O Senado aprovou nesta terça-feira (16) um convite para que o médico Marcelo Queiroga, anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro como novo ministro da Saúde, explique as prioridades da pasta no combate à pandemia.
Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Queiroga ainda não tomou posse no cargo. A cerimônia deve acontecer na próxima semana.
Marcelo Queiroga substituirá Eduardo Pazuello no comando da pasta e será o quarto ministro da Saúde no governo Bolsonaro.
Mais cedo, nesta terça, o novo ministro se reuniu com Pazuello e, ao final, fez um pronunciamento no qual defendeu o uso de máscara e afirmou que "sozinho" não resolve problemas e que, por isso, é preciso "união da nação".
A data da sessão do Senado na qual Queiroga será ouvido ainda não foi agendada. O líder do governo, Fernando Bezerra (MDB-PE), disse que o novo ministro está à disposição do Congresso, mas solicitou que fosse dado um tempo antes da audiência.
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição e autor do requerimento, sugeriu a data de 30 de março para a sessão.
Como deve ser a sessão
Além das prioridades no enfrentamento da pandemia, Queiroga será indagado sobre:
"A troca da gestão no Ministério da Saúde implica na necessidade urgente de convite do titular da pasta para explicitar ao Senado as prioridades da nova gestão no enfrentamento da pandemia e as medidas planejadas para promover a ampliação da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil", afirmou Randolfe no pedido.
Rose de Freitas (MDB-ES) também apresentou requerimento para que Queiroga seja convidado a comparecer ao Senado.
Ela destacou que a condução de medidas de combate à pandemia pelo governo Bolsonaro foi "ineficiente, para dizer o mínimo, visto que espalhou desinformação e cizânia entre os entes subnacionais, em vez de assumir o papel de liderança que caberia à União neste momento de crise global".
"O parlamento deve assumir sua responsabilidade de fiscalizar as atividades do Executivo e cobrar uma resposta firme, eficaz e tempestiva do governo para mitigar os efeitos da pandemia. A inépcia e a falta de liderança demonstradas pelo Ministério da Saúde ao longo dos últimos meses não podem continuar", acrescentou.
rnesto Araújo
O Senado aprovou também nesta terça-feira convite para que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, participe de sessão da Casa.
Os parlamentares querem informações do chefe do Itamaraty sobre esforços para aquisição de vacinas contra a Covid-19.
"Nesse momento em que a cooperação internacional é fundamental, o ministro Ernesto de Araújo queima pontes e joga contra os esforços que poderiam trazer mais vacinas para o Brasil mais rapidamente”, afirmou Fabiano Contarato (Rede-ES), autor do pedido para realização de sessão com o chanceler.
Inicialmente, Contarato queria a convocação do ministro, o que teria maior peso, pois a presença se tornaria obrigatória. Entretanto, governistas articularam para transformar a convocação em convite.
“Por que o governo federal demorou tanto a iniciar essas negociações com a Rússia? Foi por causa da pressão norte-americana? Essas são algumas das perguntas do povo brasileiro que merecem resposta”, disse Contarato.
G1
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