O número de pacientes com câncer não para de crescer em todo o mundo e existem cada vez mais mulheres no planeta que serão afetadas pela doença em algum momento da vida. De acordo com dados da Agência Internacional para a Pesquisa sobre câncer (IARC, na sigla em inglês), publicados em 2019, uma em cada seis desenvolve o mal.
O câncer de pulmão é a principal causa de morte para homens e mulheres em 28 países, segundo o relatório da agência, que salienta a importância de conscientizar a população sobre o risco do tabagismo e a exposição passiva ao cigarro. De acordo com o epidemiologista Gautier Defossez, coordenador de uma pesquisa publicada em julho pelo Instituto Nacional do Câncer e de Saúde Pública na França, o estudo francês traz dados preocupantes.
"A situação para as mulheres mostra uma evolução do número de casos de cânceres do pulmão. O aumento da incidência é 5,3% por ano, um sinal alarmante que tem uma ligação direta com a exposição ao tabaco", alerta.
Na França, respectivamente, o câncer de mama, o de pulmão e o colorretal são os mais comuns entre as mulheres, destaca o estudo, que levou em conta os últimos trinta anos. Cerca de 400 mil casos são diagnosticados por ano, a incidência da doença de um modo geral entre as mulheres registrou um forte aumento desde 1990. A alta é de 93%, mesmo que o número de mortes tenha diminuído, por conta dos progressos envolvendo tratamento e prevenção. O aumento do número de casos também resulta do próprio envelhecimento da população.
O câncer de mama também voltou a crescer no país em 2010 depois de uma estabilização dos casos durante o ano 2000. Diversos fatores explicam essa tendência, ressalta o relatório: alimentação inadequada e obesidade, trabalho noturno e a exposição aos chamados disruptores endócrinos, presentes, por exemplo nos inseticidas usados na indústria da alimentação.
Mudanças no modo de vida têm consequências diretas na saúde das mulheres, não só na França, mas em todo o mundo. Os autores do relatório ressaltam a importância de prevenir os cânceres que podem ser evitados. Entre eles o do pulmão, na maioria causados pelo tabagismo, o do câncer do colo do útero, que pode ser curado em fase inicial, e contra o qual existe uma vacina, além do melanoma, tumor da pele desencadeado pela forte exposição aos raios ultravioletas.
Câncer do pulmão em mulheres também cresce no Brasil
No Brasil, também há um aumento número de casos do câncer do pulmão feminino, explica o oncologista Rodrigo Munhoz, do hospital Sírio Libanês, mesmo que esse tipo de tumor não esteja no topo das estatísticas.
"No sexo feminino, o câncer do pulmão vem crescendo em importância, e isso está relacionado ao hábito do tabaco. Quase 90% dos casos dos cânceres de pulmão são atribuídos ao tabagismo”, diz, “mesmo que haja diferenças de hábitos entre a França e o Brasil", pondera.
Os dados da Agência Internacional para a Pesquisa sobre câncer ressaltam que diferenças socioeconômicas influenciam as estatísticas em relação à doença nos países. E o caso no Brasil, onde o câncer do colo uterino ocupa o terceiro lugar entre os mais mortais.
"Câncer de mama, de colón e reto, do colo uterino. No Brasil, infelizmente o câncer de colo uterino ainda tem um destaque muito grande. Ele fica entre segundo e terceiro na maior parte do pais, mas na região norte, por exemplo, se você excluir o câncer de pele não-melanoma, que não entra muito nas estatísticas, o câncer de colo uterino é o principal. Justamente porque a gente tem, diferentemente da França, uma dificuldade maior de acesso para o Papanicolau ou a vacinação contra o HPV (vírus causador da doença)", ressalta Rodrigo Munhoz.
O oncologista também lembra que o acesso das pacientes aos tratamentos que destroem as lesões malignas são mais restritos, o que faz que esse câncer, no Brasil, seja um dos maiores em incidência e mortalidade. Falta de adesão populacional e a limitação de políticas bem-estruturadas dificultam a diminuição dos casos. Em linhas gerais, há um aumento do câncer entre as mulheres no pais, explica o oncologista brasileiro, relacionado, entre outros fatores, ao envelhecimento da população.
Evolução dos tratamentos é relativa no Brasil
Em contrapartida ao aumento da incidência da doença demonstrado nas estatísticas, existe a evolução dos tratamentos, como a recente Imunoterapia, que aumenta e melhora a sobrevida. Mas essa é uma realidade, lembra o oncologista brasileiro, restrita aos países desenvolvidos:
"Infelizmente em países em desenvolvimento, essa reversão na mortalidade não é universal", diz. "O Brasil infelizmente ainda é um pais muito heterogêneo", destaca.
O oncologista lembra, por exemplo, que no pais o uso da imunoterapia é incomum, e reservado a quem tem plano de saúde – cerca de 25% da população. Quem depende do SUS pode beneficiar da técnica através de protocolos de pesquisas ou formalmente não tem acesso – com poucas exceções.
Além da adesão da população aos programas de prevenção, outro desafio, diz Rodrigo Munhoz, é "fazer com que paciente chegue onde ele deve chegar no momento adequado, e que receba o tratamento cirúrgico no momento em que a doença é localizada ou inicial", diz. "Temos também o desafio do acesso, a dificuldade de se oferecer através do sistema único de Saúde muitos dos tratamentos que são entendidos como padrão", conclui.
RFI
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Foi publicada a quinta chamada da lista de espera para as vagas remanescente do Sisu 2019.2 da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), nesta terça-feira (16). Foram convocados 136 candidatos. Veja a lista no site da UFCG.
O cadastramento (registro acadêmico) dos candidatos convocados nesta quinta chamada deve ser realizado nesta quinta-feira (18) e sexta-feira (19), das 8h às 11h e das 14h às 17h, na coordenação do curso para qual o candidato foi classificado. O procedimento é obrigatório para garantir a vaga na UFCG e deverá ser feito presencialmente pelo candidato ou por procurador legalmente constituído para esse fim. Confira o edital para saber a documentação necessária.
Na terminologia oficial da UFCG, cadastramento e matrícula são procedimentos diferentes. O cadastramento (registro acadêmico) é o procedimento por meio do qual o candidato classificado se torna aluno da UFCG. Já a matrícula, é o procedimento por meio do qual o aluno define as disciplinas que irá cursar em cada período letivo.
A matrícula em disciplinas dos alunos ingressantes também é obrigatória e deverá ser realizada no dia 29 de julho, também na coordenação do curso para o qual foi selecionado. As aulas do período 2019.2 terão início no dia 6 de agosto.
Estão previstas até sete chamadas para os inscritos na lista de espera em cursos da UFCG, conforme a existência de vagas. Cada uma delas respeitará a classificação para vagas de ampla concorrência e as reservadas para cotas. A sexta chamada deverá ser divulgada no dia 23 de julho.
G1 PB
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As mulheres são maioria no número de inscrições do Enem 2019, na Paraíba, representando 57,5% do total de inscrições. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 84.642 mulheres se inscreveram nesta edição do exame, contra 62.539 homens. As provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro.
Ao fim do pagamento da taxa de inscrição, o número de inscrições efetivadas caiu para 147.181, já que 27.427 candidatos da Paraíba não pagaram a taxa.
Além disso, cerca de 11% dos candidatos inscritos vão fazer as provas apenas para experimentar a rotina de candidato, conhecer o formato do conteúdo cobrado no Enem e para autoavaliar os conhecimentos. Cerca de 17,2 mil estudantes que ainda cursam o ensino médio e não devem concluir no ano de 2019 se inscreveram na prova como "treineiros".
Os que cursam a última série do ensino médio, somados aos que já concluíram essa fase, são maioria. Juntos, são 129.364 candidatos inscritos.
As pessoas com idades entre 21 e 30 anos são maioria no número de inscrições, com 46.581 candidatos. Um número que ainda é baixo, mas representativo é o de pessoas com idade igual ou acima de 60 anos. Na edição 2019, 243 idosos de inscreveram na Paraíba. Os adolescentes com idades de 16 e 17 anos somam 34.132 candidatos.
Em relação às inscrições por municípios da Paraíba, João Pessoa foi o que registrou o maior número, com 38.636 candidatos. Na sequência está a cidade de Campina Grande, com 24.007 inscritos, Sousa, com 4.644, e Santa Rita, na Grande João Pessoa, com 3.935 candidatos inscritos.
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G1
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O ex-presidente peruano Alejandro Toledo foi preso nos Estados Unidos na manhã desta terça-feira (16), segundo informou o Ministério Público do Peru.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos atendeu um pedido para que Toledo seja extraditado ao seu país de origem, onde foi denunciado por supostamente receber propina milionária da construtora Odebrecht.
O pedido de extradição do ex-presidente foi apresentado pela Embaixada do Peru, em Washington, ao Departamento de Estado em maio do ano passado.
O ex-presidente peruano reside na Califórnia desde o fim de seu mandato, e, havia mais de dois anos, era investigado pelos supostos crimes de lavagem de dinheiro, conspiração e tráfico de influência.
De acordo com as investigações preliminares, Toledo pediu propina de US$ 20 milhões aos representantes da Odebrecht no Peru para dar a eles a concessão para a construção de dois lances da estrada Interoceânica sul.
O dinheiro foi transferido para contas de empresas de seu amigo, Josef Maiman, que por sua vez criou uma empresa com a sogra de Toledo, na Costa Rica, com o objetivo de reenviar várias quantias ao Peru para a aquisição de imóveis.
Além de Toledo, foram investigados pelo caso Odebrecht os ex-presidentes peruanos Alan García (que acabou se suicidando quando seria preso), Ollanta Humala e Pedro Pablo Kuczynski. Assim como a líder da oposição Keiko Fujimori, presa preventivamente por 36 meses.
G1
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O Parlamento da União Europeia confirmou nesta terça-feira (14) o nome de Ursula von der Leyen como presidente da Comissão Europeia – equivalente a um órgão executivo do bloco. Primeira mulher a ocupar o cargo, ela toma posse em 1º de novembro para um mandato de cinco anos, substituindo o luxemburguês Jean-Claude Juncker.
No início do mês, a maioria dos líderes dos países integrantes do bloco indicou o nome de Von der Leyen, que ocupava o cargo de ministra da Defesa da Alemanha. Ela recebeu apoio de chefes de governo europeus como o presidente da França, Emmanuel Macron, e a própria primeira-ministra alemã, Angela Merkel.
No Parlamento – fragmentado desde as eleições europeias, em maio – Von der Leyen venceu por uma margem pequena. A alemã obteve apoio de 383 parlamentares, e outros 327 votaram contra.
Após vencer, a nova presidente da Comissão prometeu uma União Europeia "unida e forte". "A confiança que vocês depositaram em mim é a confiança que vocês depositaram na Europa", discursou.
"Vamos trabalhar juntos e de maneira construtiva, porque nosso objetivo é uma Europa unida e forte", afirmou Von der Leyen.
Nova presidente quer 'pacto verde'
Ursula von der Leyen prometeu apresentar a proposta de um "Green Deal" (Pacto Verde) nos primeiros cem dias de seu mandato, durante o debate no Parlamento Europeu que antecedeu a votação.
"Vou propor um pacto verde para a Europa em meus primeiros cem dias de mandato", afirmou Von der Leyen no discurso.
A luta contra a mudança climática se tornou um dos principais temas na campanha das eleições europeias de maio, após os protestos de estudantes para chamar a atenção sobre a emergência climática.
A alemã também prometeu apresentar "a primeira lei climática da história da União Europeia" para fixar a meta legal de alcançar a neutralidade de carbono até 2050.
O que é a Comissão Europeia?
O órgão tem como prerrogativa distribuir os fundos e fiscalizar os tratados e cumprimento das leis europeias.
Apesar de, na prática, funcionar como um poder executivo da União Europeia, somente a Comissão Europeia pode propor leis – discutidas posteriormente no Parlamento e no Conselho europeu.
Para escolher o novo presidente da Comissão Europeia, líderes dos países integrantes do bloco se reúnem e apontam um nome. Depois, o escolhido precisa ser aprovado no Parlamento e no Conselho.
Lagarde deixa FMI para assumir Banco Europeu
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, apresentou nesta terça-feira o pedido de renúncia do órgão. No início do mês, ela foi indicada para presidir o Banco Central Europeu.
Lagarde segue no cargo até 12 de setembro.
"Tem sido um privilégio servir aos nossos 189 países membros com os funcionários dedicados desta instituição", escreveu Lagarde em sua conta no Twitter.
G1
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O Mercosul necessita de uma reforma para encarar a concorrência com a Europa e também se prepara para novos acordos de livre-comércio que pretende fechar nos próximos meses. Pela primeira vez desde 1994, quando passou de uma zona de livre-comércio a uma união aduaneira, o bloco sul-americano não tinha um encontro de cúpula com tantos desafios que alterassem sua estrutura.
O acordo mais prático que deverá ser assinado em Santa Fé será o fim da cobrança do serviço de roaming internacional dentro dos países do Mercosul. Um brasileiro vai poder usar o seu número de celular em qualquer país do bloco como se estivesse no Brasil, com tarifa local, tanto para serviços de voz quanto para o uso de dados. Os europeus aboliram esse custo dentro do bloco em junho de 2017.
Neste encontro, também deverá ser assinado um acordo de cooperação consular. Os países do Mercosul vão compartilhar as suas redes de consulados pelo mundo. Por exemplo, um brasileiro vai poder ser atendido num consulado argentino, uruguaio ou paraguaio em alguma cidade do mundo em que o Brasil não tenha representação.
Outra decisão muito importante para a segurança nas grandes cidades é a troca de informações sobre migrantes que tenham cometido crime no seu país de origem. Esse acordo visa combater principalmente o tráfico de drogas.
Acordos em negociação
Em setembro, o Mercosul deve fechar um acordo de livre-comércio com outro bloco, o EFTA, que inclui Islândia, Noruega e Suíça. Um acordo com o Canadá pode acontecer entre o final deste ano e o começo do ano que vem. Coreia do Sul e Singapura ficam para 2020. O lançamento de negociações com os Estados Unidos não está no horizonte. O objetivo é concentrar os esforços nas negociações já em andamento.
Em relação ao acordo comercial recém-concluído com Bruxelas, os negociadores do governo brasileiro propõem que cada país do bloco possa entrar individualmente no acordo com a União Europeia à medida que cada Congresso aprovar o texto, sem precisarem esperar a aprovação de todos os Congressos para validar a integração.
De acordo com as regras atuais, o acordo Mercosul-União Europeia entrará em vigência assim que o Parlamento Europeu e os parlamentos de cada país do Mercosul aprovarem o texto. Para evitar que a demora de um país em aprovar o pacto prejudique aquele que já o aprovou, os quatro países do Mercosul decidiram flexibilizar essa exigência.
O maior receio dos países do Mercosul é quanto às eleições argentinas de outubro. O presidente Mauricio Macri é candidato à reeleição, mas quem lidera as sondagens é Alberto Fernández, considerado um protecionista que promete rever o que foi assinado com a Europa.
Presidência rotativa do Brasil
O Brasil assume a presidência rotativa do bloco na quarta-feira e estabeleceu um programa baseado em três eixos para os próximos seis meses. O primeiro deles será dar continuidade às negociações em andamento para a conclusão de outros acordos de livre-comércio.
O segundo será reduzir a Tarifa Externa Comum do Mercosul para tornar o bloco mais competitivo. O Mercosul quer reduzir drasticamente as tarifas para bens tecnológicos e bens de capital. Ou seja: permitir que as indústrias locais invistam em máquinas e em tecnologia para produzirem de forma mais eficaz.
O terceiro eixo será a institucionalidade do bloco: menos burocracia, menos custos, mais eficiência, mais facilitação do comércio. O acordo com a União Europeia e os próximos que serão fechados obrigam o Mercosul a uma profunda reforma interna capaz de criar as bases para competir com os bens e com serviços que vão entrar no mercado local.
G1
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O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Brasil em 2019 foi estimado em R$ 602,8 bilhões, um avanço de 1,1% na comparação anual e também acima do número projetado em junho, de R$ 600,93 bilhões, informou em nota o Ministério da Agricultura nesta segunda-feira (15).
De acordo com a pasta, a cifra foi puxada por um avanço de 4,36% na pecuária em relação ao ano passado, com um faturamento previsto em R$ 204 bilhões para o setor, impulsionado por bons resultados nas carnes bovina, suína e de frango.
"Essa melhoria deve-se especialmente ao mercado internacional favorável às carnes nos últimos 12 meses", disse em nota o coordenador geral de Avaliação de Políticas e Informação, José Gasques.
Apenas as exportações de carne bovina do Brasil, por exemplo, avançaram 27% no primeiro semestre de 2019, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
Os números têm sido alavancados principalmente pelos embarques à China, que enfrenta um surto de peste suína africana e, com isso, reduziu o consumo interno das carnes de porco, principal proteína do país, avançando nas aquisições tanto de carnes alternativas, como de frango e bovina, quanto da própria carne suína.
Produtos agrícolas em queda
Entre os produtos agrícolas, entretanto, o ministério informou uma retração de 0,45% ante 2018. As lavouras somam, nos dados atualizados nesta segunda-feira, um faturamento de R$ 398,8 bilhões.
O decréscimo provém de desempenhos desfavoráveis em culturas importantes, como café (queda de 24,1%), soja (-13,2%) e cana-de-açúcar (-8,2%), segundo o ministério.
Muito em função da peste suína, a soja enfrenta menor demanda junto a seu principal importador mundial, a China, onde é amplamente utilizada como ração, enquanto o café passa por uma crise de preços no mercado internacional.
Por outro lado, a pasta sinaliza bons resultados em produtos como algodão, com um avanço de 17,2%, milho (+18,8%), trigo (+13,6%) e laranja (+11,5%) --não o suficiente, porém, para compensar as baixas.
"Um grupo grande de produtos vem tendo resultados melhores do que no ano passado", ponderou Gasques, destacando especialmente o algodão, cuja área plantada avançou 36,2%, motivada por cotações positivas do pluma, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A expectativa da Conab é que as exportações da pluma possam atingir um recorde de cerca de 1,5 milhão de toneladas em 2019, um aumento de 60% na quantidade embarcada ante safra passada.
Reuters
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O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, afirmou nesta terça-feira (16), após tomar posse em cerimônia no Palácio do Planalto, que a sua prioridade no comando do banco é explicar a chamada "caixa-preta" na instituição financeira.
Montezano substituiu no comando do banco o economista e ex-ministro Joaquim Levy. O ex-presidente do BNDES pediu demissão do banco em junho após o presidente Jair Bolsonaro declarar publicamente que estava insatisfeito com a atuação do economista. Uma das queixas de Bolsonaro era a suposta leniência de Levy em divulgar o que ele classifica de "caixa-preta" do BNDES.
"O que a gente está se propondo a fazer é explicar a 'caixa-preta'. Há uma duvida clara sobre o que há ou não no BNDES. Cada um me conta uma informação diferente da mesma história. Ao final de dois meses, quero ser capaz de explicar esse conjunto de regulações, empréstimos, perdas financeiras que contextualizam a 'caixa-preta'. O que sairá desse estudo, eu prefiro não comentar agora. Prefiro fazer o dever de casa e qualificar esse tema", declarou Montezano nesta terça.
Apesar de o novo presidente do banco público citar a "caixa-preta", o BNDES passou a divulgar, em 2015, por meio do site BNDES Transparente, o valor da taxa de juros cobrada nas operações de crédito para exportações de serviços a outras nações, como Cuba, Angola, Argentina e República Dominicana, entre outros.
"Qualquer que seja a conclusão, a gente precisa ser transparente e trazer ela para a sociedade e para a mídia. Qualquer coisa que eu fale agora, pode ser leviano ou parcial. Esperem dois meses para a gente ter algo completo e conclusivo. É a prioridade um do banco. Aspecto de imagem, protocolo, a gente tem de analisar sobre todas essas óticas", acrescentou Montezano.
Venda de ações
Gustavo Montezano também afirmou a jornalistas que pretende acelerar a venda de ações em posse do BNDESpar, braço financeiro ligado ao mercado de capitais.
Atualmente, segundo ele, a instituição possui cerca de R$ 110 bilhões am ações de empresas, sendo cerca de R$ 53 bilhões em ações da Petrobras; R$ 16,5 bilhões da Vale; R$ 9,3 bilhões da Eletrobras e R$ 9,26 bilhões da JBS.
“Boa parte hoje são posições meramente especulativas. Se o preço das ações sobe, é um mero ganho financeiro sem nenhuma entrega para a sociedade. É melhor tirar dinheiro daqui e colocar em outros ativos, como o saneamento, que também vai ter retorno financeiro, mas muito mais outros derivados disso para a sociedade como um todo”, afirmou.
O novo presidente do BNDES não deu, porém, um prazo para a venda das ações. Segundo ele, não há um valor pré-definido para isso neste ano. “Vamos definir nos próximos meses”, declarou.
Montezano afirmou ainda que também não há uma conclusão sobre fechar ou não o BNDESpar. “É muito cedo fazer qualquer comentário nesse sentido”, acrescentou.
Ele observou, porém, que, com a bolsa de valores em alta, esse é um dos melhores momentos do mercado de capitais brasileiro da última década, sendo, portanto, uma hora propícia para se desfazer dessas ações. Montezano também não afastou a possibilidade de o BNDESpar investir em novas ações.
Devolução de recursos do Tesouro
O novo presidente do BNDES informou que, depois de devolver R$ 38 bilhões em empréstimos feitos anteriormente ao Tesouro Nacional no primeiro semestre deste ano, o banco pretende enviar mais R$ 86 bilhões ao governo federal até o fim de 2019.
O ritmo de devolução de recursos do banco público ao Tesouro Nacional foi um dos pontos de atrito entre o antigo presidente da instituição, Joaquim Levy, e o governo federal.
“A gente pretende pagar [os R$ 86 bilhões até o fim de 2019] independentemente da estratégia dessa venda de ações”, declarou Montezano.
Após essa devolução, ainda resta um passivo, a ser devolvido até o fim do mandado do presidente Bolsonaro, em 2022, de cerca de R$ 150 bilhões.
Com essa estratégia, o BNDES, que já chegou a emprestar de R$ 150 bilhões a R$ 200 bilhões por ano, passará a emprestar cerca de R$ 70 bilhões por ano ao setor produtivo, informou o novo presidente da instituição.
“Hoje, nas nossas estimativas, a gente pretende desembolsar em torno de R$ 70 bilhões por ano”, declarou.
Venda de serviços
Além de atuar na venda de ações e na devolução de recursos ao Tesouro Nacional, Montezano afirmou que o BNDES também pretende vender serviços públicos ao governo federal, estados e municípios nas áreas de privatização, concessão, investimento e reestruturação financeira.
Ele afirmou, porém, que esses contratos estarão vinculados ao sucesso de cada operação, ou seja, o banco só lucrará nas operações que forem concluídas. Informou que essas operações começarão com o governo federal, e que depois serão ampliadas para os estados e municípios.
“Aqui no governo federal, nossos principais clientes serão ministro Tarcísio [Gomes de Freitas], da Infraestrutura, Onyx, do PPI, e Salim Matar, da Desestatização”, declarou ele.
G1
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Caminhoneiros autônomos, categoria que parou o país em uma greve contra o aumento do óleo diesel em maio de 2018, contarão com um aplicativo de celular para que possam calcular o valor do frete rodoviário em cada viagem, a partir dos novos parâmetros da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O recurso tecnológico foi desenvolvido pela estatal Serpro, a pedido do Ministério da Infraestrutura. A última versão do app foi apresentada aos representantes dos caminhoneiros, das transportadoras e do setor produtivo que se reuniram com integrantes do governo na semana passada no “Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Carga”.
O aplicativo de celular será disponibilizado de forma gratuita nas lojas virtuais. A ideia é permitir que os caminhoneiros saibam o valor mínimo (piso) que poderão cobrar em cada viagem ao fornecer informações sobre valor de pedágio, previsão de parada e pernoite, entre outras.
O governo deve lançar o aplicativo após a publicação da nova tabela de frete, o que está previsto para sexta-feira (19). Na tarde desta terça-feira, a diretoria do órgão deve aprovar resolução com os novos parâmetros de cálculos elaborados pelo grupo de pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).
Valor Online
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O dólar opera em leve alta nesta terça-feira (16), acompanhando o exterior após dados econômicos fortes nos Estados Unidos, e tendo a agenda de reformas no radar em dia de reunião do Conselho de governo do presidente Jair Bolsonaro.
Às 15h03, a moeda norte-americana subia 0,16%, vendida a R$ 3,7623. Veja mais cotações. Na máxima do dia, a cotação chegou a R$ 3,7708 e, na mínima, a R$ 3,7523.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,48%, vendida a R$ 3,7563.
Cenário externo
Após abrir com pouca variação, o dólar consolidou sua alta frente ao real com a divulgação de dados do varejo nos Estados Unidos, cujas vendas subiram 0,4% em junho, acima do avanço de 0,1% esperado em pesquisa da Reuters.
Agentes financeiros já dão por certo que o Federal Reserve (BC dos EUA) cortará os juros ainda neste mês, mas dados econômicos mais fortes podem elevar apostas de um corte mais acentuado que o esperado.
Neste sentido, o mercado aguarda fala prevista do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, nesta tarde, além de declarações de outras autoridades do banco central norte-americano.
O dólar também se valorizava frente a outras moedas impulsionado por uma trégua nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O índice do dólar ante uma cesta de moedas subia 0,38%.
Na segunda-feira, o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, disse a que espera ter outra conversa por telefone com autoridades chinesas nesta semana como parte das discussões retomadas sobre um acordo comercial.
Cenário local
Internamente, o mercado monitora a reunião do Conselho de governo, que ocorre em Brasília nesta manhã, com foco na tramitação de outras matérias econômicas agora que a reforma da Previdência ficará de lado durante o recesso parlamentar e com sua aprovação já precificada.
"Os ativos já se tornam praticamente precificados a respeito de tal evento e aos poucos somente notícias pessimistas sobre a aprovação da PEC têm uma maior capacidade de mudar o ritmo dos investimentos", afirmou a corretora H.Commcor em nota.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, previu na segunda-feira que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência deve tramitar por 60 dias na Casa.
Agora, agentes financeiros passam a olhar mais especificamente para avanços ligados à reforma tributária e às privatizações de empresas estatais, destaca a Reuters.
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