mais expressivas ainda dependem da recuperação mais consistente do mercado de trabalho e da confiança dos consumidores”.
O mês registrou alta em 10 dos 13 segmentos pesquisados pelo Ibre. Houve melhora expressiva do Índice de Situação Atual (ISA-COM), que subiu 7,1 pontos, passando de 88,6 para 95,7, o maior valor desde dezembro de 2018, quando o índice ficou em 97,4 pontos. O Índice de Expectativas teve leve queda de 0,8 ponto em agosto, depois de duas altas, e registrou 101,8 pontos.
O resultado do ISA-COM também se reflete no Indicador de Desconforto do Varejo Ampliado, índice que é composto por itens como demanda insuficiente, acesso ao crédito bancário e custo financeiro, que apresentou a quarta queda seguida, em médias móveis trimestrais.
A movimentação do índice indica que os empresários têm encontrado menos limitações no ambiente de negócios. Apesar da melhora, o indicador se mantém alto, em 109,5 pontos, ficando acima de 100 pontos desde abril de 2014, quando o índice foi de 99,7 pontos.
Agência Brasil
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O dólar opera em forte alta nesta sexta-feira (23), com os investidores repercutindo os comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em mais um sinal de aumento da tensão comercial com a China.
Às 15h29, a moeda norte-americana subia 0,81%, vendida a R$ 4,1120. Na máxima, chegou a R$ 4,1315, no maior patamar intradia desde 20 de maio (R$ 4,1219).
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 1,22%, a R$ 4,0789.
A Bovespa seguia em queda nesta sexta-feira, após baixa de mais de 1% na véspera, também influenciada pela piora do cenário externo.
Nesta sexta-feira, a guerra comercial entre EUA e China subiu de patamar. A China anunciou que que vai implementar tarifas extras sobre US$ 75 bilhões em produtos importados norte-americanos. Trump disse que vai responder ainda nesta tarde às novas tarifas anunciadas China.
Mais cedo, o dólar chegou a operar em queda depois do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, segundo o qual o banco central dos EUA vai "agir conforme apropriado" para apoiar a economia, o que elevou expectativas de novos cortes de juros.
Na esteira dos comentários, o dólar foi à mínima da sessão, de R$ 4,0513.
Nesta sexta-feira, os juros futuros dos EUA indicavam que operadores veem quase 100% de chance de o Fed cortar juros em 0,25 ponto percentual em setembro, ante chance de 90% de chance na quinta-feira, de acordo com a ferramenta Fedwatch do CME Group.
Cena local
Na cena doméstica, o BC vendeu todos os US$ 550 milhões em moeda física nesta sexta-feira e negociou ainda todos os 11 mil contratos de swap cambial reverso ofertados -- nos quais assume posição comprada em dólar.
O BC anunciou no dia 14 de agosto mudanças em sua forma de atuar no mercado de câmbio, com o objetivo de trocar posição cambial em contratos de swap tradicional por dólares à vista, formalizando novo modelo de intervenção cambial para aprimoramento do uso dos instrumentos disponíveis.
G1
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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta sexta-feira (23) que o impacto das queimadas na Amazônia no agronegócio é preocupante. Ela disse, porém, que queimadas acontecem todo ano e que é preciso "baixar a temperatura".
Ela foi questionada a respeito de declarações de líderes internacionais sobre a possibilidade de os incêndios inviabilizaram o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, onde o agronegócio seria um dos setores mais beneficiados. Tereza Cristina conversou com a imprensa após evento no Ministério da Agricultura sobre agronegócio regional.
Nesta sexta, o escritório do presidente francês Emmanuel Macron acusou Bolsonaro de mentir durante o encontro do G20 em Osaka, no Japão, ao minimizar as preocupações com o a mudança climática. Dado esse contexto, aponta o escritório, a França se opõe ao acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.
"Eu acabei de saber dessas notícias. As notícias preocupam. Mas eu acho que a gente tem que baixar a temperatura", declarou a ministra a respeito das declarações do presidente da França sobre o acordo comercial.
"Primeiro, as queimadas no Brasil todo ano acontecem. Queimadas. Tem duas coisas diferentes. Uma coisa é queimada, outra é incêndio. Há um diferença entre os dois acontecimentos. Nós temos estamos vivendo uma seca grande que todo ano a região norte tem uma definição clara dessa estiagem, a gente fica às vezes até 6 meses sem chuva. Esse ano tá mais seco e as queimadas estão maiores. Acho que eles precisavam primeiro saber do Brasil o que está acontecendo antes de tomar qualquer tipo de medida", declarou Tereza Cristina.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Amazônia concentra 52,5% dos focos de queimadas de 2019. O G1 mostrou que o número de queimadas aumentou 82% em relação ao mesmo período de 2019 - de janeiro a 18 de agosto.
'Se precisar de ajuda, vai pedir'
A ministra disse que o Brasil não interfere quando há incêndios em outros países, e que o Brasil sabe da importância e cuida da Amazônia.
"Quando houveram incêndios em Portugal, esse ano tiveram incêndios na Sibéria, tiveram no mundo todo na época da seca também da Europa, o Brasil não foi lá questionar nem pedir para não receber nada. Acho que a gente precisa baixar essa temperatura. A Amazônia é importante. O Brasil sabe disso. O Brasil cuida da Amazônia", disse a ministra.
Tereza Cristina disse, ainda, que se precisar de ajuda para cuidar da Amazônia, o Brasil vai pedir.
"Os incêndios matam pessoas, queimam casas, enfim eu acho que a gente tem que separar o que é queimada, o que é incêndio e o que que o Brasil vai fazer por isso. O Brasil se precisar de ajuda, vai pedir, porque sabe da importância desse patrimônio que é a Amazônia para os brasileiros", afirmou Teresa Cristina.
Questionada sobre preocupação agronegócio sobre possíveis medidas protecionistas contra os produtos brasileiros, a ministra disse que não se pode afirmar que o "agronegócio brasileiro é o grande destruidor" da Amazônia.
"Agora nós não podemos dizer que, porque nesse momento nós temos um incêndio acontecendo ou uma queimada acontecendo na Amazônia, que o agronegócio brasileiro é o grande destruidor. E, portanto, vão fazer barreiras comerciais contra esse agronegócio", disse.
Forças Armadas
Na manhã desta sexta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a "tendência" é a de que o governo federal envie as Forças Armadas para combater incêndios na região amazônica.
O apoio das Forças Armadas é autorizado pelo presidente da República por meio de decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Geralmente ocorre de forma pontual, em localidade específica e por tempo pré-determinado.
G1
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