O projeto Agosto das Letras, que promove atividades literárias gratuitas em cidades paraibanas, tem início nesta segunda-feira (12) no município de Assunção, no Cariri paraibano. A iniciativa está em sua 10ª edição e permanece na cidade até a próxima quarta-feira (14).
O Agosto das Letras é promovido pela Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc). Entre as atividades promovidas pela iniciativa estão contação de histórias, saraus poéticos e lançamentos de obras literárias.
O projeto também promove o "Quadrinhos Intuados", com leitores e entusiastas que se reúnem para celebrar as histórias em quadrinhos. Dentro da programação, há também o Prêmio Literário José Lins do Rêgo, que reconhece autores paraibanos com obras em categorias como contos, crônicas e romances. O edital da premiação será lançado em breve.
Depois de Assunção, a cidade de Areia, no Brejo paraibano, receberá a programação do Agosto das Letras, a partir da próxima quinta-feira (15).
Programação do Agosto das Letras em Assunção:
12 de agosto (segunda-feira)
19h - Abertura
Participação Escritores da Cidade
Local: Biblioteca Pública Municipal
13 de agosto (terça-feira)
Vivência literária com Jota Lima apresentando: “Uma Jornada Poética em 365 Poemas que Inspiram!”
Horário: 8h às 11h / 14h às 17h
Local: Auditório da Escola Jaime Ferreira
Exposição da Editora A União
Horário: 8h às 16h
Local: Biblioteca Pública Municipal
Sarau Poético com Anne Karolynne
Local: Centro de Artesanato
Horário: 19h30
Exposição da Editora A União
Horário: 19h às 21h
Local: Centro de Artesanato
14 de agosto (quarta-feira)
Exposição da Editora A União
Horário: 8h às 16h
Local: Biblioteca Pública Municipal
Contação de História com Amanda Viana
Horário: 9h / 15h
Local: Creche Rita José Diniz
g1 PB
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A Rota Cultural Caminhos do Frio, evento que passa por várias cidades da região do Brejo da Paraíba com atividades culturais e turísticas, chega a Remígio nesta segunda-feira (12). A programação segue no município até o dia 18 de agosto.
A Rota Cultural Caminhos do Frio está em sua 19ª edição. Todos os anos, o evento passa pelas cidades de Areia, Pilões, Matinhas, Solânea, Serraria, Borborema, Remígio, Bananeiras, Alagoa Grande e Alagoa Nova com cultura, gastronomia e outras atividades turísticas.
Em Remígio, sétima cidade a receber o Caminhos do Frio 2024, a programação conta com atividades relacionadas ao Movimento Armorial, criado pelo escritor e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna. Entre as atrações confirmadas na programação musical estão nomes como Vanessa da Mata, Edson Gomes, Sâmya Maia, entre outros.
Depois de Remígio, a cidade de Bananeiras deve receber o evento (confira a rota completa ao fim da matéria).
Programação da Rota Cultural Caminhos do Frio 2024
g1 PB
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As inscrições no concurso público para agentes de saúde e de endemias de João Pessoa começam nesta segunda-feira (12) e podem ser feitas pelo site da organizadora do certame, o Idecan, em https://www.idecan.org.br/.
Os interessados podem se inscrever até o dia 16 de setembro. A taxa de inscrição custa R$ 100.
Ao todo, estão sendo oferecidas 432 vagas para os cargos de agente comunitário de saúde e gente de combate às endemias, ambos de nível médio. Os salários são de R$ 2.424.
Veja a quantidade de vagas por cargo:
Agente comunitário de saúde - 282 vagas, sendo 268 para ampla concorrência e 14 para pessoas com deficiência;
Agente de combate às endemias - 150 vagas, sendo 142 para ampla concorrência e 8 para pessoas com deficiência.
As provas objetivas estão previstas para serem aplicadas no dia 1º de dezembro. Das 8h e 12h para o cargo de agente de combate às endemias e das 15h às 19h para o cargo de agente comunitário de saúde.
Os aprovados nas provas objetivas ainda vão passar por um curso de formação, que é obrigatório e tem caráter eliminatório.
Concurso para agentes de saúde e de endemias de João Pessoa
g1 PB
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O gasto com apostas esportivas em plataformas online, as bets, está impactando o consumo de mercadorias e serviços, sobretudo das classes socioeconômicas de menor poder aquisitivo, e afetam a percepção da melhoria da economia brasileira, como o aumento da renda, do crescimento da ocupação e o controle inflacionário.
A avaliação é da empresa PwC Strategy& do Brasil Consultoria Empresarial Ltda, ligada à multinacional de auditoria e assessoria PricewaterhouseCoopers. De acordo com o economista e advogado Gerson Charchat, sócio e líder da Strategy& do Brasil, os gastos com apostas esportivas “já superam outros tipos de despesas discricionárias, como lazer, cultura e produtos pessoais, e até mesmo estão começando a impactar o orçamento destinado à alimentação. Esse desvio de recursos para as apostas exerce uma pressão considerável sobre a demanda por produtos essenciais, afetando a dinâmica da economia de forma geral.”
As apostas esportivas em plataformas explodiram no Brasil após a Lei nº 13.756 ser aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo então presidente Michel Temer no final de 2018. Daquele ano a 2023, os gastos com apostas aumentaram 419%.
“Em 2018, as apostas representavam 0,27% do orçamento familiar da classe D e E; hoje, esse percentual saltou para 1,98%, quase quatro vezes mais do que há cinco anos. Por outro lado, os gastos com lazer e cultura diminuíram de 1,7% para 1,5% do orçamento, enquanto os gastos com alimentação se mantiveram estáveis”, conta Charchat em entrevista para a Agência Brasil.
Ele alerta que as apostas esportivas cresceram de forma expressiva e se tornaram uma fonte de gastos significativa, especialmente entre os jovens dos estratos sociais de menor poder aquisitivo. “O fenômeno pode gerar, inclusive, um aumento no endividamento entre a população de baixa renda, o que pode trazer impactos negativos para o crescimento econômico do país.”
A análise publicada da Strategy& do Brasil, baseada em dados secundários, assinala que a percepção da população de dificuldades financeiras cresceu cinco pontos percentuais entre 2022 e 2024. Hoje um quinto dos brasileiros dizem enfrentar dificuldades para pagar as suas contas todos os meses, ou não conseguem pagá-las na maioria das vezes.
Renda comprometida
Não há informação precisa sobre o número de empresas que administrem plataformas no Brasil e nem o volume de dinheiro arrecadado no negócio. Esses números só serão conhecidos após as bets obterem autorização do Ministério da Fazenda para exploração comercial da modalidade lotérica de apostas de quota fixa, e começarem a arrecadar tributos.
Os impactos e efeitos sobre a economia já haviam sido apontados pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). Segundo pesquisa de opinião feita para a entidade em maio, entre os que apostam, 64% reconhecem que utilizam parte da renda principal para tentar a sorte; 63% afirmam que tiveram parte da sua renda comprometida com as apostas online; e 23% deixou de comprar roupa, 19% itens de mercado, 14% produtos de higiene e beleza, 11% cuidados com saúde e medicações.
Para a economista Ione Amorim, consultora do programa de serviços financeiros do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), “o problema escalou” e além da dimensão econômica, há erros na regulamentação, efeitos sociais e na saúde mental da população não estimados.
“Hoje a gente já tem uma realidade de suicídio, de destruição de lares, de endividamento, de pessoas que já perderam o emprego porque já envolveram tudo que tinham. De doenças mentais extremamente graves por conta dessas dependências, que leva a outra, quer dizer: a pessoa se endividou, e se perdeu, vai do jogo para o álcool, do álcool para as drogas e para o suicídio”, descreve Ione Amorim que já deu palestras sobre os impactos das apostas online até mesmo nas Forças Armadas.
Na avaliação da economista, a situação social e a desinformação tornam o público mais pobre mais vulnerável a correr riscos em apostas.
“Nós temos uma população com baixo nível de educação financeira. As pessoas já têm dificuldade de lidar com a sua realidade, de gastar dentro dos seus ganhos.”
Para ela, a situação socioeconômica de algumas famílias leva ao endividamento para garantir a sobrevivência, e as apostas se tornam um risco atrativo para, ocasionalmente, obter recursos e quitar compromissos.
Mas, segundo Ione é preciso estar atento: "o ganho fácil vai levar a pessoa a um ambiente onde pode haver perdas significativas”, ressalta a economista que também assinala que as apostas são intermediadas por sistemas com algoritmos.
“A pessoa está jogando contra uma máquina que foi programada. Então, ela vai ganhar eventualmente, mas vai perder muito mais do que vai ganhar.”
PL 2234
Ione Amorim acrescenta que os efeitos econômicos, sociais e de saúde mental ocasionados pelas plataformas eletrônicas de apostas esportivas em plataformas online podem ser potencializados com a aprovação do Projeto de Lei nº 2.234/2022, em tramitação no Senado, que autoriza a exploração em todo o território nacional de cassinos, bingos, jogo do bicho e aposta em corridas de cavalo.
A aprovação do PL, assim como da lei que autorizou as apostas nas bets, é defendida pela possibilidade de que os negócios gerem emprego, renda e tributos que podem custear políticas sociais. No caso das plataformas eletrônicas, em funcionamento há cinco anos, nenhum real foi arrecadado.
O recolhimento começará após autorização para exploração comercial pelo Ministério da Fazenda. A outorga será concedida, depois de avaliação técnica e legal, mediante o pagamento de R$ 30 milhões à União. O prazo para obter a permissão é até o final do ano.
A contabilidade de arrecadação de quem defende a legalização dos jogos não deduz as perdas da tributação que estão ocorrendo em outros setores em meio ao crescimento de gastos com aposta e também não dimensiona o aumento de despesas do Estado com segurança pública e com atendimento à saúde mental.
Reportagem da Agência Brasil trata da potencialidade do setor, de boas práticas, mas alerta para riscos de dependência. Leia aqui.
Agência Brasil
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Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2760 da Mega-sena, sorteadas no sábado (10). Os números foram: 08, 11, 19, 39, 47 e 48.
Com isso, o prêmio para o próximo concurso (2761), a ser sorteado na terça-feira (13), está estimado em R$ 43 milhões.
Cinquenta e sete apostas acertaram cinco dezenas e vão receber prêmio de R$ 58.765. Já a quadra teve 4.957 apostas vencedoras e paga R$ 965 em prêmio.
As apostas para o próximo sorteio podem ser feitas até as 18h da terça-feira, em casa lotéricas e pelo site da Caixa.
A aposta mínima, de 6 números, custa R$ 5,00. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do país.
Agência Brasil
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Permanece a condição de reduzida nebulosidade em praticamente todo estado da Paraíba. No decorrer do dia o tempo deverá permanecer com poucas nuvens em grande parte do Estado. As temperaturas máximas registradas na tarde de ontem em Bananeiras; 27,8ºC, Cabaceiras; 34,6ºC, Campina Grande; 29,2ºC, João Pessoa; 28,9ºC, Monteiro; 34,7ºC, Patos; 38,3ºC, Picuí; 33,6ºC e Sousa; 36,8ºC e, as mínimas registradas na madrugada de hoje em Bananeiras; 19,7ºC, Cabaceiras; 21,1ºC, Campina Grande; 20,4ºC, João Pessoa; 23,6ºC, Monteiro; 18,1ºC, Patos; 23,7ºC, Picuí; 20,9ºC e Sousa; 21,5ºC.
Fonte: AESA.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva articula um telefonema ainda nesta segunda-feira (12) com os presidentes do México e da Colômbia para tratar da questão eleitoral na Venezuela. Até o momento, o Brasil não reconheceu a vitória de Nicolás Maduro, tampouco endossou suspeita de fraude. A determinação é de que haverá uma nova posição da diplomacia brasileira quando as atas forem divulgadas.
Lula, Gustavo Petro (Colômbia) e López Obrador (México) são vistos como possíveis articuladores em torno do impasse venezuelano. Os três países têm pressionado a Venezuela pela divulgação completa das atas eleitorais. Agora, as equipes das diplomacias brasileira, mexicana e colombiana articulam um novo telefonema, ainda nesta segunda-feira (12). Um integrante da gestão federal relatou ao R7 que estão analisando as agendas presidenciais.
No início deste mês, os três países divulgaram um comunicado em que citam “controvérsias sobre o processo eleitoral” e pedem aos agentes “cautela” para evitar o agravamento da situação no país. O documento solicita, ainda, a publicação dos dados eleitorais completos das atas de votação. “O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados”, destacam as nações.
O pleito no país ocorreu em 28 de julho e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi proclamado vencedor no dia seguinte pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), órgão venezuelano responsável pelo pleito. O resultado é contestado por parte da comunidade internacional e pela oposição venezuelana. O episódio mais recente foi a declaração de vitória de Edmundo González.
Questionado sobre o episódio, Lula afirmou que “ainda nem tomou posse” e, por isso, não iria comentar a medida. O presidente tem articulado, juntamente com o México e a Colômbia, uma cobrança para que o governo Maduro publique as atas eleitorais. Em comunicado, os países citaram controvérsias sobre o processo eleitoral e pediram cautela aos agentes venezuelanos para evitar o agravamento da situação no país.
“Nossos ideais convergem na defesa intransigente da democracia. Também expus as iniciativas que tenho empreendido com presidentes Gustavo Petro [da Colômbia] e López Obrador [do México] em relação ao processo político na Venezuela. O respeito pela soberania popular é o que nos move a defender a transparência dos resultados. O compromisso com a paz é o que nos leva a conclamar as partes ao diálogo e promover o entendimento entre governo e oposição”, disse Lula recentemente.
R7
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A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve aumento, passando de 4,12% para 4,2% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (12), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Para 2025, a projeção da inflação variou de 3,98% para 3,97%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.
A estimativa para 2024 está acima da meta de inflação, mas ainda dentro de tolerância, que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua, assim, o CMN não precisa mais definir uma meta de inflação a cada ano. O colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Em julho, puxado principalmente pelo preço da gasolina, passagens de avião e energia elétrica, a inflação do país foi 0,38%, após ter registrado 0,21% em junho. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 12 meses, o IPCA acumula 4,5%, no limite superior da meta de inflação.
Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Diante de um ambiente externo adverso e do aumento das incertezas econômicas, na última reunião no fim de julho, o BC decidiu pela manutenção da Selic, pela segunda vez seguida, após um ciclo de sete reduções que foi de agosto de 2023 a maio de 2024.
De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete reuniões seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic.
Antes do início do ciclo de alta, em março de 2021, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. O índice ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 no patamar que está hoje, em 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 9,75% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida, novamente, para 9% ao ano, para os dois anos.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano se manteve em 2,2%. Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é crescimento de 1,92%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2%, para os dois anos.
Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento foi 3%.
A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,30 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique nesse mesmo patamar.
Agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou uma nota nesta segunda-feira (12) em que lamentou a morte do economista e ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto, aos 96 anos. O ex-deputado federal estava internando há uma semana devido a complicações em seu quadro de saúde. A causa da morte não foi divulgada, e o enterro será restrito à família.
“Durante 30 anos eu fiz críticas ao Delfim Netto. Na minha campanha em 2006, pedi desculpas publicamente porque ele foi um dos maiores defensores do que fizemos em políticas de desenvolvimento e inclusão social que implementei nos meus dois primeiros mandatos. Delfim participou muito da elaboração das políticas econômicas daquele período. Quando o adversário político é inteligente, nos faz trabalhar para sermos mais inteligentes e competentes”, disse Lula.
“Em um curto espaço de tempo, o Brasil perdeu duas referências do debate econômico no país: Delfim Netto e Maria da Conceição Tavares. Fica o legado do trabalho e pensamento dos dois, divergentes, mas ambos de grande inteligência e erudição, para ser debatido pelas futuras gerações de economistas e homens públicos”, completou o presidente no comunicado.
Professor emérito da FEA/USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), Delfim comandou a pasta econômica nos anos de 1967 e 1974, durante o regime militar. Além disso, também foi ministro do Planejamento entre 1979 e 1985 e ministro da Agricultura em 1979. Também atuou como embaixador do Brasil na França até 1977.
Depois do regime militar, o economista participou das eleições de 1986 como candidato à Câmara dos Deputados. Foi eleito deputado federal por cinco vezes consecutivas, a primeira delas como constituinte. Em 2014, Delfim Netto doou para a FEA/USP a biblioteca pessoal. O acervo de mais de 100 mil títulos, acumulados em quase oito décadas, tornou a biblioteca uma das mais relevantes do país.
Em nota, o Ministério da Fazenda, atualmente chefiado por Fernando Haddad, manifestou pesar diante do falecimento do ex-parlamentar. “Delfim Netto foi um referencial em diferentes fases da história do país. Por décadas, fomentou debates essenciais sobre a condução da política econômica brasileira. Neste momento de luto, os servidores do ministério da Fazenda manifestam respeito e solidariedade aos familiares e amigos de Delfim Netto”, afirma.
R7
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