Setembro 29, 2024

Após cúpula do Brics, Bolsonaro se reúne com Putin no Planalto

Após o encerramento da 11ª reunião de cúpula dos chefes do Brics – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – nesta quinta-feira (14), em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro recebeu no Palácio do Planalto o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Depois do encontro com o líder russo, Bolsonaro se reunirá, também no Planalto, com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.

Putin e Ramaphosa vieram ao Brasil para participar da reunião dos líderes do Brics, que também contou com as presenças do presidente da China, Xi Jinping, e do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Os dois tiveram bilaterais com Bolsonaro na quarta-feira (13).

A cúpula do Brics foi realizada em Brasília porque o Brasil está na presidência rotativa do grupo econômico. A Rússia, com Putin, comandará o bloco em 2020.

Críticas ao protecionismo
A programação da cúpula do Brics começou na quarta-feira, em Brasília, com um fórum empresarial. Nesta quinta foram realizadas as sessões fechada e plenária e um diálogo sobre o banco do Brics, no Palácio Itamaraty.

Os chefes defenderam ampliar as relações comerciais entre os integrantes do grupo. Xi Jinping e Putin fizeram críticas mais enfáticas ao protecionismo na economia. A China, por exemplo, trava uma guerra comercial com os Estados Unidos.

Apoiador de Donald Trump, Bolsonaro evitou críticas diretas as barreiras comerciais e disse que, apesar de mirar o mundo, sua política externa coloca em primeiro lugar o Brasil.

Em relação ao Brics, Bolsonaro cobrou um aumento nos financiamentos a projetos brasileiros por parte do banco do Brics.

Durante os compromissos da cúpula, Putin afirmou que a economia global deve cair em 2019 ao menor nível de crescimento nos últimos dez anos, o que exige esforço dos países para reverter o quadro.

"Temos visto crescimento de atitudes protecionistas, de problemas alfandegários, e os países do Brics têm que se esforçar para não se deixar abater por essas coisas ", disse.

Já nesta quinta, o presidente da Rússia abordou a necessidade de um esforço do Brics para assumir um “papel de liderança” na ONU, o que inclui o combate ao terrorismo e ao que chamou de “propagação da ideologia terrorista”.

“Deveríamos trabalhar de modo mais vigoroso, mais empenhado e comprometido para promover uma agenda internacional positiva. Deveríamos reunir países de mentalidade afim, em prol da resolução de questões globais e regionais cruciais”, declarou.

Declaração de Brasília
Ao final da cúpula, os cinco países do Brics divulgaram uma declaração com 73 tópicos sobre o futuro do grupo econômico e da política internacional.

Principais pontos do documento:

  • compromisso com as metas de redução das emissões de carbono fixadas a partir do Acordo de Paris;
  • reforma "abrangente” das Nações Unidas, incluindo o Conselho de Segurança;
  • preocupação com a possibilidade de uma corrida armamentista no espaço exterior;
  • na economia, defesa de "mercados abertos, de um ambiente de negócios e comércio justo, imparcial e não-discriminatório, de reformas estruturais, de concorrência efetiva e justa";
  • empenho para a adoção de medidas para combater a corrupção no setor público;
  • ausência de menções no documento a conflitos regionais na vizinhança dos membros do Brics. Nos 73 tópicos, não aparece, por exemplo, qualquer menção às crises políticas na Venezuela, no Chile e na Bolívia.

G1
Portal Santo André em Foco

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