O Botafogo empatou por 1 a 1 com Criciúma, nesta sexta, no Maracanã, em jogo agitado pela 30ª rodada do Brasileirão. Mesmo com o primeiro tempo movimentado, tudo foi definido nos minutos finais.
Os dois gols foram marcados por atacantes que entraram no segundo tempo. Tiquinho Soares fez o gol do Botafogo, aos 46, e o Criciúma reagiu logo na sequência, aos 48, com Felipe Vizeu, de cabeça.
No último lance, Tiquinho cabeceou no ângulo, mas viu Gustavo se esticar e fazer a defesa da partida. Barboza completou o lance empurrando a bola para a rede, mas a arbitragem assinalou toque de mão do zagueiro. Com isso, o placar terminou em igualdade.
Mando no Maracanã com direito a mosaico e quebra de recorde
O Botafogo mandou o jogo no Maracanã e fez festa como se fosse no Nilton Santos. Foram 64.727 torcedores presentes no estádio, público recorde do clube em 2024, superando o duelo da Libertadores contra o São Paulo.
Antes de a bola rolar, a torcida fez um belo mosaico, desta vez em movimento, com um cachorro abrindo os olhos. O clube teve que mudar o endereço do jogo porque a casa alvinegra está cedida para shows do cantor Bruno Mars.
Gol de Vizeu e provocação com chororô
O gol de empate do Criciúma foi marcado pelo centroavante Felipe Vizeu, que entrou no segundo tempo. O jogador recebeu cruzamento de Bolasie, ganhou a disputa pelo alto com Gregore e conseguiu o cabeceio.
Formado pelo Flamengo, ele fez questão de provocar o antigo rival ao comemorar com o gesto de chororô. Pela ação do atacante, o árbitro o advertiu com cartão amarelo.
Situação na tabela
Mesmo com o empate, o Botafogo garante mais uma rodada na liderança. O time chegou a 61 pontos, quatro à frente do Palmeiras, que enfrenta o Juventude no domingo.
O Criciúma, momentaneamente, ganha uma posição ao chegar aos 36 pontos. O time catarinense ultrapassou o Grêmio, que soma 35 e joga o Gre-Nal nesta 30ª rodada.
Próximos compromissos
O Botafogo tem a decisão contra o Peñarol, pelo jogo de ida da semifinal da Conmebol Libertadores, como próximo compromisso. O jogo é na quarta-feira, às 21h30, no Nilton Santos.
O Criciúma enfrenta o São Paulo no sábado, 26/10, às 21h, pela 31ª rodada do Brasileirão.
Os 90 minutos
O Botafogo dominou o jogo do começo ao fim, mas isso não quer dizer que empilhou oportunidades. A marcação do Criciúma foi muito eficiente e bloqueou bem as tabelas alvinegras. Com isso, no primeiro tempo, os cariocas abusaram dos cruzamentos na área e dos arremates de longa distância, sem conseguir ameaçar tanto.
Na segunda etapa, o panorama mudou um pouco, mas aí foi a vez de o goleiro Gustavo aparecer com boas defesas. A mais difícil num chute colocado de Luiz Henrique. Aos 46, porém, no úncio vacilo do goleiro o Botafogo marcou, com Tiquinho. A festa durou 2 minutos, tempo que levou para Vizeu empatar tudo. No último lance, aos 55min, Barboza ainda marcou para o Botafogo, mas o lance foi anulado por toque no braço.
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Com gols apenas no segundo tempo, Cruzeiro e Bahia ficaram no 1 a 1, na noite desta sexta-feira, no Mineirão, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Gabriel Veron abriu o placar para os donos da casa, aos 15 da etapa final. O Cruzeiro teve um gol anulado na sequência. Aos 36, Lucho Rodríguez deixou tudo igual. O resultado aumenta o jejum do Cruzeiro para cinco partidas sem vitória no Brasileiro. O time segue sem vencer com Fernando Diniz, que vem de dois empates e duas derrotas no clube. O Bahia soma ponto importante na briga por um lugar no G-6 do campeonato.
Como fica
Com o resultado, o Bahia surge na sexta posição na tabela, com 46 pontos, superando o Internacional, que joga neste sábado, no número de vitórias. O Cruzeiro segue em oitavo lugar, agora com 44 pontos, a dois do G-6 do campeonato.
Gol anulado
Depois de abrir o placar, o Cruzeiro voltou a balançar as redes do Bahia aos 21 do segundo tempo, com Kaio Jorge. No entanto, o gol foi anulado, após revisão recomendada pelo VAR, que apontou impedimento de Lucas Villalba.
Jejum do professor
Desde Abel Braga, na tentativa de salvação do inédito rebaixamento em 2019, o Cruzeiro não deixava de vencer os primeiros quatro jogos em um início de trabalho de treinador. Fernando Diniz voltou a bater essa marca nesta sexta-feira, no empate em 1 a 1 com o Bahia.
Primeiro tempo
O primeiro lance de perigo veio só aos 16 minutos, em chute de Kaio Jorge, que Marcos Felipe defendeu, parcialmente, no reflexo, mas a jogada foi invalidada por impedimento de Gabriel Veron no rebote. Logo em seguida, Jean Lucas arriscou da entrada da área para a defesa de Cássio. Aos 23, Thaciano chegou a balançar as redes do Cruzeiro, mas como ele estava em posição irregular, o gol foi anulado. Na sequência, Biel chutou com perigo, e a bola passou rente à trave do goleiro da Raposa. Everaldo também assustou os donos da casa, mandando por cima do gol de Cássio. Na melhor chance do Cruzeiro, da primeira etapa, Barreal cruzou da esquerda, Veron ajeitou de cabeça, e Kaio Jorge testou por cima do travessão de Marcos Felipe. Depois disso, ainda deu tempo de Biel receber na área e finalizar para grande defesa de Cássio.
Segundo tempo
Aos dois minutos, Matheus Pereira chutou da entrada da área, Marcos Felipe deu rebote, Barreal pegou a sobra e mandou para fora. O Bahia respondeu com Everaldo, que obrigou Cássio a fazer outra grande defesa na partida. Aos 15, Matheus Pereira achou Gabriel Veron na área, que bateu na saída do goleiro, abrindo o placar no Mineirão. Inicialmente a auxiliar Fabrini Bevilaqua Costa, marcou impedimento no lance, mas a revisão do VAR validou o gol do Cruzeiro. Os donos da casa chegaram a ampliar a vantagem aos 21, com Kaio Jorge, mas a jogada foi invalidada por causa do impedimento do zagueiro Villalba, que interferiu no lance. O Bahia empatou aos 36. Ademir avançou com velocidade, cruzou da direita, e Lucho Rodríguez escorou para as redes de Cássio. O Tricolor quase virou com Iago, que pegou a sobra na área, mas mandou por cima do gol da Raposa. Ademir também teve a chance da virada, mas a zaga afastou. No último lance, William bateu colocado, e a bola foi para fora.
Agenda
O Cruzeiro volta a campo na próxima quarta-feira, às 19h (de Brasília), contra o Lanús, também no Mineirão, pelo confronto de ida da semifinal da Copa Sul-Americana. Pelo Brasileirão, o time mineiro enfrenta o Athletico-PR, no sábado, dia 26, às 18h30, em Curitiba. Somente na segunda-feira, dia 28, às 21h, o Bahia volta a atuar. O Tricolor visita o Vasco, no Rio de Janeiro. As duas partidas são válidas pela 31ª rodada do Brasileirão.
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Em duelo de poucas emoções, Atlético-GO e Cuiabá empataram por 0 a 0 na noite desta sexta-feira, pela 30ª rodada da Série A. O Dragão até teve mais volume de jogo, mas nem tanta inspiração assim para chegar ao gol. O Dourado praticamente não atacou, e o placar permaneceu zerado no estádio Antônio Accioly. Os clubes continuam como os últimos colocados no Brasileirão, sendo o rubro-negro goiano o lanterna.
Tabela e agenda
O Atlético-GO chega a 22 pontos, mas continua afundado na lanterna. O Cuiabá, com 27, é o 19º colocado. Na próxima rodada, o Dragão visita o Grêmio, no outro sábado (26), em Porto Alegre. O Dourado recebe o Corinthians, na Arena Pantanal, na outra segunda (28).
Primeiro tempo
Atlético-GO e Cuiabá fizeram um duelo até agitado, mas de poucas emoções na etapa inicial. O Dragão foi superior e criou mais oportunidades, mas parou na falta de pontaria ou então no travessão do goleiro Walter, que também teve um pouco de sorte para evitar o gol. O Dourado praticamente não levou perigo ao Dragão.
Etapa final
O cenário praticamente se repetiu após o intervalo. Atlético-GO mais incisivo em campo, mas sem efetividade. As boas chances para marcar, na verdade, até diminuíram em relação ao primeiro tempo. O Cuiabá também não se mostrou apto a construir boas jogadas ofensivas, e o placar ficou inalterado no Antônio Accioly.
ge
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A aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pelo sexto voo de repatriação de brasileiros no Líbano pousou na manhã deste sábado (19) na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos.
Segundo a FAB, o pouso foi às 7h15. A aeronave saiu de Beirute, capital do Líbano, transportando 212 passageiros e um pet.
Com isso, chega a 1,3 mil o número de pessoas já repatriadas na operação. Isso porque foram transportadas pela FAB:
Esses números incluem brasileiros, parentes de brasileiros e estrangeiros que foram transportados pela FAB a pedido de seus respectivos do governo.
A estimativa do governo é que 3 mil dos 21 mil brasileiros que vivem no Líbano queiram voltar ao país para deixar a zona de conflito.
A tensão aumentou na região diante da escalada do conflito entre o governo de Israel e o grupo extremista Hezbollah, que já levou à morte de milhares de pessoas, incluindo civis.
Comunidade brasileira no Líbano
A comunidade brasileira no Líbano é formada por cerca de 21 mil pessoas e é a maior entre os países da região, à frente de países como Israel (14 mil), Emirados Árabes Unidos (9,6 mil) e Jordânia (3 mil).
Segundo o comandante da FAB, brigadeiro Marcelo Damasceno, é possível repatriar, em média, cerca de 500 pessoas por semana, de acordo com as condições de segurança no Líbano.
Isto é, segundo o comandante, o número pode aumentar ou diminuir conforme os bombardeios se intensifiquem ou fiquem mais brandos.
Mesmo assim, o Ministério das Relações Exteriores tem divulgado comunicados púbicos nos quais tem orientado as pessoas que também tentem deixar o Líbano por meios próprios, caso tenham condição.
“O governo brasileiro reitera o alerta para que todos sigam as orientações de segurança das autoridades locais e, para os que disponham de recursos para tal, que procurem deixar o território libanês por meios próprios. O aeroporto de Beirute continua em operação”, informou o Itamaraty em comunicado divulgado na semana passada.
Segundo o governo, quando as pessoas desembarcam no Brasil, recebem apoio de equipes dos ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social, além de funcionários da Polícia Federal e da Receita Federal.
g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (18) que o Acredita, programa de crédito apresentado por ele mais cedo, será o último lançamento do governo federal. Lula quer, agora, ver os resultados das políticas criadas pelo Executivo. O presidente tem cobrado agilidade dos integrantes de sua gestão para entregar as iniciativas anunciadas.
“Hoje eu lancei o último programa, que é o Acredita. Vocês que são ministros e me ajudam a chegar onde cheguei têm que saber: não tem mais lançamento de programa. Já está a semente plantada, adubada, irrigada e agora é a vez de tratar de colher os resultados das políticas públicas que nos fizemos neste país”, declarou Lula, em evento de campanha do candidato petista à Prefeitura de Mauá (SP), Marcelo Oliveira. Antes, o presidente participou do comício do nome do PT à Prefeitura de Diadema (SP), José de Filippi.
Em agosto, em meio a cobranças públicas aos ministros, Lula convocou uma reunião ministerial e reforçou o pedido por maior divulgação das ações do governo e rapidez nas entregas. Três semanas antes, o presidente tinha afirmado que é preciso “passar por cima dos manuais para fazer as coisas acontecerem”.
Em julho, Lula reclamou da ausência de ministros em reuniões interministeriais. Sem citar nomes, o presidente cobrou do chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, a garantira da presença dos colegas nas agendas. Na primeira reunião ministerial deste ano, o presidente afirmou à equipe que o governo “ainda tem muito para fazer”.
Incentivo aos pequenos
A cerimônia de lançamento do Acredita ocorreu nesta sexta (18), mas o programa está em vigor desde abril, por meio de uma medida provisória. A iniciativa oferece crédito com menores taxas de juros aos pequenos empreendedores.
Como era uma MP, a matéria precisava ser votada pelo Legislativo em até 120 dias, o que não ocorreu. O governo então enviou a proposta ao Congresso Nacional em um projeto de lei, cuja aprovação foi concluída em setembro. Lula sancionou a lei do Acredita na semana passada. Entre os principais pontos do programa, estão o ProCred 360 e o Desenrola Pequenos Negócios.
R7
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender nesta sexta-feira (18) isenção no imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês. A medida é uma promessa de campanha do petista, que pretende implementá-la até o fim de 2026. A equipe econômica do governo discute alternativas de compensação — uma delas é a tributação dos super-ricos. Atualmente, a isenção do imposto de renda vale para os trabalhadores que recebem até dois salários mínimos (R$ 2.824). O teto anterior era R$ 2.640.
“Até o fim do meu mandato, quem ganha até R$ 5.000 não pagará mais imposto de renda, porque está na hora de cobrar os ricos deste país”, declarou o petista em um ato de campanha do candidato do PT à Prefeitura de Diadema (SP), José de Filippi. O presidente participa, ainda nesta sexta (18), de comício com o nome petista em Mauá (SP), Marcelo Oliveira. As cidades ficam a cerca de 40km uma da outra.
Lula defendeu a isenção para quem recebe até R$ 5.000 publicamente em diversas ocasiões. Na última sexta (11), voltou a prometer a medida ao menos duas vezes. Em evento de campanha do candidato petista à Prefeitura de Fortaleza (CE), Evandro Leitão, o presidente declarou que “quem tem que pagar imposto de renda são os ricos deste país, que ganham muito e pagam pouco. E o povo ganha pouco e paga muito”.
No mesmo dia, mais cedo, Lula também comentou o assunto, o qual classificou de “justiça”. “Não é um compromisso de campanha. É um compromisso de justiça. Você não pode fazer com que as pessoas que ganhem R$ 5 mil paguem imposto de renda, enquanto os caras que têm ações da Petrobras recebem R$ 45 bilhões de dividendos sem pagar. Você não pode cobrar 27% ou 15% de um trabalhador que ganha R$ 4 mil e deixar os caras que recebem herança não pagar. O que queremos é isentar as pessoas que ganham até R$ 5 mil e no futuro isentar mais”, afirmou, ao opinar que “salário não é renda”, afirmou, em entrevista a uma rádio de Fortaleza.
“O povo trabalhador, proporcionalmente, paga mais imposto do que o rico. Renda é o cara que vive de especulação. Esse, sim, deveria pagar Imposto de Renda. Mas o povo trabalhador, o cara se mata de trabalhar, chega no fim do ano e pega a participação no lucro dele, um pouquinho, e vai lá: 27% de Imposto de Renda. E são a maioria. São eles que sustentam esse país, porque o rico paga, proporcionalmente, menos imposto. Esse debate não tem que ser feito escondido. Tem que ser público. As pessoas têm que saber quem paga o quê e quanto se paga. É isso que falta nesse país”, completou Lula.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o governo federal considera a tributação de milionários como alternativa para compensar a isenção no IR para quem ganha até R$ 5.000. Haddad apresentou ao presidente quatro opções de equilibrar a medida — um imposto para os super-ricos “é um dos cenários”. “São quatro cenários, e em cada cenário eu tenho alguns exercícios sobre os parâmetros de cada um desses cenários. Então, não é uma coisa simples”, afirmou Haddad.
O ministro destacou, ainda, que a reforma do imposto de renda estará alinhada a práticas internacionais e será “neutra” do ponto de vista arrecadatório — ou seja, não vai gerar perda fiscal nem ganho de arrecadação. “Não estamos com nenhuma pressão sobre esse assunto, porque há alguns critérios que o presidente faz questão que a medida atenda. O primeiro deles é o fato de que ela tem que ser uma reforma neutra do ponto de vista arrecadatório”, disse.
“Não tem uma proposta fechada ainda. É importante também, assim como na reforma sobre o consumo, nós estamos procurando nos aproximar do que é a média da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico]. Qual é o padrão da OCDE? De taxa efetiva de pagamento de pessoa jurídica e pessoa física, para chegar em uma efetividade semelhante à média do OCDE”, acrescentou.
Haddad também afirmou que o governo não tem pressa em enviar os textos para o Congresso Nacional. “É que nem a reforma tributária, nós estamos preferindo usar o tempo da melhor forma possível para aprovar, porque não temos pressa em mandar, nós temos pressa em aprovar. Para aprovar, você precisa mandar um bom texto com as análises técnicas bem feitas”, completou.
R7
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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou, nesta sexta-feira (17), maioria de votos para proibir revistas íntimas vexatórias nos presídios para evitar a entrada de drogas, armas e celulares.
Apesar do placar de 6 votos a 5, o julgamento foi suspenso por um pedido de destaque feito pelo ministro Alexandre de Moraes. Dessa forma, o julgamento virtual sobre o caso será retomado no plenário físico da Corte. A data ainda será definida.
O julgamento começou em 2016 e já foi suspenso outras vezes por diversos pedidos de vista.
O caso voltou à tona hoje com o voto do ministro Cristiano Zanin, que também interrompeu o julgamento em maio deste ano com um pedido de mais tempo para analisar o processo.
No voto proferido, Zanin acompanhou o relator, ministro Edson Fachin, para vedar as revistas vexatórias. Em seguida, a análise do caso foi suspensa novamente.
A Corte julga um recurso do Ministério Público para reverter a absolvição de uma mulher flagrada tentando entrar em um presídio de Porto Alegre com 96 gramas de maconha, que estavam enrolados em um preservativo e acondicionados na vagina.
Na primeira instância, ela foi condenada, mas a Defensoria Pública recorreu ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), que a absolveu, por entender que o procedimento de revista íntima foi ilegal.
Votos
Em 2020, o relator do caso, ministro Edson Fachin, votou pela ilegalidade da busca íntima. Fachin entendeu que os funcionários das penitenciárias não podem fazer busca abusiva no corpo de amigos e parentes que vão visitar os presos por tratar-se de violação da intimidade.
O ministro sugeriu a adoção de procedimentos menos invasivos, como uso de scanners corporais, raquetes de raio-x ou revista corporal superficial, evitando que os visitantes sejam obrigados a retirar a roupa ou terem suas partes íntimas inspecionadas.
O entendimento foi seguido pelos ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Rosa Weber (atualmente aposentada).
Em seguida, Alexandre de Moraes abriu divergência e votou a favor da revista.
Moraes concordou que há um grande número de casos de revistas íntimas vexatórias. No entanto, o ministro entendeu que a revista íntima não pode ser sempre definida como degradante, de forma automática e sem análise caso a caso, sob pena de colocar em risco a segurança dos presídios.
O voto foi seguido pelos ministros Dias Toffoli, Nunes Marques e André Mendonça.
Agência Brasil
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A contribuição das escolas particulares para a pluralidade de visões no ensino foi destacada pelos participantes de sessão especial nesta sexta-feira (18) no Senado. A sessão foi convocada para homenagear a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen), que completa 80 anos em 2024. A confederação representa as instituições de ensino privado e atua como a entidade máxima do setor no país.
A sessão foi solicitada pelo senador Flávio Arns (PSB-PR), presidente da Comissão de Educação (CE), por meio de requerimento (RQS 976/2023). A intenção era reconhecer o papel da Confenen, fundada em 1944. Durante a sessão, o senador falou sobre a história da instituição, que atualmente representa cerca de 48 mil instituições privadas que atuam em todos os níveis da educação, empregam 1,2 milhão de professores e são responsáveis pela formação de 16 milhões de estudantes atualmente matriculados.
De acordo com o senador, desde sua criação, a entidade teve intensa participação na construção do arcabouço legal da área educacional. Arns destacou o trabalho de colaboração da Confenen com a Câmara dos Deputados e o Senado em temas relacionados à educação.
— Mais do que uma simples representação corporativa, a Confenen tem sido uma parceria valiosa na construção de consensos e soluções que ressaltam colaboração entre o setor público e o setor privado, que se complementam nos esforços em favor da educação. De fato, é necessário acreditarmos numa solução plural de todas as partes para a educação, de forma a vermos respeitados direitos básicos de nossos cidadãos. Cada cidadão deve poder optar pelo que lhe parece melhor para seus filhos em termos de formação, respeitando ideologias, religiões, tecnologias educacionais e todos os outros fatores que compõem o universo de formação das pessoas.
A pluralidade de também foi destacada pelo presidente da confederação, Paulino Delmar Pereira. Entre as principais bandeiras da Confenen, estão a defesa da liberdade de ensinar e aprender, o pluralismo educacional e a autonomia das instituições privadas em relação ao Estado. Para o presidente da entidade, a existência de escolas privadas ao lado das públicas é essencial para a promoção do direito fundamental à educação, contribuindo para a sustentação do regime democrático.
— A confederação destaca-se não apenas como uma entidade sindical, mas como um movimento político-ideológico em prol de uma educação democrática livre e inclusiva, em oposição às limitações impostas por regimes autoritários e ditatoriais. A organização se mantém firme em seus princípios fundadores, evidenciando a importância da liberdade de ensinar e aprender como pilares de um regime democrático — disse.
Novo Ensino Médio
José Ricardo Dias Diniz, terceiro vice-presidente da confederação e presidente da Câmara de Educação Básica da entidade, falou sobre a atuação da Confenen nos debates sobre as mudanças do ensino médio (Lei 14.945, de 2024). A lei é proveniente do PL 5.230/2023, editado pelo Executivo para alterar a lei que instituiu o Novo Ensino Médio (Lei 13.415, de 2017).
A luta da entidade, segundo o professor, foi em defesa da liberdade dos estudantes e da flexibilização curricular, em contraposição ao modelo anterior ao Novo Ensino Médio, que tinha uma rigidez maior no currículo, na avaliação dele.
— Combatemos, sim, o bom combate, e o resultado, por isso mesmo, foi menos desastroso do que então se prenunciava. No nosso trabalho regular na Câmara de Educação Básica da Confenen, vimos vivenciando e constatando que a rede privada, na educação básica, vem desempenhando um papel fundamental na atualização de práticas pedagógicas e de iniciativas inovadoras na gestão escolar, promovendo a incorporação de novas tecnologias de aprendizagem através de projetos e aprendizado colaborativo — ressaltou Diniz.
Para Cláudio Vinícius Dornas, diretor-tesoureiro da confederação, a luta continua sendo pelos mesmos princípios éticos e morais da sua fundação, mas com adaptação ao mundo atual, com novos desafios, como a inteligência artificial, as redes sociais, a educação inclusiva e o ensino à distância.
Também participaram da homenagem o segundo vice-presidente da Confenen, José Sebastião dos Santos Filho, e o diretor-adjunto da entidade, João Luiz Cesarino da Rosa, que compuseram a mesa. Professores e alunos de 13 estabelecimentos de ensino do país assistiram à sessão.
Ao abrir a homenagem, Flávio Arns leu os nomes de todos os alunos presentes e afirmou que os estudantes são as autoridades principais na área da educação. Ao final da sessão, ele organizou um ato simbólico, em que os estudantes e professores presentes foram aplaudidos de pé pelos demais participantes.
Agência Senado
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos nesta sexta-feira (18) para rejeitar recursos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a investigação que apura vazamento de dados de informações sigilosas da Polícia Federal.
O colegiado também tem maioria contra o pedido do ex-presidente para ter acesso à delação premiada do ajudante de ordens Mauro Cid.
Os casos estão sendo julgados no plenário virtual. Votaram pela rejeição dos recursos os ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino e Luiz Fux.
No primeiro recurso em análise, a defesa de Bolsonaro questiona a decisão de Moraes que determinou a análise detalhada da quebra de sigilo dos dados telemáticos de Mauro Cid, que são usados no inquérito que apura o vazamento de dados de uma investigação da PF sobre uma suposta vulnerabilidade do sistema eleitoral.
Os advogados alegam que a ordem ocorreu depois do pedido de arquivamento do caso feito pela Procuradoria-Geral da República, na gestão de Augusto Aras.
Moraes argumentou que a medida foi determinada antes desse parecer da PGR e que apenas não tinha sido cumprida, portanto, não se trata de nova prova.
Delação premiada de Cid
Em outro caso, Moraes reforçou que não há previsão para que delatados tenham acesso ao acordo de colaboração enquanto tiverem diligências pendentes.
Bolsonaro quer acesso à delação de Mauro Cid – ex-ajudante de ordens e um dos principais aliados do político do PL – que implicou o ex-presidente em várias frentes de investigação, como a que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.
No voto, o ministro ressaltou que o Supremo tem entendimento consolidado sobre restrições de acesso às delações premiadas. E que, no momento processual adequado, os investigados poderão se posicionar sobre a delação, assim como a própria Justiça avaliará os termos e a eficiência da colaboração
"As investigações relacionadas a esses tópicos gerais estão em regular trâmite nesta Suprema Corte, com diversas diligências em andamento, o que, nos termos da fundamentação acima delineada, impedem o acesso [por Bolsonaro] aos depoimentos de Mauro Cid no âmbito de colaboração premiada", escreveu o ministro.
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Nunca na história, a Paraíba contou com tantos médicos como atualmente. Um levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta um aumento expressivo no número de profissionais da saúde no estado. Entre 2010 e 2024, o número de médicos registrados cresceu 153%.
Em 2010, havia 4.886 médicos registrados no estado. Agora, em 2024, esse número subiu para 12.357. Além do aumento no total de profissionais, a densidade de médicos por mil habitantes também apresentou uma alta significativa. Em 2010, a densidade era de 1,3 médico para cada mil habitantes, enquanto em 2024, esse índice passou para 3,08 médicos por mil habitantes, representando um crescimento de 137%.
A população da Paraíba também aumentou ao longo desse período, mas o ritmo de crescimento no número de médicos foi ainda mais acelerado. Com uma população de pouco mais de 4 milhões de habitantes, o estado vem se destacando em termos de oferta de profissionais médicos em comparação aos últimos 14 anos. De acordo com o presidente do SIMED-PB Dr Tarcísio Campos, que também é diretor da Federação Médica Brasileira, “O movimento sindical médico junto com as outras entidades médicas nacionais CFM e AMB entendem que será necessário uma avaliação da formação desses novos médicos que estão sendo formados de forma similar como existe na OAB. Para o movimento sindical, essa avaliação deve ser feita de forma seriada durante o curso através de provas práticas e teóricas. Já que o curso de medicina exige muita habilidade prática. Além de avaliar as instituições formadoras, pois, o aluno não pode ser penalizado por faculdades que não tem estruturas adequadas para sua formação”.
Para o Sindicato dos Médicos da Paraíba, o aumento no número de médicos está ligado ao aumento do número de faculdades de medicina no estado, hoje já são dez (quatro em João Pessoa, três em Campina Grande, duas em Cajazeiras e uma em Patos). Todo ano, são cerca de mil médicos que saem para o mercado de trabalho E uma das preocupações do sindicato é com a qualidade do ensino e, por isso, em maio deste ano, criou o Núcleo de Acadêmicos e Médicos Jovens, o NAMJ / SIMED-PB.
O NAMJ/SIMED-PB é formado por acadêmicos e jovens médicos. Cada instituição de ensino tem um representante escolhido pelos próprios estudantes.”Esse núcleo vem preencher uma lacuna no SIMED-PB que era justamente um elo entre os estudantes e o movimento sindical. No novo movimento sindical a formação dos estudantes deve ter um papel fundamental. Formar a consciência crítica sobre a necessidade de fortalecer todas entidades médicas, além de buscar a qualidade do ensino que todo estudante precisa”, declarou o presidente do SIMED-PB, Dr. Tarcísio Campos.
O sindicato também lançou, este ano, uma cartilha com orientações importantes para estudantes dos anos finais e médicos recém-formados. O a atenção na hora de preencher um contrato de trabalho está entre as orientações.
Para Dr. Fernando Melo Neto, médico paraibano formado em 2023 e integrante do NAMJ/ SIMED-PB, “o caminho percorrido por um médico, desde a sua graduação até a sua atuação profissional, é árduo, com muitas dificuldades”. Para ele, com o crescente aumento das faculdades de medicina e de médicos sendo formados, a rotina profissional tem sido mais difícil. “Queremos com o núcleo buscar melhorias para a Medicina de forma geral”, ressaltou Dr. Fernando.
Festa dos Médicos
Desde 2017 o Sindicato dos Médicos da Paraíba realiza uma grande confraternização da categoria, momento de descontração para a categoria. Neste ano, o evento será realizado nesta sexta-feira, dia 18, no Paço dos Leões. Além do jantar, os médicos vão poder aproveitar grandes atrações musicais: DJ Vilarim, Osmídio Neto, Vinicius Mendes e a cantora Kátia Cilene.
MaisPB
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