O dólar opera em queda nesta segunda-feira (30), último pregão do ano, renovando mínima intradia em mais de sete semanas.
Às 15h15, a moeda norte-americana caía 0,84%, a R$ 4,0163. Na mínima da sessão até o momento chegou a R$ 4,0095, menor cotação desde 6 de novembro (R$ 3,9762).
Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,28%, a R$ 4,0503, acumulando recuo de 1,06% na semana. No mês, tem desvalorização de 4,47% sobre o real. No ano, porém, acumula até agora um avanço de 4,55%.
Segundo o Valor Online, a queda desta segunda é influenciada pelo mercado internacional favorável ao risco e também pela pressão pela formação da Ptax que será a referência para o vencimento dos contratos futuros negociados na B3, na próxima quinta-feira.
A projeção do mercado para a taxa de câmbio no fim de 2019 permaneceu em R$ 4,10 por dólar, segundo a pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda. Para o fechamento de 2020, caiu de R$ 4,10 para R$ 4,08 por dólar.
Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para este ano de 3,98% para 4,04%. Já a projeção para o crescimento do PIB para este ano subiu de 1,16% para 1,17%. Para o ano que vem, a previsão foi elevada de 2,28% para 2,30% – oitava alta seguida.
A projeção dos analistas para a taxa básica de juros (Selic) no fim de 2020 permanece em 4,50% ao ano.
De forma geral, os mercados chegam ao fim do ano com tom otimista, especialmente depois de Estados Unidos e China terem chegado a um consenso sobre alguns pontos de questões tarifárias.
Sinais de estabilização na economia chinesa, conforme indicativo por números recentes, também amparavam a busca por risco no mercado de moedas, sobretudo as de países exportadores de commodities --produtos com forte demanda chinesa.
Na máxima do ano, dólar chegou a R$ 4,25
Em novembro, o dólar bateu recordes nominais sucessivos, chegando a ser cotado a R$ 4,2584, em meio a incertezas sobre a economia mundial e piora das contas externas brasileiras.
A queda da taxa básica de juros também para a alta da moeda em relação ao real: com a redução do rendimento das aplicações por aqui, em um cenário ainda de incertezas, os investidores buscaram opções lá fora, retirando dólares do país.
G1
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