Com 70 votos a favor e 2 contrários, o Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (14) o projeto de lei complementar que cria um novo programa federal para que estados e Distrito Federal possam renegociar dívidas com a União e pagar os débitos em até 30 anos e com juros menores. Agora a proposta (PLP 121/2024) segue para análise e votação da Câmara dos Deputados. As dívidas estaduais somam atualmente mais de R$ 765 bilhões — a maior parte, cerca de 90%, diz respeito a quatro estados: Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Em contrapartida ao alívio nas contas, os estados terão que entregar à União alguns de seus bens e priorizar mais investimentos em áreas como educação, saneamento e segurança. Também será criado novo fundo federal para compensar os estados menos endividados.
De autoria do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, o PLP 121/2024 foi aprovado na forma do substitutivo apresentado pelo relator, o senador Davi Alcolumbre (União-AP), atual presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Davi promoveu algumas mudanças no texto original e acatou, total ou parcialmente, mais da metade das 78 emendas apresentadas por senadores. Ele já havia recebido, no dia anterior, os apelos da União e dos estados para ajustes no texto.
— A essência da proposta apresentada é dar um caminho de saída para uma dívida quase que impagável (...) A proposta é um esforço na construção de um instrumento que dê aos estados o espaço para produzir as políticas públicas de impacto diretamente para a população, criar o equilíbrio federativo, confiança entre a União e os estados e formas de manter uma saúde fiscal e atingir o objetivo de sustentabilidade ao longo prazo — afirmou Davi.
Propag
De acordo com o texto aprovado pelos senadores, será criado o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) para promover a revisão dos termos das dívidas dos estados e do Distrito Federal com a União.
A proposta autoriza desconto nos juros, dá prazo de 30 anos para pagamento (360 parcelas), abre a possibilidade de os estados transferirem ativos para a União como parte do pagamento e cria exigências de investimento em educação, formação profissional, saneamento, habitação, enfrentamento das mudanças climáticas, transporte e segurança pública como contrapartida.
Pacheco afirma que o objetivo do Propag é apoiar a recuperação fiscal dos estados e do DF, além de criar condições estruturais de incremento de produtividade, enfrentamento das mudanças climáticas e melhoria da infraestrutura, da segurança pública e da educação.
Foi retirado do projeto pelo relator o prazo de adesão ao Propag até o final de 2024. O texto aprovado determina prazo de adesão de 120 dias a contar da publicação da futura lei. O ingresso no Propag será por pedido de adesão do estado que tiver dívidas com o Tesouro Nacional.
As atuais dívidas bilionárias de estados com a União vêm de décadas de empréstimos e renegociações. Os estados mais endividados, que estão no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) criado em 2017, também poderão renegociar dívidas junto a instituições financeiras públicas e privadas e a organismos internacionais multilaterais.
Prioridades
Quem entrar no Propag terá que garantir que o dinheiro economizado será investido, de maneira prioritária, em educação profissional técnica de nível médio, em infraestrutura para universalização do ensino infantil e da educação em tempo integral, em ações de infraestrutura de saneamento, de habitação, de adaptação às mudanças climáticas, de transportes ou de segurança pública. Os recursos não poderão ser aplicados em despesas correntes ou para pagamento de pessoal.
Entrada
Como entrada da renegociação, os estados poderão quitar de imediato parte das atuais dívidas transferindo para o poder da União bens móveis ou imóveis, participações societárias em empresas, créditos com o setor privado, créditos inscritos na Dívida Ativa da Fazenda Estadual, dentre outros ativos.
Parcelas
Serão 360 parcelas mensais calculadas de acordo com a Tabela Price e corrigidas mensalmente. O estado poderá fazer amortizações extraordinárias da dívida. Haverá redução dos valores das parcelas ao longo dos primeiros cinco anos.
Durante a vigência do contrato, será proibida a contratação de novas operações de crédito pelo estado para o pagamento das parcelas da dívida refinanciada, sob pena de desligamento do Propag.
Também poderá ser desligado do Propag o estado que atrase o pagamento das parcelas por três meses consecutivos, ou por seis meses não consecutivos no prazo de 36 meses.
Taxa de juros
Será mantida a taxa de juros atualmente cobrada pela União, correspondente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acrescido de 4% ao ano. Mas haverá descontos de acordo com o montante da dívida que será quitado na entrada e outras regras fiscais e financeiras específicas. Com isso, estados poderão alcançar taxas de juros de IPCA mais 0%, 1% ou 2%.
— O pagamento do principal com o IPCA mais 4% de juros, principalmente para os estados que estão no regime de recuperação fiscal, é uma conta em que ninguém consegue ver efetivamente o resultado desse pagamento, porque o valor principal e o juro vão para uma conta única do Tesouro da União Federal, e praticamente não se consegue constatar o retorno disso para esses próprios estados que contraíram essas dívidas com o aval da União — disse o relator.
Fundo
O Fundo de Equalização Federal receberá parte dos recursos economizados com o desconto de juros da renegociação para investimentos em todos os estados e no DF. Outra parte do dinheiro poderá ser integralmente aplicado em investimentos no próprio estado, ao invés de ser pago como juros da dívida à União. No mínimo, 60% deverão ser investidos na educação profissional e técnica.
Ou seja, parte dos recursos que seriam pagos como juros à União serão aplicados diretamente no próprio estado e outra parte será revertida ao Fundo de Equalização para investimentos em todos os estados da Federação.
Davi acatou emenda do senador Marcelo Castro (MDB-PI) para que 80% dos recursos do fundo sejam repartidos de acordo com os critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e 20% “pela relação da dívida consolidada com a receita corrente líquida” do ente.
— Por que nós criamos esse fator? É porque tem alguns estados que têm um FPE muito baixo; por exemplo, o Distrito Federal tem 0,67%. Seria prejudicado, teoricamente, ou melhor, não seria beneficiado. Mato Grosso tem 1,8%. Quando a gente faz essa relação, você aumenta a participação de estados como Espírito Santo, que tem um FPE baixo, Distrito Federal, Mato Grosso, Tocantins — explicou Marcelo Castro.
O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) calculou em R$ 42 bilhões anuais o montante anual de que a União abrirá mão em benefício do Fundo de Equalização, o que impactará o equilíbrio fiscal do governo federal.
— Os estados resolvem todas as suas dívidas. Os estados que não têm dívida passam a ter um fundo que vai distribuir dinheiro para eles. Todo mundo sai ganhando. Será que ninguém perde? Não tem perdedor? Se não tiver perdedor, é um milagre. Em economia, não existem milagres — analisou Oriovisto.
Recuperação fiscal
O texto aprovado prevê exigências de equilíbrio fiscal aos entes que aderirem ao Propag. Eles terão 12 meses para instituir regras que limitem o crescimento de suas despesas primárias.
Debate
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) apoiou a aprovação por entender que os estados superendividados poderão finalmente aliviar suas contas e “ter uma porta de saída, e não um paredão para bater de frente”.
— Esse projeto de lei é, sem dúvida alguma, uma grande “porta da esperança” para que possamos voltar a fazer o dever de casa, honrar os compromissos do Rio de Janeiro, que quer pagar a sua dívida, obviamente, com critérios que sejam minimamente razoáveis — disse Flávio.
Na mesma linha, o senador Castellar Neto (PP-MG) apoiou a aprovação e disse que o estado de Minas Gerais é “assombrado com essa dívida ao longo dos últimos 30 anos”.
— Nós saímos daqui hoje, após um longo trabalho, muito esperançosos de que os próximos anos para os estados, especialmente aqueles que têm dívidas maiores, possam ser anos de mais conquistas, de mais investimentos — disse Castellar.
Também apoiaram o projeto os senadores Marcos Rogério (PL-RO), Paulo Paim (PT-RS), Zenaide Maia (PSD-RN), Otto Alencar (PSD-BA), Dr. Hiran (PP-RR), Carlos Portinho (PL-RJ) e outros.
Pacheco agradeceu aos colegas pela aprovação do projeto e pediu atenção e celeridade da Câmara dos Deputados para votar o texto e encaminhar para sanção presidencial. Para ele, o projeto vai proporcionar que estados recuperem suas capacidades de investimentos.
— Fico honrado de ser presidente do Senado neste momento (...) e, como senador por Minas Gerais, externar minha gratidão a todos os senadores e senadoras que compreenderam a importância do princípio da colaboração federativa para o Brasil, mas sobretudo para os estados endividados — disse.
Agência Senado
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Um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deve ser encaminhado, no Senado, no dia 9 de setembro, disse nesta quarta-feira (14), o senador Eduardo Girão (Novo-CE). Numa entrevista coletiva em frente à Presidência do Senado, Girão, acompanhado por deputados e senadores, afirmou que o documento aponta diversas violações que teriam sido cometidas pelo ministro. Segundo ele, até o próximo dia 7, parlamentares de oposição farão uma campanha para coleta de assinaturas a favor do impeachment do ministro do Supremo.
Girão mencionou matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo na terça-feira (13), segundo a qual o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria recebido "ordens abusivas" do gabinete de Moraes, durante e após as eleições de 2022. A reportagem anuncia ter grande quantidade de informação que ainda será aproveitada futuramente, em novas matérias.
O senador afirmou que os fatos revelados até o momento são apenas a “ponta do iceberg” e que este será "o maior pedido de impeachment da história do Brasil". Ainda segundo Girão, "não se trata de disputa ideológica ou partidária", mas de defender a democracia e respeitar as leis. “Vivemos uma ditadura da toga. Segundo Ruy Barbosa, a pior ditadura é a do Judiciário, porque, contra ele, não há a quem recorrer”, afirmou.
Motivações
Girão listou pontos da argumentação que apoiará o pedido de impeachment:
Girão também mencionou o caso do senador Marcos do Val (Podemos-ES), na qual o ministro do STF determinou o bloqueio de até R$ 50 milhões das contas bancárias do parlamentar. Marcos do Val também teve as redes sociais bloqueadas e agentes da Polícia Federal realizaram uma operação, no Espírito Santo, de busca e apreensão dos passaportes do senador, por ordem de Moraes.
Ainda de acordo com Girão, se Alexandre de Moraes se sente injuriado, caluniado ou difamado, deveria recorrer ao devido processo legal por meio do Código Penal. Acrescentou que os parlamentares engajados na campanha pelo impeachment levarão o caso de volta ao Congresso dos Estados Unidos. Para ele, "está na hora" de abrir a CPI sobre abuso de autoridades na Câmara dos Deputados.
Agência Senado
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A taxa de desemprego recuou em 15 das 27 unidades da federação no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro trimestre. Nos demais locais, a taxa ficou estável. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A maior queda foi observada na Bahia (-2,9 pontos percentuais), já que o estado passou de uma taxa de desocupação de 14% no primeiro trimestre para 11,1% no segundo trimestre. Apesar disso, o mercado de trabalho baiano apresenta o segundo maior índice do país, ficando atrás apenas de Pernambuco (11,5%).
A média da taxa de desemprego no país caiu 1 ponto percentual, passando de 7,9% para 6,9% no período, conforme divulgado no fim de julho.
Além da Bahia, outros nove estados tiveram queda acima da média nacional: Piauí (-2,4 pontos percentuais, ao passar de 10% para 7,6%), Amazonas (-1,9 ponto percentual, ao passar de 9,8% para 7,9%), Alagoas (-1,8 ponto percentual, ao passar de 9,9% para 8,1%), Tocantins (-1,7 ponto percentual, ao passar de 6% para 4,3%), Acre (-1,7 ponto percentual, ao passar de 8,9% para 7,2%), Espírito Santo (-1,4 ponto percentual, ao passar de 5,9% para 4,5%), Maranhão (-1,1 ponto percentual, ao passar de 8,4% para 7,3%), Ceará (-1,1 ponto percentual, ao passar de 8,6% para 7,5%) e Pará (-1,1 ponto percentual, ao passar de 8,5% para 7,4%).
Minas Gerais e São Paulo tiveram a mesma queda da média nacional, sendo que o primeiro recuou de 6,3% para 5,3% e o segundo, de 7,4% para 6,4%.
Com quedas menos intensas do que a média nacional, aparecem Goiás (-0,9 ponto percentual, ao passar de 6,1% para 5,2%), Rio de Janeiro (-0,7 ponto percentual, ao passar de 10,3% para 9,6%) e Santa Catarina (-0,6 ponto percentual, ao passar de 3,8% para 3,2%). Este último estado apresentou a taxa mais baixa entre todas as unidades da federação.
Mato Grosso e Rondônia mantiveram-se estáveis e com taxas semelhantes a Santa Catarina (3,3%). Ainda na casa dos 3 pontos, aparece Mato Grosso do Sul, com 3,8%.
Além desses, apresentaram estabilidade na taxa de desocupação, Paraná (4,4%), Rio Grande do Sul (5,9%), Roraima (7,1%), Paraíba (8,6%), Amapá (9%), Sergipe (9,1%), Rio Grande do Norte (9,1%), Distrito Federal (9,7%) e Pernambuco (11,5%).
Rendimento
Apenas quatro estados tiveram aumento de rendimento médio real mensal habitual do primeiro para o segundo trimestre deste ano: Rondônia (8,7%), Pernambuco (8,5%), Ceará (7,2%) e Rio Grande do Sul (5%). As demais unidades da federação mantiveram os valores estáveis.
Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, no entanto, o rendimento cresceu em dez estados: Rio Grande do Norte (19,8%), Bahia (15,9%), Rondônia (13,3%), Maranhão (9,2%), Rio Grande do Sul (8,9%), Minas Gerais (7,5%), Paraná (6,7%), Mato Grosso (6,3%), São Paulo (6%) e Santa Catarina (5,5%).
O Distrito Federal continua com o maior rendimento médio (R$ 5.154), enquanto o Maranhão segue com o menor valor (R$ 2.088).
Agência Brasil
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O ex-deputado e dirigente opositor Williams Dávila, detido na semana passada na Venezuela em meio a uma onda de prisões por protestos pós-eleitorais, foi hospitalizado em "estado grave", conforme denúncia feita nesta quarta-feira (14) pelo filho dele.
"Ele foi internado com muita febre, uma desidratação profunda e uma infecção urinária severa que evoluiu para uma prostatite aguda com risco de septicemia", disse à Agência France Presse (AFP) Williams Dávila Valeri. "Ele está sendo atendido no Hospital de Clínicas Caracas sob custódia do Sebin (serviço de inteligência). Ainda não conseguimos vê-lo", acrescentou.
O dirigente, de 73 anos e recentemente operado do coração, foi preso na quinta-feira (8), ao final de uma vigília em uma praça de Caracas, capital do país. No encontro, os manifestantes pediram a liberdade dos "presos políticos", depois que mais de 2.400 pessoas foram detidas por protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro, considerada fraudulenta pela oposição.
As autoridades não se pronunciaram sobre a prisão do dirigente ou os crimes que lhe imputam. O ex-deputado Américo De Grazia também foi detido na quinta em circunstâncias ainda não esclarecidas.
A oposição liderada por María Corina Machado reivindica a vitória de Edmundo González Urrutia e afirma ter provas para comprová-la, enquanto Maduro e seu governo os acusam de instigar um "golpe de Estado" e pedem prisão para ambos. O Ministério Público abriu uma investigação criminal contra os líderes opositores.
A comunidade internacional expressou preocupação com as prisões e pediu detalhes da contagem dos votos, os quais autoridade eleitoral ainda não divulgou.
Oposição venceu, indicam atas
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o presidente venezuelano foi reeleito com 52% dos votos, frente aos 43% de seu adversário, Edmundo González Urrutia, mas não publicou os detalhes da votação, alegando que o sistema de votação foi hackeado.
A oposição denunciou fraudes e afirmou ter 80% das atas, que comprovam a vitória de González Urrutia. O chavismo rejeita as provas apresentadas pela oposição e as classifica como falsas.
g1
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O Botafogo venceu o Palmeiras por 2 a 1 na noite desta quarta-feira, no Nilton Santos, e abriu vantagem no jogo de ida das oitavas de final da Conmebol Libertadores. Com gols de Luiz Henrique e Igor Jesus – Mauricio descontou –, o Glorioso fez o que seu torcedor esperava em casa: competiu, se impôs durante boa parte do jogo e criou chances até para obter um placar mais elástico. O Verdão, por sua vez, mostrou bem mais força do que há duas semanas, em outro jogo de ida – quando foi dominado pelo Flamengo e praticamente selou sua eliminação da Copa do Brasil. Agora, mais forte e com Estêvão de volta, o time de Abel Ferreira tentará a virada no Allianz Parque.
E agora?
Palmeiras e Botafogo voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), no Allianz Parque, pelo jogo de volta das oitavas de final. O Alvinegro carioca se classifica com qualquer empate, enquanto o Verdão precisa vencer por dois gols de diferença para avançar no tempo normal – vitória palmeirense por um gol leva a decisão para os pênaltis.
Primeiro tempo
Os primeiros 47 minutos de jogo foram bem movimentados, digno de oitavas de final da Conmebol Libertadores. O Botafogo começou melhor no confronto, criando a primeira chance de perigo aos 6 minutos, com Luiz Henrique. O atacante errou a pontaria após ganhar na velocidade de Murilo, mas não desperdiçou na segunda oportunidade que teve. Aos 21 minutos, recebeu cruzamento na medida de Igor Jesus e cabeceou na saída de Weverton para abrir o placar. Mesmo com o gol sofrido, o Palmeiras manteve seu ritmo de jogo e conseguiu o empate aos 32 minutos, com Mauricio, após receber passe de Rony. Quando o primeiro tempo parecia que ia terminar empatado, Igor Jesus recebeu na área, aos 38 minutos, ganhou a disputa de Vitor Reis e finalizou por debaixo das pernas do goleiro palmeirense.
Segundo tempo
O ritmo caiu demais no segundo tempo, com o Botafogo administrando o resultado e evitando correr riscos, e o Palmeiras cada vez mais satisfeito com a desvantagem "mínima" no placar. Abel Ferreira lançou Estêvão, recuperado de lesão, mas o garoto recebeu poucas bolas pela ponta direita e não conseguiu desequilibrar. O artilheiro Tiquinho Soares entrou pelo Alvinegro, mas também foi pouco municiado - principalmente porque Almada e Savarino saíram. O jogo se arrastou sem grandes emoções, e o Botafogo ainda teve a chance do terceiro gol no fim, em escanteio que terminou com perigoso cabeceio de Barboza para fora.
Próximos jogos
O Palmeiras tem clássico contra o São Paulo no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no Allianz Parque. No mesmo dia, às 18h30, o Botafogo recebe o Flamengo no Nilton Santos. Os dois jogos são válidos pela 23ª rodada do Brasileirão.
ge
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O Inter enfim voltou a vencer na noite desta quarta-feira. O enredo do 2 a 1 sobre o Juventude no Beira-Rio parecia mais do mesmo da fase ruim, mas o Colorado superou um pênalti perdido por Enner Valencia e o gol marcado por Nenê no fim do primeiro tempo. Na etapa final, com gols de Thiago Maia e do estreante Bruno Tabata, em rebote de outro pênalti defendido por Gabriel, o Inter ganhou a primeira sob o comando de Roger Machado e encerrou a série de 12 partidas sem vitória. A partida foi válida pela 6ª rodada do Brasileirão e foi adiada pelas enchentes de maio no Rio Grande do Sul.
Como fica
Com a vitória, o Inter vai aos 25 pontos, sobe três posições e é o 12º colocado do Brasileirão. Já o Juventude permanece com 25 pontos, mas caiu para a 13ª posição.
Primeiro tempo
O início de jogo foi morno. Cada time perdeu um titular antes dos 15. Wesley levou a pior em dividida com o goleiro Gabriel e deu lugar a Gustavo Prado. Ewerthon sofreu um problema muscular e foi substituído por Inocêncio. O Inter dificultou a saída de bola do Juventude. O time de Roger chegou com certo perigo nos arremates de Valencia e Gustavo Prado. O estreante Bruno Tabata, aos 23, foi acionado na área e sofreu pênalti. Enner bateu rasteiro e no canto direito, mas Gabriel fez a defesa. A equipe de Jair Ventura começou a sair de trás e ganhar terreno. Erick exigiu defesa de Rochet. A resposta veio em arremate de Bruno Tabata. Já no período de acréscimo, aos 48, o Ju chegou ao gol em contra-ataque de cartilha. Inocêncio recebeu de Jadson e cruzou na medida para Nenê abrir o placar.
Segundo tempo
O Inter voltou com Alario no lugar de Valencia e teve a iniciativa das ações. Bernabei, aos dois minutos, recebeu belo passe de Thiago Maia e bateu cruzado. Gabriel espalmou. Aos 10, Tabata cruzou na área, Gustavo Prado desviou de cabeça, mas o goleiro deu um tapa na bola. A marcação alta do time de Roger rendeu frutos. Lucas Barbosa enfeitou na própria área e foi desarmado. Thiago Maia deu o carrinho, roubou e bateu na saída do goleiro para empatar o jogo. O Juventude reequilibrou e conseguiu arrefecer o ímpeto colorado por alguns minutos. O Colorado insistiu e numa tentativa de pressão conseguiu um novo pênalti, após a bola bater no braço de Alan Ruschel. Bruno Tabata bateu, o goleiro defendeu de novo, mas o meia aproveitou o rebote para virar o jogo no Beira-Rio. A equipe de Jair Ventura não teve forças para reagir. O Colorado desperdiçou chances para ampliar.
Primeira vitória com Roger e fim do jejum
O Inter encerrou uma série de 12 partidas sem vencer na temporada. A última vitória colorada havia sido há 53 dias, sobre o rival Grêmio, no Gre-Nal disputado no Couto Pereira no dia 22 de junho. Além disso, significa a primeira vitória dentro do Beira-Rio depois da volta para casa após as enchentes. Eram seis jogos sem vencer no estádio.
Deste período, essa foi a sexta partida sob o comando de Roger Machado, buscado justamente no Juventude depois da eliminação na Copa do Brasil. O técnico tinha uma derrota, para o Botafogo, e quatro empates (Rosario Central, Bahia, Palmeiras e Athletico) no cargo, além da queda na Sul-Americana.
Valencia para em Gabriel de novo
O Inter teve a chance de abrir o placar aos 26 minutos do primeiro tempo em cobrança de pênalti. Enner Valencia foi para a cobrança e parou no goleiro Gabriel, que pulou no canto direito para fazer a defesa. O embate entre o centroavante e o goleiro não é o primeiro com vantagem para o jogador do Ju. Na eliminação colorada na Copa do Brasil, Gabriel defendeu cobrança do atacante, mas a arbitragem mandou repetir a batida por uma invasão na área. Valencia, então, converteu a penalidade. No ano passado, na derrota do Inter para o Coritiba, Valencia havia parado em Gabriel também, mas aproveitou o rebote para descontar. O equatoriano recebeu vaias e foi sacado no intervalo.
Agenda
O Inter volta a jogar no próximo domingo, às 16h, contra o Atlético-GO, no Antônio Accioly. Já o Juventude enfrenta o Athletico na Ligga Arena às 18h30 do mesmo dia
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O Fortaleza viajou até a Argentina para o primeiro desafio das oitavas de final. A equipe empatou com o Rosario Central em 1 a 1 fora de casa. Marinho abriu o placar cedo e Sández deixou tudo igual. A decisão de quem avança para próxima fase fica para o confronto na Arena Castelão.
Agenda
As equipes se enfrentam novamente na quarta-feira (21), às 19h, na Arena Castelão. Pelo Brasileirão, o Leão encara o Bragantino no sábado (17), às 18h30, no Nabi Abi Chedid. A equipe volta da Argentina direto para São Paulo.
Pontaria afiada
Marinho abriu o placar no primeiro minuto da partida. O lance foi de encher os olhos. O atacante cobrou falta na medida e mandou fechado para a meta. Goleiro estava adiantado e bola seguiu seu destino até as redes. Em 2024, ele tem 34 jogos, quatro gols e quatro assistências.
Empate polêmico
O Rosario Central empatou após cobrança de escanteio e confusão na área. Mallo subiu alto e cabeceou em direção ao gol. Sández era marcado por Brítez e mesmo caindo, finalizou para a meta. O gol foi analisado pelo VAR e validado.
Primeiro tempo
O Fortaleza abriu o placar cedo em cobrança de falta de Marinho logo no primeiro minuto. O jogador acabou sentindo dores após a comemoração e foi substituído por Pikachu. Aos 6 minutos, Sández descontou após cobrança de escanteio e bola lançada na área. O primeiro tempo foi brigado e disputado. As duas equipes controlaram a posse de bola e tiveram chances de ampliar. O Leão teve uma bola no travessão com Pedro Augusto. A reta final foi de muitas faltas e cartões amarelos.
Segundo tempo
A segunda etapa foi de pouca produção dos dois lados e muitas faltas. A melhor chance do Leão foi com Breno Lopes aos dois minutos em cobrança de falta. O jogador quase mandou para as redes. O duelo ficou muito concentrado no meio-campo e as equipes buscaram utilizar as faltas para evitar contra-ataques.
Estratégia
O Leão decide a vaga na Arena Castelão. Forte como mandante, o time não perde há nove jogos nos próprios domínios. No Brasileirão, não foi derrotado nenhuma vez jogando diante da própria torcida. Fator casa vai ser trunfo a mais na decisão.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (15) que "não quer se comportar de forma apaixonada" sobre resultados das eleições na Venezuela. Segundo Lula, a relação com a Venezuela "ficou deteriorada", porque a situação política do país "está ficando deteriorada".
"Sempre digo, não é fácil e bom que um presidente de um pais dê palpite sobre um presidente e politica de outro pais. Tenho relação desde quando tomei posse na primeira vez, e ficou deteriorada porque a situação política lá esta ficando deteriorada", afirmou Lula.
"Conversei com o Maduro antes das eleições, agora não conversei, mas disse que a transparência e a legitimidade do resultado é o que permitia a gente discutir os sansões contra a Venezuela. O Amorim estava lá acompanhando durante o dia não houve nada, mas quando começam a divulgar os dados, começa a confusão", prosseguiu.
O presidente reforçou a importância de apresentação das atas com o resultado das eleições.
"Estive com Colômbia e México, pra ver se encontrava uma saída,. Tem que apresentar os dados, por algo confiável, o Conselho nacional que tem gente da oposição poderia ser, mas ele mandou pra Suprema Corte dele. Não posso julgar a Justiça de outro país", afirmou Lula.
"Eu quero o resultado, se tiver, vamos tratar, o Maduro ainda tem seis meses de mandato, só termina ano que vem. Se tiver bom senso, poderia fazer uma conclamação ao povo, quem sabe convocar uma nova eleição e deixar que entre olheiros de todo mundo pra ver as eleições", prosseguiu.
A declaração foi para a Rádio T, de Foz do Iguaçu (PR).
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (15) que é "preciso que as pessoas cuidem do seu próprio orçamento", ao responder uma pergunta sobre aumento do preço dos alimentos.
"Mas temos que ficar atento aos preços dos alimentos, quando vc produz demais e tem consumo de menos o produto cai de preço, é sazonal, é preciso que as pessoas ajudem, se for comprar um tomate, alface e ver que está caro, tem que ajudar a não comprar aquilo, pra gente ter um equilíbrio no orçamento familiar", disse Lula.
"Temos consciência que é preciso ter o alimento barato, e isso significa que precisa aumentar o salário das pessoas", completou o presidente.
Lula voltou a defender uma redução da taxa de juros.
"Os médios empresários, os que têm menos poder de tomar dinheiro emprestado lá fora, esses que pagam o preço mais caro, tem a taxa Selic e até um pouco mais. Mas precisamos trazer a taxa de juro para um patamar razoável, preciso que a gente crie condições de facilitar que o dinheiro circule na mão do povo", pontuou o presidente.
"Economia não tem loucura, tem bom senso, eu não quero que a inflação volte, já vive de 80% ao mês, e tinha que correr num atacadista e comprar o que não era perecível, então, a inflação baixa, salário mais alto e emprego garantido é tudo o que precisamos", frisou.
A declaração foi para a Rádio T, de Foz do Iguaçu (PR).
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (15), que o Brasil e a China “estão pavimentando o caminho certo para elevar a parceria estratégica global a um novo patamar”, com forte atuação na área tecnológica. O brasileiro fala também em apoio do gigante asiático na proposta de reforma da governança de organismos multilaterais.
“Sobre essas bases sólidas, China e Brasil estão pavimentando o caminho certo para elevar a Parceria Estratégica Global a um novo patamar, com forte componente de cooperação tecnológica e que será capaz de promover resultados verdadeiramente transformadores para nossas sociedades”, disse.
O presidente da China, Xi Jinping, vai se encontrar com o brasileiro em novembro, às margens da cúpula do G20, o grupo que reúne as principais economias do mundo. As diplomacias brasileira e chinesa têm organizado a agenda dos líderes, que envolve o anúncio de projetos em conjunto entre os dois países.
“A estreita coordenação entre nossos países em temas de interesse global seguirá contribuindo para uma ordem mundial multipolar, assentada sobre os valores do multilateralismo e do direito internacional. O comum apreço pelo diálogo nos permite promover soluções baseadas na diplomacia e na negociação, como demonstra nossa proposta conjunta para o conflito na Ucrânia”, argumenta Lula.
A declaração está contida em artigo escrito por Lula e publicado no China Daily. “Para além da densa agenda bilateral, China e Brasil são parceiros de longa data nos BRICS, no G-20, nas Nações Unidas e em muitos outros fóruns internacionais. Trabalhamos juntos para promover a paz, a segurança e o desenvolvimento. Apoiamos uma reforma da governança global que a torne mais eficaz, justa e representativa dos interesses do Sul Global”.
O texto destaca que a China consolidou-se como o maior parceiro comercial do Brasil em 2009. Nos últimos setes anos, o Brasil tem sido o maior fornecedor externo de alimentos para a China. “Em 2023, o comércio bilateral atingiu um recorde de US$ 157 bilhões, com um superávit brasileiro inédito de US$ 51 bilhões. Nossas exportações somaram US$ 104 bilhões, superando o somatório das vendas para os Estados Unidos e a União Europeia”, aponta.
Rota da Seda
Nesta semana, Lula confirmou que vai discutir com os chineses a nova rota da seda. A medida tem sido discutida entre os diplomatas brasileiros e chineses. Lançada em 2013, a iniciativa visa formar uma rede global de infraestrutura, com ferrovias, hidrovias e rodovias. Durante a visita do petista a Pequim, no ano passado, o Brasil não anunciou o ingresso ao projeto, o que frustrou a expectativa da China.
“Os chineses querem discutir conosco a rota da seda, nós vamos discutir a rota da seda, não vamos fechar os olhos não. O que tem para nós? O que eu tenho com isso? O que eu ganho? O Brasil precisa estar preparado porque depois do G20 eu tenho uma bilateral, aqui em Brasília, com a China. É uma reunião que vamos comemorar os 50 anos de relação diplomática, mas é uma reunião que a gente vai discutir uma parceria estratégica de longo prazo. Ou seja, queremos ser uma economia mais forte que já fomos e nós precisamos de buscar parceiros”, disse Lula.
“E não pense que quando eu falo da China, eu quero brigar com os Estados Unidos. Pelo contrário, eu quero os Estados Unidos do nosso lado tanto quanto a China. Eu quero saber é onde nós entramos, qual é o lugar que eu vou entrar, com quem eu vou dançar. Porque o Brasil precisa se respeitar, e aí vai se respeitar quando tiver projeto”, completou.
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