O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou nesta terça-feira (26) por mais cinco dias a prisão temporária de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto.
Ivan Rejane foi preso na semana passada em Belo Horizonte (MG) por ter publicado na internet ameaças ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a aliados do petista e a ministros do STF. A ordem da prisão partiu de Alexandre de Moraes.
No fim de semana, Ivan Rejane passou por uma audiência de custódia, e a Justiça decidiu manter a prisão dele. A defesa, então, pediu ao STF que revogasse a prisão do cliente.
A decisão de Moraes foi tomada a pedido da Polícia Federal e com aval da Procuradoria-Geral da República (PGR). A medida é apontada como necessária para garantir a continuidade das investigações.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, ele disse que Lula deveria andar com segurança porque ele iria "caçar" o ex-presidente, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), que também é presidente nacional da sigla, e o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ).
Na mesma gravação, o homem também diz que vai "caçar principalmente" ministros do STF e cita os nomes de Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Luiz Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Rosa Weber.
Entenda a decisão
Na decisão em que decretou a a prisão, o ministro Alexandre de Moraes apontou que "os fatos apurados revelam que Ivan Rejane Fonte Boa Pinto utiliza suas redes sociais e aplicativos de mensagens para propagar e arregimentar pessoas para seu intento criminoso".
Após a prisão e a busca e apreensão, a PF alegou que a liberdade de Ivan “neste momento poderá ensejar sérios prejuízos à investigação, com possível supressão de provas, que podem ser localizadas com o término da análise do material apreendido ou mesmo a comunicação com outros membros do grupo, que ainda não foram identificados, causando a ineficácia das medidas investigativas”.
Os policiais apreenderam e ainda analisam documentos e mídias, que podem conter dados relacionados aos fatos investigados.
A PGR concordou com os riscos para a apuração. "Assim, considerando que a conclusão da perícia técnica pode ensejar a necessidade de novas diligências investigativas urgentes para a coleta de elementos de informação e que a liberdade do custodiado representa concreto risco para a investigação, afigura-se ainda existente o “periculum libertatis”, pelo que a prorrogação da prisão temporária é imprescindível para a eficácia da investigação".
g1
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